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Hoje andei perto de vós, nas deambulações partidárias, mas não pude ficar, por razões verdadeiramente inadiáveis. Espero e desejo estar na próxima Tertúlia, enquanto agradeço aos organizadores que se tenham disponibilizado a emprestar-me a sua voz.
A vossa iniciativa fazia falta. Em Portugal discute-se pouco a política e as políticas. Há mesmo resquícios de uma cultura bafienta segundo a qual a discussão gera a divisão e não as melhores soluções. Tenho, por princípio a visão oposta e, na actual conjuntura, creio que é mais necessário que nunca tê-la.
Desde o fim do PREC houve um grande desígnio nacional que uniu a larga maioria dos portugueses, no sentido de aproximar-nos da Europa e de fazer da convergência europeia o nosso caminho. Os resultados até hoje foram largamente positivos, mas chegámos ao ponto do caminho em que os espinhos são mais visíveis do que as rosas. E devemos perguntar-nos como queremos estar na Europa, que queremos para ela e que queremos para Portugal nela.
Pessoalmente, a minha utopia europeia é federalista. Gostava de poder votar algures contra Merkozy, mas não posso. Sei também que, com Merkozy, Portugal terá pouca margem para seguir um rumo muito diferente do actual. Mas tem alguma.
A federação europeia em que eu gostaria de viver seria radicalmente democrática, não parando a democracia à porta do mundo do trabalho e não a remetendo para os lugares institucionais dos órgãos de soberania. Mas o mundo também não caminha nesse sentido. Pode parecer-vos um raciocínio muito de “velha social-democracia europeia”, mas continuo a acreditar que a força dos sindicatos é a melhor garantia de avanço da igualdade em sociedades que mantêm a economia capitalista como modo primeiro de produção e distribuição de recursos. Infelizmente não há muitas razões para estar optimista quanto ao que vai acontecer entre nós ao mundo sindical nos próximos anos.
Portugal deve preocupar-nos. Porque os portugueses parecem resignados com a terapia de choque liberal que embrulha em recuos sociais e em recuos nos serviços públicos uma soução austerativista para a crise. Na terapia que estamos a seguir quase tudo está errado. É certo que acabará, a médio prazo, por ter resultados. Mas fá-lo-á à custa de muito sofrimento social desnecessário.
Essa resignação e esse sofrimento social têm que ser contrariados pela acção dos movimentos cívicos. Claro que os partidos têm um papel insubstituível, mas não é único. Teremos que mobilizar forças para dizer que há outras soluções para a crise mundial e para a sua variante portuguesa. Teremos que criar uma rede de pensamento crítico. Teremos que prosseguir e aprofundar o debate.
Para o fazer é necessário criar uma corrente de debate. É o que aqui estais a fazer. É aquilo que me proponho fazer convosco se assim quiserem. Neste momento pouco importa saber quanto concordaremos nas propostas alternativas. Basta que tenhamos em cmum o sentimento que elas são necessárias.
Melhor democracia será obra de mais cidadania e mais cidadania será resultado de falar mais e ouvir melhor. Eu estou à escuta. A escutar-vos como cidadão interessado na defesa radical da democracia em todas as esferas da vida e com vontade de ser uma voz a falar convosco nos debates que agora iniciais.
Boa tertúlia e força, que o futuro não está pré-determinado nem tem proprietário.
Outras Intervenções já publicadas: Abertura I, Abertura II, Estrela Serrano, Heloísa Apolónia, José Reis Santos
O nome de Paulo Pedroso foi ontem várias vezes referenciado, a propósito dum assunto com o qual já nada tem a ver. Podia ser o meu ou o teu nome, mas é "apenas" o nome de um homem que não foi pronunciado (levado a julgamento) pela Relação. Um parêntesis para explicar que, em regra, em sede de instrução, em caso de dúvida (sobre a culpabilidade) o arguido é conduzido a julgamento; apenas quando não restam dúvidas sobre a inocência do arguido ou quando se prevê (numa espécie de juízo de prognóse póstuma) que em sede de julgamento o arguido será absolvido se decide pela não pronúncia deste (por não o levar a julgamento).
Em suma: um arguido não pronunciado significa que sobre ele não há réstia de dúvida sobre a sua não culpabilidade, já um arguido absolvido (em sede de julgamento) pode significar que há dúvidas suficientes para o "inocentar" (in dubio pro reo).
Paulo Pedroso não foi pronunciado, o que significa, grosso modo, que é "mais inocente", passe a expressão, do que qualquer absolvido em sede de julgamento (que pode não ter sido condenado porque sobre a respectiva culpabilidade houve dúvidas). Sobre Paulo Pedroso não restaram dúvidas, um Acórdão já transitado em julgado, ao contrário deste, assim o disse.
Tudo isto a propósito de 5 minutos de palavras, ontem vociferadas na SICN entre a dupla Felícia Cabrita e Pedro Namora, nos quais foi referido (de forma que me dispenso de qualificar) o nome de Paulo Pedroso.
Metam isto nas vossas cabeças: Paulo Pedroso foi inocentado (da forma atrás descrita) pela mesma justiça que ontem condenou Carlos Silvino (com a “ténue” diferença que sobre aquela decisão já não há recurso possível).
Deixem o homem em paz.
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