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Eta, povinho besta. "E agora o Benfica só fica contente se o Benfica for campeão nacional". Como raio vou aguentar esta semana de dizeres tamanhos? E amanhã [hoje] o caixão vai dar uma volta ao estádio? Uma volta ao estádio? O caixão?
Ó fraca gente que vomita fracos líderes que governa fraca gente que vomita fracos líderes. A sério, não é assim. Não é assim. Não é desta forma.
Não é assim que se presta homenagem a alguém. Não é assim que nos governamos. Está tudo do avesso.
Tenho perfeita noção da importância de Eusébio, de como ele e a Amália -- ainda que também instrumentalizados, em ditadura e Democracia --, levaram além o nome de Portugal. De como abriram sorrisos de portugueses obrigados a emigrar, para fugir à guerra e à fome. Portugueses que sorriam quando os reconheciam por serem do país do Eusébio. E de Amália. De como ambos eram sinónimos de um país que nada mais tinha. Nada mais tem.
Eusébio tem um lugar de destaque na história do desporto mundial. E na medida em que o desporto faz parte da história de um povo, também aqui.
Mas vamos lá colocar as coisas certas nos lugares certos. A começar pelas nossas cabeças. Em cima dos pescoços.
Podem dizer-me para que comece eu. Seja. Às tantas sou eu que estou do avesso, que vejo tudo de forma errada. Serei eu quem chora pelas pessoas erradas. Pelos motivos errados. E tantas pessoas "erradas" que partiram nos últimos dois anos. Enquanto os "certos" que este povo escolheu continuam a tirar-nos o pão da boca. Para isso todos os motivos são também certos. Contra isso nada, para além de um eterno encolher de ombros.
Talvez este povo não passe disso. De um encolher de ombros.
A Laranja Mecânica é um paradoxo. Pode ser visto do lado de lá (o mais fácil, o dos brutos) ou do lado de cá. É, de longe, o filme da minha vida. Nunca olhei para ela pelo redutor buraco da fechadura de quem espreita a violência gratuita − e só uma besta que busca um espelho (ou alguém desatento) o pode ver como tal. Não vejo no Alex a troika que ora nos atenta (mas vejo), não vejo no Alex um proto-fascista (mas vejo). E essa é a magia que dela emana; esta aparente contradição − não foi à toa que coloquei o de somenos entre parêntesis. Imagino que muita da vilanagem que nos atenta, tivesse ela tempo para ver o filme entre a colagem de cartazes e o esmagamento do povo, o veria como um hino ao statu quo. Eu sempre vi na obra-prima de Kubrick uma metáfora da opressão que urge ser extirpada. A parte da Laranja Mecânica (nem de propósito) é deles, já o conduto que não se desvela em letras de título é todo nosso. A Laranja Mecânica não se ensina, nem se vende. Vive-se. E não vejo ali a ultra-violência que o próprio realizador usou como mote. Há o imediato e há o mediato. Esta cena que escolho e encima o post é a minha ideia do que Kubrick realmente quis dizer (e ainda que não). E não adianta dizer que estou errado; trata-se da minha Laranja Mecânica. Relembrar-me a cena da violação (que estética e realmente me arrepia e enoja) não me demove (vejo-a não como a violação da mulher e do homem, mas como uma violação da burguesia; e não me interessa o que o realizador foi, quis ou pensou -- deixou de ser dele assim que lhe saiu das mãos). A Laranja Mecânica é nossa, não é deles. Não se trata aqui de saber quem é o dono da criatura, ou do que pretendeu o criador, mas de quem consegue ver além das cruas imagens. A Laranja Mecânica é um paradoxo objectivo, concedo nisso. E, por isso mesmo, é o meu filme. E este sujeito assim o vê. Assim o vi sempre (e imagino que ninguém me veja nos sapatos do Alex criatura ou do Alex criado). A violência, ali, não é a agressão ao mendigo, não é a violação de uma mulher. Tudo se encaminha para uma “reabilitação” forçada e frustrada. E essa é a pedra de toque. Mas o mau não pode reabilitar o péssimo. E o Alex demonstrou-o. O filme, para quem não o consiga ver direito, deve ser visto às avessas. A Laranja mecânica é um filme de violência – e não me contradigo – em que o mau não deve ser visto como o vilão, mas como um placebo (e já concedo na ausência medicamentosa) reactivo à maligna sociedade activa. O homem nasce bom ou nasce mau? E é desviado ou educado pela sociedade? O Alex é apenas o Alex. E a cena que encima este cadáver é a única parte óbvia do filme. E não é por acaso que assim é. É um filme de guerra e paz. Assim o vejo, como de guerra e paz me vejo a mim. Esta é a minha Laranja Mecânica, não é a vossa. Por lógica não admitiria o contraditório, e nem publicaria esta coisa. Mas escrevi-a e, naturalmente, vou publicá-la. “Welly, welly, welly, welly, welly, welly, well. To what do I owe the extreme pleasure of this surprising visit?” Esta pantomina de letras é dedicada ao meu grande e velho amigo de sempre, João Bernardo, a quem a Laranja Mecânica que é a vida ousou tentar roubar o sublime riso; riso que ele, com a sua majestosa gargalhada, já logrou recuperar. Ou não fosse a vida uma Laranja Mecânica.
