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Enviaram-me isto e o meu comentário é taxativo:
Quem reagir perante esta situação, procedendo à caça aos muçulmanos, sucumbirá. Quem preferir fazer nada além de rezar e esperar que o fenómeno passe, sucumbirá também. Quem, no entanto, agir, readquirindo o poder solidário perdido – como isto se faz é sobejamente
conhecido - , conseguirá contribuir para inverter esta evolução fatal em curso que ameaça as nossas liberdades democráticas.
FRANÇA A 1.ª REGIÃO CONSAGRADA NA EURÁBIA.
Quando o assunto começa a fazer parte das preocupações do Nouvel Observateur, nestes termos, então é porque a coisa está a atingir patamares de extrema gravidade.
"Sabia que as jovens mulheres muçulmanas exigiram serem isentas das aulas de biologia e desportos não sendo penalisadas nas suas notas finais?(Fonte: Nouvel Obs)
SABIA que os muçulmanos têm horários próprios que lhes são reservados exclusivamente para as piscinas?
Fonte: Análise da Política)
SABIA que as estudantes muçulmanas, no exame, conseguiram que legalmente possam ser acompanhadas por seus maridos e examinadas por uma mulher?
Fonte: Nouvel Obs)
SABIA que uma associação de muçulmanos, na Universidade de Paris, põe em causa o direito de um
professor de "cultura ocidental" para julgar o trabalho de um estudante muçulmano?
Fonte Express)
Sabia que os muçulmanos estão a lutar por conseguir a abolição do Natal, em algumas escolas primárias?
SABIA que os estudantes muçulmanos, usando como desculpa a lei da laicidade, pedem a remoção de árvores de
Natal em várias escolas, mesmo nos jardins de infância?
(Fonte: Le Parisien)
SABIA que os muçulmanos procuram obter a proibição de comer carne nas escolas francesas, onde eles são maioria?
Sabia que os muçulmanos estão a exigir licença adicional, para as suas férias islâmicas?
SABIA que os muçulmanos exigem salas de oração nas nossas escolas, nos liceus, ginásios e universidades?
Sabia que os muçulmanos estão a exigir a amenização dos seus horários nas escolas, universidades e locais de trabalho, para a prática das suas cinco orações diárias?
SABIA que os muçulmanos exigem uma revisão dos nossos livros de história, para incluir a história do seu país e da sua religião?
Fonte: Nouvel Obs)
SABIA que nos nossos livros didácticos, serão excluídas todas as referências a Charles Martel ou à Joana d´ Arc, a fim de não ofender os muçulmanos franceses?
- SABIA que os funcionários públicos muçulmanos exigem trabalhar com um chador?
- Acredita que médicas e estudantes de medicina muçulmanas exigem apenas tratar as mulheres?
Fonte: Le Monde, Le Figaro)
SABIA que os médicos são espancados se tratarem as mulheres muçulmanas, sem o consentimento de seus maridos?
(Fonte Le Monde, Le Figaro)
SABIA que nas faculdades, predominantemente franco-africanas do Magrebe, existem inscrições: "Morte aos Judeus", "Morte aos cristãos" ou "Viva o Bin Laden?
- SABIA que durante as manifestações contra a guerra no Iraque, alguns "pacifistas" muçulmanos exibiam retratos de Bin Laden ou Saddam?
(Fonte: As Verdades 4)
SABIA que o selvagem chamado Djamel, que queimou viva a jovem Sohane, foi aclamado na sua cidade de Val de
Marne, durante a sua presença na reconstituição dos factos?
(Fonte: JT de France 2)
SABIA que os jovens negros e muçulmanos que queimaram vivo um guarda de segurança branco, num supermercado em Nantes (2002), não sentiram remorsos e mostraram-se orgulhosos?
Fonte: Depoimento de advogado)
SABIA que um manual de boas condutas " lícitas e ilícitas no Islã", vendido em França durante 10 anos, explica como um bom muçulmano deve bater na sua esposa: 'com a mão','chicote' ou 'pedaço de madeira?"
(Fonte: L'Express)
SABIA que patrulhas de milícias islâmicas andaram nas ruas de Antuérpia e noutros lados ara "monitorar maus policiais racistas brancos" e aplicar a sua própria lei?
Fonte: Libération)
SABIA que a nova legislação exigirá que a polícia, o exército e o serviço civil em geral, contratem com prioridade jovens imigrantes, tendo assinado com 35 empresas na França, (Televisão, Peugeot, grupos de alimentos e Casinos), um acordo para contratarem preferencialmente pessoal estrangeiro?
(Fonte: Governo e Sindicatos).
SABIA que nas escolas secundárias as muçulmanas vestem as túnicas antes de ir para o quadro, para não despertarem qualquer desejo?
Que nas escolas primárias os pais muçulmanos recusaram deixar as suas filhas na classe de um professor substituto, devendo ser uma mulher a substituir a outra mulher professora? A escola teve que criar um compartimento sem janelas, para reconhecer as mães, cobertas da cabeça aos pés, antes de lhes entregarem os seus filhos?
