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Pedido público de desculpas

por joao moreira de sá, em 28.09.12

Venho publicamente apresentar ao Estado Português o meu sincero pedido de desculpas pela falta de ética dos meus pais. Ambos consumiram recursos do Serviço Nacional de Saúde devido a terem ousado ter cancro e, se no caso do meu pai, que o superou, as passadas, actuais e futuras contribuições para a Segurança Social compensarão, assim o espero, o dinheiro que o Estado gastou para o tratar, a situação da minha mãe foi um despesismo inqualificável, visto ter vindo a falecer. Resta-me esperar que o que também ela descontou para a(s) SS e o que o Estado arrecadou em imposto sobre o tabaco que matando não se inibe de vender por não ir contra a ética, perfaçam montante suficiente para ressarcir o Estado e respectivo Serviço Nacional de Saúde pelo valor dos tratamentos que se vieram a revelar afinal um desperdício de recursos.

Lamento profundamente que a minha mãe tenha morrido de forma tão pouco ética e terei todo o prazer em devolver o montante recebido sob a forma de subsídio de funeral que neste momento sinto ter aceite de forma também pouco ética.
Sem mais,
O cidadão João

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publicado às 09:30


Uma reforma profunda na saúde

por Luis Moreira, em 03.06.12

Racionalizar e concentrar serviços em todo o país. "Estas ideias estão plasmadas no “Estudo para a Carta Hospitalar” (disponível aqui, em PDF), publicado pela ERS neste sábado. Os especialistas entendem que para as especialidades de medicina interna, cirurgia geral, neurologia, obstetrícia, pediatria e infecciologia, solicitada pelo Ministério da Saúde à ERS, actualmente “há duplicação de serviços e sobreposições, nomeadamente de apoio perinatal diferenciado”.
De acordo com o Ministério da Saúde, este estudo “não leva em conta todas as especialidades médicas hospitalares, nem mede os impactos financeiros das opções preconizadas, nem leva em conta as redes de referenciação”.

Contrariamente à leitura que se está a fazer a MAC e o D. Estefânea são para ser integrados em hospitais gerais. Aliás, o primeiro serviço da MAC ( cirurgia da mama) já foi transferido para S. José.

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publicado às 18:22


Uma grávida não é uma doente

por Luis Moreira, em 18.05.12
Mudanças necessárias para responder à pressão que se abate sobre o Serviço Nacional de Saúde. Racionalizar , cortar no desperdício, única forma de defender o SNS. As Unidades de Cuidados Familiares também estão a ser um êxito oferecendo cuidados de proximidade a partir da iniciativa dos profissionais. Com Gestão por Objectivos e com pagamento segundo os objectivos negociados e cumpridos. A lei do medicamento. Fecho de unidades que já não respondem às necessidades e concentração nas mais modernas. E, afinal, move-se!

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publicado às 12:10


No SNS ninguém faz contas

por Luis Moreira, em 20.04.12

Na Comissão de Saúde na Assembleia da República discutiu-se a construção do Hospital de Todos-os-Santos. Em junho saberemos se sim ou não se vai construir. A construir-se muda tudo, evidentemente, mas acham vocês que isto travou obras de ampliação e requalificação? Diz o Presidente da ARSLVT :

Que é natural que as equipas da Maternidade Alfredo da Costa serão repartidas pelos hospitais de Santa Maria, S. Francisco Xavier e Garcia de Orta. Isto porque com a abertura do hospital de Loures, Santa Maria corre o risco de perder a maternidade. São Francisco Xavier fez um investimento de 48 milhões de euros na criação de um serviço materno-infantil e está com uma ocupação de 50% ; e o Garcia de Orta está a contratar serviços externos de obstetrícia.

Entretanto gasta-se um milhão para arranjar um edificio já sem condições (MAC). Perceberam o planeamento  e o rigor ? O desperdício é aos milhões !

Não planear e organizar,  serve a todos menos a quem paga a factura!

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publicado às 09:00

Primeiro era preciso parar com a destruição do SNS, agora é preciso parar com a reestruturação. O que é preciso é que nada mude, pisar o que mexe.

