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“Ernani”, de Giuseppe Verdi

por António Filipe, em 03.09.13
No dia 3 de Setembro de 1844, estreou-se, no Teatro alla Scala de Milão, a ópera “Ernani” de Giuseppe Verdi.

O libreto da ópera “Ernani”, de Verdi foi escrito por Francesco Maria Piave e é baseado no drama com o mesmo nome, de Victor Hugo, que tinha sido levado à cena, com grande sucesso, em 1830. Considerando que algumas modificações eram inevitáveis, podemos dizer que o libreto estava muito próximo do original. A diferença mais marcante reside no facto de, no drama de Victor Hugo, ambos os amantes se suicidarem, enquanto Verdi optou só pela morte de Ernani. Victor Hugo não gostou desta modificação e fez tudo o que pôde para que a ópera não tivesse sucesso.
Ernani marca uma evolução na obra de Verdi. Ao contrário de outras óperas do mesmo compositor, esta dá menos importância ao coro e maior relevância ao indivíduo. Os coros ainda desempenham um papel importante na música, mas as partes principais são para as vozes a solo. A estreia absoluta desta ópera teve lugar no Teatro La Fenice, em Veneza, no dia 9 de Março de 1844. Verdi não ficou satisfeito com o desempenho de alguns dos cantores. Embora, no início, tivesse uma fraca aceitação, a popularidade de Ernani cresceu rapidamente e nem a reprovação de Victor Hugo conseguiu abrandar o seu sucesso.


Ária “Surta è la notte”, da ópera “Ernani”, de Giuseppe Verdi
Soprano: Maria Callas
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão do Norte da Alemanha
Maestro: Georges Prêtre

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Georges Prêtre – Maestro francês

por António Filipe, em 14.08.13
No dia 14 de Agosto de 1924, nasceu em Waziers, o maestro francês Georges Prêtre.

Frequentou o Conservatório Douai e, mais tarde, o Conservatório de Paris, onde estudou harmonia e direcção de orquestra. Os seus primeiros interesses musicais foram o jazz e o trompete. Depois da graduação, dirigiu um pequeno números de óperas francesas, por vezes sob o pseudónimo Dherain Georges.
Estreou-se como maestro profissional na Ópera de Marselha, em 1946. Também dirigiu as Óperas de Lille e Toulouse. A sua estreia em Paris foi na Ópera Comique, com a ópera “Capriccio”, de Richard Strauss. Foi director da Opéra Comique de 1955 a 1959. Dirigiu a Ópera Lírica de Chicago entre 1959 e 1971. Na Ópera de Paris, foi maestro em 1959 e director musical em 1970 e 1971. Entre 1986 até 1991, foi maestro principal da Orquestra Sinfónica de Viena.
As estreias no Metropolitan Opera de Nova Iorque e no La Scala de Milão ocorreram em 1960 e no Royal Opera House, Covent Garden, em 1961. Trabalhou também, com Maria Callas, com quem fez muitas gravações.
Georges Prêtre também dirigiu a Orquestra do La Scala em dois filmes de Franco Zeffirelli: Cavalleria Rusticana, de Mascagni, e Pagliacci, de Leoncavallo, ambos protagonizados por Plácido Domingo.
Em 2008, dirigiu o Concerto de Ano Novo de Viena, o único francês a dirigir esse concerto.
Outros interesses de Georges Prêtre são a aviação, judo, karate, bicicleta e natação.


“Va pensiero”, da ópera “Nabucco”, de Verdi
Orquestra do Teatro La Fenice
Maestro: Georges Prêtre

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Gilda dalla Rizza – Soprano italiana

por António Filipe, em 04.07.13
No dia 4 de Julho de 1975, faleceu, na Casa Verdi, em Milão, a soprano italiana Gilda dalla Rizza. Tinha nascido, em Verona, a 12 de Outubro de 1892.