(Fonte: Le Monde, 09/07/04)
SABIA que nas escolas primárias, os alunos têm dois banheiros e torneiras separados, sendo uma reservada para 'muçulmano', e outra para 'francês' ou um funcionário local? Exigem que haja vestiários separados nos ginásios, porque, segundo eles, um circuncisado não pode despir-se ao lado de um impuro?
(Fonte: Le Monde, 09/07/04)
SABIA que em outras comunidades religiosas (judeus, hindus, budistas, etc.) não há nenhuma reivindicação deste tipo ou equivalente? E nós, por agora e por poucos anos mais, a maioria, será que teremos que nos render e estar ao serviço, satisfazer, pagar e dar prioridade a este tio de minoria?
Segundo estudos sérios, se nada mudar e não houver um movimento forte e sério, estaremos, e não por livre vontade, completamente islamizados.....
É isto que afirmava Kadafi.
Já pensaram se alguma destas situações era possível nos países deles?
Levanta-te Europa !
Põe a nossa ordem em nossa casa! ! O Presidente FRANCêS SARKOZY, está neste momento a lançar um debate sobre estas inadmíssiveis esigências dos muçulmanos, e o que é ser FRANCÊS, mas poderá ser já demasiado tarde.
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. Mario Quintana (escritor gaúcho, 30/07/1906 – 05/05/1994
No dia em que se assinala o 170.º aniversário do nascimento do poeta português, a homepage do Google Portugal celebra a sua carreira
Esta é a imagem que podemos ver hoje na homepage do Google Portugal, que decidiu homenagear Antero de Quental.
O poeta e escritor nasceu a 18 de abril de 1842 em Ponta Delgada, nos Açores, e foi uma das vozes mais marcantes do movimento Geração de 70, um movimento académico do século XIX que veio revolucionar a cultura portuguesa.
Além da sua obra literária, Antero de Quental foi ainda um dos fundadores do Partido Socialista Português e em 1869 fundou o jornal A República.
A 11 de setembro de 1849, tinha na altura 49 anos, o escritor suicidou-se na sua terra natal, mas a obra que deixou tornou-se marcante para a cultura portuguesa.
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=2427389&seccao=Livros
Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando, se a burrice não será uma ciência
António Aleixo
Enviaram-me este interessantíssimo mail e gostaria de lembrar brevemente duas coisas:
1º “A inteligência tolda a visão para o essencial.” Antoine de Saint-Exupéry
... é unica e exclusivamente a estratégia que determina o nosso sucesso – também o dos burros mas então não são aquilo que comumente se
chama “burro”.
2º Numa discussão na “casa sem pão” onde todos apenas subjectivamente têm razão, basta que entre múltiplas opiniões antagonistas apareça alguém que conseguindo o flow entre “universos paralelos” empatados, realize actos concretos no sentido de benefícios concretos para terceiros.
Neste sentido, nem “pintasilgo” (o Sti(e)glitz) nem “relva” (o Relvas) mas sim aquele terceiro elemento não habtitante da “casa sem pão” e de são juizo humano que com a crescente pressão do sofrimento, no fim, há-de aparecer – oxalá antes que tudo entre na fase virulenta de pero, molho e batadada.
"Tentar provar o futuro é muito mais interessante do que poder conhecê-lo. Como no jogo, não o ganhar, mas o poder ganhar. Porque nenhuma vitória se ganha se se não puder perder." Vergílio Ferreira
Com o título :
“Futuro procura-se desesperadamente Portugal encontra-se perante o colapso. A crise cada vez mais grave também coloca em questão o ditado de austeridade de Berlim”
A jornalista Stefanie Bolzen publicou no prestigiado jornal alemão “Welt am Sonntag” de Domingo da Páscoa um artigo muito objectivo e realista do qual junto a tradução da peça central (ver abaixo).
Infelizmente tudo indica que o meu vaticínio se vai cumprir: comprou-se tempo e face às medidas mecanicistas impostas por Bruxelas e Berlim, não se fez nada para reorganizar a orientação estratégica do país, virando-o de dentro para fora. Naturalmente a situação de penuria, desencanto e desespero que assim se está a criar, exerce sobre as mentes das pessoas a mesma atracção que uma pilha de loiça suja por lavar. O futuro é adiado, ficando apenas a negra perspectiva da continuação da aceleração da espiral negativa. Com efeito: os novos horizontes a rasgar e a necessária fé, esperança, auto-confiança e entusiasmo que requerem arte de governação, nem vê-los. E enquanto a UE continuar a tratar um por um os problemas de “descarrilamentos” singulares em vez de atacar a causa central – a visão egocêntrica reinante - , a um crescente número de parceiros vai acontecer o mesmo.
Pelos vistos, actualmente cada vez mais empresas pensam que a única saída para saír da crise consiste em sacar ainda mais dos seus clientes, em vez de beneficá-los. Todavia, com a instalação da crise profunda, cada vez mais pessoas abrem os olhos, mesmo aqueles que nos tempos das vacas gordas tiverem um comportamento superficial de papalvos.
Neste sentido, escrevi a cartinha abaixo referida a um dos meus bancos, o qual, tendo-me proposto um serviço “Cartão SOS Saúde”, quer que eu aceda ao sistema através de um nº 707 taxado. O pequeno exemplo constitui um indício claro de que muitos responsáveis empresariais (e políticos) ainda não compreenderam que o seu comportamento continua a agravar a crise.
