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Ontem perdi um amigo!

por António Filipe, em 20.09.13

Ontem perdi um amigo!
Aos 61 anos, e a “coleccionar” amigos desde os 4 ou 5, nunca me tinha acontecido. É um sentimento novo e muito estranho para mim. E o que mais me irrita é que já há bastante tempo pressentia que isto me podia acontecer, com este amigo em particular. Não com qualquer outro, mas só com este. A sua história de descartar amizades ditava-me que, mais tarde ou mais cedo, faria o mesmo com a amizade que tinha por mim e que, ele próprio, em várias ocasiões, me disse que era especial. Penso que foi o amigo mais recente. E o primeiro e único a deixar de o ser. E estou convencido que era uma amizade muito forte. Embora curta e recente, foi talvez uma das mais fortes que já tive. O que torna o seu fim ainda mais estranho e doloroso. Um dos meus lemas de vida tem sido conseguir o maior número de amigos possível. Nunca fui de opinião de “poucos, mas bons”. Sempre pensei que quantos mais, melhor. É certo que há meia dúzia que sempre foi especial. Este, que agora perdi, estava incluído nesse número dos “especiais”. Nunca, mas nunca, me passou pela cabeça perder um amigo que fosse. Até agora, os únicos amigos que perdi foi por morte deles. Situação contra a qual nada pude fazer. Mas este está vivo. Facto que me deixa mais irritado, por pensar que talvez pudesse ter feito alguma coisa para evitar este desfecho. A verdade é que tudo foi causado por uma coisa que aconteceu entre este amigo que perdi e outro amigo comum, que ainda continua a ser meu amigo. Nada mais que um mal-entendido. De repente, vi-me envolvido no meio de uma querela que me ultrapassou completamente. Ao tentar apaziguar as coisas e evitar uma ruptura, que me parecia iminente, entre aqueles dois amigos, acabei por perder um deles. Foi pior a emenda que o soneto, porque um desses amigos cortou relações com o outro, quase imediatamente, e, mais tarde, comigo. Não é necessário entrar em pormenores, mas a única coisa que eu tentei fazer foi evitar que uma coisa, que eu considerava sem importância nenhuma, causasse inimizades entre dois amigos meus. Sentia que isso poderia acontecer devido ao facto de um deles, como já referi, ter um histórico de descartar amigos com alguma facilidade. Tentei evitar o pior. Não consegui e, pior ainda, fiquei a perder. Se a perda fosse material, nem sequer estaria a escrever estas linhas. Mas perdi uma amizade. E isso vale mais que qualquer bem material. E custa muito mais. Continuo a pensar que o amigo que eu perdi não tinha razão nenhuma para cortar relações com o outro. E muito menos teve razões para cortar relações comigo. Será, porventura, fácil dizer isto, porque é sempre fácil dizer que a culpa é do outro. Por certo, o amigo que perdi pensará que a culpa também não é dele. É normal. E humano. Foi, talvez, falta de diálogo. Aliás, foi, de certeza, falta de diálogo. Diálogo que eu tentei que acontecesse, mas também não consegui. Tenho a sensação de que falhei em todas as frentes. Mas, agora, o mal está feito e já não podemos voltar atrás. Ou talvez pudéssemos, mas tenho a sensação que a amizade nunca mais voltaria a ser o que era. Foram cerca de dois anos que valeram a pena, por muitas e variadas razões. Foi uma amizade que nunca esquecerei. Como nunca esquecerei que, pela primeira vez, em quase sessenta anos, perdi um amigo. Um grande amigo. Tudo farei para que não volte a acontecer.

P. S.:
Depois de esperar uma semana que o amigo a que me refiro me contactasse e não tendo isso acontecido, decidi, eu próprio, tentar contactá-lo. Fiz várias chamadas para o telemóvel e ele não atendeu nem devolveu a chamada. Finalmente, depois de algumas chamadas sem sucesso, fui surpreendido com uma mensagem (SMS) em que dizia que me contactaria mais tarde. Isso nunca aconteceu. Concluí, então, que ele não estava, de todo, interessado na minha amizade.
Alguns dias depois, contactou-me, levando-me a pensar que a minha conclusão anterior estaria errada.
Marcámos um jantar para conversarmos.
Esse jantar nunca se chegou a realizar porque ele se recusava a falar sobre o assunto que levou a este desentendimento.
Alguns dias depois voltámos a “conversar”, no “chat” do Facebook. Embora eu tenha reiterado várias vezes que não gostava de usar esse meio de comunicação para discutir este assunto, pois preferia fazê-lo pessoalmente, ele insistia em usá-lo.
Nessa “conversa” tentei fazer-lhe ver que era muito importante para mim conversar sobre o assunto que, em cima, descrevo. Depois de muita relutância da parte dele, consegui, finalmente, convencê-lo que esse assunto devia ser esclarecido para que, no futuro, não fosse uma coisa que estivesse pendente sempre que nos encontrássemos. Isto é, eu só queria “arrumar o assunto”.
Ficámos, então, de combinar um encontro para este fim-de-semana.
Qual não é o meu espanto quando ontem, sexta-feira, ele me contactou, novamente no “chat”, dizendo-me que, afinal, não estava interessado em falar do assunto.