Fez a sua estreia operática em 1912, no Teatro Verdi, em Bolonha, interpretando o papel de Charlotte, na ópera “Werther”, de Jules Massenet. Especialmente apreciada pelo seu repertório do verismo, é vista como tendo sido a soprano favorita de Giacomo Puccini, criando o papel de Magda, na ópera "La rondine”, em 1917. Embora Puccini tenha criado o papel de Minnie, da ópera “La fanciulla del West”, para a soprano checa Emmy Destinn, quando o compositor viu dalla Rizza a cantar Minnie, exclamou: “Finalmente, vi a minha verdadeira Fanciulla”. Também estreou, na Europa, as óperas “Suor Angelica” e “Gianni Schicchi”, de Puccini, em 1919.
Gilda dalla Rizza também apareceu no Teatro Colón e no Covent Garden. Era cantora favorita no Monte Carlo e no Teatro alla Scala. Neste último, obteve um sucesso inesperado na ópera “La Traviata”, de Verdi, sob a direcção de Arturo Toscanini.
Em 1939, abandonou os palcos, mas regressou, em 1942, para uma última “Suor Angelica”, no Teatro Vicenza, na Itália. De 1939 a 1955, foi professora no Conservatório Benedetto Marcello, em Veneza.

Ária "Ah fors'e lui", da ópera “La Traviata”, de Verdi

Soprano: Gilda Dalla Rizza

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Anna Moffo – Soprano norte-americana

por António Filipe, em 27.06.13
No dia 27 de Junho de 1932, nasceu, em Wayne, Pensilvânia, a soprano norte-americana Anna Moffo, muito admirada pela pureza da sua voz e pela sua grande beleza física.

Ao terminar o liceu, foi-lhe oferecida a oportunidade de ir para Hollywood fazer filmes, mas recusou, porque tinha intenção de ir para freira. Mas, em vez disso, foi estudar para o Curtis Institute of Music, em Filadélfia, para onde tinha ganho uma bolsa de estudo. Em 1955, ganhou a audição de jovens artistas e uma bolsa de estudo para o Conservatório de Santa Cecília, em Roma. No mesmo ano, estreou-se como Norina em Don Pasquale, de Donizetti. Em 1956, Anna Moffo apareceu numa produção televisiva de Madame Butterfly, de Puccini. No mesmo ano estreou-se no La Scala, no Festival de Salsburgo e na Ópera Estatal de Viena.
Em 1957, estreou-se na América, interpretando Mimi, em La Bohème, de Puccini, na Lyric Opera of Chicago e, em 1959, no Metropolitan Opera, no papel de Violetta, em La Traviata, de Verdi. Moffo foi particularmente popular na Itália, onde teve um programa de televisão, “The Anna Moffo Show”, entre 1960 e 1973 e foi votada uma das mulheres mais bonitas da Itália. Faleceu em Nova Iorque, no dia 9 de Março de 2006, depois de lutar com complicações de cancro da mama durante 10 anos.


Ária "Sempre libera", da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Anna Moffo
Orquestra e Coro da Ópera de Roma
Maestro: Giuseppe Patanè

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Beverly Sills – Soprano norte americana

por António Filipe, em 25.05.13
No dia 25 de Maio de 1929, nasceu, em Brooklyn, Nova Iorque, a soprano americana Beverly Sills. De ascendência ucraniana e romena, foi considerada pelo New York Times a cantora de ópera mais popular nos Estados Unidos desde Enrico Caruso.

Aos quatro anos, cantou para um programa de rádio, com o nome de Bubbles Silverman. Consta que o seu apelido, "Bubbles" (que significa “bolhas”), se deve à sua personalidade efervescente e aos seus cabelos ruivos. Aos oito anos cantou num pequeno filme e foi então que adoptou o nome artístico de Beverly Sills. Teve a sua estreia profissional aos 16 anos numa companhia itinerante de operetas de Gilbert and Sullivan. Cantou operetas durante muitos anos, até que se estreou na ópera como Frasquita, da Carmen, de Bizet, em Filadélfia. A partir daí, viajou com a Companhia de Ópera de Charles Wagner por toda a América do Norte.
Em 1955 estreou-se na New York City Opera e, em 69, no Teatro alla Scala, de Milão, onde foi um êxito tão grande que apareceu na capa da revista Newsweek. Apesar da sua grande fama nos Estados Unidos, Beverly Sills só se estreou no prestigiado Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1975, recebendo 18 minutos de aplausos sem interrupção. Retirou-se dos palcos no dia 27 de Outubro de 1980, com uma gala de despedida na New York City Opera, passando a ser directora geral daquele teatro. Foi presidente do Lincoln Center e do Metropolitan Opera. A 28 de Junho de 2007, a Associated Press e a CNN noticiaram que Sills tinha sido hospitalizada, gravemente doente, devido a um cancro de pulmão. Beverly Sills faleceu 4 dias depois, a 2 de Julho de 2007, aos 78 anos, deixando um indiscutível legado para a ópera e as artes em geral.