"O objectivo da maximização dos lucros conduz a um aumento dos antagonismos de interesses, conflitos e tensões e, finalmente, a um estado de inimizade universal de cada um contra todos." Joseph Schumpeter, economista austríaco, Harvard 1932
Exmo. Sr. ...,
O que Schumpeter não sabia ou não disse: são as consequências da falta de estratégia que conduzem a que as empresas sejam obrigadas a perseguir o objectivo egocêntrico da maximização de lucros. Hoje mais do que nunca, estas consequências são - uma vez mais - bem visíveis a nível nacional, europeu e mundial.
A atracção das empresas e o poder solidário (!) exercidas sobre o seu respectivo grupo-alvo, assim como o seu sucesso, é, forçosamente, resultado de uma estratégia cujas linhas mestras devem consistir em medidas de índole extrovertida e sóciocêntrica.
Não faço ideia se o serviço de assistência médica ao domicílio proposto - na prática - obedece a estes critérios e se da parte do grupo-alvo recebe um eco positivo. Até admito que seja uma solução boa. Todavia: o facto de que se pretende obrigar logo à partida aos clientes que liguem para um número de telefone que começando com 707 implica (sobretudo nas longas esperas dos call centers) taxas pesadas, sinaliza tudo menos atracção, mas sim um efeito contrário. Com efeito: são poucos os sinais de motivação de uma empresa que transmitem mais a ideia de tratar-se de uma entidade que –primariamente – quer sacar, do que os números telefónicos que começam por 707 e outros. O marketing deve servir para a maximização de benefícos do grupo-alvo e não para a maximização dos lucros da própria empresa.
Neste sentido, sugiro que repense o sistema de acesso ao serviço em questão, mundando-o por ventura para um nº 800, 808 ou um simples nº de telefone fixo. Seja como for, uma medida dessas é bem capaz de não apenas aumentar a atracção do serviço proposto mas também do vosso banco no seu todo. Pequenas causas, grandes efeitos!
Com os melhores cumprimentos
Rolf Dahmer
(Estratégia Empresarial - Cibernética Social)
Admitidamente, todos nos enforcamos por evitar erros.(...) Todavia, evitar erros é um ideal pobre: se não ousarmos atacar problemas tão difíceis que o erro seja inevitável, então não haverá crescimento do conhecimento. (...) Ninguém está isento de cometer enganos: a grande coisa é aprender com eles”.
Karl R. Popper
Sobremaneira interessante esta entrevista com o realizador canadiano de "Titanic" James Cameron. Fala do “impensável que pode acontecer”.
Claro, todas as analogias com outros gigantes históricos do comportamento linear, nomeadamente a União Europeia e os seus estados constituintes, pertencem ao reino da ficção – ou talvez não?
“(…) Cameron: It's not about numbers. It's about the hubris* of the shipowners, for example; it's about society at that time. It was a very optimistic time: Technology was advancing; people built aircrafts; they enjoyed electric light; everything looked like there would be a great future. And the Titanic stood for that. And then, suddenly, the unthinkable happened, as if all of this went down with the Titanic. This was a huge blow. And, today, there are unthinkable topics as well, such as a nuclear war. And the Titanic shows that the unthinkable can happen.
SPIEGEL: Other disasters show that as well. So why does the Titanic have such a strong impact?
Cameron: Because she is and will remain a metaphor. There was the first class, second class, third class and the crew. So you have the rich and mighty, the middle class, the lower class and, let's say, the government. And the government is influenced by the wealthy -- in this case, Bruce Ismay (the chairman and director of the White Star Line of steamships, the owner of the Titanic, who also died on its maiden voyage). And they are driving this ship way too fast, quite deliberately playing with the lives and the future of the other people. And when they see the iceberg, it's too late. (...)”
* O significado de hubris (palavra grega) pode ser, segundo ele, sinónimo de arrogância, desprezo, superioridade, excesso de confiança, autismo.
SPIEGEL ONLINE, 04/06/2012
Interview with Director James Cameron: 'The 'Titanic' Shows That the Unthinkable Can Happen'
Canadian film director James Cameron has made three films about the Titantic , including the 1997 blockbuster of the same name. In a SPIEGEL interview, he discusses his lasting fascination with the ship's story and why it is a metaphor that can teach us about love, loss, hubris and ourselves.
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http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/0,1518,826121,00.html
More about this issue
Flash Graphic: Chronology of a Catastrophe http://www.spiegel.de/flash/0,5532,28470,00.html
Images of a Disaster: The 'Titanic' Shipwreck Under A New Lens http://www.spiegel.de/fotostrecke/fotostrecke-80794.html
Belfast Commemorates Titanic: Disaster Ship Remembered in City that Built It http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,823806,00.html
“Senhor perdoai-lhes porque ele não sabem o que fazem..” Lucas 23.34 – a Bíblia Sagrada
À primeira vista, quando lemos num artigo da imprensa estrangeira que finalmente Portugal tem um “artigo de exportação” actualmente muito apreciado lá fora, para muitos é motivo para nova esperança. Todavia quando, à segundo vista, ficamos a saber que este “artigo de exportação”* se refere aos jovens qualificados deste país, para muitos é motivo de indignação. E com razão!