Estando ciente de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para “reatar” a amizade, tenho que me render à evidência que, de facto, terminou. Com muita mágoa minha.

P. P. S:
Esta é a última publicação que faço no blog “Pegada”.
Foi com muito prazer que, ao longo de quase 3 anos, todos os dias dei um pouco de mim a este blog.
É com tristeza que vos abandono nesta plataforma. Provavelmente não sentirão a minha falta, mas, caso queiram, encontrar-me-ão no Facebook.
Um enorme abraço para todos.


Comentários que tinham sido eliminados:

 

5 comentários

 

De Quem detestou do que leu a 20.09.2013 às 23:49
Não conheço bem nenhum dos dois, mas costumo ler a pegada pela qualidade dos textos aqui publicados, qual o meu espanto encarar com uma publicação de tão baixo nível.
Trazer para a praça publica uma situação que aconteceu entre amigos, é muito muito baixo. 
Lamento ter lido o que li vindo de um homem do qual tinha uma boa ideia. Isto não se faz!

 


De Floribela a 20.09.2013 às 23:57
tadinho do Rogério...não se faz!

 


De topo gigio a 21.09.2013 às 00:07
feio dar tau-tau assim

 


De Nina a 21.09.2013 às 00:09
Quando li nem queria acreditar! Como é possível, Filipe, colocares em praça pública um acontecimento de natureza tão íntima. A única vantagem que vejo neste teu desabafo “público-privado” é conseguires dormir tranquilo, à noite. Apresentaste a tua versão. O Rogério não é isso. Isto não se faz! Shame on you.

 


De dilma russa-ef a 21.09.2013 às 00:18
Sinhô Filipi,

Segue Boleto Bancário Conforme Solicitado. Valor: 2.987,55 902838012381024965783687701284971398596651.zip Este e-mail foi enviado automaticamente e não deverá ser respondido Qualquer dúvida entre em contato com a DISTRIBUIDORA ARICANDUVA LTDA. Pelo Fone: (11) 32723-2219

isso num é viruz...tem medu nãu

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publicado às 21:53


Valsa Scherzo, de Tchaikovsky

por António Filipe, em 20.09.13
No dia 20 de Setembro de 1878, realizou-se, no Palácio do Trocadéro, em Paris, a estreia da Valsa Scherzo, para violino e orquestra, do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky. O violinista polaco Stanislaw Barcewicz foi o solista e Nicolai Rubinstein dirigiu a orquestra.

As origens da Valsa Scherzo, op. 34, em dó maior, são algo misteriosas. Parece que foi escrita em Janeiro e Fevereiro de 1877, como relata uma carta escrita por Iosif Kotek a Tchaikovsky. Kotek era um violinista e anterior aluno de Tchaikovsky, no Conservatório de Moscovo. Graduou-se em 1876 e é quase certo que os dois se tornaram amantes por essa altura. A Valsa foi dedicada ao violinista, na sua primeira publicação, em 1878, com arranjos para violino e piano, feitos pelo compositor. A parte orquestral foi publicada no mesmo ano. A partitura completa só foi publicada em 1895, dois anos depois da morte de Tchaikovsky.
Nalgumas cartas de Kotek para Tchaikovsky, é mencionado que o violinist fez a orquestração da Valsa Scherzo, pelo menos, parcialmente. Mas na correspondência de Tchaikovsky não existe nenhuma menção a este facto.
Embora de curta duração, esta peça exige uma grande técnica por parte do solista.

Valsa Scherzo, de Tchaikovsky

Violino: Vadim Repin
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro: Mariss Jansons

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Anna Netrebko – "La Bellissima"

por António Filipe, em 18.09.13
No dia 18 de Setembro de 1971, nasceu, em Krasnodar, na Rússia, a soprano Anna Netrebko, admirada, não só pela sua beleza, mas, principalmente, pela sua voz. Os seus fãs puseram-lhe a alcunha de "La Bellissima".