(cliquem na imagem para ampliar)
«Maria da Assunção Esteves (PPE-DE ), Quarta-feira, 5 de Setembro de 2007 – Estrasburgo – O terrorismo desafia a nossa sociedade livre e aberta. Às vezes, traz-nos mesmo a tentação de criar um direito securitário muito próximo da erosão dos nossos valores civilizacionais.
A União Europeia tem, por isso, de criar com urgência um código comum que deixe claros os princípios e os métodos.
Em primeiro lugar, a garantia dos princípios da dignidade humana e do Estado de Direito em todas as frentes no combate ao terrorismo. Não podemos fazer claudicar as bases morais da democracia que assentam justamente nesses valores. Como dizia Simone de Beauvoir, não podemos permitir que os nossos carrascos nos criem maus costumes.
Em segundo lugar, é necessário criar uma legislação uniforme dos Estados-Membros. A União, neste aspecto, tem mesmo que ser União. O combate ao terrorismo torna urgente uma prática de unidade e de coerência das regras; ele não pode ser deixado aos impulsos de cada Estado-Membro e das suas opiniões públicas de ocasião.
Em terceiro lugar, impõe-se a promoção de um trabalho em rede e a promoção de consensos através da legitimação das medidas no Parlamento Europeu e nos parlamentos nacionais.
Em quarto lugar, o esforço da União Europeia para a criação de um mecanismo internacional das Nações Unidas para a monitorização das práticas e legislações de emergência. Este é um combate de larga escala, não é um combate apenas da Europa ou do eixo euro-atlântico.
Finalmente, o combate ao terrorismo exige-nos um esforço de criação de uma comunidade internacional mais justa e equilibrada, o diagnóstico das causas e das fracturas, a promoção de uma cultura de direitos transversal aos povos e um esforço imenso no diálogo entre civilizações. O terrorismo é um fenómeno complexo. Não podemos responder-lhe com uma interpretação simplista.»
[via Francisco Zuzarte Sénior]
"Nous ne devons pas laisser nos bourreaux nous donner de mauvaises habitudes".
Esta frase, de Simone de Beauvoir, foi hoje urrada em português pela Esteves, presidente da AR, em referência aos DEMOCRÁTICOS protestos que vinham das galerias. Como bem contextualiza Nicolau Santos,"Beauvoir escreveu esta frase a propósito da opressão nazi sobre os franceses durante a II Guerra Mundial. Equiparar cidadãos portugueses que se manifestavam na casa da democracia a torturadores e carrascos nazis é inadmissível - e é totalmente inaceitável que seja a presidente da Assembleia da República a fazer essa comparação. O povo português merece seguramente um pedido de desculpas por parte de Assunção Esteves. E quem em democracia tem medo do povo, não merece seguramente ocupar o segundo cargo na hierarquia de um Estado democrático."
Numa coisa a Esteves tem razão, estamos a "deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes". Mas nós, não ela e os da sua igualha. No caso, o costume de deixar que esta tralha de gente nos insulte todos os dias - todos os dias! -, já com os seus tiques fascistas escancarados, sem medos de revelarem o que lhes vai no intestino.
