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No dia 2 de Junho de 1863 nasceu em Zadar, na Dalmácia, o compositor, pianista, escritor e maestro austríaco Felix Weingartner.

Foi um dos últimos alunos de Franz Liszt, de quem recebeu ajuda para produzir a sua ópera Sakuntala. Entre 1908 e 1927 foi o maestro principal da Orquestra Filarmónica de Viena. Além de diversas óperas, escreveu sete sinfonias, uma sinfonietta, concertos para violino e para violoncelo, obras orquestrais, pelo menos quatro quartetos de cordas, quintetos para cordas e para piano com clarinete e outras peças.
Como maestro, Weingartner foi, talvez, o primeiro a gravar o ciclo completo das sinfonias de Beethoven. Também escreveu livros sobre regência, sobre as sinfonias de Beethoven e sobre a sinfonia desde Beethoven, além de edições de obras de Gluck, Wagner e outros, e uma grande edição de Berlioz (a quem chamou "criador da orquestra moderna").
Felix Weingartner morreu em Winterthur, no dia 7 de Maio de 1942.


4º andamento da Sinfonia nº 9 “Ode à Alegria”, de Beethoven
Soprano: Luise Helletsgruber
Contralto: Rosette Anday
Tenor: Georg Maikl
Bass: Richard Mayr
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Felix Weingartner

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Ludwig van Beethoven – Compositor alemão

por António Filipe, em 26.03.13

No dia 26 de Março de 1827 morreu, em Viena, Ludwig van Beethoven, um célebre alemão, canhoto, surdo, com o rosto marcado pela varíola e a quem chamavam “o espanhol”, devido à sua tez morena e cabelos muito negros. Tinha nascido em Bona, na Alemanha, no dia 16 de Dezembro de 1770.

Hans von Bülow refere-se a Beethoven como um dos "três Bs da música" (os outros dois seriam Bach e Brahms), considerando as suas 32 sonatas para piano como o Novo Testamento da música.
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o melhor professor de cravo da cidade, que lhe deu uma formação musical sistemática, e lhe deu a conhecer os grandes mestres da música alemã. Neefe afirmava que o seu aluno, de dez anos, dominava todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e apresentava-o, orgulhosamente, como um segundo Mozart.
Existem especulações históricas sobre um provável encontro entre Beethoven e Mozart, mas não existe nenhum facto histórico que o possa comprovar. No entanto, existem histórias do seu encontro, como por exemplo, uma que refere um Mozart absorto no seu trabalho, na composição de Don Giovanni, que não terá tido tempo de lhe prestar a devida atenção. Uma outra, bem mais interessante, refere um encontro em que Mozart terá dito acerca de Beethoven: "Não o percam de vista, um dia há-de dar que falar."
Beethoven demonstrou genialidade em praticamente todas as obras que compôs. E foram muitas, entre sinfonias, concertos, quartetos, trios, sonatas, não esquecendo uma ópera. No ano em que morreu, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. A sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia e projectava escrever um Requiem. Conta-se que cerca de dez mil pessoas compareceram no seu funeral, entre elas, Franz Schubert. Ludwig van Beethoven faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia.
A sua obra-prima, na opinião de muitos, foi a Sinfonia nº 9 em ré menor, Op.125. Pela primeira vez é inserido um coral num andamento de uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, "Ode à Alegria", feita pelo próprio Beethoven. Otto Maria Carpeaux, na sua obra “Uma Nova História da Música”, afirma que Beethoven assistiu à primeira apresentação pública da sua 9ª Sinfonia, ao lado de Umlauf, que a regeu, mas abstraído na leitura da partitura e já com uma surdez avançada, não percebeu que estava a ser ovacionado até que Umlauf, tocando-lhe no braço, lhe chamou a atenção para a sala, e então Beethoven inclinou-se diante do público que o aplaudia.


Sinfonia nº 9 “Ode à Alegria”, de Beethoven
Soprano: Anna Samuil
Mezzo-soprano: Waltraud Meier
Tenor: Michael König
Baixo: René Pape
Coro Nacional da Juventude da Grã-Bretanha
West-Eastern Divan Orchestra
Maestro: Daniel Barenboim

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Sinfonia nº 9 “A Grande”, de Schubert

por António Filipe, em 21.03.13
No dia 21 de Março de 1839 estreou-se, na Leipzig Gewandhaus, a Sinfonia nº 9, de Schubert, que Robert Schumann considerou a maior peça instrumental desde a morte de Beethoven. O maestro foi Felix Mendelssohn.