Começou a trabalhar lavando nas limpezas do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, onde chamou a atenção do maestro Valery Gergiev, que se tornou o seu orientador vocal no Conservatório de São Petesburgo. Guiada por Gergiev, Netrebko estreou-se no Mariinsky como Susanna, na ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart. Depois disso, interpretou, com aquela companhia, vários papéis como Pamina, da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart e Rosina, da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini.
Em 1995, aos 24 anos, Anna Netrebko fez a sua estreia nos Estados Unidos, como Lyudmila em “Ruslan e Lyudmila”, de Mikhail Glinka, na Ópera de São Francisco.
Em 2002, estreou-se no Metropolitan Opera como Natasha, na primeira produção da companhia de “Guerra e Paz”, de Prokofiev. No mesmo ano, participou no Festival de Salzburgo, sob a direcção de Nikolaus Harnoncourt.
Em 2003, lançou o seu primeiro disco gravado em estúdio, Opera Arias, que se tornou um dos discos de música erudita mais vendidos do ano. No ano seguinte, lançou outro disco, Sempre Libera. Em 2005, participou novamente no Festival de Salzburgo, interpretando Violetta Valéry, na ópera “La Traviata”, de Verdi, ao lado do tenor mexicano Rolando Villazón e sob a batuta de Carlo Rizzi.
Em Março de 2006 requereu a cidadania austríaca, que lhe foi concedida em Julho do mesmo ano. Mantém ambas as cidadanias, russa e austríaca, e, actualmente vive em Viena.
Em Abril de 2008, Netrebko anunciou que tinha casado com o baixo-barítono uruguaio Erwin Schrott mas, na verdade, o casamento nunca se realizou. O filho deles, Tiago, nasceu em Viena, no dia 5 de Setembro de 2008.
Em Setembro de 2011, surgiu a notícia de que Netrebko participará nas cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2014, na Rússia, que se realizarão perto da sua cidade natal.

Ária “Meine Lippen sie Kussen so heiss”, da opereta “Giuditta”, de Franz Lehár

Soprano: Anna Netrebko

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Nadia Boulanger – Compositora e maestrina francesa

por António Filipe, em 16.09.13
No dia 16 de Setembro de 1887, nasceu, em Paris, a compositora e maestrina francesa Nadia Boulanger.

Foi professora de diversos compositores de grande relevância no século XX. Tornou-se professora no Conservatório Americano de Música em Fontainebleau em 1921 e, a partir de 1950, foi directora do conservatório. A sua actividade como professora foi aquela que mais profundamente marcou a cena musical do século XX. Nadia Boulanger teve como alunos, entre muitos outros, Daniel Barenboim, Elliott Carter, Aaron Copland, John Eliot Gardiner, Philip Glass, Dinu Lipatti, Astor Piazolla e Walter Piston. É uma lista impressionante e o melhor testemunho da sua grandeza.
Deve-se-lhe a primeira interpretação em Londres do Requiem de Fauré, em 1936. Apenas em 1948 viria a gravar essa obra em disco. Foi uma das poucas gravações que fez. Não há muitos discos por onde escolher.
Durante a 2ª guerra mundial morou nos Estados Unidos e leccionou no Radcliffe College, Wellesey College e na Juilliard School. Regresssou a França em 1946, assumindo a cadeira de acompanhamento no Conservatório de Paris e, depois de assumir a direcção do Conservatório de Fontainebleau. em 1950, dedicou-se a dar aulas particulares.
Faleceu em Fontainebleau, a 22 de Outubro de 1979.

Fantasia variada para piano e orquestra, de Nadia Boulanger
Piano: David Greilsammer

Maestro: Steven Sloane

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No dia 15 de Setembro de 1933 nasceu, em Burgos, de pai alemão e mãe espanhola, o compositor, maestro e director de orquestra espanhol Rafael Frühbeck de Burgos.

Estudou violino, piano e composição nos conservatórios de Bilbao e Madrid e formou-se “cum laude” na Universidade de Música de Munique. Estreou-se nos Estados Unidos com a Orquestra de Filadélfia. Entre 1962 e 1978 foi maestro principal da Orquestra Nacional de Espanha e de 1980 a 1983 foi maestro titular da Orquestra Sinfónica Yomiuri Nippon de Tóquio, da qual é maestro honorário.
Rafael Frühbeck de Burgos foi director musical da Orquestra Sinfónica da Radiodifusão de Berlim e da Ópera Alemã de Berlim, maestro principal da Orquestra Sinfónica de Bilbao e da Sinfónica de Viena e maestro convidado principal de numerosas orquestras na Europa, Estados Unidos e Japão. Desde 2006 é titular da Orquestra Filarmónica de Dresden, na Alemanha, e da Orquestra Sinfónica Nacional de Turin, na Itália.


Bolero, de Ravel
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão da Dinamarca
Maestro: Rafael Frühbeck de Burgos

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Nicolai Ghiaurov – Baixo búlgaro

por António Filipe, em 13.09.13
No dia 13 de Setembro de 1929, nasceu, em Velingrad, na Bulgária, Nicolai Ghiaurov, considerado um dos melhores baixos do seu tempo e admirado pelo seu poder vocal e imponente voz.