Nicolau Santos é brando. Eu não aceito as desculpas da Esteves. Os carrascos são eles, não nós (não estive nas galerias do Parlamento, mas não gritaria melhor). E, a cada dia, eles trepam-nos mais pelo lombo acima.
Mas a História vai cumprir-se, é a História que o diz.
Demite-te, fascista! [digo eu, pateta, como se fosse possível um fascista abandonar o poder sem ser corrido a pontapé]
Adenda: afinal, são habitos velhos e uma frase decorada: Os terroristas das Galerias.
A nomeação de Maria Luís Albuquerque para o cargo de Ministra das Finanças é uma provocação reles e vil saída da cabeça de uma criatura infame que, de derrota em derrota que não mata-mas-mói (não ainda totalmente real e eficaz, para meu lamento; que tais derrotas são o lado para onde eles melhor se deitam), insiste em vingar-se de quem, dia após dia -- na rua, nos jornais e nas redes sociais --, faz por lhas infligir. Falo das pedras no caminho do esvaziamento, do despejo, do esgotamento de um país; as areias na engrenagem da aniquilação total. Falo do POVO que ousa respirar.
Para o “neoliberalismo segundo coelho e respectivos caudilhos”, quanto pior melhor. Não quero com isto dizer que Gaspar era melhor do que a ora indigitada – ao nível do “pior é impossível”, não é sério fazer tal comparação. Ao dizer que, para Passos y sus muchachos, “quanto pior melhor”, refiro-me ao pior para Portugal e para os portugueses.
Gaspar era a pedra angular deste governo e das suas políticas de terra queimada. O plano de acabar com Portugal e com os Portugueses, pela via duma espécie de genocídio social, cultural, económico e institucional, sustentando numa espécie de solução final política, foi traçado a régua e esquadro por Gaspar, orientado pelos seus mandantes. E, ainda que fosse factual que Gaspar houvesse sido escolhido por Passos para a função – no que não concedo e apenas por uma questão de raciocínio refiro --, tal não retiraria ponta de verdade ao que atrás disse. Pelo contrário. Passos, eleito pelo voto popular, era a legitimação democrática, salvo seja, de um mercenário pago para trazer o país até aqui. Mas Gaspar já fez o seu trabalho e pode seguir adiante, para outras funções.
Em suma, neste estado de coisas, tanto fazia escolher Maria Luís Albuquerque como a nossa senhora de Fátima. O trabalho já está feito e o barco dos infernos já dispensa Caronte. Aos olhos dos neoliberais, o ideal até dispensaria, neste momento, um ministro das finanças – não vá correr-se o risco de o escolhido não ter a arte e o engenho de ir além de apenas se certificar de que o leme se mantém seguro na direcção do abismo.
Posto isto, e porque parece mal não ter alguém na pasta das Finanças, qual a razão para não dar mais uma cuspidela no POVO e escolher quem, antes de o ser, já reúne todas as condições para não o ser? Penso que foi o João Semedo que disse, as palavras são minhas mas ideia é esta, que a cabeça de Maria Luís Albuquerque podia ser pedida hoje mesmo, que quem o fizesse não cairia no ridículo.
Por mais absurdo que pareça, Passos escolheu Albuquerque para o cargo porque esta já reunia, hoje mesmo, aos olhos da higiene democrática, condições para ser demitida de secretária de estado. Que pior afronta para a democracia e para o regular funcionamento das instituições democráticas do que escolher Albuquerque? Alguém que comprovadamente mentiu e reincidiu na mentira? Antes que alguém ousasse pedir-lhe a cabeça, Passos promoveu-a. E como se deve estar a rir, e como deve estar a ser felicitado pela sua vilanagem companheira.
Se vivêssemos numa Democracia, se tivéssemos um Presidente da República, o governo cairia já hoje. Mas tal não acontece nem vai acontecer pelas mãos de Aníbal, o traidor. Para o decano regedor da destruição pátria, ora elevado a chefe de estado, este é um sonho tornado realidade.