De facto é um absurdo: por um lado empresta-se 78.000 M€ para Portugal poder saír do atoleiro, sabendo que com esse dinheiro apenas se compra tempo e que tudo fica sem efeito se esse tempo não for aproveitado sobretudo para orientar o país para fora. Por outro lado a continuação do errado comportamento estratégico da UE no seu todo, tem como consequência que Portugal perca uma boa parte dos seus jovens, ou seja, o bem mais valioso que um país pode ter. Assim a UE entrou em processo de auto-digestão e de uma espiral negativa acelerada e resta saber o que será quando também a Alemanha chegar ao fim da linha. Reitero: toda essa evolução de modo algum foi planeado mas sim causado pela mera estupidez – foi-se reagindo em vez de agindo.
P.S. Esse “Senhor perdoai-lhes” não se dirige aos jovens portugueses (e outros) que por falta de perspectivas económicas são forçados a abandonar o seu país, mas sim aos políticos em Bruxelas e nas 27 capitais da UE que continuam a não compreender o que estão a fazer.
* Young Portuguese workers are currently the most sought-after export from their crisis-ridden country.
SPIEGEL ONLINE, 03/28/2012
Hunt for Skilled Labor: Germany Woos Portugal's Lost Generation
The crisis-hit nations of southern Europe have one booming industry left
-- their skilled workers are in high demand in Germany, which has a chronic shortage of qualified labor. German employers in search of nurses and engineers have launched a recruitment drive in Portugal, where over a third of young people are unemployed.
By Christoph Pauly
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http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,824089,00.html
Não basta saber, é preciso aplicar. Não basta querer, é preciso fazer.” Johann Wolfgang von Goethe
Li no semanário Sol o artigo “Cavaco pede estratégia contra o abandono do interior” e afirmo: esta estratégia existe e precisa apenas de ser aplicada e transposta. Qual? New Deal!!! De facto, quando olhamos para a incrível proeza da expansão marítima portuguesa iniciada por D. João II e perseguida por D. Manuel I, constatamos que a mesma já constituiu uma espécie de New Deal para ou mundo conhecido na época. O mesmo foi coroado de êxito porque criou amplos benefícios para o grupo-alvo – uma Europa sendenta de especiarias – , produtores e naturalmente para o seu agente, Portugal. Certamente naquela altura podia-se falar de tudo menos do abandono do interior, isto é, da retaguarda que suportou a proeza. Havia ocupação plena para todos e até falta de mão-de-obra.
Hoje, em tempos de total dispersão, onde tudo se costuma reduzir à questão se existem ou não subsídios – ineficazes! – para travar o abandono do interior, porventura tudo irá ficar em águas de bacalhau. Daí das duas uma: ou o crescente declínio do país e da UE fará com que tenha lugar uma migaração em massa para o interior com o fim de assegurar a mera subsistência alimentar em situação de pobreza, ou então a implementação de um novo New Deal para o mundo num patamar mais elevado. Fazendo hoje o país parte da União Europeia, desta vez as coisas terão que processar-se a nível europeu – pelo que urge influenciar os respectivos grémios de liderança comunitária no sentido de uma execução de uma estratégia diversa.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=44290
"Uma estratégia má torna impossível o possível. Ao contrário, uma estratégia correcta torna possível o impossível."
Prof. Wolfgang Mewes, investigador de sistemas e autor da Teoria da Gestão Cibernética (EKS).
A crise de sentido, causada por uma má ou inexistente estratégia de liderança e seguida por uma crise sócio-económica e financeira, provocou novas ondas de emigração no sul da União Europeia, nomeadamente em Portugal, Grécia e Espanha (cf. abaixo no artigo em SPIEGEL ONLINE).
Como já escrevi aqui, trata-se do efeito de sucção que em sóciosistemas em declínio – a UE – é gerado pelo principal subsistema responsável pela liderança defeituosa – no presente caso a Alemanha. Com efeito, em casos de má liderança é este subsistema líder que beneficia – de forma crescente mas apenas passageira – dos espólios dos subsistemas que a sucção leva para o ralo – com o mesmo vigor exponencial que seria criado benefício para todos se a liderança fosse correcta.
É agora que a própria UE em vias de auto-digerir-se e que no passado criou a referida sucção social negativa nos países do leste, despojando-os das suas elites bem formadas para trabalhar na nossa construção civil e na jardinagem, começa a sentir esse efeito nefasto na própria carne, isto é, a nível interno. Repito: enquanto não houver uma radical mudança de estratégia/comportamento da parte dos estados membros da UE e consequentemente transposta por Bruxelas, acreditar que a Alemanha será o único membro da UE que escapa ilsesa à crise, é uma ilusão. Assim poderá acontecer que, tal como em Maio de 1945, a Alemanha no rescaldo da sua nova queda se torne novamente um cenário caótico de displaced persons – só com a diferença de que desta vez as pessoas não foram para lá levadas à força por um regime criminoso mas sim atraídas em plena democracia pelo desespero e a necessidade de ganhar o seu sustento. Os efeitos são os mesmos – infelizmente.