Ainda criança, Ghiaurov aprendeu a tocar violino, piano e clarinete. Em 1949, começou a estudar música no Conservatório Estatal da Bulgária e, de 1950 a 1955, estudou no Conservatório de Moscovo. A sua carreira foi lançada em 1955, quando venceu o Concurso Internacional de Canto, em Paris e ganhou o primeiro prémio e uma medalha de ouro no Quinto Festival Mundial dos Jovens, em Praga. Estreou-se em 1955, como Don Basilio, na ópera “O barbeiro de Sevilha”, de Rossini, em Sófia.
Em 1961, Nicolai Ghiaurov apresentou-se ao lado da soprano Mirella Freni, pela primeira vez, em Génova, na ópera “Fausto”, de Gounod. Casaram-se em 1975 e foram viver para Modena, terra natal de Freni. No dia 8 de Novembro de 1965, Ghiaurov estreou-se no Metropolitan Opera, em Nova Iorque. Durante a sua carreira, também actuou no Teatro Bolshoi em Moscovo, na Ópera Estatal de Viena, no Royal Opera House e na Ópera de Paris. Faleceu no dia 2 de Junho de 2004.


Ária “La calunnia”, da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini
Baixo: Nicolai Ghiaurov
Pianista: Rolando Nicolosi

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Jean-Philippe Rameau – Compositor francês **

por António Filipe, em 12.09.13
No dia 12 de Setembro de 1764, morreu, em Paris, o compositor francês Jean-Philippe Rameau. Tinha nascido, em Dijon, a 25 de Setembro de 1682.

Compositor revolucionário e inovador, Jean-Philippe Rameau deixou importantes marcas na sua época e em toda a História da Música, pela profundidade com que estudou a teoria musical, pelas inovações que introduziu na arte da composição e na técnica de tocar o principal instrumento musical da sua época.
Foi um homem culto, profundo e irreverente. Quando jovem, deu-se mal com o ensino dos jesuítas, de tal modo que o pai viu-se obrigado a enviá-lo para Itália, para estudar música. Não sabia no que se metia…!
Rameau regressou a França tocando violino com uma companhia de comediantes e, envolvido em polémicas filosóficas que tinham por protagonistas homens como Voltaire e Rousseau, enfrentou os conservadores da corte do Rei-Sol Luis XIV. Custou-lhe caro, porque foi atacado e escarnecido – mas a História deu-lhe razão: O “Tratado da Harmonia”, que escreveu em 1722, revelou técnicas e segredos harmónicos na arte de compor e compreender a música, que ficaram a ser e são hoje ainda do mais importante que se conhece na matéria.
Com o regresso de Itália, Jean-Philippe Rameau originou profundas mudanças na música francesa. Ao contrário dos seus antecessores, considerou a composição para igreja uma obrigação fastidiosa. A forma francesa da suíte de danças foi abandonada em proveito de uma forma aparentada com o concerto italiano em 3 movimentos.
Pela primeira vez o cravo não é nem um contínuo, nem um instrumento polifónico, como em Johann Sebastian Bach, mas um instrumento de solo virtuoso. As peças anunciam já Haydn e Mozart
 

**Texto de António Leal Salvado

 


Rondo e Dança, da ópera “Les Indes galantes”, de Jean-Philippe Rameau

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No dia 10 de Setembro de 1941, nasceu, em Nottingham, o maestro, cravista, compositor e musicólogo inglês Christopher Hogwood, conhecido pelas suas interpretações de obras barrocas e clássicas com instrumentos de época.

Estudou música e literatura clássica no Pembroke College, na Universidade de Cambridge. Posteriormente estudou direcção de orquestra com Raymond Leppard e Thurston Dart e, mais tarde, com Rafael Puyana e Gustav Leonhardt. Uma bolsa de estudos do British Council permitiu-lhe estudar em Praga durante um ano.
Em 1967, Hogwood fundou o Early Music Consort (Agrupamento de Música Antiga), com David Munrow, e, em 1973, fundou a Academia de Música Antiga, ambos especializados em interpretações de música barroca e clássica com instrumentos de época. O Early Music Consort foi dissolvido com a morte de Munrow, em 1976, mas Hogwood continuou a apresentar-se e a gravar com a Academia de Música Antiga.
No dia 1 de Setembro de 2006, o cravista Richard Egarr sucedeu a Hogwood como diretor-musical da Academia de Música Antiga. Hogwood assumiu o cargo de director emérito, declarando que esperava dirigir "pelo menos um grande projeto" por ano com a orquestra.
Embora Hogwood seja mais conhecido pelo seu repertório barroco e clássico, também executou música contemporânea, com uma afinidade particular pelas escolas neobarroca e neoclássica, incluindo muitas das obras de Igor Stravinsky, Bohuslav Martinů e Paul Hindemith.
A partir de 1992 Hogwood foi professor na Academia Real de Música do Reino Unido. É 'Professor Honorário' de Música na Universidade de Cambridge, e 'Professor Visitante' no King's College, de Londres. A Universidade de Cambridge atribuiu-lhe um doutoramento “honoris causa”, em Fevereiro de 2008. Em 1989 foi nomeado Comandante do Império Britânico.


Suite nº 3, de Johann Sebastian Bach
Academia de Música Antiga
Maestro: Christopher Hogwood

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Cavalaria Rusticana, de Mascagni

por António Filipe, em 09.09.13
No dia 9 de Setembro de 1891 realizou-se a estreia, em Filadélfia, da ópera “Cavalaria Rusticana”, do compositor italiano Pietro Mascagni.

