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Merkozy ou Merkhollande - Béni soit qui mal y pense

por António Filipe, em 06.05.12

Acreditem que gostava de partilhar a fé que grande parte dos meus amigos parece ter de que, se François Hollande ganhar as eleições em França, muita coisa vai mudar, para melhor, na Europa, em Portugal ou na própria França. A verdade é que não partilho. Não é que deseje a sua derrota. Antes pelo contrário. Qualquer coisa é melhor que Sarkozy. Tal como, não tendo tido muita fé em Barack Obama, há três anos, acreditava que qualquer coisa era melhor que George W. Bush. Mas estas não são nem podem ser as únicas alternativas.
Tudo indica que Hollande ganhará as eleições. Mas, para mim, não será mais do que uma "Primavera Marcelista" à francesa ou do que uma mudança de nome de PIDE para DGS, à europeia: em vez de termos uma Europa comandada por "Merkozy", tê-la-emos comandada por "Merkhollande". "Merk" sempre em primeiro lugar.
Eu ainda sou do tempo em que os partidos socialistas europeus eram motivo de alguma esperança para os povos. Mas já lá vão muitos anos.
Essa esperança começou a perder-se exactamente em Portugal. Se, no seu programa de 1973, o Partido Socialista se considerava herdeiro da tradição da “luta das classes trabalhadoras pelo socialismo", não foi preciso muito tempo até que, em 1975, em plena luta de classes rumo ao socialismo em Portugal, Mário Soares tenha afirmado que era necessário "meter o socialismo na gaveta". E a triste verdade é que meteu mesmo. Não duvido que, muitas das conquistas do estado social tivessem sido levadas a cabo com a ajuda do PS. Mas também não duvido que a gradual perda dessas conquistas, que se tem vindo a verificar nos últimos anos, tenha sido levada a cabo com a ajuda desse mesmo partido. Umas vezes implementando-a ele próprio, como aconteceu com José Sócrates, outras vezes, votando a favor ou "abstendo-se violentamente", como está a acontecer com António José Seguro.
É minha convicção que, por toda a Europa, os partidos chamados socialistas, de socialista só têm o nome. Dir-me-ão que a culpa é dos "mercados", essa entidade que se tem dedicado a acabar com o estado social e à qual os partidos liberais e neo-liberais que têm governado a Europa nos últimos anos “têm” que obedecer. E o problema é que conseguem convencer os povos de que não existem alternativas. E vão ganhando eleições, alternando, ora no governo ora na oposição, sempre com o mesmo objectivo: o de subjugar os povos aos mercados, que, por sua vez, exigem cada vez mais medidas de austeridade, que os governos implementam para que possam obter mais dinheiro para que os membros e amigos do partido mantenham os lugarzinhos de grande prestígio e altas remunerações. Mas sempre à custa dos mais pobres, que, como arma, só têm o voto, cujo direito exercem, convencidos que podem mudar alguma coisa. E o que se tem visto é que nada muda. Ou antes, muda para pior. Pior para o povo que, cada vez trabalhando mais, ganhando menos e abdicando de direitos que, há anos atrás, eram inalienáveis, continua a votar, dando legitimidade aos mesmos que, depois das eleições e apesar de todas as promessas, nada fazem para melhorar as condições dos povos.
Receio que seja isto que vai acontecer hoje em França. Ao que parece, as moscas vão mudar, mas a merda será a mesma. E quem leva com ela serão sempre os mesmos.


Os fantoches de Kissinger
José Afonso 

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publicado às 17:45


Sarkozy/Hollande - a imigração tensa e amarga

por Luis Moreira, em 03.05.12

Um debate onde se jogaram as últimas cartas. Não parece que tenha sido suficiente para Sarkozy ganhar a Hollande. E a imigração :

O direito de voto para os imigrantes essencialmente não tem a ver com os canadianos nem com os noruegueses, mas principalmente com as principais comunidades imigrantes em França: argelinos, malianos, nigerianos, etc”, responde o Presidente.
“Os países da África do Norte, do outro lado do Mediterrâneo, são de confissão muçulmana. As tensões comunitárias vêem daqui, não? Os problemas da República vêm da absoluta necessidade de ter um islão de França e não um islão em França”, sublinha Nicolas Sarkozy.