Por isso, o facto dos nossos actuais políticos serem incapazes de compreender o efeito dos referidos mecanismos cibernéticos em sóciosistemas, não é apenas triste mas sobretudo perigoso. Perigoso porque a emigração em massa que visa apenas a própria subsistência num sistema em forte declínio, constitui uma pseudo-solução que contribui grandemente para que o barril de pólvora continue a ser enchido, com a simultânea aproximação dos fósfoforos à mecha.
Uma solução correcta seria o consequente fomento nacional de uma estratégia de stand and fight, ou seja, manter o bem mais precisoso que cada sociedade tem, as pessoas, dentro do país, canalizando, para já, todas as forças para a resolução dos imensos problemas candentes com que a crise nos confronta diariamente em catadupa. É assim que se criam empregos e não com subsídios distribuidos à toa e financiados com mais dívidas. E claro: insistir em Bruxelas para que a actual estratégia errada seja mudada no sentido de uma viragem sociocêntrica para fora.
SPIEGEL ONLINE, 03/14/2012
10,000 Job Applicants: Portuguese Seek Greener Pastures in German Town
A mini job miracle has taken Schwäbisch Hall in the southern German state of Baden-Württemberg by surprise. After a Portuguese journalist
wrote a rosy report on the town and its efforts to seek skilled workers from crisis-plagued European countries, job applications have flooded in. More than 10,000 people have written in so far, but results have been mixed.
By Maria Huber
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http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,821118,00.html
"Há muito poucas repúblicas no mundo, e mesmo assim elas devem a liberdade aos seus rochedos ou ao mar que as defende. Os homens só raramente são os dignos de se governar a si mesmos." Voltaire
Já conhecia o discurso mas voltei a ouvir. O homem tem razão...ainda que lhe faltam propostas concretas de solução.
http://www.youtube.com/watch?v=dLf0wfMFOaw&feature=share****
"Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar." Francis Bacon [1561-1626] Filósofo
Há dias DER SPIEGEL ONLINE publicou um artigo sobre o partido “Pirata” da Alemanha ( ver link abaixo), um partido em grande ascensão que organiza a defesa contra um sistema político caduco e em cujo seio tem lugar uma interessante evolução de participação política através de um sistema chamado “Liquid Democracy” (democracia líquida). Trata-se de uma plataforma baseada na internet, a qual foi criada pelo detentor da cátreda de Línguas Românicas da Universidade de Bamberg, Prof. Doutor Martin Haase, um simples militante do partido, sem cargos de directoria. É através dessa plataforma que o Prof. Haase, uma pessoa sem pretensões a qualquer cargo político, funciona como uma espécie de “regulador cibernético”, sendo altamente influente respeitado pela grande maioria dos militantes (ver artigo abaixo, em inglês).
Escrevi ao Prof. Haase – com uma citação de Fernando Pessoa em epígrafe que ele percebeu – e ele respondeu-me, como segue:
“(...) Penso que o Partido Pirata, com a Liquid Democracy, está aplicando um príncípio que evitará que o partido no longo prazo se desenvolva para um partido conformado. Naturalmente ainda existem dentro do partido muitos receios mas estou confiante que sejam superáveis. Agradeço ainda os seus textos que li com deleite (...)”
Como podem ver, existem forças ( de correcção cibernética) emergentes que estão a nascer para dar a volta por cima ao actual estado de coisas. Os sistemas “Merkozy” desta nossa Europa e os seus adeptos, certamente não cairão já no próximo fim de semana mas têm os dias contados – estão sendo pesados e achados leves demais.
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/969501-berlim-sob-o-feitico-do-pirata
SPIEGEL ONLINE, 03/02/2012
Liquid Democracy: Web Platform Makes Professor Most Powerful Pirate
A linguistics professor in Bamberg is considered the most powerful member of Germany's burgeoning Pirate Party, even though he holds no
office. Martin Haase engages in politics almost exclusively through the Internet using the party's Liquid Feedback software. The platform is
flattening the political hierarchy and is unique among German political parties.
By Sven Becker
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http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,818683,00.html
“Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.” Alvin Toffler
Vi, adorei e enviei o vídeo publicitário com o título “Estoril” (ver link abaixo) ao meu grupo-alvo alemão. Algumas das reacções espontâneas recebidas
“Adorei o vídeo, aqueceu-me o coração” (empresária alemã)
e
“Estou a sentir saudades de Portugal e logo que tenha tempo,
lá estarei de volta” (dono – retirado – de uma organização turística internacional)
corroboraram a minha ideia de que o país, isto é, a “montra” da sua “loja”, está muito bem apresentado.
Todavia, existem outros aspectos que precisam de ser focados. Como é óbvio, a vida económica das sociedades não pode apenas consistir em “lojas” onde – com relativa passividade - donos e vendedora(e)s se encontram à espera de clientes. Tem que haver também uma parte activa e industrial que dá cartas lá fora.