“Cavalaria Rusticana” é uma ópera num só acto, cuja estreia absoluta se realizou no dia 17 de Maio de 1890, no Teatro Costanzi, em Roma. É dividida em duas partes, separadas por um intermezzo, mas apresentadas em cena contínua. O libreto é de Giovanni Targioni-Tozzetti e de Guido Menasci, extraído da novela homónima de Giovanni Verga.
Em Julho de 1888, o editor musical milanês, Edoardo Sonzogno, anunciou um concurso, aberto a todos os jovens compositores italianos que nunca tinham tido uma ópera encenada, que consistia na submissão de uma ópera com um único acto. As três melhores seriam encenadas em Roma, com todas as despesas pagas pelo editor.
Mascagni só soube do concurso dois meses antes de acabar o prazo para a submissão das obras. Trabalhando intensamente com o libretista, só conseguiu submeter “Cavalaria Rusticana” no último dia. Foram apresentadas 73 óperas e, no dia 5 de Março de 1890, o júri anunciou os três vencedores, entre os quais se encontrava Mascagni. O sucesso da ópera foi estrondoso desde o dia da estreia. Mascagni teve que ir ao palco 40 vezes, a pedido do público e ganhou o primeiro prémio.
À data da morte de Mascagni, em 1945, “Cavalaria Rusticana” já tinha sido apresentada mais de 14 mil vezes, só em Itália. Os produtores americanos lutavam entre si (por vezes em tribunal) para serem os primeiros a apresentar a obra na América. Finalmente, estreou-se em Filadélfia, na Grand Opera House, no dia 9 de Setembro de 1891. Depois seguiu para Chicago e Nova Iorque. No Metropolitan Opera House já teve 652 apresentações.


Intermezzo, da ópera “Cavalaria Rusticana”, de Mascagni
Orquestra Sinfónica do Teatro Comunitário de Bolonha
Maestro: Riccardo Muti

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Missa”, de Leonard Bernstein

por António Filipe, em 08.09.13
No dia 8 de Setembro de 1971, o maestro Maurice Peress dirigiu a estreia da obra “Missa: uma peça de teatro para cantores, instrumentistas e bailarinos”, do compositor norte-americano Leonard Bernstein.

A “Missa”, de Leonard Bernstein, é uma peça de teatro musical encomendada por Jacqueline Kennedy para a inauguração do John F. Kennedy Center for the Performing Arts, em Washington. Embora as passagens litúrgicas sejam cantadas em latim, a obra também inclui textos em inglês, escritos por Bernstein, Stephen Schwartz e Paul Simon.
Inicialmente, a reacção dos críticos foi negativa, mas a gravação feita pela Columbia Records foi muito bem recebida pelo público. O elenco original incluía um celebrante, três coros e acólitos. Uma orquestra actuava no fosso, enquanto outros músicos, incluindo uma banda rock e uma banda filarmónica, actuavam e interagiam no palco.
No início, todos os participantes estão em harmonia, como em qualquer missa normal. No entanto, durante a missa, um coro na rua começa a exprimir dúvidas sobre a função da missa e a necessidade de Deus. Na altura mais emocionante da peça, durante as afirmações contra a guerra do “Dona nobis pacem”, estas dúvidas alastram para o próprio celebrante, que, num acto de sacrilégio, parte a cruz e atira para o chão o pão e o vinho, acabados de consagrar. Os outros participantes caiem ao chão, como mortos, enquanto o celebrante canta uma canção, questionando a sua própria fé, sucumbindo logo a seguir. Tudo se resolve quando aparece um acólito, cantando um hino de louvor a Deus e restaurando a fé dos participantes, que, um por um, se vão juntando ao acólito, cantando um hino de paz e amor universal.
Em 1971, o FBI, que mantinha um arquivo sobre Leonard Bernstein, devido às suas opiniões de esquerda, avisou a Casa Branca que o texto latino desta missa continha mensagens contra a guerra que poderiam causar embaraço ao Presidente Nixon, caso ele assistisse à estreia e aplaudisse. Nixon não compareceu, desculpando-se que a protagonista da noite devia ser Jacqueline Kennedy.


Gloria, da Missa, de Leonard Bernstein
Maestro: Krystjan Järvi

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A Sinfonia das Cores, de Arthur Bliss

por António Filipe, em 07.09.13
No dia 7 de Setembro de 1922, estreou-se, na Catedral de Gloucester, “A Sinfonia das Cores”, op. 24, do compositor inglês Arthur Bliss.