Toda a vida se dedicou a grandes causas sociais – segundo um seu biógrafo, ela conseguiu reunir mais de 70 milhões de dólares para ajuda de crianças deficientes.


Ária “Sempre Libera”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Beverly Sills
Maestro: Julius Rudel

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Luisa Tetrazzini – Soprano italiana

por António Filipe, em 28.04.13
No dia 28 de Abril de 1941 morreu, em Milão, a soprano italiana Luisa Tetrazzini. Tinha nascido em Florença no dia 29 de Junho de 1871.

Começou a cantar aos 3 anos de idade, com lições da irmã mais velha, também ela uma cantora bem-sucedida. Estreou-se na ópera aos 19 anos e fez a primeira parte da sua carreira nos teatros de Itália e em digressões pela Rússia, Espanha e América do Sul. Em 1905 cantou pela primeira vez nos Estados Unidos e a entrada no novo mundo não foi fácil: o director do Metropolitan de Nova Iorque faltou à promessa de contrato que lhe tinha feito, alegando dificuldades legais para que ela cantasse no Met como profissional – e ela afirmou publicamente que cantaria em San Francisco, se tivesse que cantar nas ruas, porque em San Francisco as ruas eram livres. O Tribunal autorizou-a a cantar e o seu agente anunciou que ela cantaria nas ruas de San Francisco.
A voz soprano coloratura brilhou em San Francisco e a carreira de Luisa Tetrazzini deu uma reviravolta. Em 1907 fez a estreia em Covent Garden, como Violeta, na “Traviata” de Verdi e, se subiu a esse palco sendo praticamente desconhecida na Inglaterra, logo de seguida tornou-se a mais requisitada e bem paga soprano das mais importantes salas de ópera. Voltou no ano seguinte aos E.U.A. e cantou pela primeira vez em Nova Iorque. Viria a fazer a temporada de 1911-1912 no Metropolitan, mas permaneceu fiel ao Oskar Hammerstein Manhattan Opera House, o primeiro teatro que a acolheu na metrópole americana.
Depois da Guerra de 1914/1918, Luisa Tetrazzini trocou os palcos da ópera pelos palcos de concerto. O final da vida não foi particularmente feliz: depois da ruína de 3 casamentos foi a derrocada económica. Quando se retirou, em 1932, foi feito um documentário filmado e ela, quando o viu, cantou em paralelo com filme e disse: "Eu estou velha, eu estou gorda, mas eu ainda sou Tetrazzini."


Ária “Caro nome”, da ópera “Rigoletto”, de Verdi
Soprano: Luisa Tetrazzini

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Anita Cerquetti - Soprano italiana

por António Filipe, em 13.04.13
No dia 13 de Abril de 1931 nasceu, em Montecosaro, perto de Macerata, na Itália, a soprano italiana Anita Cerquetti, que, infelizmente, teve uma carreira curta, que só abrangeu a década de 1950.

Inicialmente estudou violino durante oito anos mas, depois de um ano de estudar canto no Conservatório de Perugia, em 1951 estreou-se como cantora de ópera, em Spoleto, interpretando o papel de Aida. Depois de cantar por toda a Itália, estreou-se no Teatro alla Scala, em 1958.
Anita Cerquetti foi notícia quando substituiu Maria Callas, à última da hora, na Casa de Ópera de Roma, no papel de Norma, em Janeiro de 1958. Já estava a interpretar esse papel no Teatro S. Carlos, em Nápoles e, durante várias semanas teve que se deslocar entre Roma e Nápoles. Este esforço teve efeitos graves na sua saúde e, pouco a pouco, foi-se afastando dos palcos, até que se retirou definitivamente, em 1961, com apenas 30 anos.


Ária "Pace mio Dio", da ópera “A Força do Destino”, de Verdi
Soprano: Anita Cerquetti

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Maria Cebotari - Soprano austríaca

por António Filipe, em 10.02.13
No dia 10 de Fevereiro de 1910 nasceu, em Chisinau, na Moldávia, a soprano Maria Cebotari, à qual Herbert von Karajan se referiu como sendo a melhor “Madame Butterfly” que ele jamais dirigiu.