Neste sentido, gostaria de lembar o que escrevi sobre este tema no meu artigo
“A aventura alemã das empresas de construção civil portuguesas – Sobre as causas e consequências de
uma internacionalização de empresas estrategicamente mal compreendida e concebida”
(Jornal de Notícias 10-13.09.96):
Recebi este interessante texto de um militar brasileiro de alta patente e na reserva. Passo a comentar:
"Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos." Fonte - Piloto de Guerra – Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Ao dito General português, ao escrever
“(...) Diz o Sr. Ministro que “a solução está em todos nós. Em cada um de nós”. Não é verdade! A solução está única e exclusivamente na substituição da classe política incompetente que nos tem governado (?) nos últimos 25 anos, e que nos tem levado, de vitória em vitória, até à derrota final! Os comuns cidadãos deste País, nomeadamente os militares, não têm qualquer responsabilidade neste descalabro (...)”,
Escapa-lhe um pequeno mas decisivo detalhe: fomos todos nós, os comuns cidadãos dos nossos respectivos estados membros da UE que votámos nessa classe política que nos tem levado ao atoleiro. Com efeito, fomos nós que acreditamos nas promessas vãs que o idílio de antes pudesse continuar sem mudanças de comportamento. O General esquece, também, que os militares fazem parte integrante das sociedades, sendo corresponsáveis pelos mandos ou desmandos de todos, tal como qualquer outro cidadão. Com efeito, a responsbilidade é sempre de todos e tem que ser expressamente admitida antes que se possa pensar em qualquer solução viável.
Quanto à solução a que neste caso o Sr. Ministro da Defesa se refere, ela vem aí “voando em piloto automático”, prometendo um desfecho igualmente automático que de feliz terá pouco ou mesmo nada.
A verdadeira solução de desfecho feliz, só será alcançada se a referida classe política desligar o “pilóto automático” programado para ir para nenhures, antes que se acabe o combustível longe de qualquer aeroporto no meio do oceano. Sim, a classe política, se quer evitar o novo 25 de Abril a nível europeu, vaticinado por mim desde há longa data, deverá urgentemente abandonar a mera táctica e passar a elaborar uma estratégia correcta.
O texto está no sítio da Academia Brasileira de Defesa.
Carta de um General português.pdf 152K Visualizar Transferência |
Enviaram-me isto e agradeço ao remetente.
O poema é sublime e acerta totalmente na actual situação da crise de sentido – da qual as crises económica e monetária, tidas erradamente como a causa das causas, são meros sintomas cujo tratamento não só não resolve mas também agrava a crise.
Sempre actual, este senhor !
CINCO QUADRAS DO ANTÓNIO ALEIXO
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
“Lamentos são um desperdício de tempo. Eles são o passado minando o presente. Frances Mayes - Em fala de sua personagem Katherine no filme Sob o Sol da Toscana *
A descrição da Dra. Isabel do Carmo dos tempos da outra senhora é excelente. Todavia: os lamentos não conduzem a nada, apenas “minam o presente”. Em contrapartida, o reconhecimento do princípio “cá se fazem, cá se pagam”, seguido de uma análise válida e não linear (!) do porquê da situação em que o país se encontra e, consequentemente, pela elaboração de uma estratégia de saída sistémica, conduz a uma solução.
Todo o resto, nomeadamente o que actualmente fazem os governos da UE e a troika para combater a crise, conduz ao renascimento dos “ismos” e dos “istas”, os quais, bipolarizando-se, não fazem outra coisa senão atiçar a espiral negativa.
* http://www.ronaud.com/frases-pensamentos-citacoes
SPIEGEL ONLINE, 02/21/2012
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Averting the Next Greece: Portugal Needs More Money To Stay Afloat
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With its massive austerity measures, Portugal has become the poster child of the troika of the EU, ECB and IMF. But the country is still stuck in a deep recession and it is unclear how it will return to growth. It may need to rely on European loans for years to come.
By Christoph Pauly
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URL: http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,816024,00.html
“Um pecado tem sempre como consequência outro pecado.” Fonte: Prikei Avot, Ben Azai
Ontem li o artigo de fundo do SPIEGEL 8/2012 sobre Portugal – 3 páginas! – em alemão e verifiquei que o mesmo, apesar das críticas, é bastante objectivo e equilibrado. O artigo até reza que o caso de Portugal não é comparável com o da Grécia porque Portugal, ao contrário do que acontece com a Grécia, além de infraestruturas capazes tem indústrias competitivas.
O artigo corrobora a minha visão de que nem sempre são os “marrões” que mais tentam agradar aos professores, os melhor sucedidos na vida profissional prática. De facto, apesar de ficar claro que se deve obedecer amplamente às imposições bastante mecanicistas da troika, existe sempre um resto de liberdade de movimentos e criatividade que pode e deve ser aproveitado – aberta ou “subversivamente” – para saír da recessão e criar crescimento – o objectivo principal. O facto das coisas terem ido para o torto apesar das “indústrias competitivas”, significa: Portugal tem “soldados” mas não tem um “general”. Por outras palavras: o país deverá identificar um grupo-alvo no mundo, ao qual, de acordo com os seus próprios pontos fortes, pode servir melhor que outros. Lançar indústrias à toa, porventura subsidiadas pela UE, não basta, tem de haver uma conjugação dos esforços direccionada para as necessidades mais ‘candentes’ de um determinado grupo-alvo. Sob este desígnio, todo o resto agrupa-se em volta, criando-se uma economía imbatível dentro da sua órbita.
