Com a Alemanha a financiar-se
quase a custo zero, porque a ela afluem os fundos que desertam das praças dos países da UE mais endividados da UE, como Portugal, países que, por essa razão e em contrapartida, continuam a ver subir os custos dos financiamentos a que têm de recorrer cada vez mais, não admira que a senhora Merkel não queira prescindir da
galinha de ovos de oiro que, para a Alemanha, outra coisa não tem sido a actual crise das dívidas soberanas. Por isso também se compreende perfeitamente que a senhora continue
a opor-se firmemente à criação de eurobonds como forma de mutualizar a dívida dos países do euro, porque, mutualizando a dívida, matava a galinha.
Curiosamente, Passos/Coelho, após ter mantido, durante a Cimeira da Nato, em Chicago, um encontro com o presidente francês, veio declarar, no seguimento, que foi estabelecida uma "
boa base de trabalho". Não se vê como, com posições tão divergentes sobre a Europa, em geral, e, em particular, sobre a criação das
eurobonds, como forma de resolver a crise europeia.
O que me leva a crer que Passos/Coelho, para além de "
náufrago e suicida", também não recusa vestir a pele do camaleão. Não tem esta espécie a capacidade de mudar de aspecto consoante o ambiente ? E não tem Passos/Coelho, como parece, a capacidade de adaptar o discurso consoante o interlocutor?
(ilustração daqui)
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Soube-se hoje, no entanto, que há, pelo menos, mais dois mil milhões de razões para a surpresa ser maior ainda. Com efeito, sabe-se agora que a dívida global da região da Madeira que, segundo o antes anunciado pelos governos da Madeira e da República, andaria pelos 6328 milhões de euros no final de Junho passado, vai ultrapassar a barreira dos 8000 milhões.
Perante isto e se nos recordarmos que Alberto João não vai ter que pagar, até ao final do seu actual mandato, nem um tostão do empréstimo concedido pelo governo presidido por Passos para cobrir as loucuras do líder da Madeira, será ainda preciso explicar como funciona uma pandilha?
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Mais uma excelente crónica de José Vítor Malheiros (Lá vamos, que o sonho é lindo!) publicada na edição impressa do "Público" de hoje, dedicada à participação de Passos Coelho na cerimónia do 40º aniversário de uma empresa privada do sector educativo, à qual, pelos vistos, esteve ligado profissionalmente, participação com direito a discurso proferido por ele e transmitido directamente pela televisão pública, durante 25 minutos.
Essa participação é justamente criticada pelo cronista: "O que me parece menos aceitável é que o primeiro-ministro tenha decidido transformar este seu sentimento pessoal [de admiração pelo fundador da empresa] numa descabida homenagem de Estado com direito a propaganda televisiva."
(Deve ser este o entendimento de serviço público dos actuais governantes, digo eu.)
Mais adiante: "O facto de ser PM deveria impedi-lo de misturar relações pessoais e profissionais com a sua posição institucional. E a existência de uma relação profissional prévia da sua pessoa com aquela empresa deveria aconselhar-lhe alguma contenção na promoção que fez da sua actividade e no aval que lhe conferiu com este discurso"
(Deveria, sem dúvida, acrescento eu, se PPC não confundisse o Estado com ele próprio, numa reedição anacrónica do L'état c'est moi.)
Sobre a substância do discurso, escreve José Vítor Malheiros:
"(...) Para o PM, o país é como uma escola e a escola é um modelo do que o país devia ser. Uma escola exigente, à antiga, uma escola que não existe para educar mas para ensinar, com um mestre-escola à frente, uma cartilha debaixo do braço e os alunos de bibe atrás. Da janela do alto, o director espreita. O mestre-escola exorta os alunos: "Estão a olhar para nós, dêem o vosso melhor". Na alegoria de PPC os cidadãos são os alunos e os bravos dirigentes do PSD são os seus professores. Os alunos (nós) estamos habituados a preguiçar e a ser tratados com benevolência ("os alunos, coitadinhos, sofrem tanto para aprender") mas o Governo, com firmeza e exigência, com justiça mas com a intransigência de um pai disciplinador, vai habituar-nos a trabalhar e vai ajudar-nos a cumprir o nosso destino, sem tergiversações. Há outros personagens neste sonho freudiano: há uns que querem ficar agarrados ao passado, que se andam sempre a lamentar, que não fazem mas fazem de conta que fazem; outros que nos querem atirar ao chão e há, finalmente, uma figura paterna, na sombra, a quem temos de mostrar que somos responsáveis, que somos trabalhadores, empreendedores. "Se queremos que olhem para nós com respeito, temos de olhar para nós próprios com respeito". Há por todo o lado olhares severos que nos julgam, que julgam Pedro Passos Coelho. Há em todo o discurso de Pedro Passos Coelho um adolescente nas suas primeiras calças compridas, apostado em mostrar que já é crescido, que se vai portar bem, que vai tomar conta dos irmãos, que vai suportar os rigores da responsabilidade, que não vai ser piegas, que não vai ceder, que vai seguir à risca o seu modelo, que vai ser um pai severo perseverante.