Estudou canto no Conservatório de Chisinau e, em 1929, juntou-se à Companhia de Artes e Teatro de Moscovo, como actriz. Mais tarde foi para Berlim, onde continuou a estudar canto e se estreou como cantora de ópera, no dia 15 de Março de 1931, interpretando o papel de Mimi, na ópera “La Bohème”, de Puccini. Em 1936 integrou o elenco da Ópera Estatal de Berlim, onde se manteve durante 10 anos.
Maria Cebotari actuou nas maiores salas de ópera do mundo, como o Covent Garden de Londres, a Ópera Estatal de Viena e o Teatro La Scala de Milão. Também apareceu em vários filmes relacionados com a ópera. No dia 31 de Março de 1949, Cebotari caiu durante uma actuação em Viena. A 4 de Abril foi operada e os médicos descobriram cancro no fígado e pâncreas. Veio a falecer no dia 9 de Junho de 1949, em Viena.


Ária “Sempre Libera”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Maria Cebotari

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No dia 2 de Dezembro de 1923 nasceu, em Nova Iorque, de ascendência grega, a soprano Maria Callas, a mais célebre cantora de ópera de todos os tempos.

Em 1937 os pais separam-se e Maria viaja para a terra dos avós, a Grécia, à procura da subsistência. E é em Atenas que faz o Conservatório e virá a estrear-se como profissional, em Janeiro de 1941. A ópera tinha acolhido uma voz que viria a revolucionar as regras de interpretar o canto e deslumbrar o público.
Dona de uma voz de extensão incomparável, Maria Callas mostrou, em praticamente uma década apenas, que podia interpretar todos os papéis e em todos os estilos do canto. Levou ao nível da perfeição a arte de alterar a “cor” da voz para exprimir as emoções dos personagens e transformou a arte de cantar na magia de pôr em cena a personalidade e a psicologia dos personagens… tudo com a modulação da voz.
Os anos 60 foram épicos e trágicos. A personalidade bipolar fê-la variar entre o conflito aberto e a adoração dos maestros, entre as paixões tórridas de milionários e divórcios litigiosos, entre a apoteose e o colapso nos palcos, entre a paz com a sua rival Renata Tebaldi e o conflito físico entre os fãs de ambas. Em 1965 decidiu parar de cantar e despediu-se dos palcos.
Uma década mais tarde, em 1974, voltou ao grande público, numa digressão mundial com o tenor Giuseppe di Stefano. Mas a voz e a chama não eram o mesmo. O mito parecia ter-se desfeito. Mas a História encarregou-se de o restaurar. Desde que faleceu, no dia 16 de Setembro de 1977, em Paris, é cada vez mais reconhecida como a diva de todas as divas, a incomparável, a divina Callas.
Fica aqui um excerto da ópera "La Traviata", de Verdi, encenada, em 1958, no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa.


Excerto da ópera "La Traviata", de Verdi
Soprano: Maria Callas
Tenor: Alfredo Kraus
Barítono: Mario Sereni
Soprano: Maria Cristina de Castro
Barítono: Álvaro Malta
Orquestra Sinfónica Nacional
Coro do TNSC
Maestro: Franco Ghione

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No dia 2 de Novembro de 1946 nasceu em Veneza, Itália, o maestro e compositor Giuseppe Sinopoli. Estudou no Conservatório Benedetto Marcello, em Veneza e no Instituto Internacional de Música de Darmstadt, na Alemanha, com Karlheinz Stockhausen.

Também tirou o curso de medicina na Universidade de Pádua, que completou com uma tese sobre antropologia criminal. Sinopoli começou a ser conhecido, primeiramente, como compositor, tornando-se professor de música contemporânea e electrónica no Conservatório de Veneza Benedetto Marcello, em 1972. Estudou direcção de orquestra na Academia de Música de Veneza, com Hans Swarowsky e aí fundou o Agrupamento Bruno Maderna, na década de 70.
Em 1984, Giuseppe Sinopoli foi nomeado maestro principal da Orquestra Filarmonia, posição que manteve até 1994. Tornou-se o maestro principal da Orquestra Estatal de Dresden em 1992 e também se associou ao Festival de Bayreuth. No dia 20 de Abril de 2001, Sinopoli morreu de ataque cardíaco enquanto dirigia a Aida de Verdi, na Ópera Alemã de Berlim. Todos os anos, desde 2005, em Taormina, na Sicília, é organizado um festival, em honra de Giuseppe Sinopoli, que engloba a música, o teatro, a literatura e a arte, com congressos, mostras, publicações e, naturalmente, concertos em que participam as orquestras mais importantes do país.


