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A fasquia dos 300

por Francisco Clamote, em 13.10.13
Com a introdução do Euro desapareceram as lojas dos 300 . Em substituição surgiu agora, pela mão deste governo, numa espécie de revivalismo, a fasquia dos 300. Creio não estar a cometer, com esta atribuição, nenhuma injustiça, pois, se bem me lembro foi o INE a entidade que anunciou, aqui há uns tempos, que os salários pagos nos novos empregos entretanto criados nos últimos meses e de que o governo tanto se ufana, apesar de a descida do desemprego se cifrar em escassíssimas décimas, andam à volta dos 300 euros por mês. O "mérito" cabe por inteiro a este governo, que, desde que tomou posse, outra política não tem seguido que não seja a de forçar a baixa de salários em nome da competitividade que, sabe-se lá se por pura "malvadez", não tem correspondido às "boas" intenções do governo: a  dita cuja, em vez de subir, tem baixado.

Se este governo não tem vergonha de estar a promover salários à volta dos 300 euros por mês, não tem nada de surpreendente o facto de o mesmo governo ter vindo a proceder a cortes em salários e pensões acima dos 600 euros e de se propor continuar pela mesma senda. Para um tal governo é óbvio que quem aufere rendimentos de tal montante é "gente rica" que, ainda por cima, na perspectiva do primeiro-ministro Coelho, tem vivido "acima das suas possibilidades" e bem merece os castigos que este governo lhe tem vindo a proporcionar. Com imenso gosto.

E é claro que, para um governo como este ("de delinquentes", como diz e bem, Mário Soares), falar de "direitos adquiridos" é pura perda de tempo, pois "direito" e "direitos", são termos que não fazem parte da novilíngua que este governo tem vindo a inventar. Mas não só. Basta ouvir ou ler os Gomes Ferreiras que há por aí para concluir que funcionários públicos, reformados e pensionistas não têm direitos. Nem sei mesmo se ainda se poderá falar em legítimas expectativas. Não desesperem, porém, os funcionários públicos, os reformados e pensionistas. Como esta gente fala muito em caridade, talvez ainda possam contar, no futuro, com umas esmolas na fasquia dos 300.

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publicado às 22:13


António Borges quer reduzir salários

por Luis Moreira, em 01.06.12
FALTA DE VERGONHA| António Borges é uma ave de rapina, que veste gravata e camisa branca. É daquelas personagens que, como Eduardo Catroga, por exemplo, vive acima das nossas possibilidades, contribuindo muito para o estado a que isto chegou. Para além de dirigente do PSD, foi durante quase dez anos vice-presidente do conselho de administração do famigerado Banco Goldman Sachs International, em Londres – uma máfia financeira legalizada. Depois de passar pelo FMI, é hoje «ministro» sem pasta do actual governo, a receber 25 000 euros mês, cargo que acumula, pelo menos, com o de administrador do grupo do Pingo Doce. Esta ave de rapina, este abutre – é preciso chamar os bois pelos nomes -, disse hoje, num canal de televisão, que «diminuir os salários dos portugueses não é uma política, é uma urgência». Esta perversão de valores, que domina as sociedades democráticas, em que quem ganha 400 000 euros por ano e não paga impostos, como a senhora Lagarde, ou este senhor Borges, que ganha outro tanto, ou mais, permite a arrogância e a falta de vergonha na cara de falarem em pagamento de impostos ou em diminuir de salários de quem ganha 500, 600 ou 700 euros por mês. Não se esqueçam de uma coisa importante: a melhoria das condições de existências da maioria das pessoas passa pela inversão desta perversão e pela saída de cena destas personagens.
PS: Na verdade esta coisa de os que ganham salários milionários quererem resolver os problemas com a redução dos salários dos que já ganham muito menos, mostra bem que não merecem ganhar o que ganham. Qualquer um, por muito menos,  faz melhor. Na França , Hollande numa das suas primeiras medidas foi reduzir os salários dos que ganham muito.

 

                                                

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publicado às 21:00


Os E.T.

por Francisco Clamote, em 25.05.12

troika foi ao Parlamento "dizer que tudo corre bem". 

É verdade que a economia continua a decrescer e o desemprego continua alto e com tendência para aumentar, segundo as previsões da OCDE, mas "para a troikao desemprego é causado pelos altos salários dos trabalhadores".

Donde é que terão surgido estes E.T.? Dos anéis de Saturno ou, porventura, de um qualquer outro planeta ainda mais afastado? 

De Marte não foi seguramente, porque, à distância a que o planeta vermelho se encontra, dá para ver que os salários dos trabalhadores em Portugal são dos mais baixos da Europa e estão a descer.

Insisto nos anéis de Saturno: lá, para sobreviver, deve ser suficiente aspirar a poeira. Pensarão eles: porque não cá ? 

