Uma entrevista fantástica, não pelas geniais respostas do Ricardo "gato fedorento" mas pelas perguntas rudemente marcadas ideologicamente do jornalista. Vejam aqui este "lérias" que não gostou das respostas :
"Pedro Lérias (não verificado) | 5 Fevereiro, 2012 - 12:47
RAP responde de forma inteligente mas cínica à questão da publicidade. O problema não é fazer publicidade. O problema é defender uma série de valores em público - valores com que me identifico - e depois fazer publicidade a uma empresa que é um verdadeiro cancro nacional, a PT. Poucas empresas terão usufruído mais do trafico de influências, da 'benesse' pública em torno de monopólios como a PT, com graves prejuízos para o erário público e direitos dos portugueses. A PT ficou com a rede de antenas da RTP a preço de 'amigos' e de forma monopolista. Dificultou o acesso à rede de cobre pelos competidores. Conseguiu ser agora a responsável pela difusão da TDT e negociou contratos que dificultam a liberdade de expressão e torna impossível financeiramente que como em Espanha a passagem para a TDT represente acesso a mais canais. A PT não é uma empresa qualquer. É uma influência nefasta na democracia portuguesa. Que uma pessoa inteligente como o RAP venha querer fazer-se de apenas um profissional a ganhar a vida é de um cinismo que pretende fazer de todos nós parvos."
E, o "lérias", não quer fazer ninguém de parvo. Claro que a PT como a maioria das empresas que vivem à sombra do estado vivem em monopólio ou próximo disso, mas daí a não se poder trabalhar para elas vai uma distância daqui... à Sibéria. Então, e nós, que lhe compramos telemóveis, internet, telefones fixos, SMS, Voz, também "não contribuímos para o esclarecimento do povo"? Mas voltemos ao RAP:
É que há gente que é, antes de tudo, democrata! "Faz falta uma vanguarda política do humor" :Repare que continuo a não encontrar virtudes para contrapor à degradação moral que vai sugerindo. Pelo contrário, vou descobrindo mais falhas, e ocorre-me outra ainda: a ignorância. Eu não sabia que um humorista era obrigado a fazer humor político na televisão. Pensava que podia falar sobre o que lhe apetecesse, onde lhe apetecesse. Que, se eu quisesse falar de política na “Visão” e na TSF, podia fazê-lo, mas que também podia falar sobre outra coisa qualquer. E que, se não quisesse fazer televisão, também tinha essa liberdade. Percebo agora que a única comédia digna desse nome é o humor político televisivo. Tudo o resto é desistência e rendição. Faz falta uma vanguarda humorística que me oriente.(RAP)
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