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Hoje, no Parlamento português, foi dia de cantar "Grândola vila morena".
E o Primeiro Ministro achou que era de bom gosto. Não sei se lhe passou pela cabeça que era uma manifestação contra o governo que ele dirige.
Que este dia se repita sempre que for necessário.
E que corra mundo.
Cheguei a um ponto em que já nem sequer peço, a alguns dos meus amigos, para me ajudarem na luta contra estas políticas da destruição do nosso país. Felizmente, são só alguns (poucos).
Já me dou por satisfeito se, pelo menos, constatarem que o país está a passar um dos piores momentos desde o 25 de Abril.
Alguns nem sequer acreditam que a crise existe. Talvez porque não a sintam. Mas negar que o número de pessoas pobres e a viver em condições miseráveis é cada vez maior e está a aumentar a passos largos é, para mim, o cúmulo do egoísmo e só demonstra uma profunda falta de informação. E, pior, afirmar que a culpa das pessoas serem pobres é delas próprias é, para mim, o cúmulo da indiferença e da falta de solidariedade. E, pior ainda, terem o desplante de afirmar que a culpa da crise (a tal em que eles nem sequer acreditam!), é das minorias, como ciganos, ucranianos, pretos, beneficiários do RSI e de outros subsídios, enfim, de todos os que não sejam da sua raça ou que tenham um modo de vida diferente é, para mim, o cúmulo da ignorância. Vem-me à memória um fulano chamado Adolf Hitler.
E, depois, não querem que eu me irrite!
Mas, como já disse, felizmente, esses amigos estão em minoria. Não lhes desejando isso, por vezes, imagino o que pensariam se, um dia, estivessem na mó de baixo.
Sinto-me bem ao sentir e verificar que a grande maioria dos meus amigos têm visão suficiente para constatarem a realidade do país e até fazerem o que podem para mudar este estado de coisas.
Que o grande Zeca Afonso nos sirva de modelo.
Tenho sido injusto na escolha das músicas destas 11h11 de quando me dá na gana. Não tenho dado o devido destaque aos Xutos de 2012 e às suas músicas contra o sistema. Tenho descurado os GNR de 2012, nas suas ousadas e arriscadas músicas de intervenção. Não tenho dado o justo destaque ao pai do Rock; o Rui Veloso de 2012 tem sido abusivamente ignorado. E o Abrunhosa de 2012? Nem um trautear aqui coloquei. Jorge Palma de 2012, David Fonseca de 2012, João Gil de 2012? Não lhes passei cartão, ignorando, de forma injusta, o muito que nos têm ajudado nesta luta que é de todos.
O Zeca, pergunta aqui: "Onde é que estão as novas gerações? Estão a curtir uma de qual?" Estão aqui, Zeca; as "novas" gerações, que ao contrário de ti têm tudo a perder, estão ali em baixo. Contra os Vampiros, a partir do minuto 2:44. Ora vê! Com aquele som é vê-los desorientados, a marrar contra as paredes.
Aos Vampiros! Puff... Foi um sol que se lhes deu.
Sou um pouco duro de ouvido. Aquele som é piiiiii...? Ou é "chiu"?
"A MORTE DE CATARINA EUFÉMIA" - Gravura de José Dias Coelho
Zeca
Jacinta
Letra: Vicente Campinas
"(o homem pergunta-me se o cadáver de Catarina era do Partido Comunista. Digo-lhe que não. Que era do povo de Baleizão. Que não era de um partido mas de um povo. De um povo que sofria injustiças sem saber o que era a justiça. Mas o camponês interrompeu-me.)
-- Lá isso sei eu. Sobre isso posso eu falar-lhe. Contar-lhe.
(E conta-me.)"
[in "Catarina Eufémia -- a morte no monte, de José Miguel Tarquini, Emp. Tip. Casa Portuguesa, 1974]
PS - repito a citação de Tarquini, agora que acabei de ler o livro (que só veio dizer-me, mais uma vez, o que eu já sabia), para sublinhar que Catarina, ao contrário de Carmona, seu marido, nunca foi do Partido Comunista. Não que eu não perceba, embora me repugne, a necessidade, datada, que o Partido Comunista teve de aproveitá-la (apesar de lhe não faltarem mártires -- e não ironizo), mas é importante que se perceba, que as pessoas saibam, que o único partido de Catarina foi o da Liberdade. Hoje, mais do que nunca, é importante que as gentes metam na cabeça que há vida para além dos partidos. Catarina Eufémia merece ser recordada como foi, como um mulher de Baleizão, também como uma mulher do Barreiro (até Carmona ser despedido da CUF por ser do Partido Comunista). Como uma mulher do Povo. Não como uma militante, que nunca foi, do Partido Comunista.
"Onde é que estão as novas gerações?", pergunta o Zeca. Respondam-lhe, porra!, respondam-lhe! Estamos aqui; em cada lavar-dos-dentes, em cada palavra, em cada respirar. Em cada passo. Em outros orgasmos (que os há de espécies variadas), também. E ainda aqui. E em cada português. Pela memória dos que deram a vida, pela memória dos que não a deram, mas que nos entregaram o país, pela aventura dos que se atrevem a dizer não (e também dos carneiros que dizem sempre que sim). Pelo meu filho. Pelos vossos filhos. Estamos aqui!
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