Neste contexto ainda uma breve observação sobre o caso grego. O Presidente do conceituado Ifo-Institut für Wirtschaftsforschung (Munique), Prof. Dr. Hans-Werner Sinn, com o qual me encontro em contacto há anos, disse numa entrevista em SPIEGEL ONLINE**:
“(...) Deveriam dar-lhes (à Grécia) o dinheiro para lhes facilitar a saída da União Monetária. O estado grego, com o dinheiro poderia nacionalizar os bancos, evitando o colapso do estado. Com todas as turbulências que uma saída dessas provovca, o estado e os bancos devem continuar a funcionar (...).
Com efeito, indicando tudo que todas as ajudas monetárias do mundo não conseguem salvar uma Grécia que ainda tem “o rei dentro da barriga”, acredito que face à revolta do povo grego que dificulta às mudanças necessárias, será melhor permitir que o país “conheça a verdade” - a qual a “libertará” *. O país, que certamente ficará dentro da União Europeia, tal como muitos outros parceiros sem o euro, não se afundará, continuará com o apoio da UE e depois de ter aprendido a lição, sairá fortalecido da crise, nem a fénix das cinzas.
Quanto a Portugal faço votos que consiga dar a volta por cima às coisas, evitando o pior. Tenho a certeza que com uma mudança drástica de estratégia – forte e feio! – isto será possível.
* “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. A Bíblia Sagrada, João 8, 32”
** http://www.spiegel.de/wirtschaft/soziales/0,1518,816291,00.html
“Esta é a primeira consequência que sobrevém quando no mundo alguém deixa de mandar: que os demais, ao se rebelarem, ficam sem tarefa, sem programa de vida.” José Ortega y Gasset (Fonte: A Rebelião das Massas)
No seu artigo em alemão, que apareceu na versão print do DER SPIEGEL de 13.02.2012 (não está online nem em alemão, nem em inglês, apenas um comentário em inglês, cf. linka abaixo), o historiador e politólogo britânico que lecciona em Oxford, Timothy Garton Ash, afirma sob o título:
“Sozinhos eles não conseguem”
“No ano de 1953, Thomas Mann fez um discurso perante estudantes, no qual implorou que eles não deveriam aspirar a uma “Europa alemã” mas sim a uma Alemanha europeia. Esta fórmula foi repetida sem fim nos dias da reunificação alemã. Hoje, porém, vivemos uma variação que só poucos previram: uma Alemanha europeia numa Europa alemã....A Alemanha não pretendeu a liderança da Europa mas também está mal preparada para exercê-la....Que se chegou a isto, é a prova da lei histórica das consequências involuntárias...Até aqui, a Alemanha mostrou ser um líder prudente e não muito habilidoso. Para isso existem muitas razões. Em primeiro lugar a Alemanha não gosta de estar ao volante. Além disso, desconfia que todos os demais passageiros esperam dos alemães que paguem a gasolina, as refeições e – possivelmente – também as despesas da pernoita....Os alemães sentem se incómodos porque é recebido mal se eles lideram mesmo, mas também quando não lideram...os franceses adorariam liderar mas não podem; os alemães podem mas não querem (...)”
Para não esquecer: as causas – comportamento linear > introversão > egocentrismo > declínio – são conhecidas e os princípios de solução – viragem sóciocêntrica da UE para fora – também. Isto é uma verdade relativa que carece de “falsificação” no sentido de Popper. Neste contexto ainda a seguinte citação do saudoso Vergílio Ferreira:
“Uma verdade só é verdade quando levada às últimas consequências. Até lá não é uma verdade, é uma opinião.”
Por isso, a verdade acima referida, para deixar de ser uma mera opinião, terá que ser levada às “últimas consequências” para sabermos se é consistente ou se tem que ceder o lugar a uma verdade diversa e mais apta para resolver os nossos problemas. Por enquanto, alguns insistem em aplicar a verdade da troika – a qual certamente não vai funcionar. Mas também esta minha afirmação é “falsificável”.
É sempre prudente olhar em frente, mas é difícil olhar para mais longe do que pode ver-se.
Winston Churchill
Enviaram-me o pps anexo. É impressionante contudo as soluções que apresenta não são válidas. Com efeito, muito do que aconteceu nos tempos do colonialismo foi cruel e doloroso. Porém, nunca se deve tratar de julgar a história mas sim de compreendê-la e olhar em frente.
Que a Europa trate de fechar as suas portas à imigração em massa de africanos, é correcto. De facto, aqui uma migração daquelas causaria o caos, não servindo nem a europeus nem a africanos. Onde estes últimos se desenvolvem melhor é na África e as excepções confirmam a regra.
Todavia: a Europa, isto é a UE, pode e deve incluir urgentemente os africanos no ciclo do desenvolvimento mundial, mudando de comportamento e desenvolvendo a África de uma forma correcta. O meu esboço estatégico New Deal fala disso.