Esta reestruturação da carta hospitalar há muito que obtém o consenso de quem sabe o que se passa no terreno. Nunca ouvi ou li alguém que esteja ligado ao SNS que não concorde com o que se está a fazer em Lisboa e em Coimbra. Podem discutir o ritmo da reestruturação, antes ou depois do Hospital de Todos-os Santos, mas todos são unânimes em dizer que manter hospitais velhos de um século custa muito dinheiro.

Nos últimos cinquenta anos o desenvolvimento da tecnologia na área da saúde foi superior a tudo o que até aí se conhecia. Claro, que esta revolução exige condições em instalações e saberes nunca antes sentidas. O número de camas necessárias desceu de uma forma dramática,  sendo hoje que a estratégia é fazer o maior número de actos médicos no sistema de ambulatório. As mil e muitas camas existentes nos hospitais centrais de Lisboa serão substituídas por menos de metade no novo hospital.

Somos um povo conservador avesso ao risco, à mudança, sempre pronto para a "festa" embora já todos nos apercebemos que as verdades eternas nos levam para o lamaçal onde (alguns) gostamos de viver.

Claro que nos países que vão à nossa frente em tudo a reestruturação hospitalar já foi feita há vinte anos. Estamos sempre a dar lições ao mundo e orgulhosamente sós!

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publicado às 13:19

A carta hospitalar de Lisboa é constituída por vários hospitais centenários instalados no Centro de Lisboa sem condições para fornecer um serviço digno e cuja manutenção custa muitos milhões todos os anos. Em contrapartida foram-se construindo vários hospitais modernos na periferia da cidade. S. Francisco Xavier, Garcia da Horta, Amadora-Sintra, Loures, Cascais...

Disto resultou um desequilíbrio de oferta excessivamento dispendioso que é necessário repor. Insere-se nesta equação o fecho de vários hospitais centrais e a

integração dos serviços da Maternidade Alfredo da Costa e, possivelmente, D. Estefânia e Curry Cabral no Hospital Santa Maria ou no novo hospital de Todos-os-Santos..

Basicamente trata-se de trocar hospitais velhos e ineficazes por um hospital novo e integrar serviços monovalentes em hospitais multivalentes. Com estas medidas poupam-se muito milhões de euros e melhora-se a qualidade dos serviços prestados.

O mesmo se diga para Coimbra onde se prepara o fecho de velhos hospitais e cujos serviços serão integrados nos novos hospitais.

Trata-se de reformar tendo como objectivo melhorar a qualidade dos serviços e poupar nas ineficiências. No Serviço Nacional de Saúde, volto sempre a Correia de Campos, que teve razão antes do tempo. Iniciou um movimento reformista que vai ter continuação e que, pese a contestação de quem diz "não" a tudo, será concretizado.

Só assim se defende o Serviço Nacional de Saúde.

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publicado às 16:00

Temos uma luta pela frente que se faz de empenho e determinação mas também de razoabilidade e de bom senso! É imperativo salvar o Serviço Nacional de Saúde !

Este SNS não é sustentável, não podemos aceitar este nível de desperdício, de hospitais a mais, de salas de partos a mais de blocos operatórios a mais. Temos que tirar as devidas ilações do que se passou com Correia de Campos. Os que agora fazem "cordões humanos" são os mesmos que estiveram contra a política de racionalização do ex-ministro socialista. Tudo o que cheire a mudança tem a recusa obstinada dos PCs e BEs .

É preciso que o desejo dos portugueses, manifestado em eleições, corresponda às políticas dos governos legítimos. O PC e o BE não representam mais de 15% do eleitorado não podem ganhar na rua o que  perderam nas urnas de voto!

Na opinião do padre Lino Maia, «se está em causa o modelo social europeu» é preciso «refletir um bocado», porque «o fim do modelo social europeu, o fim do Serviço Nacional de Saúde, é de facto o fim, a morte dos mais carenciados, dos mais pobres, dos mais desfavorecidos», alertou.
«Um Estado que não se preocupa com o futuro dos mais desfavorecidos é um Estado que não tem razão de ser, então vamos defender a anarquia. Penso que é absolutamente necessário salvar o Serviço Nacional de Saúde e que é possível», concluiu.