A Sinfonia nº 9, em dó maior, D. 944, conhecida como “A Grande”, é a última sinfonia composta por Franz Schubert. O subtítulo de “A Grande dó maior” foi-lhe dado, originalmente, para a distinguir da nº 6, “A Pequena dó maior”, mas, nos dias de hoje, esse subtítulo é associado à grandiosidade da obra. Durante muito tempo, julgou-se que foi escrita no último ano de vida do compositor, 1828. É verdade que, nos últimos meses de vida, Schubert fez alguns esboços de uma sinfonia – mas era em ré maior e é, hoje, aceite como sendo a nº 10.
De facto, sabemos, agora, que “A Grande” foi, na sua maioria, composta em 1825, tendo sido terminada no Verão de 1826. Em Outubro, Schubert, sem posses para pagar uma apresentação pública, enviou-a para a Associação dos Amigos da Música, com uma dedicatória. Como agradecimento, a Associação pagou a Schubert uma pequena quantia, fez cópias das diferentes partes orquestrais e, em 1827, depois de a terem tocado uma vez, decidiram que era muito grande e difícil para apresentar em público.
A obra só foi estreada, na sua totalidade, no dia 21 de Março de 1839.


Sinfonia nº 9, em dó maior, D. 944, “A Grande”, de Franz Schubert
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: John Eliot Gardiner

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Daniel Barenboim – Pianista e maestro argentino

por António Filipe, em 15.11.12
No dia 15 de Novembro de 1942 nasceu, em Buenos Aires, o pianista e maestro Daniel Barenboim, que vive em Berlim e possui cidadania argentina, israelita e espanhola.

Começou a ter aulas de piano com a mãe, aos cinco anos, e continuou a estudar com o pai, que foi o seu único professor. Em Agosto de 1950, com apenas sete anos, deu o primeiro concerto formal, em Buenos Aires. Em 1952, a família mudou-se para Israel e, no verão de 1954, os seus pais foram para Salzburgo para que o jovem Daniel pudesse ter aulas de direcção de orquestra, com Igor Markevitch.
Nesse verão, Barenboim conheceu Wilhelm Furtwängler, que o tratava por "fenómeno" e o chamou para tocar o primeiro concerto para piano, de Beethoven, com a Filarmónica de Berlim, mas o pai de Barenboim não permitiu, dizendo que não era aconselhável uma criança judia tocar em Berlim.
Em 1955, Barenboim estudou harmonia e composição com Nadia Boulanger, em Paris. Estreou-se como pianista, em Viena e Roma, em 1952, em Paris em 1955, Londres em 1956 e Nova Iorque em 1957, sob a batuta de Leopold Stokowski. Fez digressões regulares pela Europa, Estados Unidos, América do Sul, Austrália e Extremo Oriente. Em 1967, Barenboim casou-se com a famosa violoncelista britânica Jacqueline du Pré, em Jerusalém. O casamento acabou com a morte de du Pré por esclerose múltipla, em 1987.
De 1991 a 2006, Daniel Barenboim foi director musical da Orquestra Sinfónica de Chicago e, desde 1992, da Ópera Estatal de Berlim, da qual é maestro vitalício. No dia 15 de Maio de 2006, foi nomeado maestro principal convidado do La Scala, de Milão.
É conhecido pelo seu trabalho com a West-Eastern Divan Orchestra, uma orquestra de jovens músicos árabes e judeus, que co-fundou com Edward Saïd, um escritor palestiniano e defensor dos direitos do povo da Palestina.


Último andamento da Sinfonia nº 9, de Beethoven
West-Eastern Divan Orchestra
Maestro: Daniel Barenboim

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Claudio Abbado – Maestro italiano

por António Filipe, em 26.06.12

No dia 26 de Junho de 1933 nasceu em Milão o maestro italiano Claudio Abbado. O seu primeiro professor foi o pai, o violinista e compositor Michelangelo Abbado. Quando, ainda criança, ouviu uma interpretação dos “Nocturnos” de Claude Debussy, decidiu tornar-se maestro. Teve oportunidade de assistir a muitos ensaios de orquestra em Milão e em Viena, liderados por maestros como Arturo Toscanini e Wilhelm Furtwängler. Abbado disse a entrevistadores que ficou perturbado com a forma tirânica, e por vezes abusiva, como Toscanini tratava os músicos, e que resolveu comportar-se da forma mais delicada possível, tal como Bruno Walter. Abbado é conhecido por ser amigável, discreto e por nunca se confrontar com a orquestra no ensaio.
Após estudos no Conservatório de Milão, em 1955, Claudio Abbado estudou direcção de orquestra com Hans Swarowsky, na Academia de Música de Viena. Em 1958, venceu o Concurso Internacional Koussevitsky, o que resultou numa série de compromissos como maestro de ópera na Itália. Em 1963 ganhou o Concurso Dmitri Mitropoulos, o que lhe permitiu trabalhar durante cinco meses com a Filarmónica de Nova Iorque.
Em 1960 estreou-se no La Scala, do qual foi Director Musical entre 1968 e 1986. Dirigiu a Filarmónica de Viena, pela primeira vez, em 1965, num concerto no Festival de Salzburgo. Foi Director Musical da Ópera Estatal de Viena de 1986 a 1991. Entre 1979 e 1987 ocupou o cargo de Maestro Principal da Orquestra Sinfónica de Londres. Nos Estados Unidos, foi Maestro Convidado Principal da Orquestra Sinfónica de Chicago, de 1982 a 1986. Em 1989 sucedeu a Herbert von Karajan como Maestro Principal e Director Musical da Orquestra Filarmónica de Berlim, posto que ocupou até 2002. É também conhecido pelo seu trabalho com músicos jovens. Foi o fundador e Diretor Musical da Orquestra de Jovens da União Europeia e da Gustav Mahler Jugendorchester.
Abbado foi diagnosticado com cancro do estômago em 2000, e o tratamento levou à remoção de uma parte de seu sistema digestivo. Após a recuperação, fundou a Orquestra do Festival de Lucerna. Em Setembro de 2007, anunciou o cancelamento de todos os compromissos para o futuro próximo, a conselho dos médicos, mas daí a dois meses retomou as suas actividades normais.
Claudio Abbado recebeu muitos prémios, entre os quais o Prémio Imperial do Japão, a Medalha Mahler, o Bundesverdienstkreuz (a mais alta distinção concedida a um civil pelo Governo da Alemanha) e a Medalha Mozart, entre outros. Recebeu ainda doutoramentos honoris causa das universidades de Ferrara, Cambridge, Aberdeen, e Havana.