“A Sinfonia das Cores”, dedicada ao lendário maestro Sir Adrian Boult, foi a primeira grande obra orquestral de Arthur Bliss. Embora partilhe do estilo romântico dos seus professores Gustav Holst e Ralph Vaughan Wiliams, esta sinfonia também tem um carácter mais progressista, característico do séc XX.
Sir Edward Elgar conseguiu convencer os organizadores do Festival dos Três Coros, de Gloucester, a patrocinar a obra, juntamente com outras de dois jovens compositores ingleses, Eugene Goossens e Herbert Howells.
A estreia da “Sinfonia das Cores”, dirigida pelo compositor, foi marcada por uma interpretação que tinha sido mal preparada. O próprio Elgar considerou-a demasiado moderna. Bliss fez várias revisões à obra, em 1932, e é esta versão que é popular nos dias de hoje.
Arthur Bliss foi buscar inspiração para a “Sinfonia das Cores” a um livro acerca de associações simbólicas das cores primárias com os símbolos heráldicos. Cada um dos quatro andamentos caracteriza uma cor particular. Segundo o próprio compositor, a ideia desta obra é provocar certos sentimentos e disposições em vez de ditar um programa ou cenário específico.


A Sinfonia das Cores, de Arthur Bliss
Orquestra Sinfónica de Londres
Maestro: Sir Arthur Bliss

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"A clemência de Tito", de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 06.09.13
No dia 6 de Setembro de 1791, estreou-se no Teatro Nacional de Praga a ópera “La Clemenza di Tito”, de Wolfgang Amadeus Mozart.

"A clemência de Tito", K.621, a última ópera de Mozart, foi encomendada para a coroação do imperador da Boémia, Leopoldo II. É uma ópera séria em dois actos, baseada num texto de Pietro Metastasio. Relata a história de um governante justo e bondoso para com o povo, mesmo perante uma tentativa de assassinato preparada por Vitelia e levada a cabo por Sexto, seu amigo.
O empresário Domenico Guardasoni, que vivia em Praga e a quem tinham pedido uma nova obra para a coroação de Leopoldo II como Rei de Boémia, cerimónia que teria lugar o 6 de Setembro, deslocou-se a Viena, e tentou primeiro contratar Antonio Salieri, que estava muito ocupado e declinou a oferta. Foi então que encomendou a Mozart a composição de uma ópera séria.
Embora estivesse absorvido na criação da ópera “A flauta mágica”, Mozart não hesitou em aceitar, pois Guardasoni ofereceu-lhe o dobro do que normalmente lhe pagavam por uma ópera em Viena. Abandonou a composição de “A flauta mágica” para se dedicar à “Clemência de Tito”.
A estreia da ópera não teve grande sucesso. O rei Leopoldo preferia um estilo mais italiano, em vez do germânico pelo qual Mozart era conhecido. Não se sabe o que Leopoldo pensava desta ópera composta em sua honra, mas conta-se que a sua mulher, María Luísa, se referiu a ela como "porcaria alemã".


Final da ópera “A clemência de Tito”, de Wolfgang Amadeus Mozart
Tenor: Michael Schade
Mezzo-soprano: Vesselina Kasarova
Soprano: Dorothea Roschmann
Mezzo-soprano: Elina Garanca
Soprano: Barbara Bonney
Baixo: Luca Pisaroni
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Nikolaus Harnoncourt

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Giacomo Meyerbeer - Compositor e maestro alemão

por António Filipe, em 05.09.13
No dia 5 de Setembro de 1791, nasceu, em Tasdorf, na Alemanha, o compositor e maestro alemão Giacomo Meyerbeer.

Ainda jovem, compôs inúmeras peças para piano e canto, o que levou o seu pai a inscrevê-lo como aluno de Bernard Anselm Weber, director da Orquestra da Ópera de Berlim, para estudar composição.
Algum tempo depois, foi para Darmstadt e, na conhecida escola do padre Vogler, tornou-se amigo de Carl Maria Von Weber. Foi aí que apresentou a sua primeira obra, "Deus e a natureza", que lhe valeu alguns prémios.
A sua primeira ópera, "A filha de Jefté", foi apresentada em Munique. Depois, partiu para a Itália, onde, inspirado pelo sucesso de Rossini, escreveu a sua primeira ópera em italiano, "Romilda e Constanza", apresentada em Pádua.
Depois, seguiu-se uma série de trabalhos bem-sucedidos, como “Semiramides Reconosciuta”, "Emma de Resburgo", "Margherita de Angiú", "Esule de Granada" e “Il crociato in Egitto”. Em Paris, apresentou com muito sucesso "Roberto, o Diabo", "Os huguenotes" e "O profeta", cuja marcha da coroação faz sucesso até hoje.
Meyerbeer morreu em Paris, a 2 de Maio de 1864, sem ter assistido ao sucesso da sua última obra, "A africana".


Marcha da Coroação, da ópera “O Profeta”, de Giacomo Meyerbeer
Orquestra Filarmónica da Eslováquia

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Vlado Perlemuter – Pianista e professor francês

por António Filipe, em 04.09.13
No dia 4 de Setembro de 2002, faleceu, em Genebra, na Suíça, o pianista e professor francês Vlado Perlemuter. Tinha nascido a 26 de Maio de 1904, em Kaunas, na Lituânia.