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publicado às 13:30


A morte anunciada da MAC vem desde 2005

por Luis Moreira, em 12.04.12

Vem desde 2005 a morte anunciada da Maternidade Alfredo da Costa. A construção de novos hospitais nas cercanias de Lisboa e a existência de outros hospitais com mais  valências e, por isso, com mais capacidade de intervenção em casos mais abrangentes, apontam sem qualquer dúvida para o fecho da maternidade. Para o fecho do edifício, note-se, não para o esfrangalhar das suas equipas que deverão ser distribuídas, intactas, pelos outros hospitais que vão receber mais partos.

A demografia, com o decréscimo pronunciado de nascimento de crianças e com o aumento do parque instalado, levou à situação de haver menos 8 000 partos/ano necessários para ocuparem toda a oferta hospitalar só na região de Lisboa. É um desperdício tremendo a que se juntam muitos outros que devem igualmente ser racionalizados. Só 47% da capacidade dos blocos operatórios instalados no país é utilizada. Alguém em seu juízo acha que é possível manter este nível de desperdício? Nos medicamentos, os genéricos nos países que nos emprestam dinheiro representam 60% dos consumos. Em Portugal menos de metade o que representa milhões de euros que o estado paga a mais à indústria farmacêutica!  Atacar o desperdício é a única forma de defender o Serviço Nacional de Saúde! 

Correia de Campos (socialista, ex- ministro da saúde de Sócrates) tentou defender o Serviço Nacional de Saúde há cinco anos atrás, cheio de razão, avançou com medidas de racionalização imperativas face à situação. Como se vê agora tinha a razão toda do seu lado mas os imobilistas levaram a sua avante!Não se diga pois que se trata de uma ofensiva da direita.

Paulo Macedo, lembrando o início do primeiro Governo de José Sócrates (PS), quando terá sido reconhecido que "tecnicamente uma maternidade monovalente não faz sentido".

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publicado às 11:00


O SNS na óptica do PCP

por Luis Moreira, em 10.04.12

Embora não tenha esta visão catastrófica aqui está para que todos tenham acesso à informação. Muitas das medidas que estão a ser implementadas são incontornáveis, têm a ver com o combate ao desperdício. Mas é bom haver diferentes opiniões. Eu acredito profundamente na Democracia!

 

 

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publicado às 17:00

Hoje no Prós & Contras tivemos a discussão sobre a reforma em curso no SNS. Estiveram presentes governantes, médicos, directores hospitalares, administradores e autarcas. Percebeu-se que há muito trabalho feito e muitos consensos. Foram estes mesmos homens e mulheres ( alguns deles) que há cinco anos atrás atacaram impiedosamente um governante que teve a desgraça de ter razão antes do tempo. Refiro-me a Correia de Campos.

Fechou e concentrou serviços, racionalizou a oferta, no caminho certo, mas infelizmente a demagogia é muita e Correia de Campos teve que ceder.

Agora temos o país já partilhado por "Centros Hospitalares " cada um deles aglutinando vários hospitais da mesma zona, concentrando,  fechando, racionalizando serviços até agora dispersos com desperdícios insustentáveis e menor qualidade oferecida ao doente.

Claro que Portugal tem hospitais a mais, uns ao pé dos outros, com instalações e equipamentos em subaproveitamento. Os blocos operatórios estão a trabalhar com uma ocupação de 47%, pese as filas de espera de muitos meses com doentes a sofrer..

Urgências que estão a ser fechadas e os doentes a serem reencaminhados para onde existe efectiva capacidade de resposta. Maternidades a serem concentradas tendo em vista que só em Lisboa a capacidade instalada é superior em 8 000 partos ao realmente necessário.

Trabalha-se na concentração das compras dos medicamentos e na política de preços, com enormes ganhos num sector onde até agora não houve coragem para mexer, face à força dos interesses instalados. É assim que se salva o SNS, contrariamente aos que dizem que está a ser destruído.

Só em Lisboa, Coimbra e Porto é possível, com melhoria da qualidade da oferta e ganhos para o doente, racionalizar custos de muitos milhões.