“Va pensiero sull’ali dorate”, do 3º acto da ópera “Nabucco”, de Verdi
Staatskapelle Dresden
Maestro: Giuseppe Sinopoli

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No dia 10 de Outubro de 1813 nasceu em Roncole, Itália, Giuseppe Verdi, um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo na época considerado o maior compositor nacionalista da Itália, tal como Richard Wagner era na Alemanha.
Teve uma vida cheia de sucessos, mas também recheada de dissabores. Logo aos 18 anos, foi impedido de ingressar no Conservatório de Milão – não por falta de talento, mas por excesso de idade. Teve de regressar à sua pequena cidade e trabalhar como mestre de capela e maestro de banda – mas receberam-no com inveja e hostilidade… e voltou para Milão.
Em 1840, quando tinha 27 anos, perdeu de seguida os dois filhos e a jovem esposa, ao mesmo tempo que a sua segunda ópera era um fracasso. Prometeu que nunca mais comporia – e só o Director do Teatro La Scala o conseguiu demover. Compôs então a ópera Nabuco. A ária “Va pensiero su ali dorate” foi considerada um símbolo nacional pelos italianos, que estavam sob repressão de austríacos e franceses e, por isso, se reviam no famoso Coro dos Escravos.
Convidado a representar o seu país na Grande Exposição Internacional de Londres, em 1862, o compositor deu asas à sua militância política. Escreveu uma cantata exaltando a fraternidade universal e demonstrando que só a união entre os países colocaria fim à opressão dos desprotegidos pelos poderes maiores. Aos sucessos internacionais correspondia a glória nacional. A música de Verdi acompanhou a transformação da península italiana em Estado independente, livre e unitário.
Foi membro correspondente da Academia de Belas-Artes de Paris, deputado em 1861, e senador, nomeado por Vítor Manuel, em 1874 A palavra V.E.R.D.I. foi usada como acrónimo para "Vittorio Emmanuelle Rè de Italia" como propaganda nacionalista. Em 1895, recebeu do rei o título de Marquês de Busseto. No seu testamento, o octogenário deixou a sua grande fortuna a uma fundação para ajudar jovens músicos pobres.
Verdi construíu um fabuloso património musical, sobretudo no domínio da ópera. Ernani, Rigoletto, Don Carlos, Um Baile de Máscaras, O Trovador, Otello e Falstaff são apenas exemplos. As suas últimas obras são as quatro nobres peças sacras: Stabat Mater, Laudi, Te Deum e Ave Maria.
Verdi morreu em Milão a 27 de Janeiro de 1901.


Coro dos ciganos, da ópera “O Trovador”, de Verdi
Coro da Ópera Estatal da Hungria
Maestro do Coro: Máté Szabó Sipos
Orquestra da Ópera Estatal da Hungria
Maestro: Géza Török

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Ópera “Aida”, de Giuseppe Verdi

por António Filipe, em 02.10.12

No dia 2 de Outubro de 1876 realizou-se a primeira apresentação da ópera Aida, de Verdi, no Brasil. O evento teve lugar na cidade do Rio de Janeiro.
Em Novembro de 1869, o vice-rei do Egipto pediu a Giuseppe Verdi que escrevesse um hino para a inauguração do Canal de Suez. Inicialmente, o compositor recusou a proposta, replicando que não era habitual escrever música de circunstância. Mas, perante muita insistência por parte do governo egípcio, Verdi, finalmente, acedeu. A obra, porém, não foi acabada a tempo da inauguração, tendo sido substituída, à última hora, por outra ópera de Verdi. A Aida só seria concluída dois anos mais tarde, em 1871.
A acção da ópera Aida passa-se no Egipto antigo. Com quatro actos e libreto de Antonio Ghislazoni, teve estreia mundial na Casa da Ópera, no Cairo, a 24 Dezembro de 1871, sob a direcção de Giovanni Bottesini. Verdi não esteve presente na estreia, mas ganhou o prestigioso título de Comendador da Ordem Ottomano. No dia 8 de Fevereiro do ano seguinte realiza-se a estreia no Teatro alla Scala de Milão, sob a direcção de Franco Faccio. Em Nova Iorque estreou-se a 26 de Novembro de 1873.