Os seus pais eram judeus, nascidos na Polónia. Aos três anos, Perlemuter perdeu a visão no olho esquerdo, devido a um acidente.
A sua família fixou-se na França, em 1907. Em 1915, com apenas 10 anos, ingressou no Conservatório de Paris, onde obteve a licenciatura aos 15 anos e ganhou o 1º Prémio, interpretando “Tema e Variações”, de Gabriel Fauré, em frente ao compositor, embora este, na altura, já fosse surdo. Em 1925, conheceu Maurice Ravel e, em 1927, estudou, com o próprio compositor, todas as suas obras para piano solo. Mais tarde, tornou-se num dos expoentes máximos da música de Ravel. Em 1929, em dois recitais em público, aos quais Ravel assistiu, Perlemuter tocou as obras completas para piano daquele compositor, uma façanha que repetiu em 1987, no Wigmore Hall, em Londres, numa celebração do 50º aniversário da morte de Ravel.
Durante a 2ª Guerra, como era judeu, foi perseguido pela Gestapo, na França ocupada pelos nazis. Conseguiu escapar para a Suíça, onde viveu até 1949. Em 1951, assumiu o cargo de professor do Conservatório de Paris, onde permaneceu até 1977.
A sua carreira internacional prolongou-se durante mais de 70 anos e deu concertos um pouco por todo o mundo. O seu último recital foi realizado aos 89 anos, em que interpretou obras de Ravel, no Victoria Hall, em Genebra.


Gaspard de la Nuit, de Ravel
Piano: Vlado Perlemuter

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“Ernani”, de Giuseppe Verdi

por António Filipe, em 03.09.13
No dia 3 de Setembro de 1844, estreou-se, no Teatro alla Scala de Milão, a ópera “Ernani” de Giuseppe Verdi.

O libreto da ópera “Ernani”, de Verdi foi escrito por Francesco Maria Piave e é baseado no drama com o mesmo nome, de Victor Hugo, que tinha sido levado à cena, com grande sucesso, em 1830. Considerando que algumas modificações eram inevitáveis, podemos dizer que o libreto estava muito próximo do original. A diferença mais marcante reside no facto de, no drama de Victor Hugo, ambos os amantes se suicidarem, enquanto Verdi optou só pela morte de Ernani. Victor Hugo não gostou desta modificação e fez tudo o que pôde para que a ópera não tivesse sucesso.
Ernani marca uma evolução na obra de Verdi. Ao contrário de outras óperas do mesmo compositor, esta dá menos importância ao coro e maior relevância ao indivíduo. Os coros ainda desempenham um papel importante na música, mas as partes principais são para as vozes a solo. A estreia absoluta desta ópera teve lugar no Teatro La Fenice, em Veneza, no dia 9 de Março de 1844. Verdi não ficou satisfeito com o desempenho de alguns dos cantores. Embora, no início, tivesse uma fraca aceitação, a popularidade de Ernani cresceu rapidamente e nem a reprovação de Victor Hugo conseguiu abrandar o seu sucesso.


Ária “Surta è la notte”, da ópera “Ernani”, de Giuseppe Verdi
Soprano: Maria Callas
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão do Norte da Alemanha
Maestro: Georges Prêtre

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Sinfonia nº 2, de William Walton

por António Filipe, em 02.09.13
No dia 2 de Setembro de 1960, realizou-se a estreia, no Festival de Edimburgo, da Sinfonia nº 2, do compositor inglês William Walton. O maestro John Pritchard dirigiu a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra.

Walton recebeu um patrocínio da Royal Liverpool Philharmonic Orchestra para compor esta sinfonia, para a celebração do 750º aniversário da cidade de Liverpool, em 1957.
O maestro George Szell dirigiu a Orquestra dos Concertos Gebouw, na estreia da obra, em Amesterdão, no dia 19 de Novembro de 1960. Também dirigiu a estreia nos Estados Unidos, em Cleveland, à frente da orquestra daquela cidade, no dia 29 de Dezembro de 1960 e, alguns meses depois, gravou a sinfonia, com a mesma orquestra. O maestro Leopold Stokowski, numa digressão com a Orquestra Sinfónica de Viena, executou a Sinfonia nº 2, de William Walton, em Maio de 1962, em Viena.
Esta obra foi alvo de várias críticas negativas na imprensa devido ao seu estilo aparentemente conservador, numa época em que, na Europa, florescia a música de vanguarda.


3º andamento da Sinfonia nº 2, de William Walton
English Northern Philarmonia
Maestro: Paul Daniel

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Seiji Ozawa - Maestro japonês

por António Filipe, em 01.09.13
No dia 1 de Setembro de 1935, nasceu em Shenyang, na China, quando a cidade se encontrava sob ocupação japonesa, o maestro Seiji Ozawa, filho de pais japoneses e mais conhecido pelo seu trabalho como maestro da Orquestra Sinfónica de Boston, durante 29 anos.