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publicado às 13:00


"Hollande partait en position de favori, il le reste"

por Rogério Costa Pereira, em 03.05.12

nicolas-sarkozy-et-francois-hollande.jpg

- Qui a gagné? Comment jugez-vous la prestations des candidats?

- Françoise Fressoz (éditorialiste au Monde): Difficile de répondre à la question, car il n'est pas certain que le débat fasse bouger les lignes chez les indécis. Il a été globalement très technique. Mais ce qui a le plus frappé, c'est de voir que François Hollande ne s'est jamais laissé dominer par Nicolas Sarkozy.
Il faut voir quelle était la stratégie des deux candidats. M. Hollande avait besoin de montrer qu'il maîtrisait ses dossiers, qu'il avait la stature présidentielle, qu'il pouvait incarner justice et redressement. C'est en fonction de ces trois impératifs qu'il a conduit le débat. A chaque fois que M. Sarkozy essayait de lui asséner un chiffre, il ripostait.
Comme M. Sarkozy voulait se placer en position du maître par rapport à l'élève, comme l'avait fait Valéry Giscard d'Estaing face à François Mitterrand en 1974, M. Hollande a réagi : il a contesté les chiffres et les raisonnements de M. Sarkozy, pour ne pas se laisser piéger. Cela n'a pas forcément donné un débat très compréhensible, mais cela a permis au candidat socialiste de ne jamais se laisser dominer.
M. Sarkozy, lui, s'était fixé comme objectif de "débusquer" son adversaire, dont il ne cesse de dénoncer l'art de l'esquive. Il a cherché toutes sortes "d'alliés" pour mettre en difficulté M. Hollande : il est allé chercher Manuel Valls, le directeur de la communication de son rival, sur la TVA Sociale, Martine Aubry sur le contrat de génération, il a aussi cité Laurent Fabius... Il voulait vraiment mettre en difficulté M. Hollande sur ses convictions.
Mais il n'a, je pense, réussi à le faire que sur la partie immigration, lorsqu'ont été évoqués les centres de rétentions. M. Hollande a eu du mal à expliquer s'il voulait les maintenir ou en faire une exception. C'est la seule fois où il a été vraiment en difficulté. Mais à chaque grande étape du débat, M. Sarkozy a utilisé la même technique: essayer de faire apparaître M. Hollande comme une personnalité sans beaucoup de convictions. Il a par exemple essayé sur le nucléaire, mais là, M. Hollande s'est beaucoup mieux défendu.

Ler o resto: Le Monde

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publicado às 01:15


A direita no seu melhor

por Rogério Costa Pereira, em 02.05.12

O Sarkozy está agora a questionar duramente Hollande sobre a quantidade de pequenos-almoços que este tomou com Miterrand. Foi pena Hollande não ter respondido algo como "não tantos quantos vexa tomou com a sua chefe Merkel".

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publicado às 22:37


Nada na manga

por Francisco Clamote, em 18.04.12
Diz a notícia que o Presidente francês Nicolas Sarkozy  depois de discursar na Place de la Concorde, em Paris, durante a campanha para as eleições presidenciais, deu-se ao trabalho, ao cumprimentar os seus apoiantes, de  tirar o relógio do pulso para o guardar no bolso, alegadamente, com receio que lhe roubassem a preciosidade avaliada em 55000 euros.

Tenho outra  interpretação: Sarkozy, como bom ilusionista, o que quis foi demonstrar que não tinha nada na manga.
O  que falta saber é se os franceses, no próximo domingo, se deixam "levar" pelo ilusionista.

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publicado às 17:17

Aí está uma sondagem de hoje que coloca o socialista Hollande à frente do actual presidente Francês. É uma margem confortável e não parece que em França ou na Europa algo de muito importante vá acontecer para inverter esta tendência. Como venho dizendo, a importância destas eleições mede-se também por acabar com o eixo MerKozy e influenciar a política de austeridade "custe o que custar".