E amanhã assistiremos à alegoria sórdida que aníbal, Passos e seus mandantes nos servem no prato – o gozo primário de homologar a ignomínia. Apesar de não a ter jurado – ou por isso mesmo --, à constituição democrática que cada vez mais se resume ao papel, sinto-me completamente desobrigado de respeitar o estado de sítio actual. E direi e agirei em conformidade.
Não assistirei cego, surdo e mudo a este “quanto pior melhor”, que tem como fim único a destruição e venda a retalho do país do meu filho. Continuarei a não dar para o peditório destes canalhas. Não assistirei sentado à destruição de Portugal. E continuarei a escrever e a fazer, em Liberdade – aqui ou ali --, aquilo que a consciência me dita.
Continuo a sonhar que é possível, mesmo que tudo indique o contrário. Assim o engenho e as forças mo permitam – e a loucura não me atente --, continuarei a contribuir para o extermínio do projecto de aniquilação de Portugal.
Este é o meu testemunho e a minha certeza.
«"Uma situação inacreditável. Estava a colocar o equipamento para fazer a reportagem móvel no estádio, eu e o Manuel Augusto, quando fomos violentamente agredidos por um adepto. Depois, logo a seguir, vieram outros, que continuaram a agredir fisicamente e com insultos. Além disso, foram dando pontapés no carro, impedindo-nos de sair", descreveu o jornalista.» [JN]
Se isto é ser português então bate mesmo tudo certo. Não fosse apenas tusa de mijo e não estaríamos a chafurdar na pocilga onde nos meteram (e onde nós entrámos a pontapé e de sorriso nas trombas). Quem encontra no pontapé na bola a razão primeira para viver, para se zangar e para lutar merece ser tratado a pontapé. Como a bola.
Para que algumas dessas mentes entorpecidas não pensem que estou a falar dos jornalistas pontapeados, eu faço um desenho em forma de palavras. Ficaram fodidos porque um clube de futebol perdeu? Mais do que a cada acto deste terrorismo de Estado que vos tira o pão da mesa aos filhos? É de vocês e para vocês que falo. Cambada de inúteis que não merecem o ar que respiram.
Lutem pelo futuro dos vossos filhos, deixem as guerras a fingir, abram as portas e janelas. Há uma guerra a sério lá fora. De vida ou de morte!
Se a regra deste triste país se traduz nos campeonatos que se ganham e se perdem, então Portugal não bate bem da bola. Há que virar a mesa e começar de novo. Que a excepção vire regra. Juízo, garotos, juízo.
Ontem foi dia de moção de censura para inglês ver, hoje demite-se o Miguel relves (assim o chamava o JN), amanhã parece que vai sair a decisão do TC, cujo teor quer o psd quer o ps já conhecerão (só assim se explica tanta movimentação).
E agora, sai remodelação ou sai o governo?
Podia dar a opinião de outra pessoa, mas como o Marcelo ainda não falou vou dar a minha. Aí vai ela.
Na minha opinião (lá está ela), relvas não sai do governo, apenas faz de conta que sai do governo (e isto ainda que a causa directa tenha a ver com o facto de ele ter perdido a licenciatura – como se pode perder uma coisa que nunca se teve é coisa que não consigo descortinar).
Seja como for, só quem não tenha aprendido nada nos últimos dois anos pode acreditar que relvas e este governo não são a mesma pessoa (já alguém os viu separados, a propósito?). Não vivemos num Estado de Direito Democrático e esta cambada já mostrou bem o tipo de respeito que tem pela Constituição. Fazendo de conta que sai do governo, relvas dá a desculpa que o pm precisa para uma remodelação em que muito mudará mas tudo ficará na mesma.
A ideia-chave passará mais ou menos por isto: atendendo à recente saída do ministro relvas e patati-patatá e mais uns secretários de estado (e não esquecer o crato que teve/tem o relatório da licenciatura de relvas na gaveta há mais de um mês) é chegada a hora de dar uns toques no elenco governativo, sendo que para o novo pagode serão convidadas pessoas próximas do PS (co-subscritor deste memorando), assim se tentando arranjar formas alternativas e constitucionais de arrancar o escalpe ao povo. Esta seria uma das hipóteses e, não duvido, é o Plano A.