(...) se Passos Coelho aponta um único caminho, sem estados de alma, sem grande consideração pelas queixas e contestações, piegas todas, não me parece que o faça por querer esmagar as alternativas. Penso que sinceramente não as vê. Todo o seu ser se concentra em mostrar que merece aquelas calças compridas."
****
É isso: estamos entregues a um "adolescente" que quer mostrar que já é um homenzinho. Que o é, de facto. O pior é que já não vai a tempo de ser outra coisa.
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Daniel Oliveira termina um dos seus artigos de opinião hoje publicados no "Expresso", com o título de "Piegas", com este recado deixado a Passos Coelho: "Cresça e apareça".
O recado endereçado a alguém que, no dizer do articulista, tem "falta de vida", faria, em princípio, todo o sentido. Só que, neste caso, o visado não pode dar seguimento à recomendação. De facto, como é que se pode fazer crescer um "anão" a quem, ainda por cima, falta "densidade", na feliz expressão usada por Pedro Adão e Silva, em artigo de opinião publicado no mesmo semanário?
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A decisão de Passos Coelho de não conceder tolerância de ponto no Carnaval foi recebida com tantas manifestações de desagrado que o homem do leme já começou a fazer marcha à ré.
Assustado com tanta rebeldia, vinda donde menos esperava, a começar pelas regiões autónomas, autarquias, serviços públicos e empresas, Coelho já fez saber que, afinal, "
a tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval não acabou". Foi simplesmente suspensa, porque estamos num "ano emergência nacional" e porque a troika vai estar por cá durante os festejos carnavalescos e mal parecia que enquanto a troika trabalha, o país estivesse a folgar.
Boas razões, sim senhor, mesmo sabendo que, pelos vistos, "o país vai estar praticamente parado" na terça-feira de Carnaval, quer Passos queira, quer não queira.
Alguém, mal intencionado, diria que o aparente recuo se fica a dever ao facto de Coelho ter receado que lhe acontecesse o mesmo que ao então primeiro-ministro Cavaco, por idêntica decisão.
Eu, que me esforço por ser simpático, embora, verdade se diga, não acredite numa palavra do que ele diz (e é por tal que qualifico o recuo de aparente) considero muito simplesmente que a justificação não cola e que a emenda não sabe melhor do que o soneto. E por uma razão simples. É que, a ser verdadeira a justificação, Coelho já devia ter instituído o sábado e o domingo como dias de trabalho, porque a "troika" tem o "bom" hábito de nem nesses dias se dar ao descanso. Ou será que esta forma de "solidariedade troikista" tem dias?
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O governo reagiu ao corte do
rating da dívida pública portuguesa em dois níveis, de
BBB- para BB, por parte da agência de notação financeira
Standard & Poor’s, remetendo a dívida portuguesa para a categoria de "lixo",
afirmando que se trata duma decisão infundada. Hoje, coube ao
primeiro-ministro Passos Coelho a vez de vir dizer que a agência está a fazer política e que a decisão "foi sobre a Europa".
Passos Coelho é capaz de ter razão quando acusa a Standard & Poor’s de fazer política, mas a acusação não deixa de ser surpreendente, partindo dele, que é um amigo dos "mercados", quando se sabe que o procedimento seguido pelas agências de rating não é de agora e quando, outrossim, se sabe que a política delas é estarem ao serviço dos "mercados".
Surpreendente a reacção, mas compreensível a desilusão do homem: ele que é tão amigo dos "mercados" que até fez tudo (e mais alguma coisa) como os "mercados" mandaram e tratarem-no desta forma, não é justo. Se calhar, os "mercados" ainda não sabem o amigo que aqui têm. Provavelmente é tudo culpa do Moedas que se esqueceu de dar uma palavrinha aos "mercados"!
Já, por outro lado, nada tem de surpreendente, porque é usual, a atitude de pretender passar ileso por entre os pingos da chuva, ao afirmar que a posição adoptada "foi sobre a Europa". É verdade que a apreciação foi conjunta sobre vários países europeus. Só que Passos Coelho esquece que há vários países que não sofreram qualquer corte (Alemanha, a Holanda, a Finlândia e o Luxemburgo) mantendo a notação do triplo A e que nem todos os países considerados sofreram um corte de dois níveis, o que significa necessariamente que foi tida em consideração a realidade específica de cada país.