Com Hollande, cujas medidas que apresenta aos eleitores vão no sentido de atenuar a austeridade e reactivar a economia, tudo  será diferente um ano antes do que se pode esperar do actual eixo franco-alemão.

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publicado às 19:00

Grande surpresa! Mas o candidato socialista é que é uma surpresa, vai na frente nas sondagens e se ganhar vai mudar muito, não só no seu país mas, principalmente, no eixo que manda na união Europeia. Merkozy acaba e com eles esta política de "austeridade" que está a mandar os países e os povos para a miséria e, na sua vez, vem mais "solidariedade". É, que, com solidariedade nem os povos precisam de passar por tanta privação nem os credores deixarão de serem ressarcidos, deixamos é de andar aqui "ao tio ao tio" como se fosse natural "ajudar" países em má situação com taxas de juros de 30%.
Desmembrado o eixo Berlim-Paris as coisas vão começar a andar, os outros países mais comedidos que a Alemanha, vão passar a estar mais vezes do mesmo lado. E as políticas mudam!
Por isso mais que não seja ( até porque eu não sou Francês) que ganhe o François Hollande, homem impoluto, social-democrata, europeu convicto!

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publicado às 17:45


Agora em França - lá como cá

por Luis Moreira, em 30.01.12

Sarkozy lança uma série de medidas que são cópia fiel do que se está a fazer cá no país. Ninguém gosta de implementar medidas duras e que fazem a vida negra à população, ainda para mais em ano de eleições, mas o que tem que ser pode muito.

O Presidente francês avançou com a subida da taxa máxima do IVA para os 21,2%, enquanto que as contribuições sociais dos rendimentos do património e investimento vão aumentar ligeiramente. Mas a medida mais polémica é a reforma laboral, conseguida através de acordos de "competitividade" com cada empresa, os quais prevêem que, para evitar despedimentos, todos os trabalhadores tenham que sofrer um corte dos seus salários. Será ainda possível aos empresários aumentar a semana de trabalho para além das 35 horas, sem aumento correspondente do vencimento. O chefe de Estado revelou que o seu objectivo é "diminuir o custo do trabalho, senão a França vai esvair-se do seu ‘sangue' industrial".

Como digo no poste anterior todos têm muitas ideias geniais para resolver o problema mas a verdade está aí! Mais do mesmo, aqui, na Grécia, na França, em Espanha, na Itália...estarão todos enganados? Espero que não, porque a estarem enganados vamos todos sofrer ainda mais.

A Europa já não está à beira do abismo! diz o Presidente Francês. Oxalá!

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publicado às 12:00

Claro que a Angelita não surpreendeu, limitando a cumprir-se, como já aqui adiantava o António. A coisa resume-se a um novo tratado de adesão (disse bem, tratado de adesão). Um tratado de adesão é aquele em que, grosso modo, uma das partes se limita a aderir (ou não) às cláusulas que lhe são apresentadas pela contraparte. E é isso que a dupla que o António refere agora nos manda às ventas. "A chanceler alemã disse esta manhã, no Bundestag, que a Europa está prestes a criar um união orçamental, depois de ter discutido com o presidente francês formas de «refundar» a UE". Falo pois em contrato de adesão, sim, não à UE, mas a uma união de dois países (que ou matam ou se matam), da qual todos os outros não serão mais que meros vazadouros. Sucede que a este contrato de adesão falta a hipótese do "ou não". Assinamos e pronto, é essa a ideia. Rigidez orçamental, diz agora quem foi a primeira a quebrá-la (é bom não esquecer que enquanto andava a dr.a Ferreira Leite a vender os anéis para cumprir o défice, esta gente, com a garganeira que lhes é habitual, ultrapassava-o pela direita). O casalito sabe o que quer e sabe com quem conta. Um dos que não lhes faltará é o ond'é-c'assino que nos desgoverna. Vamos pois a isso, cambada. Vinde a nós as vacas a voar e bois a parir, que a gente cá se habitua.

Lema, a "nova europa" já tem. Libertem-nos, pois. Heil!