Marcha Triunfal da opera “Aida”, de Verdi
Orquestra Estatal de Lund
Maestro: Roger Andersson

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Angela Gheorghiu – Soprano romena

por António Filipe, em 07.09.12

No dia 7 de Setembro de 1965 nasceu, em Adjud, na Roménia, a soprano Angela Gheorghiu, filha de um condutor de comboio que demonstrava interesse por música clássica. Desde muito jovem, começou a interessar-se por música, ao ver os programas de televisão apresentados por Leonard Bernstein.
Aos 14 anos, entrou para o Liceu George Enescu, em Bucareste, para aperfeiçoar os seus talentos. Tentou frequentar aulas de canto clássico, mas só eram admitidos alunos a partir dos 16 anos. Assim, Gheorghiu teve de estudar durante dois anos em aulas de música popular.
Depois desse período, ingressou na Academia de Música da capital, onde se graduou aos 23 anos. A sua estreia profissional teve lugar em 1990, como Mimi, na ópera La Bohème, de Puccini. Após a queda do regime de Nicolae Ceausescu, Gheorghiu pôde desenvolver a sua carreira internacional, aparecendo em concertos televisivos em Amsterdão e fazendo audições no Covent Garden, onde foi convidada a interpretar La Bohème. A soprano, porém, recusou, preferindo algo mais simples, e assim interpretou, em 1992, o papel de Zerlina, na ópera Don Giovanni, de Mozart. Seguiram-se participações na Ópera do Estado de Viena, em 1992, e no Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1993
Em 1994, fez audições com Georg Solti para uma nova produção de La Traviata, de Verdi. Supõe-se que, após ouvi-la, o maestro disse: “Caí em lágrimas. Tive que sair dali. A rapariga é maravilhosa. Pode fazer qualquer coisa!” De facto, do dia para noite, a sua primeira Violetta catapultou Gheorghiu para a fama.
Angela Gheorghiu casou-se, ainda estudante, com o engenheiro hidráulico Andre Gheorghiu, que vinha de uma família de longa tradição musical. Mas, em 1996, divorciou-se e casou com o tenor francês Roberto Alagna. Desde então, os dois formam um dos mais famosos casais da ópera, cantando diversas vezes juntos, tanto nos palcos como em estúdios.
É conhecida pelas suas exigências e pela resistência contra produções que modernizam a acção ou o enredo de óperas e envolveu-se numa série de escândalos, devido a cancelamentos e desentendimentos em produções em que participava. Em 2003, abandonou uma produção de La Traviata, em Madrid, por discordar da interpretação, que considerava "vulgar". Em 2007, foi demitida da Lyric Opera of Chicago, por faltar aos ensaios, enquanto viajava para Nova Iorque.
Sobre o seu comportamento exigente, Angela Gheorghiu disse numa entrevista:
“Porque cresci num país onde não havia nenhuma possibilidade de ter opinião, tornei-me mais forte agora. Muitos cantores têm medo de não serem convidados novamente para uma casa de ópera se se impuserem. Mas eu tenho a coragem de ser, de certa forma, revolucionária. Quero lutar pela ópera, pois ela deve ser levada a sério. Música ligeira é para o corpo, mas a ópera é para a alma.”


Ária “Sempre libera”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Angela Gheorghiu
Orquestra do Teatro alla Scala de Milão
Maestro: Lorin Maazel

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No dia 28 de Julho de 1941 nasceu, em Nápoles, na Itália, onde estudou piano, no Conservatório de São Pedro, o maestro Riccardo Muti.
É diplomado em composição e direcção de orquestra pelo Conservatório de Milão. Em 1967 ganhou o primeiro prémio numa competição para jovens maestros. De 1968 a 1980 foi o maestro principal do Maggio Musicale Fiorentino. A partir de 1972, e durante 10 anos, foi maestro principal da Orquestra Filarmónica de Londres, sucedendo a Otto Klemperer.
Entre 1980 e 1992 Riccardo Muti foi director musical da Orquestra de Filadélfia, com a qual fez muitas digressões internacionais. Em 1986 ocupou o cargo de maestro principal da Orquestra Filarmónica do La Scala. Desde 1971 é um dos maestros convidados no Festival de Salzburgo. O ano de 2001 foi o ano de Verdi. Apresentou, em Milão, várias óperas deste compositor, assim como o Requiem, com o Coro do La Scala na Basílica de São Marco, para comemorar o centenário da morte daquele compositor.
A 7 de Dezembro de 2004 Muti inaugurou o Teatro Alla Scala, após a sua restauração. Em Maio de 2008 assinou um contrato de cinco anos com a Orquestra Sinfónica de Chicago e também tem sido convidado a dirigir a Filarmónica de Nova Iorque. Em Setembro de 2008 foi convidado a dirigir a Filarmónica de Viena numa longa digressão pelo Japão.