Porém, atendendo a que as normas que o pr remeteu para o TC estarão entre as chumbadas, há que traçar um Plano B. Pega-se no Plano A e vestem-se-lhe umas roupagens diferentes com carimbo de belém. E sai um governo de salvação nacional, com as tais figuras ligadas ao ps. Claro que isto passará por uma série de “entretantos” e “poréns” ligados à chatice que é ter uma Constituição que insiste em tentar ser democrática.
Com ou sem passos coelho, com ou sem seguro (estou convicto de que sem ambos), o Plano B será uma iniciativa aparentemente presidencial, mas com os apoios dos partidos do arco da destruição (ps+psd+cds).
E, no que realmente importa, com mais tempo e mais juros e com ou sem segundo resgate, no final vai continuar tudo na mesma. Tudo o que acima escrevi não deve ser lido na óptica do que interessa, de forma isolada, a um dos partidos que acima referi ou ao pr. Mas na óptica do sistema que “interessa” preservar. O actual sistema do ora mamas tu ora mamo eu. E no que toca a preservar o sistema, é só ir somando interessados: ps mais psd mais cds mais pr mais grande capital mais mais mais…
Mais do mesmo, menos para os de sempre.
Mas há um novo cheiro no ar, rapaziada. A chatice é que esse cheiro a novo vem misturado com um cheiro a mofo de algo muito, muito velho. O fascismo puro e duro que já está com pé e meio dentro do sistema.
Este país já não é para tenrinhos. Digam adeus aos brandos costumes que, aliás, não passaram nunca de uma ideia que nos foram impondo, para que se tornasse num facto. E nós mastigando, mastigando. Moendo e mastigando. Anos a fio. E se queremos começar por “agradecer” este lindo estado de coisas a alguém comecemos pelos espelhos de cada um. Espelhos de um Povo que tem sido indiferente, apático e acomodado e que sempre mamou, à hora certa, o que lhe puseram no biberão. Que sempre foi na direcção do dedo que aponta. Que fez uma revolução com cravos quando a devia ter feito com rosas cheias de espinhos. Revolução que devia ter eliminado logo ali a pandemia de vilões e seus sequazes que hoje e sempre nos atentam e atentaram.
Chegou a hora de dizer basta. E, ainda que meio esquecido, este há-de ser um Povo que ainda há saber como se diz Não!
Cerrem os dentes, cerrem os punhos, cerrem fileiras e ergam o dedo do meio.
[Imagem via António Costa Santos]
A estratégia da bicharada mandatada pela troika, daqui até ao 2 de Março, é simples: fazer de cada iniciativa do povo que lhes ordena silêncio um ataque à Democracia.
Que lhes ordena silêncio, sim. Um povo "levantado do chão", do chão sob o qual já o julgavam haver enterrado. E que lhes exige silêncio, como quem cospe na boca aberta de um tirano.
Com a força de um hino não encomendado, que se impôs naturalmente, porque nasceu para o ser; Hino de Abril e de Hoje. Hino de Sempre. Porque quem o pariu para isso o fez.
Grândola do Povo, pelo Povo, para o Povo.
Pobres maquiaveis de algibeira. Bem podeis estrebuchar. Dizer que a Grândola também é vossa. Que o sentir também é vosso. "Been there, done that, bought the T-shirt", digo-vos eu.
Sois filhos dos fachos que Abril não extinguiu. O vosso grito em prol da Democracia que nunca exerceram é a vossa imagem cuspida e escarrada. Como quem saca duma arma que nunca manuseou e aponta a culatra a quem se lhe atravessa no caminho.
Continuai por aí, sim; é esse o trilho que o povo vos ordena. Sempre em frente. Em direcção àquela ratoeira que vocês mesmo montaram naquele fim de túnel. Era para ser para nós. Mas o vosso tempo chegou ao fim. Comam o queijo, disparem a arma e não descansem em paz. Temos a força dos 99%, vocês agem em nome do 1% que vos paga a avença.
E é assim que acabará esta estória, com a roda da História a atropelar-vos.