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publicado às 11:01

9174266

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publicado às 15:24

«A entrada da Grécia no euro "foi um erro", defendeu ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, numa entrevista televisiva transmitida pelos principais canais franceses. Nicolas Sarkozy relembrou que nem ele nem Angela Merkel, chanceler alemã, estavam em funções quando foi decidida a entrada da Grécia no euro e afirma que o país entrou "com números falsificados" e sem uma "economia preparada para assumir a integração na zona euro".» [Antena 1]

Nem ele nem a Angela estavam em funções. Comecemos pelo princípio, que é sempre uma bela maneira de começar. Não remontemos, porém (ai o pudor), ao tempo em que o pequeno Nicolas ainda não tinha descoberto os sapatos de tacão-alto ou a desditosa Bruni. Quando falo de princípio, quero dizer dos Princípios a que já aqui aludi. E o princípio do pequeno Nicolas é algo como: a Europa somos nós, eu e a minha roliça Hausfrau. O inusitado eixo franco-alemão; é disso que ele fala. E nós, em falando, falamos de gentes – eles −­ ­que se matam quando separadas, gentes que esfolam quando unidas.

Este pequeno-grande néscio admite, pensando como deus lhe deu (QI-dois-mais-vinte-e-cinco-dá-dois), que a Europa de hoje se resume ao novo eixo (que gozo me dá usar este termo: “novo eixo”). O eixo franco-alemão. Espetem-me garfos nos olhos e rodem até sangrar (eu já o fiz e escrevo de ouvido), mas a verdade é que o pr eleito está, por uma vez, carregado de razão: quem raios deu a este casal de brita-ossos o poder de se assumir como dono da Europa?

A Grécia-Erro é um belo erro, mas não é o nosso erro? O vosso erro? Da Alemanha e da França? Como raios hei-de dizer isto de uma forma meiguinha?

Ide para a puta que vos pariu? Quem vos elegeu? Querem uma federação? Proponham-na e proponham-se para a dirigir, que isto de pagar para abater árvores de fruto ainda não é propriamente um sufrágio. De resto, isto dos 17-na-sexta-27-no-sábado é menos que zero. Temos, pois, de acordo com o pequeno Nicolas, consorte (com muita sorte) da Fräulein, quatro europas. A Europa deles, a Europa dos 17, a Europa dos 27 e a Europa apesar da Grécia. Apesar de nós, também. Mal ele sabe que a Alemanha o coloca no saco com os outros 15. E eis a quinta Europa. Está-lhes na massa do sangue.

O busílis é que estes outros 15 ou 25 não foram convidados para a casa de ninguém. Não somos, falando agora dos 15 tansos envenenados (cada um à sua maneira) pelo marco-franco denominado Euro, uma espécie de movimento-dos-trabalhadores-sem-terra. Não nos resumimos àqueles reinos lá-longe-longe. Donde vêm as encomendas de cereais e de bê-émes.

Ursinho, Angelita (até tens um petit nom hispânico, vê lá isso) que veio do leste, homem pequeno, leiteiro da mulher do homem pequeno: vós sois a circunstância; nós somos a estrutura que vos… estrutura. E que tal um Euro-Eixo? Não quereis, suponho!; que assim vos foge a clientela. Agora deixo-te em paz, Nico, falo agora para a tua chefe: porque não voltam ao marco, hein? Fica o desafio. Uma voltinha ao marco. Quarto Reich e tal. Continua a ser o vosso sonho, certo? Já lá vão cerca de sete décadas sem queimar judeus às escâncaras. A ressaca bate forte, imagino. Termino este faduncho à desgarrada, e que nem sequer vou rever, dizendo apenas: os boches mudaram de táctica, mas o sangue de 39-45 (foi em 45 que o vosso moreno-ariano-judeu-austríaco se matou) continua a bombar-vos a gelatina a que nos homens se chama coração.

Em suma, e volto ao casal adolf-eva, (abastardando o poeta) a vossa Europa é mais rica que a Europa que corre pela minha aldeia, mas (e já terminei a ignomínia de dobrar o trovador) a vossa europa não sobrevive sem a nossa europa.

Agora, os partisans somos nós. E desse vosso lado?, ninguém diz: "Vive le Québec libre"?

(este post é dedicado ao António Filipe; também no homem-garnisé...)

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publicado às 11:11


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