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Raisparta na Constituição

por Rogério Costa Pereira, em 29.08.13

"O Tribunal Constitucional chumbou hoje as novas regras da mobilidade da Função Pública. (...) Joaquim Sousa Ribeiro esclareceu posteriormente que o chumbo deveu-se a ter o TC entendido que o regime que Governo pretendia criar entregava à entidade empregadora (Estado) a definição unilateral das razões para a passagem do funcionário para a mobilidade, e de seguida o corte do vínculo laboral, o que acabava por ser traduzir numa limitação dos direitos e expectativas legítimas dos trabalhadores." [DN]


Raisparta na Constituição mais na porra dos Direitos, Liberdades e Garantias. Há que rever de imediato este instrumento castrador, que impede as politicas fascizantes de arrasarem de forma ainda mais célere e eficaz este país de economia ainda demasiado próspera para os donos das vozes legitimadas pelo voto popular. Há que apelar ao "sentido de Estado" do Partido Socialista para, de uma vez, arrumar o assunto e o país. Votem PSD, votem PS, votem CDS. Votem Centrão. Votem União Nacional. Morram todos aqueles que ousam gritar, espernear. Morram todos os vivos. Morra Portugal. Pim.

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publicado às 18:58


Há sinais de fogo posto na terra dos Sinais de Fogo

por Rogério Costa Pereira, em 20.07.13

Figueira da Foz-20130720-00071.jpg
A terra dos Sinais de Fogo está deserta. Há sinais de fogo posto pelos mata-vidas que se governam no nosso prato. É Sábado, mas é "É tarde, muito tarde da noite". Jorge de Sena voltaria ao exílio. O senhor onde íamos comprar pão terá emigrado. Não há pão, tal como eles ditaram. E agora já "É tarde, muito tarde da noite". Ou talvez não, que Sena também escreveu doutros estados de espírito. E da vida do Homem e dos que não o são. Ora leiam.

"Podereis roubar-me tudo:

as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos, 
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável 
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos, 
Que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
Para passar por meu. E para os outros ladrões,
Iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo."

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publicado às 12:15


Crónica da terra queimada

por Rogério Costa Pereira, em 16.07.13

Durante dois anos por aqui falei da política de terra queimada levada a cabo pelos mandatários de interesses alheios a Portugal. Durante o mesmíssimo tempo, aludi à falácia em que se traduz a "legitimidade democrática" desses salteadores avençados, assente num sistema eleitoral que nada tem de democrático e, mais que tudo, assente na reiterada e persistente violação da Constituição. 
Vivemos uma ditadura do capital e da alta finança mascarada de democracia. E é incomparavelmente mais complicado abater esta ditadura com trombas de democracia do que um regime autoritário e ditatorial que se assume como tal. Quando digo muito mais complicado, temo estar a usar um eufemismo, porque esta "democracia" renova-se e "legitima-se" a cada eleição que não o é verdadeiramente. A prova do que acabei de escrever é que se chega ao despudor de se argumentar, sem corar, com o "arco da governação", esse aborto da tal "democracia". 
Os culpados, também o disse, somos nós todos. Os que mamam na teta deste regime, tacho após tacho, de cor de cartão em cor de cartão. Mas também os que ou acordaram tarde ou não lutaram o suficiente (contra o sistema como um todo, o que inclui lutar contra os que vivem dele e por ele). Porque muito é pouco. Muito é quase nada. E, ironicamente, dou por mim a pensar que não passamos, todos os que dão a cara e arriscam a pele, da válvula de escape essencial à sobrevivência deste regime fatal que não nos impede de falar (outra válvula de escape), mas nos obriga a sobreviver, de dor em dor. Aos gritos. Sem realmente viver.
Quanto mais penso em tudo isto, já em plena terra queimada, quanto mais volto atrás no tempo, mais me convenço de que vivemos num fabuloso erro de casting. A maior parte dos portugueses vende-se por menos de trinta moedas. A mentalidade dos portugueses assenta no conformismo do "tudo é aceitável, por mais que nos tirem". E as vénias proliferam, século após século, a troco do "deixem-nos sobreviver".
Como se muda isto? No papel seria fácil argumentar, mas na prática não faço a menor ideia. Não sei como convencer quem se sente bem de que não está nada bem. De que nada está bem. De que viver não é isto. De que ontem tínhamos mais, de que já nada pode ser dado como adquirido e de que amanhã teremos menos.
Não sei mudar a mentalidade de quem pensa que "antes isto do que nada". Já chegamos ao "nada" e mesmo agora parece que muitos dos que não se rebelam acham suficiente esse "nada".
Podem matar-me, mas enterrem-me ao menos. Talvez esta última frase venha a ser o ideal do português de XXI. Quando esse dia chegar, Portugal morreu.

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publicado às 15:30


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