Aliás, se Passos Coelho se der ao trabalho de atentar nas razões invocadas pela Standard & Poor’s, para justificar a sua posição, encontrará, além do mais, a afirmação de que o processo de consolidação orçamental "baseado unicamente no pilar da austeridade orçamental arrisca-se a tornar-se auto-liquidacionista". Ora, Passos Coelho não pode eximir-se da responsabilidade de ter assumido e de estar a levar a cabo um plano de austeridade ainda mais ambicioso do que o acordado com a "troika". Com os maus resultados que estão à vista. A Standard & Poor’s limitou-se a constatá-los. Quanto à responsabilidade: sibi imputet.
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Não acreditam? Pois bem, meus caros, a probabilidade de eu, que não jogo, ganhar o Euromilhões é mais ou menos a mesma que a atribuída à hipótese de P. Coelho ter falado verdade quando afirmou que "o Governo não interferiu nem directa nem indirectamente nas escolhas que os accionistas privados da EDP fizeram para o futuro Conselho Geral e de Supervisão ou para o Conselho de Administração”.
Pondo de parte as nomeações para o Conselho de Administração da EDP, que ninguém questionou e que na afirmação passista só podem aparecer com o intuito de criar confusão, há que dizer que é tão inverosímel que, sem interferência do governo e/ou de Passos, os accionistas da EDP tivessem escolhido para o CGS da EDP só pessoas relacionadas pessoalmente com o primeiro-ministro e/ou afectas ao seu partido ou ao CDS, que não é crível que alguém se atreva a acreditar numa tal patranha. E de facto, nem os companheiros de partido, como
Marques Mendes, acreditam nisso.
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... se constrói uma frasezinha* bem reveladora do que um primeiro-ministrozito pensa da Casa da Democracia e, cela va sans dire, da própria Democracia.
*A frase
"Vamos trabalhar agora, já são horas" dita por Passos Coelho, na passada sexta-feira, exactamente à saída do debate na Assembleia da República, não podia ser mais expressiva. Faz-me lembrar o outro que dizia "Deixem-me trabalhar" ou a outra que propunha "Suspenda-se a democracia por seis meses, para resolver os problemas" (cito de memória, mas a ideia era esta)
Deve ser da genética do partido a que pertence o primeiro-ministrozito, o outro e a outra. Só pode.
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"O comissário europeu dos assuntos sociais, Laszlo Andor, mostrou-se hoje muitopreocupado com a emigração de jovens europeus para outras paragens, nomeando "Brasil, Angola e Moçambique", numa mensagem que parecedesenhada para chocar com o apelo à emigração feito pelo primeiro-ministro português, Passos Coelho. Andor não apenas critica a perda de uma "geração inteira" como também recorda o "custo financeiro" que isso acarreta.
"Alguns jovens já estão a sair da Europa para encontrar emprego em países como os EUA, o Canadá, Austrália ou o Brasil, Angola e mesmo Moçambiquedependendo da sua língua de origem", lamentou o comissário. "Esta tendência não pode continuar: não apenas arriscamos perder uma geração inteira mas também há um custo financeiro. Há, aliás, um recente estudo europeu concluiu que o fardo dos actuais níveis de desemprego para a sociedade é de cerca de dois mil milhões euros por semana ou um pouco mais de 1% do PIB da UE". E por isso, a comissão de Durão Barroso "apela de forma urgente à acção europeia mas também nacional e local" para travar esta sangria geracional."
(Notícia na íntegra, aqui. Negrito meu) (Conclusão: até em Bruxelas já se sabe que Passos Coelho não está apto a "conduzir".)
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Depois do secretário de Estado da Juventude ter incentivado os jovens "a abandonarem a sua zona de conforto" e a emigrarem, vem
Passos Coelho que ultimamente se tem desdobrado em entrevistas a tudo quanto é órgão de comunicação social, a aconselhar a emigração dos portugueses habilitados nas áreas das
"tecnologias de informação e do conhecimento, da saúde, da educação, do ambiente e das comunicações”.É lícito, pois, concluir que a emigração dos portugueses mais jovens e mais habilitados não é apenas uma ideia parva dum secretário de Estado parvo, mas é, afinal, a política deste governo.
Se desistir do país e dos seus melhores valores é a palavra de ordem deste governo, a sobrevivência do país e dos portugueses passa, sem dúvida, pela queda deste governo. E quanto antes, melhor.