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publicado às 11:00

A interpretação de um gráfico é sempre bastante subjectiva. Neste quadro o Movimento para Defesa do SNS vê que os cidadãos recorrem menos às urgências. Claro que as Taxas Moderadoras  é para isso que servem, para refrear as chamadas falsas urgências que chegaram a atingir cerca de 60% do total. O Protocolo de Manchester ( prévia análise da gravidade dos casos) ajudou muito a descongestionar as urgências e a dar prioridade aos casos mais graves.
No entanto, não devemos esquecer que para uma pessoa que recorre às urgências, mesmo por uma simples constipação, o seu caso é sempre o mais grave de todos, resultado da ansiedade de quem se sente menos confortável do que habitualmente. Essa ansiedade é que é muito dificil de gerir.
Uma hipótese que me parece adequada seria isentar as pessoas que não têm um rendimento mínimo ( julgo que é o que se está a fazer), acima desse nível todos pagam Taxa Moderadora  proporcionalmente ao rendimento .
A isto acrescentava dois pressupostos óbvios mas importantes : ninguém ficará sem tratamento por razões financeiras ( ou por outra razão qualquer) e os titulares de Apólices de Seguro de Saúde activavam a sua apólice no SNS da mesma forma como activam quando recorrem a um hospital privado. Não podemos esquecer que são as Companhias de Seguro que saem beneficiadas, não são os doentes!

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publicado às 19:00

Se um de nós tiver uma maleita e for a um hospital e se essa maleita não for grave, podendo ser tratada num centro de saúde, estamos a falar em termos de custos de :

Hospital: investimento inicial : 15 milhões de euros : 200 camas - cerca de 1 000 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários

Centro de saúde : investimento inicial : 1,5 milhões de euros - cerca de 20/30 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários

No primeiro caso, no hospital, como se vê comparando os custos em presença, o custo/hora dedicado a um doente no hospital é cerca de dez vezes superior ao custo/hora no Centro de saúde.

Assim, completando a rede de cuidados primários que cuida dos doentes sem problemas graves, filtrando para os hospitais os doentes mais graves e que precisam mesmo de cuidados mais especializados, poupar-se-iam 10% dos custos totais em saúde ( excluindo o custo dos medicamentos).

Ficamos a saber há poucos dias que o potencial de redução de custos nos hospitais é de 900 milhões de euros e que nos Centros de saúde é de 804 milhões de euros ( 1 704 milhões).

Se a isto juntarmos a Central de Compras e a expansão dos medicamentos genéricos, que pode ir até aos 50% na redução dos custos, temos uma reforma e uma poupança verdadeiramente notáveis. É com estas medidas e políticas que podemos salvar o Serviço Nacional de Saúde. Não é com o imobilismo e as frases feitas de "destruição do SNS" que fazemos o que é preciso fazer!

Correia de Campos foi cilindrado por defender e tentar implementar políticas como esta que em termos simples aqui deixo!

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publicado às 12:48

 Enfim começam a ver a luz do dia os estudos que confirmam o que há muito se sabia. Há um enorme potencial de redução de custos na saúde que décadas de "circuito fechado" pelos interesses instalados sempre obviou à sua publicação.

"Uma análise ao mercado hospitalar revelou que os custos em excesso nos hospitais rondam os 804 milhões de euros e devem-se sobretudo aos internamentos, avança a agência Lusa." Em termos de despesas correntes em saúde, o peso dos hospitais é “considerável”, absorvendo metade dos custos totais (em 2010), sendo que destes, 59% dizem respeito aos custos com o internamento (em 2008).

O estudo aponta que “os cerca de 804 milhões de custos em excesso representam cerca de 34% dos custos do internamento hospitalar, cerca de 21% do total dos custos hospitalares e cerca de 10% dos custos do SNS”.

Para a avaliação da eficiência e dos custos, os investigadores identificaram quatro “áreas passíveis de melhoria”: complicações dos cuidados, readmissões, adequação dos cuidados e a prática de cesarianas."

E quanto aos Centros de saúde?

Uma análise aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) apurou que estes gastam de forma diferente com pessoal, medicamentos e exames e que há custos potencialmente evitáveis que podem atingir os 900 milhões de euros, avança a agência Lusa. "

Como diz o outro é só fazer as contas ao desperdício : 804 milhões + 900 milhões = 1 704 milhões! Vamos admitir que os nossos políticos, gestores da saúde, médicos e outros profissionais estão mesmo interessados em meter as mãos ao trabalho e que conseguem metade daquele número. Mesmo assim, poupava-se 852 milhões de euros!