Excerto da Sinfonia nº 9, de Mahler
Gustav Mahler Youth Orchestra
Maestro: Claudio Abbado

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Rudolf Kempe - Maestro alemão

por António Filipe, em 14.06.12

No dia 14 de Junho de 1910 nasceu, em Dresden, o maestro alemão Rudolf Kempe. Aos catorze anos começou a estudar na Escola de Ópera Estatal. Além de tocar piano regularmente, tocou oboé na Orquestra de Dortmund e na Orquestra Gewandhaus de Leipzig, em 1929. A partir de 1933 começou a trabalhar na Ópera de Leipzig, onde, mais tarde, foi maestro. Dirigiu a Orquestra de Dresden e a Dresden Staatskapelle, de 1949 até 1952, com as quais fez várias gravações. A sua carreira internacional começou a partir de 1951, quando dirigiu a Ópera Estatal de Viena nas óperas “A Flauta mágica”, de Mozart e “Simão Bocanegra”, de Verdi.
Foi convidado para suceder a Georg Solti como maestro principal da Ópera Estatal da Baviera, em Munique, entre 1952 e 1954. Em 1953 apareceu com a companhia de Munique no Royal Opera House, em Londres, onde o administrador geral, rapidamente decidiu que Rudolf Kempe seria o director musical do Covent Garden.
Em 1960, tornou-se maestro associado da Orquestra Filarmónica Real, em Londres, escolhido pelo fundador da orquestra, Sir Thomas Beecham. De 1961 até 1962, foi o maestro principal da orquestra, e de 1963 até 1975 foi o director artístico. A partir de 1967 dirigiu a Orquestra Filarmónica de Munique e nos últimos meses de vida foi o maestro principal da Orquestra Sinfónica da BBC. Rudolf Kempe morreu no dia 12 de Maio de 1976.


Excerto da Sinfonia nº 9 “Do Novo Mundo”, de Dvorak
Orquestra Sinfónica da BBC
Maestro: Rudolf Kempe

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No dia 25 de Janeiro de 1886 nasceu, em Berlim, o maestro e compositor alemão Wilhelm Furtwängler. Foi titular da Orquestra Filarmónica daquela cidade durante o período nazi. Passou a maior parte da infância em Munique, onde o pai leccionava na universidade local. Recebeu educação musical desde cedo, desenvolvendo, imediatamente, um amor por Beethoven, compositor com quem foi fortemente associado ao longo da vida. Embora seja conhecido principalmente pelo seu trabalho como maestro, foi também compositor e considerava-se acima de tudo como tal. Na realidade, teria começado a empunhar a batuta apenas para executar as suas próprias obras, mas a falta de segurança financeira como compositor fez com que passasse a concentrar-se na direcção de orquestra.
Foi director musical da Orquestra Filarmónica de Viena, do Festival de Salzburgo e do Festival de Bayreuth, o cargo mais elevado que um maestro podia ocupar na Alemanha da época. Também apareceu diversas vezes como maestro fora da Alemanha. Estreou-se em Londres em 1924 e, em 1925, apareceu como maestro convidado da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque.
Mas a década de 30 foi muito complicada: Foi acusado de ser complacente com o regime nazi que imperava na Alemanha – e isso viria mesmo a estar na base do corte de relações com Arturo Toscanini. Acabou mal-amado pelos nazis e pelos que se lhes opunham; forçado a fugir do país antes que os nazis lhe deitassem a mão, em Fevereiro de 1945, foi para a Suiça e nunca mais seria autorizado a reger nos Estados Unidos. Ao regressar à Alemanha voltou à actividade de maestro e retomou a sua popularidade na Europa.
As interpretações de Furtwängler nem sempre seguiam marcações precisas, a emoção e a improvisação predominavam, associadas a frequentes alterações de tempos e flutuações de andamentos. Algumas das gravações que nos deixou são ainda hoje consideradas de referência.
Morreu no dia 30 de Novembro de 1954, em Ebersteinburg.


Final da Sinfonia nº 9, de Beethoven
Gravação de 1942
Maestro: Wilhelm Furtwängler

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