De acordo com a Astrologia Chinesa, 2013 será regido pela Serpente. Começa em 10 de Fevereiro e termina a dia 30 de Janeiro de 2014... Tempo não falta. Mas não abusemos. Março é um mês bonito. Quanto à imagem... pardon my french... A Natureza tem destas coisas. A lei do mais forte, e O MAIS FORTE é obviamente o POVO. Sempre foi. A Natureza não sabe o que é uma excepção e não vai aprender agora. Não seria... natural.
Não se abdica da honra de sermos um alvo.
— Cyrano de Bergerec
Ninguém me avisou e isso faz-me temer o pior. A televisão, certamente numa manobra dos líderes do movimento, passa, de forma repetida, insistente e nada credível, as mesmas imagens dum jogo de futebol. Parece ser sempre o mesmo. Vêem-se ainda outras imagens, obviamente de arquivo, do povo que festeja em delírio. Mesmo nos sites internacionais não consigo detectar qualquer indício. Será uma coisa a nível global. Mau sinal. Não vou esperar mais. Vamos arriscar, que temos um filho para criar. Saio eu e trancas à porta por fora. Vou num pé e volto noutro. E deixo-me cá metade. Mas a falta de notícias, raios, a falta de notícias não augura nada de bom. Em casa, sem sabermos, é que não posso ficar. Temos de saber. Pego no cravo, chego-me ali ao café da esquina, que o senhor conhece-me e é de confiança, e faço a pergunta. Foram os nossos? Se ele não responder antes de eu perguntar, puxo-o pelos colarinhos e hei-de gritar-lhe aos ouvidos: "diga-me que são dos nossos!". E levo também um livro. Que temo o pior...
(imagem: via Cronache Laiche)
“Quanto à posição a assumir em relação a uma eventual moção de censura apresentada por outro partido, Guilherme Silva reiterou a sua opinião pessoal:
Os deputados devem, em cada momento, saber interpretar o sentir do povo português. O sentir do povo português vai numa ânsia de proporcionar ao país um novo Governo que acabe com o desmando e com a situação grave a que o PS nos conduziu”
Revista do PSD “Povo Livre”, de 16 de Fevereiro de 2011
António José Seguro, secretário-geral do PS, esteve esta quinta-feira à tarde reunido com o Presidente da República, Cavaco Silva, a quem alertou para uma situação política que, disse, é “bastante grave e preocupante”
Jornal “Público”, de 10 de Maio de 2012
E andamos nisto há décadas. O PS e o PSD a saltitar do governo para a oposição e sempre a afirmar que a situação é grave, que estamos de tanga, que é preciso apertar o cinto…, culpando-se sempre um ao outro.
E o que é que fazem para melhorar a situação? Fartam-se de rezar.
E vão-se rindo do povo que, entretanto…
… vai a caminho de Fátima, deixar algum do pouco dinheiro que já tem. Sempre a rezar. E a Igreja vai-se rindo do povo e do governo.
Quando o povo se convencer que não é com rezas que as coisas melhoram, talvez a situação se torne menos grave. E os "ais" sejam menos.
Políticos desacreditados : A maneira como os nossos parceiros encaram os políticos gregos não é muito diferente da nossa: não confiam neles. Pensam que estes não são fiáveis. Por outro lado, não veem grande vontade de mudar nos principais partidos da Grécia, nem divisam no horizonte nenhum partido reformista. O provo grego também afrontou tudo o que tem a ver com o memorando UE-FMI. E, enquanto não virem nenhum movimento significativo no sentido da renovação, as pessoas voltar-se-ão para partidos que dão voz ao protesto, como o liderado por Alexis Tsipras.
É óbvio que, se os alemães não alterarem as suas posições e se não houver no nosso país soluções convincentes, a votação de domingo será o prenúncio da dracma. Alguns dizem que, se houver cortes nos salários e nas pensões, as pessoas irão perceber o que está a passar-se. Talvez seja assim que as coisas funcionam, mas isso poderia ser uma arma de dois gumes, que encolerizaria ainda mais as pessoas.
Nenhuma solução pode ser imposta a partir do topo. Os argumentos a favor da luta pelo euro terão que ser definidos. No domingo, ficou claro que a elite política e económica de Atenas fala uma língua diferente da do resto do país.