O desperdício pode matar o Serviço Nacional de Saúde!

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publicado às 19:57


SNS - Compra centralizada de medicamentos

por Luis Moreira, em 15.02.12

Agora digam-me porque é que esta medida ( que todos os grandes grupos privados já implementaram há décadas) não está implementada no Serviço Nacional de Saúde?

Comprar grandes quantidades ao mesmo fornecedor tem um efeito de redução dos custos na área fabril da ordem dos 30%. A que se acrescenta a redução nas entregas que podem ser efectuadas por duas ou três vezes por ano em vez das múltiplas entregas de pequenas quantidades. Se juntar a isto a possibilidade de vender a granel ( sem caixinhas...) a redução no custo vai para os 50%. Num custo que é o maior de todos na actividade da saúde! Isto manteve-se ano após ano  porque há muitas quintas e quintais, cada um compra ao "seu" fornecedor...

Se lhe juntarmos ainda, o aumento de consumo dos genéricos que lá fora anda pelos 50% e aqui pelos 25%, calcule-se os milhões que se poupam!

Vai haver rapaziada a chamar a isto " economicismo!" Sempre que se levanta uma pedra encontram-se milhões em desperdício, medidas há muito testadas que, teimosamente, as corporações que abocanharam o "negócio"  não largam nem ao pontapé. No outro dia vimos aqui a subutilização dos blocos operatórios que anda pelos 47%. E a rede de saúde de cuidados primários que deveriam ser  concedidos nos centros de saúde e que ficam muitíssimos mais baratos se forem fornecidos nos hospitais...

Ou se acaba com o desperdício que décadas de irresponsabilidade de boys e girls foram plantando no SNS ou damos cabo da maior conquista da democracia.

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publicado às 12:00

Pode parecer uma obsessão e é de facto, este meu retornar incessante ao combate ao despesismo.. Um estudo veio mostrar que nos Centros de Saúde onde, diferentemente dos hospitais, o maior quinhão das despesas não é no pessoal, é possível poupar até 900 milhões de euros todos os anos.

Nos cuidados de saúde primários, e "contrariamente ao que sucede na componente hospitalar, em que os recursos humanos representam a maior percentagem relativa na estrutura de custos totais destas organizações", são as prescrições de medicamentos que atingem os valores mais significativos."

Ora já vimos que a prescrição médica se vai fazer por "principio activo" o que permitirá que o consumo de genéricos cresça de forma muito acentuada e se aproxime dos níveis há muito atingidos nos países com maior capacidade reinvindicativa junto da indústria e da corporação dos médicos.

Pouco se sabendo da reforma que foi lançada para o reforço dos cuidados primários tudo aponta que se trata de um caminho complementar mais próximo, mais acessível e muito mais barato. Os Centros de saúde têm a resposta!

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publicado às 09:00

Como há muito aqui digo, a prioridade das prioridades é racionalizar o que temos, optimizar. Vejam este caso do Serviço Nacional de Saúde . Só 57% dos blocos operatórios é que estão ocupados com cirurgias. No entanto há listas de espera de doentes para operar que vão a seis meses, a um ano! Se há 43% de tempo de bloco operatório potencialmente utilizável porque não se organizam os serviços para que se possam operar, com as estruturas já existentes, quase o dobro dos doentes agora operados?

Falta de pessoal? Não se viu isso antes de serem construídos? E, se há falta de pessoal, não é possível pagar horas extras ? Ou criar um banco de horas?

A verdade é que num país onde há excesso de oferta hospitalar continuamos a construir hospitais em parcerias-público-privadas!

O grande problema deste país é o comodismo, o conservadorismo, as corporações instaladas. Muito mais do que as medidas serem de esquerda ou de direita, o verdadeiro problema é introduzir a responsabilidade, o mérito, o respeito pela cidadãos que procuram os serviços do Estado.

E, já agora, as carruagens do Metro também andam a 30% e os autocarros da Carris, idem, aspas...

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publicado às 11:00

A dívida monstruosa do SNS pode pôr em risco centenas de fornecedores e, com isso, colocar em causa o próprio funcionamento do SNS. Os déficites permanentes do SNS que em 2012 se perspectiva em 200 milhões são o maior perigo para a exploração com qualidade do SNS.

