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Imagino que não estejas a par, Vítor. Há um livro-talvez-O-Livro onde, diz a lenda -- uma lenda sobre um livro vê lá tu --,... onde, toma atenção, é impossível contar os muitos Aurelianos e Josés Arcadios que por aqueles cem anos vão passando. Não serão exactamente cem -- não sei se me estás a acompanhar, Vítor --, cem anos de solidão é o nome de um livro, Vítor. Os muitos Aurelianos e Josés Arcadios, é disso que falo, Vítor, são eles os muitos que vão passando e que não é possível contar. Dizem...!; que eu nem tentei nem tentarei, apenas o li. toma atenção e não te distraias, detesto repetir as coisas. É de um homem, o livro, um colombiano, Esse Homem, chamado Gabriel, talvez seja mesmo o Livro do Homem ou o Homem do Livro, dependendo de quem olha o quê e de onde. Vítor ou Victor, que não sei se aderiste ao acordo ortográfico; o acordo, Vítor ou Victor ou Víctor, e levarás acento, raio de nome complicado tens, o acordo é uma coisa que nos obriga, assim como tu, a fazer coisas que não queremos fazer, por exemplo, escrever espetador, assim como quem espeta, em vez de espectador, assim como quem assiste. Mas perco-me, homem, queria era falar-te de Úrsula, mãe do primeiro Aureliano e do primeiro José Arcadio. Úrsula. Às tantas, já a coisa ia nos bisnetos, acho eu, se calhar mais, que a Úrsula já era centenária. Às tantas, havia uns gémeos, os tais bisnetos ou mais, que eram Segundo e Segundo, respectivamente, Aureliano e José Arcadio de primeiros nomes. Bem, Vítor -- ficas Vítor, que és um tipo moderno, Vítor --, o que se passa é que a Úrsula, tantos tinha visto, filhos e filhos de filhos e filhos de filhos de filhos. Ora Aureliano ora José Arcadio ora José Arcadio ora Aureliano. Com uma ou outra adenda, mas sempre com aquelas graças a picar o ponto. E aprendeu, por tanto e tantos ver e criar, que os Aurelianos saíam sempre assim e os Josés Arcadios saíam sempre assado. Agora volta lá atrás, aos gémeos, ..., já está, eu continuo. Os de último nome Segundo que de ordem eram bem mais -- para teres uma ideia, o Aureliano Segundo chamou José Arcadio ao filho --, os gémeos, baralharam-se e deram de novo e baralharam-na e às tantas já parecia que nem eles sabiam quem eram. E isso desgostava a Úrsula e a mim também, que gosto da Úrsula. O nome de um homem-filho, à Úrsula, dizia-lhe tudo do futuro que o perseguiria. Quem ele ia ser. Mas, e chego lá agora, ao lembrar-me desta história simples de bela lembrei-me de ti. E não gostei nada. Não te quero misturado com os meus cem anos de solidão. Nem com o simples de belo. Mas lembrei-me, essa-é-que-é-essa. Por causa dos homens de quem o nome diz tudo e por causa dos gémeos que de tanto se fazerem passar um pelo outro, às tantas -- julga-se a páginas tantas --, se baralharam a eles mesmos.
Homens que não sabem quem são e por isso são como são.
Homens de quem o nome diz nada.
Quanto à primeira questão nada posso fazer, bem vês. Quero mesmo que desapareças, que és do pior que vi. Pior como em mais mau que mau, sim. Tenho más sensações quando te vejo. Pareces um homem às avessas. Virado de fora para dentro e de dentro para fora. Às avessas. Não és o pateta que pareces e tens agora ar de quem veio para ficar muito tempo. E isso assusta-me, percebes? Quando falo de muito tempo falo mesmo de muito-muito tempo, ficar além do tempo que te está reservado pelo que é. O Coelho mandar-te embora e tu ficares. Esse tanto tempo.
Quanto ao nome, nada a dizer; é chamar-se de gente normal. Fora do livro, as coisas são mesmo assim. Os nomes nada dizem das pessoas antes de as conhecermos e de passarmos a não gostar daquele nome apenas porque não gostamos daquela pessoa. O teu nome não diz nada de ti, não diz ao que vens. Se te chamasses Adolfo Salazar eu ficava de pé atrás. Não imaginas o Coelho a escolher um Adolfo Salazar para Ministro das Finanças. Pois. Bem, vou mesmo mudar-te a desgraça de não mostrares ao que vens, isso vou fazer. O Vítor pode ficar, mas esse Gaspar diz de menos. Salazar dava muito nas vistas, também não. Raspar. Raspar porque é parecido com Gaspar e Raspar porque me raspas o tacho e raspar porque quero que te raspes e raspar porque avisa as pessoas para que se raspem de ao pé de ti. Raspar. Vítor Raspar, o homem às avessas. Ficas assim. Porque eu quero. E agora raspo-me, que estou a escrever isto no telemóvel para apagar ou publicar ou guardar para ler mais tarde e apagar. E já me doem os polegares e isto já vai longo e já tenho a única coisa que queria quando comecei a dedilhar. Agora já te raspei dos meus cem anos de solidão. Durmo em paz, Raspar.
(original publicado em 23-11-11)
"(...) é escandaloso e uma grave quebra dos padrões jornalísticos", dizem os boches disto. E os boches têm razão; bons, bons eram os padrões jornalísticos aqui há coisa de oitenta anos. Mais judeu, menos judeu, a verdade era sempre desvelada. E aquelas conferências de imprensa? "Hoje abrimos mais uma vala comum que se revelou suficiente para albergar todos aqueles sub-humanos". Mas, caramba, estou a ser injusto e escandaloso, que oitenta anos é uma eternidade e o que lá vai lá vai. Há mas é que pôr esse holocaustozinho para trás das costas. Eles hoje estão diferentes. Já não querem dominar a Europa à custa de tais métodos, que o gás está pela hora da morte (ups, esta foi involuntária). O gás dos tempos modernos assume outras formas, como ontem bem se viu.
Haja vergonha, haja decência, haja memória. Haja espinha, raspar, haja espinha, que quando te dobras daquela forma estás a vergar-te em nome de um país que não conheces e não representas. E sabes que mais, vedor da fazenda?, para a próxima não digas "agradecemos muito". O plural, ainda que majestático (wishful thinking...), não te é permitido.
Se prestarem atenção, ouvirão uma coluna vertebral a partir-se
Do lado da tragédia: Vítor Gaspar, ministro português das finanças
Do lado da farsa: Wolfgang Schäuble, ministro alemão das finanças
(imagens TVI)
É deste modo que o "Público" interpreta estas palavras do ministro Vítor Gaspar: “Noto, com desgosto, que aqueles que referem a inevitabilidade do fracasso do programa [de assistência financeira] são aqueles que mais dividem os portugueses e favorecem acções e atitudes para um tal desfecho”.
A mim, mais me parece estar a ouvir o eco de palavras de Manuela Ferreira Leite falando de suspensão da democracia. Será que estou a ouvir bem?
É certo que nem todos possuem o dom da oratória, e este Ministro não a possui de todo, mas existe a hipótese de recorrer ao "media training". Os defeitos são combatidos, as debilidades disfarçadas e o bom é potenciado.
Para a próxima entrevista um dos pontos que o Ministro das Finanças pode começar a tentar resolver é a muleta "Repare que...", usada várias vezes para começar as respostas.
E o jornalista ficou-se? Ficou pois!
Meio dia é capaz de chegar.
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