Nos próximos dias e meses, vamos enfrentar algumas dificuldades. É o que sempre acontece, quando um sistema corrupto cai e não há nada que o substitua. É o que sempre acontece, quando um povo se torna mais adulto de repente, ao fim de décadas de vida fácil. No domingo, este povo virou as coisas de pernas para o ar. Agora, está à espera de que alguém restabeleça a ordem.
„Os Estados Unidos da Europa existirão. Tenho a certeza”.
Daniel Cohn-Bendit (“Dany Le Rouge”), político franco-alemão dos Verdes, deputado do Parlamento Europeu e -revolucionário protagonista de ‘Maio 68’
Uma Europa – um povo?
Como os cidadãos de estados nacionais podem encontrar uma identidade comum
Europeus de todos os países estão à procura de uma ideia: como será a Europa do futuro? Será possível que
uma confederação de estados funcione? Numa série de três partes o SPIEGEL informa sobre novos planos de
reconstrução da União Europeia e a visão dos “Estados Unidos da Europa”. Os cientistas estão de acordo: no século
XXI as sociedades do mundo misturar-se-ão como nunca antes. A internet sem fronteiras marcará as cabeças e os
corações das pessoas mais do que os costumes nacionais.
A edição impressa alemã do magazine DER SPIEGEL demonstra que existe imensa reflexão e muitas boas ideias sobre a futura organização sócio-política, cultural e ecológica da União Europeia.
Todavia, esta última, necessária e indispensável para evitarmos graves e violentas turbulências socais, não pode ser encontrada ad hoc nem feita em cima do joelho. E mesmo que ela fosse criada de um dia para o outro por toque de magia de alguma fada, faltaria o mais essencial que certamente não estaria incluido no pacote: o pensar e agir sóciocêntrico e diverso do actual que permitindo ver o mundo com outros olhos só pode ser adquirido através de uma evolução feita passo a passo – com trial and error and/or success. Assim, enquanto não chegarmos lá, o ideal para a transição sería a perseguição consequente de uma estratégia que permitisse alcançar o referido objectivo. Por outras palavras: se doravante em vez de exportarmos – ainda que inconscientes – miséria para o mundo, exportarmos riqueza, então seremos presenteados com tudo aquilo o que hoje perseguimos cada vez mais em vão e com maior insucesso.
"Ceterum censeo Carthaginem esse delendam", ou seja, "quanto ao resto, penso que Cartago deve ser destruída". Catão o Antigo...
...quanto ao resto, penso que a UE precisa de uma estatégia diversa - RD
A versão inglesa deste grande artigo, isto é, o respectivo link, encontra-se abaixo.
SPIEGEL ONLINE, 12/02/2011
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Citizens of the EU: How to Forge a Common European Identity
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Many feel that if the EU is to survive, residents of its 27 member countries need to develop a stronger sense of a common European identity. But is it even possible to forge a European nation? The continent's leading thinkers have plenty of ideas, but national governments are reluctant to give up power.
By Thomas Darnstädt , Christoph Schult and Helene Zuber
You can download the complete article over the Internet at the following
URL:
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,800775,00.html
Este senhor da imagem chama-se Ilídio Vale e acabou de colocar Portugal na final do Mundial de Sub 20, em futebol. Dele, e da rapaziada que conduz, pouco temos ouvido falar. Como é consabido, esta é uma selecção mal-amada, desprezada, praticamente marginalizada pela imprensa (amanhã, talvez já sejam os melhores do mundo nas edições dos desportivos e mereçam uma chamada de primeira página nos jornais ditos de referência). Dizem que praticam um mau futebol, "apesar de terem eliminado a Argentina e a França".