"Coro dos escravos hebreus", da ópera “Nabucco”, de Verdi
Orquestra e Coro do Teatro da Ópera
Maestro do coro: Roberto Gabbiani
Maestro: Riccardo Muti

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Shirley Verrett - Cantora lírica americana

por António Filipe, em 31.05.12

No dia 31 de Maio de 1931 nasceu em New Orleans, nos Estados Unidos, Shirley Verrett, uma cantora lírica americana que, sendo mezzo-soprano, várias vezes interpretou papéis de soprano sem nenhuma dificuldade. Apesar de mostrar talento para a música desde a infância, teve uma educação estritamente religiosa. Sem o apoio da família, foi estudar para a famosa Juilliard School, de Nova Iorque. A sua estreia operática deu-se em 1957, no papel principal da ópera “The Rape of Lucretia”, de Benjamin Britten. A estreia internacional teria lugar em Colónia, dois anos mais tarde. Em 1962, destacou-se como Carmen no Festival de Spoleto.
Seguiram-se diversas estreias em teatros importantes neste papel: Bolshoy, La Scala, Metropolitan Opera e Covent Garden. A partir de então, passou a realizar apresentações regulares nestas e noutras famosas casas de espectáculo, tais como a Ópera do Estado de Viena, a Ópera de Paris e a Ópera de San Francisco, até que se retirou dos palcos em 1990. Verrett também desempenhou um papel importante na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Faleceu em Ann Arbor, Michigan, no dia 6 de Novembro de 2010.


"Pace, pace mio Dio", da ópera “A Força do Destino”, de Verdi
Mezzo soprano: Shirley Verrett
Orquestra Filarmónica dos Países do Loire
Maestro: Marc Soustroc

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Requiem, de Verdi

por António Filipe, em 22.05.12

No dia 22 de Maio de 1874 Giuseppe Verdi subiu ao pódio, na capela de S. Marcos, em Milão, para dirigir a orquestra na estreia da sua Missa de Requiem.
Verdi escolheu esta data para a estreia do Requiem, para comemorar o primeiro aniversário da morte de Alessandro Manzoni, um poeta e romancista italiano muito admirado pelo compositor e com quem se tinha encontrado em 1868. A peça também é, por vezes, referida como Manzoni Requiem. Foi escrita para quatro cantores solistas, coro duplo e grande orquestra.
O Requiem obteve sucesso imediato. Teve sete representações na Opéra Comique, em Paris. Em Veneza, foi feita uma impressionante decoração eclesiástica Bizantina para a sua apresentação. Foram ouvidas versões com acompanhamento de quatro pianos ou conjunto de metais. Mais tarde desapareceu do repertório coral, mas nos anos trinta, do séc. XX, ressurgiu e é, hoje, um marco para qualquer coro.


“Dies Irae”, do Requiem, de Verdi
Baixo: Roberto Scandiuzzi
Mezzo-soprano: Luciana D'Intino
Coro e Orquestra Filarmonia
Coro da Orquestra Sinfónica da Cidade de Birmingham
Maestro: James Levine

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Arturo Toscanini – Maestro italiano

por António Filipe, em 25.03.12

No dia 25 de Março de 1867 nasceu, em Parma, na Itália, o maestro Arturo Toscanini, considerado por muitos críticos e músicos como o melhor maestro que o mundo já conheceu.. Estudou violoncelo no Conservatório de Parma e tornou-se violoncelista da orquestra do Teatro alla Scala de Milão. Em 1886, quando Toscanini completava apenas dezanove anos de idade, a Orquestra do Teatro alla Scala fez uma digressão pelo Brasil. O destino do violoncelista viria a mudar quando, certa noite, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, durante uma apresentação da Aida de Verdi, o maestro foi vaiado. Convidado a subir ao pódio, Toscanini dirigiu uma Aida tão magnífica que foi aplaudido estrondosamente pelo público do Rio, considerado então como um dos centros mundiais da ópera. Jornais do mundo inteiro noticiaram o evento de tal forma, que o maestro se tornou numa figura de destaque internacional.
Toscanini dirigiu a estreia mundial de várias óperas de Puccini e estabeleceu-se em Nova Iorque, onde se tornou maestro do Metropolitan Opera House e da Orquestra Sinfónica de Nova Iorque. A Orquestra Sinfónica da NBC foi criada, para ele, em 1937. Durante várias décadas, Arturo Toscanini "reinou" na cidade norte-americana, que, graças à presença do maestro, ganhou destaque no mundo da música erudita. Toscanini era francamente anti-fascista. Chegou a afirmar certa vez: “Abram as portas das prisões, soltem todos os criminosos. Não encontrarão nenhum bandido pior que Mussolini.” Arturo Toscanini morreu em Nova Iorque, no dia 16 de Janeiro de 1957.