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Não há um único (repito: um único) sector da vida nacional que apresente indicadores mais favoráveis do que os registados antes da entrada em funções da actual "equipa maravilha" (?) dirigida (?) por Passos Coelho. Digo o mesmo em relação a melhorias na vida das pessoas, pois estas, pasme-se, estão, pela primeira vez, desde que há registos,
a ver-se obrigadas a cortar nas despesas com a alimentação.
E tão seguro estou da afirmação que até prometo alvíssaras a quem até ao dia 21 do corrente [data em que o (des)governo passista perfaz 6 meses de (des)governação] descobrir um único indicador que contrarie a asserção.
Ontem mesmo surgiu um enxurrada de novos dados que não me deixam em mentira. Senão repare:
Bom, sabe-se que os direitolaos continuam a atirar com as culpas para cima das costas de Sócrates e quem for vivo verá que, daqui por "um século", os tolos (e, ao mesmo tempo, aldrabões) continuarão com a mesma lengalenga. Todavia, quem não for direitolo e, neste caso, só o é quem quer, tão evidente é a mentira, é claro que não pode ir mais naquela conversa. Eu, que presumo de o não ser, entendo mesmo que já é altura de dizer: "Quando assim, melhor assado".
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Estamos indiscutivelmente perante mais um êxito de Passos Coelho. Desta vez, na luta contra a obesidade, êxito tanto mais digno de salientar quanto é certo que foi alcançado através dum método simples e, ao mesmo tempo, eficaz e económico.
Queriam melhor?
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A propósito daquilo acima reproduzido, largado pelo senhor Coelho no facebook e que aconselho a ler ao som do menino guerreiro, deixo as palavras de alguém bem mais contido do que eu.
"Eu leio isto e não acredito que esta merda tenha chegado a este ponto. A uma portuguesa que só toma banho uma vez por semana e só usa o carro mesmo quando é preciso. E ao redactor de Oeiras que acordou um dia cheio de tesão para salvar o país gastando menos em coisas supérfluas. E ao primeiro-ministro que os invoca e pede para continuarem a acreditar.
Isto é mau demais para ser verdade e como eu passo muito tempo entre a realidade e a ficção, peço a todos aqueles que estão desse lado em que os beijos são de verdade, que me confirmem: A mensagem do senhor primeiro-ministro que eu li no Facebook é mesmo verdade?" [ZP]
Parece que sim, que é mesmo verdade, ZP, embora ache que, em vez de Richard Warrell, deviam ter escolhido um nome mais do novo eixo, Adolf Napoleon, uma coisa assim...
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Numa altura em que os mercados financeiros estão a forçar a substituição de governantes eleitos, por tecnocratas, como já aconteceu na Grécia com
Papademos e está em vias de se verificar na Itália, com
a demissão, hoje anunciada, de Berlusconi, temos de convir, perante as citadas declarações de Passos Coelho, que em Portugal os mercados financeiros não necessitam de se preocupar. É verdade que não têm à frente do governo português um tecnocrata, pois Passos Coelho nem isso é, mas não estão pior servidos. Pelo contrário: não dispõem dum tecnocrata, mas têm alguém capaz de desempenhar muito melhor o papel dos tecnocratas: um sádico que considera que, havendo
países indisciplinados (e sê-lo-ão?), o único remédio é
punir o povo, impondo-lhe sacrifícios
usque ad absurdum. A senhora Merkel não diria melhor.
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Resposta do PM: Senhor deputado, eu sei o que é a vida, acredite, eu sei o que é a vida, eu sei o que é a vida, eu sei o que é a vida. Acredite. Eu sei o que é a vida [mais vida, menos vida, foi isto o que o senhor disse, para se convencer que sabe o que é a vida].
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Agora é que vai ser, caramba. Mais 15 minutos para o café e outros 15 para o cigarrito.
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Basicamente, foi isso que o tipo disse, certo? Para defender a economia, vai entrar a pés juntos ... à economia. Depois, quando chegar a hora de destapar a panela, vamos poder ver uns restos esturricados. Vai ser essa a nossa economia, depois de salva.
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"Assinei o memorando", "antes de eu ter tomado posse [foi o descalabro]" (cito de memória). Então e o PSD?, e o Governo? E o Catroga? E o resto dos muchachos? «Après moi, le déluge?»
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Parece que está cheio de boas intenções. No caso, ao ritmo de várias por dia. As ditas, aliás, tendem a multiplicar-se quando não é a nossa a cabeça no cepo.
Mais a sério: parece que vai sair amanhã uma sondagem que dá algo como um empate técnico entre PS e PSD. Nunca vi ninguém perder-se de forma tão competente. Se se tratou de uma aposta, o almoço ja está ganho.
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