Quando a família regressou ao Japão, em 1944, começou a estudar piano, dedicando-se, principalmente às obras de Johann Sebastian Bach. Depois de completar o liceu, Ozawa torceu um dedo, num jogo de rugby, o que o impediu de continuar os estudos de piano. Dedicou-se, então, à direcção de orquestra.
Uma década depois, ganhou o primeiro prémio no concurso internacional de maestros, em Besançon, na França. Isto levou a que Charles Münch, director musical da Orquestra Sinfónica de Boston, o convidasse a frequentar o Berkshire Music Center (hoje, Tanglewod). Em 1960, ganhou o prémio Koussevitzky, o mais importante daquela instituição, e recebeu uma bolsa para estudar com Herbert von Karajan, em Berlim.
A convite de Leonard Bernstein, Seiji Ozawa foi nomeado maestro assistente da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e, enquanto desempenhava essa função, apareceu pela primeira vez em público, como profissional, em 1962, dirigindo a Orquestra Sinfónica de S. Francisco. A partir de 1964, dirigiu várias orquestras, até que, em 1973, foi nomeado director musical da Orquestra Sinfónica de Boston, onde se manteve durante 29 anos.
Desde 2002, tem sido maestro principal da Ópera Estatal de Viena e continua a desempenhar um papel importante, como professor e administrador do Tanglewood Music Center, em Massachusetts. No dia 7 de Janeiro de 2010, Seiji Ozawa anunciou que iria cancelar todos os seus compromissos para se submeter a tratamentos, devido a um cancro do esófago, que, segundo o seu médico, tinha sido detectado numa fase inicial.


Valsa, da Serenata para cordas, de Tchaikovsky
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro: Seiji Ozawa

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Missa “Graner”, de Franz Liszt

por António Filipe, em 31.08.13
No dia 31 de Agosto de 1856, realizou-se, na Catedral da Diocese de Gran, a estreia da Missa “Graner”, do compositor húngaro Franz Liszt.

 

Em 1855, Liszt obteve um patrocínio para compor uma missa para a consagração da basílica de Esztergom, a cerca de 90 quilómetros de Budapeste. Embora a “Missa Solene para Esztergom” siga a tradição da “Missa Solene” de Beethoven e tivesse sido escrita para uma grande orquestra, o compositor mostra, claramente, que quer fazer sobressair a simplicidade, de maneira a que esteja em conformidade com o ritual católico. Mais de metade da população húngara é de religião católica. Por isso, a inauguração da basílica foi um grande acontecimento e esta obra de Liszt esteve à altura desse acontecimento.


"Gloria", da Missa Graner, de Liszt
Soprano: Bődi Kármen
Contralto: Mester Viktória
Tenor: Szerekován János
Baixo: Rezsnyák Róbert
Coro e Orquestra Filarmónica Kodály
Maestro: Pad Zoltán

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Regina Resnik – Mezzo-soprano americana

por António Filipe, em 30.08.13
No dia 30 de Agosto de 1922, nasceu, em Nova Iorque, a mezzo-soprano Regina Resnik.

Resnik, estreou-se na sua cidade natal, em 1942, com Macbeth de Giuseppe Verdi  e cantou pela primeira vez no Metropolitan Opera, em 1944, interpretando Aida, do mesmo compositor.
Desenvolveu uma carreira internacional que a levou à Europa e aos estúdios de gravação, tornando-se uma das melhores intérpretes de Carmen, de Bizet, que gravou em 1962, sob a direcção de Thomas Schippers, ao lado de Mario del Monaco, Tom Krause e Joan Sutherland. Foi a intérprete-criadora do papel de Dalila de “The Warriors”, de Bernard Rogers.
Na sua discografia destacam-se sucessos como “Elektra”, de Richard Strauss, com Birgit Nilsson e Sir Georg Solti, além de “Um Baile de Máscaras”, de Verdi, com Luciano Pavarotti, entre outros.

Regina Resnik faleceu Nova Iorque, a 9 de agosto de 2013.


“Gypsy Song”, da ópera “Carmen”, de Bizet

Mezzo-soprano: Regina Resnik

Bell Telephone Orchestra
Maestro: Donald Voorhees

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Esther, de Haendel

por António Filipe, em 29.08.13
No dia 29 de Agosto de 1720 estreou-se a oratória “Esther”, do compositor inglês Georg Friedrich Haendel. O evento realizou-se em Cannons, onde o Duque de Chandos deu emprego a Haendel como compositor residente.

Esther, HWV 50, é, geralmente, reconhecida como sendo a primeira oratória inglesa. O libreto é de John Arbuthnot e Alexander Pope e baseia-se num drama de Jean Racine sobre o Velho Testamento. É uma obra de curta duração, quando comparada com as últimas oratórias de Haendel. A composição original data de 1718, mas teve profundas revisões em 1732. Esta nova versão teve a sua estreia no King's Theatre, no dia 2 de Maio de 1732. A obra tornou-se muito popular e foi executada várias vezes durante a vida do compositor.


Excertos do 1º acto da oratória “Esther”, de Haendel
Agrupamento “Pacific Musicworks”
Maestro: Stephen Stubbs

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