Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tenho andado, de dia para dia, para escrever algo sobre a questão daS faceS ocultaS dos últimos dias, mas a falta de tempo - e acima de tudo a falta de paciência - não mo têm permitido. E não seria ainda hoje; sucede que reparei que a João, a propósito de outro assunto, resume tudo numa frase dirigida aos nossos esforçados media: "Ao menos esperem pela autópsia antes de potenciarem suspeitas que, até ver, são perfeitamente infundadas e constituem, de facto, um atentado à saúde pública". A frase vinha a propósito da gripe A e da actuação dos media, mas serve como uma luva - é aliás a frase perfeita - para caracterizar a forma como os media têm tratado o caso Face Oculta.
Quanto ao Segredo de Justiça, continua como dantes. Tudo como sempre, aliás:
" (...) foi uma torrente contínua de violação ao segredo de Justiça: antes de Leonor Beleza ter sido notificada da acusação, esta foi publicada integralmente em todos os jornais; a LUSA difundiu-a pelos meios de comunicação social, as rádios e as televisões divulgaram-na perante os portugueses. (...) Na tarde em que Leonor Beleza foi pronunciada, à porta do Tribunal, (...) foi chamada de "assassina", foi impedida de dizer uma palavra em sua defesa e só não foi agredida porque advogados e jornalistas a protegeram a todo o custo (...) " - Proença de Carvalho, artigo publicado no "Público", 4 de Novembro de 1996;
"É público e notório que o segredo de Justiça tem sido abertamente violado (...) Não uma mas muitas vezes" - António Ribeiro Ferreira, DN, 4 de Novembro de 1996.
Há remédio? Não, não há. Actualmente, é permitido aos media, cantando e rindo e gozando, fazer o inaudito: violar o segredo de justiça e fazer disso notícia - uma espécie de dois em um: é notícia a notícia e é notícia o facto de a notícia ser notícia.
E assim, temos a justiça transformada numa espécie de abertura snuff (na acepção fílmica) de telejornais. É claro que a justiça (não merece maiúscula) é a principal responsável - as fotocopiadoras não têm perninhas nem vontade própria. Neste caso, então, é gritante a forma como o actual estado de coisas é pacifico. Arrasadoramente pacífico. Neste caso, houvesse vontade, as fontes seriam facilmente descobertas, que o processo - pelo menos a parte daquelas escutas - ainda não chegou às partes e às suas largas costas.
Mas não, mais vale assumir - logo à cabeça - a impossibilidade da coisa. Aliás, este país está cheio de finais impossíveis, tanto que até o facto de ser um país parece uma impossibilidade, um claro erro de casting. A relação entre a justiça e os media, se podia resultar em algo saudável - particularmente para a primeira, caso resolvesse adaptar a linguagem -, surge como uma relação de cumplicidade criminosa.
Tudo como que num circo de feras, gladiadores, césares. Tudo a fervilhar, como que numa sopa esquecida ao sol. Até ao dia em que aquilo que só acontece aos outros nos aconteça a nós. Parece restar-nos - parece ser mesmo essencial - que nos aconteça a nós sermos os violados pelo segredo de justiça (sim, que a expressão, ironicamente, ganhou esta carga). Talvez nesse dia desça uma luz.
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...
MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...
I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...
Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...
God is great i never thought i could ever get loan...
I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...