O ministro da Saúde admitiu hoje que os 3 mil milhões de dívida podem por em risco postos de trabalho em empresas fornecedoras do Serviço Nacional de Saúde e toda a cadeia de valor da saúde e colocar em risco o fornecimento do próprio SNS. Paulo Macedo acrescentou que embora neste momento seja um cenário irrealista pode vir a ser uma realidade.  

O ministro acrescentou que o Governo transferiu 150 milhões para os hospitais em Dezembro para estes poderem fazer alguns pagamentos a fornecedores.

A racionalização dos meios - equipamentos, edificios, recursos humanos - e o combate ao desperdício são factores fundamentais para a manutenção do SNS tal o conhecemos.

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publicado às 16:30


A bomba - relógio do SNS - 2

por Luis Moreira, em 31.01.12

Contrariando opiniões publicadas recentemente na imprensa nacional, existem dezenas de estudos internacionais que demonstram a mais valia dos processos de gestão que fomentam agrupamentos hospitalares como fusão e partilha de recursos. Como reflexo deste tipo de reflexão nem o sector privado escapará. Aproximam-se mais falências de grupos privados portugueses na saúde,a que se seguirão processos urgentes de fusões e aquisições.

Fomentemos o debate em busca de soluções no melhor interesse nacional. A despesa hospitalar não é controlável mantendo o mesmo modelo, níveis e tipologia de oferta. A despesa com os medicamentos não é controlável sem medidas intersectoriais que incluam parcerias com os agentes nacionais de produção e distribuição.

Mais eficiência para o sistema de saúde depende de flexibilidade e autonomia das unidades na adaptação à realidade local ou a nichos de mercado.

PS: Paulo Moreira no Público

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publicado às 17:00


A bomba - relógio do SNS - 1

por Luis Moreira, em 30.01.12

...A pobreza do debate e a demagogia de alguns comentadores de preferência partidária encoberta não tem ajudado a discutir soluções para Portugal. Uma entrevista ou um relatório de opiniões colectivas ( sem recurso a evidência mas reclamando falta de evidência) são formas legítimas de intervenção política. Não são comentários técnicos. Lançar a dúvida sobre a qualidade da gestão do chamado terceiro sector na saúde (incluindo misericórdias e IPSS) é pura demagogia. A boa gestão não tem exclusivo em qualquer dos três sectores: público, privado ou social. No sector da saúde na Europa temos de tudo nos três sectores.

Desde exemplos de excelência de gestão a exemplos de gestão danosa baseada no favorecimento político a gestores de reduzida competência comprovada. A chave está na qualidade da regulação.

PS: Paulo Moreira no Público

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publicado às 22:30


Graves crimes económicos contra o SNS

por Luis Moreira, em 25.01.12

Tenho escrito muitas vezes na PEGADA que o maior inimigo do Serviço Nacional de Saúde é o desperdício. Mas não me estava a referir à corrupção e aos negócios em que o estado perde sempre! Desde equipamentos até medicamentos o estado paga o que resulta de esquemas bem urdidos por organizações bem oleadas. A Ministra da Justiça diz que há vários casos em investigação, oxalá que sim e que cheguem a bom porto, embora este tipo de crimes seja muitas vezes transnacional.

"«Há muitos casos em investigação e que envolvem desde aquisições de equipamentos à construção de determinados equipamentos e fármacos», disse, escusando-se a quantificar os valores destas fraudes.
A ministra disse que «a corrupção nos sistemas de saúde envolve, muitas vezes, planos bem estruturados, onde impera uma lógica organizativa, direccionada para a obtenção de lucros, em que a corrupção assume grande relevância».
Tal acontece, de acordo com Paula Teixeira da Cruz, «com práticas corruptivas adoptadas por certos laboratórios farmacêuticos, tendentes a aumentar a venda dos medicamentos que produzem, ou comercializam».
«O suborno, muitas vezes traduzido em favores que, exteriormente, não aparentam qualquer ilegalidade, permite a obtenção de proveitos ilícitos que, posteriormente, são branqueados e reinvestidos, quer na economia lícita, quer no financiamento de outras práticas criminosas»"

É por aqui, com esquemas modernos de controle há muito praticados nas empresas que se detém o desperdício e o roubo!

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publicado às 19:34


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