(Ilustração daqui)

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publicado às 08:04

É bem verdade que nestas coisas do futebol o melhor é o que se passa no campo com a bola a correr e o pessoal a esquecer-se dos problemas, porque o que  acontece fora do campo é tão estúpido que mostra bem ao que vem esta gente.

Clubes com vários meses de salários em atraso querem agora que o numero de equipas a disputar a Primeira Liga, dezasseis, aumente para dezoito. Não haveria descidas , só os dois primeiros classificados na segunda liga subiam. Isto é de bradar aos céus! Desde logo porque não se percebe que interesse é que o resto do campeonato teria, pois à partida sabiam que não haveria descidas.Estou a ver as equipas mais pequenas sem outro objectivo que não fosse estender passadeiras vermelhas aos grandes...a alguns.

Depois estão todos falidos, que interesse há em disputar mais jogos? Aumentar os prejuízos? É que com as assistências miseráveis que têm os clubes só perdem dinheiro sempre que abrem os portões dos estádios.

Na Alemanha, oito vezes maior que o nosso país, há dezoito equipas na primeira liga e vinte e duas na segunda, no total quarenta, tantas como em Portugal se a tontice fosse adiante. A Holanda, a Suíça, a Espanha, a Inglaterra têm todas menos equipas mas mais dinheiro, melhores campeonatos...

Estes senhores dirigentes nunca chegariam a lugar nenhum se não se comprometessem com estas burrices perante os votos de clubes falidos.

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publicado às 14:37

Em reunião de vários sindicatos decidiram avançar para mais uma greve porque não estão de acordo com a reestruturação do sector ( o tal que tem uma dívida colossal e que todos vamos pagar). Dizem eles que a reestruturação é contra os trabalhadores, mas os passageiros e os contribuintes podem dizer que é a seu favor e, por enquanto, quem paga é que manda.

Entretanto querem uma reunião com o Álvaro, ministro, para ultrapassarem as administrações e as colocarem em posição defensiva.

"Os sindicatos contestam a reestruturação definida pelo Governo para o sector, a redução dos serviços e do número de trabalhadores." Esperemos que passem a pagar os vencimentos, já que são os sindicatos que mandam na gestão das empresas e mesmo nas políticas do governo para o sector, é só o que falta e seria justo. Os quadros da STCP é que já avançaram , corajosamente, para a privatização da empresa, preparando um MBO (management by Out). Querem comprar a empresa, administrá-la e pagar os vencimentos. Está aberto o caminho para racionalizar o sector. Estão a ver senhores sindicalistas isto de produzir, facturar e pagar a fornecedores e a trabalhadores é que é meritório.

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publicado às 19:00


Quando a realidade nega a teoria...

por Francisco Clamote, em 22.12.11
...manda o simples bom senso que se abandone a teoria.
Se, como afirma a OCDE, "ao longo de 2011, o custo do trabalho sofreu sucessivas quedas, mas a produtividade caiu ainda mais, fazendo de Portugal o país da OCDE onde mais se deteriorou um dos indicadores-chave da competitividade", então parece óbvio que a receita que o governo passista se propõe aplicar, com mais reduções no valor dos salários, não vai contribuir para aumentar a produtividade. Logo, o melhor seria não seguir essa via.
Não será assim, Álvaro?

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publicado às 00:25


Uma economia assente em baixos salários

por Luis Moreira, em 27.11.11

Estamos a tirar dinheiro aos funcionários públicos, a seguir vêm os trabalhadores da privada, o estado reduz a sua dimensão, as prestações sociais serão reduzidas, as privatizações vão converter monopólios e mordomias de públicos para privados, as mudanças laborais vão todas no sentido de tornar mais precárias as relações entre patrões e trabalhadores...

Vamos ter um exército de trabalhadores barato, os melhores tenderão a emigrar e, com tudo isto, a economia vai ser mais competitiva, mas por via de salários baixos não pela inovação ou pela criatividade .

É o empobrecimento de que fala o primeiro ministro, em vez de apostarmos fortemente nas mais valias que sempre resultam dos clusteres devidamente estruturados nos bens e produtos onde somos melhores que os outros, em que temos vantagens competitivas, vamos fazer o mesmo que os outros mas vivendo pior. É isto?

Quando nos últimos anos, com a autonomia das Universidades e as suas parcerias com o mundo empresarial se deram enormes saltos qualitativos, criando produtos que competem no mercado global e com empresas a trabalharem nos mercados mais exigentes, vamos voltar aos "feios, porcos e maus"?

Haja espírito criativo, inovação, capacidade de risco.Larguem-se de vez os monopólios, os negócios sem risco, os negócios finos à sombra do Estado que tudo controla. Apoie-se a inovação, o mérito, a concorrência! Coloquem-se no seu devido lugar as corporações profissionais que tudo exigem e nada querem dar em troca. De país mais injusto europeu estamos a mudar para um país com todas as características de um país subdesenvolvido!

PS: leia Nicolau Santos no Expresso sobre o mesmo asunto

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publicado às 17:24


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