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Na Idade Média, a unidade europeia repousava na religião comum. Nos Tempos Modernos, ela cedeu o lugar à cultura (à criação cultural) que se tornou na realização dos valores supremos pelos quais os Europeus se reconhecem, se definem, se identificam. Ora, hoje, a cultura cede, por sua vez, o lugar. Mas, a quê e a quem? Qual é o domínio onde se realizaram valores supremos susceptíveis de unir a Europa? As conquistas técnicas? O mercado? A política com o ideal de democracia, com o princípio da tolerância? Mas, essa tolerância, que já não protege nenhuma criação rica nem nenhum pensamento forte, não se tornará oca e inútil? Ou então, será que podemos entender a demissão da cultura como uma espécie de
libertação à qual nos devemos abandonar com euforia? Não sei. A única coisa que julgo saber é que a cultura já cedeu o seu lugar. Assim, a imagem da identidade europeia afasta-se do passado. Europeu: aquele que tem a nostalgia da Europa.
Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
As recentes afirmações do recém eleito Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, acerca da visita de Passos Coelho a Luanda, causaram muita celeuma e uma onda de indignação em Portugal – injustamente, penso eu.
Ouvi as palavras de Martin Schulz em alemão e depois de analizá-las a fundo – também analizei o seu currículo e vi um vídeozinho* - cheguei à conclusão: o homem - até ver - parece-me a pessoa certa no lugar certo, um europeu convicto daqueles que a UE precisa. O que Schulz pensa, também penso eu: na actual situação precisamos de mais Europa e não de menos. Claro, isto só será possível quando os actuais líderes medíocres e os seus comitentes nas capitais europeias forem afastos, sendo substituidos por lideres eleitos –Schulz foi eleito! – por sufrágio democrátio a nível europeu. O princípio de cada um por si e todos contra todos não deve voltar.
Ora vejamos: Schulz não criticou propriamente a ida de Passos Coelho a Luanda. Criticou simplesmente o triste facto de numa UE a desintegrar-se ser necessário um parceiro da UE pedinchar investimentos aos países totalitarios e cleptocáritcos, os quais depois através da alavanca do dinheiro roubado aos seus respectivos povos, podem excercer influência nefasta dentro das democracias da UE, aviltando-as. O dinheiro de fontes dúbias atiça, sempre, a espiral negativa e não faz nascer nada de bom. Claro, Schulz que não morre de amores por Angela Merkel, também podia e devia ter dado como exemplo negativo a recente viagem da Sra. Merkel a China onde ela fez exactamente o mesmo que Pedro Passos Coelho.
Agora muitos dirão que o “dinheiro não tem cheiro” e muito menos numa situação que muitos países da Europa estão a viver actualmente. Assim, com a falta de liderança tanto de Bruxelas como do sistema Merkozy, não é de admirar que muitos digam: “não me interessam os princípios, estou a afogar-me e tudo o que vem à rede é peixe”. Todavia, infelizmente o dinheiro sim tem cheiro, primeiro por causa do acima referido e segundo por causa de um princípio estratégico fundamental: quem nas relações entre países social, economica e ecologicamente mais desenvolvidos e outros menos desenvolvidos e emergentes deve dar as cartas – no sentido sóciocêntrico, de maximização de benefícios, de cordial colaboração e não de arrogância! - , são os primeiros e nunca os últimos. De facto, se queremos desenvolver os menos desenvolvidos e criar benefícios comuns, as coisas têm que correr assim e só assim (c.f. Esboço estratégico New Deal).
Considerações académicas, sublimes e de wishful thinking de quem apenas sabe explicar mas não fazer? De modo nenhum! Conheço imensas pessoas que conseguiram, quer intuitivamente quer por conhecer certos princípios, dar a volta às coisas em situações muito adversas. E eles estão aí, já maiores e vacinados, esperando que chegue a hora da verdade em que os actuais políticos arrumem o carro de vez no atoleiro – em Portugal e em todo o resto da Europa.
Entretanto escrevi ao Sr. Martin Schulz a explicar-lhe que com a falta de estratégia de Bruxelas, as coisas passam-se mesmo assim no sentido da observação que ele faz e que, em consequência, nos afundamos cada vez mais no atoleiro se não insuflarmos novo conteúdo à ideia da Europa. Europeu não pode ser “aquele que tem a nostalgia da Europa” mas sim aquele que contruibui activamente para construir, fortalecer e desenvolvê-la, visando os Estados Unidos da Europa. Talvez o Sr. Schulz me responda?
* http://www.europarl.europa.eu/the-president/de/president/biography.html(com legendas em inglês)
O artigo de capa do DER SPIEGEL corrobora o artigo abaixo referido do médico psiquiatra Pedro Afonso. Apenas uma consequente mudança de estratégia irá mitigar e curar esta situação insustentável, criada na estupidamente mecanicista era de governação dos “carapaus de corrida”. Não é a primeira vez que DER SPIEGEL escreve sobre este fenómeno que está tomando conta das nossas sociedades.
A alma estressada
Hipocondria sem vergonha
Na Alemanha cresce o número de diagnósticos de doenças psíquicas. Muitas pessoas sentem-se puxadas demais. Todavia, enquanto uns sofrem de depressões, outros apenas se encontram estressados. O que é doente e o que é ainda são? Estamos a caminhar para a loucura!
Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no Público, 2010-06-21:
«Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
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