Este post complementa o anterior. Em 1989 e 1991, o país parou para ver os jogos dos figos e pintos desse tempo; em 2010, o país vê, na Sport TV, o Barça papar o Real pela enésima vez, ignorando o jogo que passava em sinal aberto. Ignorando o Portugal que nos alberga, envergonhados dele, publicamente inscientes de que é a nossa imagem cuspida e escarrada. É destas pequenas coisas que se vai fazendo Portugal; este Portugal que insiste em não limpar o cotão que tem no umbigo (a troika diz não ser esse o caminho). Este é e não é o meu Portugal. É um Portugal que me dói e que me cura, quando dele me ausento. Um Portugal a quem resisto porque é meu filho e meu pai. Em 89 e 91, comprávamos tractores em forma de jipes e casas de férias, em 2011, com ar de "a próxima rodada é por minha conta", pagamos descadadores de bananas em 50 prestações com juros a rondar o insulto. Talvez por aí resida a diferença, de país de revigorados novos-ricos passámos a terra de pobres-ricos-novos, cansados e envergonhados da imagem que o espelho nos devolve. E sempre com o dinheiro dos outros. Apesar de em 1989 e agora nos andarmos a enganar a nós próprios, aqui há vinte e tal anos julgávamos que era só aos outros; agora, afundados em dívidas e galinhas no quintal melhores do que as da vizinha, sabemos, lá bem no fundo, que somos nós próprios os enganados. E queixamo-nos muito. E trabalhamos nada.
PS - Boa sorte para os putos na final.
PPS - Não me levem a mal, mas o plural que usei não me inclui, assim como não incluirá muitos dos poucos que por aqui passam. Mas tem de incluir alguém, que a culpa, essa, está prometida desde que nasceu a um qualquer segundo filho de boas-famílias.
Entre nós, talvez por falta de capacidade de auto-análise ou mesmo por modéstia, tende a confundir-se por passividade social colectiva, os chamados brandos costumes, o que mais não é que uma demonstração de civismo, cidadania e, acima de tudo, educação, respeito pelo próximo.
Se se pode dizer que um povo é assim ou assado, o que eu até acho que não se pode mas que se diz, nós somos os assim, não temos feitios para ser assados.
Para começar, somos pessoas pouco dadas à porrada. Um riot em Portugal pouco passaria de pessoas (adjectivem-nas vocês que a mim não me pagam aqui isso) de um lado e polícias do outro a empurrarem-se mutuamente trocando argumentos de "olha que eu rioto-me" - "olha que levas" - "pensas que eu tenho medo de ti? anda cá se és bófia" - "riota-te lá!, vá, experimenta só, para veres"... e assim sucessivamente até ser hora de jantar ou começar a bola na tv.
Acima de tudo, somos pessoas civilizadas e educadas, gente que não gosta de estar a maçar gente. Se nos passam à frente numa fila, deixa estar, há gente que não tem educação, nós temos, não vamos agora aqui chamar a atenção da pessoa em plena fila da caixa do supermercado que fica tudo a olhar para nós e ainda vão pensar que nós somos suburbanos ou pacóvios que chegaram ontem da aldeia e nunca foram fintados por um chico-esperto e por isso reclamam.
A mesma lógica que leva a que, nunca tendo visto um, tenho a certeza que num gráfico de povos de recorrer ao livro-de-reclamacionismo, nós apareceríamos em ultimo, pelo menos na UE (não confundir com o gráfico das vezes que dizemos aos amigos que usámos o livro de reclamações vs. as vezes que de facto usámos pois aí a posição seria a inversa). Parecendo que não aquilo é uma maçada, para os senhores da loja, é uma peixeirada, dá sempre caldeirada - e lá estão os outros a pensar coisas de nós - não leva a nada, o mal está feito, o que passou, passou, o que lá vai, lá vai, somos todos civilizados vamos resolver isto entre nós e depois, parecendo que não, ainda se tem que escrever mesmo, à mão, muitas linhas e fica lá o nosso nome e isso depois só pode dar é chatices... Não nos vamos amotinar por causa disso, pois não?
Em comparação com o Reino... Unido?... temos a vantagem de até os nossos jovens serem muito mais educados. Lá estão, nas suas fériazitas de verão, aproveitando os dias de sol para ficar em casa a matar pessoas na play satation em vez de andarem na rua, que vê-se o lindo resultado que dá. Não!, os nossos pequenos lutters têm formação nas juventudes partidárias para um dia virem a lutterar-nos com um F o maior possível. Ao que nós, evidentemente, não respondemos, somos educados. Limitamo-nos a demonstrar o nosso amor ao próximo, chame-se ele José, Pedro ou Toz... António, desde que seja o próóóximo! (mas não é assim, aos gritos, que parece mal, fica tudo a olhar para nós).
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