“Marcha triunfal”, da ópera “Aida”, de Verdi
Maestro: Arturo Toscanini

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No dia 23 de Março de 1933 nasceu, em Birmingham, na Inglaterra, o barítono Norman Bailey.
Depois da 2ª guerra mundial, emigrou para a África do Sul, com os pais. O seu talento foi reconhecido quando estudava na Universidade de Rhodes, em Grahamstown. Mais tarde, estudou canto em Viena de Áustria. O início da sua carreira foi passado na Áustria e na Alemanha, mas, depois, fixou-se na Inglaterra. Norman Bailey é mais conhecido pelas suas interpretações em óperas de Wagner.
As suas actuações no Metropolitan Opera de Nova Iorque originaram excelentes críticas e grande aceitação por parte do público. Também actuou na Royal Opera House, Covent Garden, em Londres e em muitas outras salas de ópera mundiais. A sua estreia na sala de ópera Glyndebourne, na Inglaterra, realizou-se aos 65 anos e celebrou o 75º aniversário interpretando o papel de Sarastro, na ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart, na cidade americana de Rexburg, no Idaho.
Em 1977 foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico.


Ária “Di provenza il mar il suol”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Barítono: Norman Bailey

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No dia 9 de Março de 1930, nasceu em Portage, no estado de Michigan, o maestro Thomas Schippers. Filho de um distribuidor da Westinghouse, começou a tocar piano aos 4 anos e, depois de terminar o liceu, frequentou o Curtis Institute e a Juilliard School. Foi maestro habitual na Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e na Sinfónica de Chicago e, em 1970, conseguiu, finalmente, uma posição permanente com a Orquestra Sinfónica de Cincinnati.
De acordo com o professor e escritor John Louis DiGaetani, Schippers teve uma longa relação romântica com o compositor Gian Carlo Menotti e uma biografia de Leonard Bernstein afirma que Schippers e Bernstein também mantiveram uma relação íntima. Embora fosse homossexual, Schippers casou-se, em 1965, com Elaine “Nonie” Phipps, que morreu de cancro em 1973. Thomas Schippers veio a morrer com a mesma doença, quatro anos depois. Tinha 47 anos e faleceu na cidade de Nova Iorque, no dia 16 de Dezembro de 1977.


Abertura da ópera “Nabuco”, de Verdi
Orquestra do Metropolitan Opera de Nova Iorque
Maestro: Thomas Schippers

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Tullio Serafin – Grande maestro da ópera italiana

por António Filipe, em 02.02.12

No dia 2 de Fevereiro de 1968 morreu, em Roma, o maestro italiano Tullio Serafin. Tinha nascido em Rottanova, perto de Veneza, no dia 1 de Setembro de 1878. Formou-se em Milão e tocou viola na Orquestra do Teatro La Scala, sob a direcção de Arturo Toscanini, sendo, mais tarde, nomeado maestro adjunto. Tomou posse como director musical daquele teatro, quando Toscanini foi para Nova Iorque, entre 1909 e 1914 e entre 1917 e 1918. Depois da segunda guerra mundial retomou brevemente o cargo, em 1946 e 1947. Dirigiu um repertório de ópera muito vasto, que reavivou muito do bel canto do século XIX: óperas de Bellini, Donizetti e Rossini.
Tullio Serafin integrou o elenco de maestros do Metropolitan Opera de Nova Iorque em 1924, onde permaneceu durante uma década. Depois tornou-se o director artístico do Teatro Reale, em Roma. Durante o seu grande percurso como maestro, ajudou as carreiras de muitos importantes cantores, incluindo Rosa Ponselle, Joan Sutherland, e Maria Callas, com quem fez inúmeras gravações.


"Pur ti riveggo", da ópera “Aida”, de Verdi
Soprano: Leyla Gencer
Barítono: Giangiacomo Guelfi
Maestro: Tullio Serafin

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