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"De consciência tranquila"

por Francisco Clamote, em 13.12.13
Passos Coelho, o ainda primeiro-ministro, confessava, há dias, estar de consciência tranquila.

São tantas as inconsistências (entre o que diz num momento e o que afirma minutos depois) e as contradições (entre o dito e o feito) que pensei cá para os meus botões: este rapazola, ou tem a consciência lassa, ou muito fraca memória.

A leitura de dois textos, hoje vindos a lume (" O plano A", de José Manuel Pureza e   "Swaps: quem manda!", de Carlos Costa Pina) obrigam-me a rever a minha posição. O rapazola, afinal, tem razão: perante os seus amos (o capital e a banca) pode estar de consciência tranquila, pois não restam dúvidas de que os interesses que serve não têm a menor razão de queixa.

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publicado às 14:42


Supercalifragilisticexpialidocious

por Rogério Costa Pereira, em 25.10.13

Depois do "sucesso" das conferências do Pedro "inconsistências problemáticas" Lomba, o Coelho acabou de contratar a Mary Poppins como assessora de imprensa. Para o Lomba mandou vir um fatinho e uma bengala. Ora vejam como vai ser bonito.

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publicado às 09:45

Não é a mesma coisa que ver a BD, bem sei. Mas é o que se arranja sem ficar com um peso na consciência (fui buscar ao youtube e o Andy assim não se chateia comigo). Ignorem o ritmo do vídeo e pausem imagem a imagem, se necessário for. Eu quero muito ajudar o nosso pm a livrar-se de si próprio (deve doer ser assim). Ficam as mil e uma formas (é só uma expressão, não se ponham a contar).

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publicado às 17:41


Inconcebível, não é?

por Francisco Clamote, em 07.03.13
Por todas as razões que enumera (e por mais algumas que poderiam ter sido alinhadas), André Macedo, em artigo de opinião que pode ser lido, na íntegra, aqui, classifica o ministro das Finanças como " O inconcebível Gaspar".

O qualificativo "inconcebível" que bem calha ao ministro Gaspar, assenta ainda melhor à espécie de primeiro-ministro que (des)governa o país. De facto, como classificar um primeiro-ministro que, perante a proposta do líder do PS visando o aumento do salário mínimo nacional, não só recusa a proposta como defende que a medida mais sensata seria baixá-lo, invocando, para justificar a (insensata) tese, o exemplo da Irlanda, que frequentemente lhe serve de referência,  onde vigora um salário mínimo "principesco" (1462 €) quando comparado com o miserável salário mínimo em vigor em Portugal (485 €)?

Se este primeiro-ministro é inconcebível, já, ao invés e por contraditório que possa parecer, se consegue conceber a sua permanência em funções.

E concebe-se, porque, a par dum primeiro-ministro e dum ministro das Finanças inconcebíveis, Portugal também tem um presidente da República inconcebível., simultaneamente existente e inexistente. Existente, porque ocupa o lugar, inexistente porque, inoperante, se demite do exercício das sua funções.

Inconcebível, não é?

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publicado às 15:51


Dia de Grândola - Vila morena

por António Filipe, em 15.02.13

Hoje, no Parlamento português, foi dia de cantar "Grândola vila morena".
E o Primeiro Ministro achou que era de bom gosto. Não sei se lhe passou pela cabeça que era uma manifestação contra o governo que ele dirige.
Que este dia se repita sempre que for necessário.
E que corra mundo.

  


Joan Baez canta "Grândola vila morena", de Zeca Afonso

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publicado às 23:31


Da normalidade de um biltre

por Rogério Costa Pereira, em 04.02.13

2013.jpgO Franquelim aprovou e fechou os olhos às contas marteladas do BPN e nada disse ao Banco de Portugal. O Coelho não vê nada de anormal nisso. Eu acho normal. Anormal seria que o chefe da representação permanente da troika em Portugal visse algo de anormal no fechar de olhos ao fartar vilanagem que foi o BPN. Isso faria dele, Coelho, um homem sério. Ora, sobre isso já há muito estamos conversados. À solta, um coelho comerá relvas. Normal. À solta no governo de Portugal, Relvas come Coelho. Normal. Coelho é um biltre. Sabemo-lo desde o primeiro dia. Não façamos dele um homem sério. Não esperemos que seja um homem sério. Coelho é Coelho. Sabemos quem é, ao que anda e quem o acompanha. Esta malta não governa, governa-se

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publicado às 20:39


Cuida-te, Pedro!

por Francisco Clamote, em 17.01.13
Passos Coelho mente com tanta facilidade que suponho que a mentira lhe é tão natural como o respirar.
Hoje mesmo, em Paris, onde foi fazer nem sei bem o quê, teve o desplante de afirmar que "ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem".
O Jornal de Negócios ("link" supra) faz o favor de lembrar ao Pedro as várias declarações de incentivo à emigração proferidas por membros do seu governo, incluindo o próprio Pedro Passos Coelho.

Ei-las:

- "se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras" (secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre)
- "Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo" (ministro Relvas)
"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante" (Relvas em dose dupla)
- "Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa". (Passos Coelho).
Mentir tão descaradamente, já não é defeito, é feitio. Ou melhor dito: é doença. Cuida-te, Pedro!

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publicado às 21:03


"A vida política do professor Cavaco Silva acabou!"

por Rogério Costa Pereira, em 04.01.13

ET.jpg

Esta frase foi proferida (em júbilo envergonhado) há quase 17 anos, no dia 15 de Janeiro de 1996, dia em que o Cavaco perdeu, para Jorge Sampaio, a sua primeira tentativa de não ser Presidente da República. 
Nessa altura, o jotinha Coelho, com 32 anos, andava a ganhar buço pela Casa do Povo. Já o fazia, aliás, deste 1991, com os seus experientes e vividos e aptos 27 anos -- com 27 anos, pode ser-se vivido e experiente e apto, mas a personagem nem aos 48, e já com ano e meio de poleiro dos altos, atingiu tal estatuto. 
Em 2004, cerca de 8 anos depois da profética e certeira frase em título ter sido atirada às câmaras da TVI, o autor da dita convidou o Coelho para ingressar no Grupo Fomentinvest, onde este continuará a não ganhar aptidão nem experiência até 2006.
Entretanto, o enterrado em 1996 anda agora, e já há quase 7 anos, mascarado de presidente da República, a terminar o serviço que havia começado em 1985 e interrompido em 1996. Falo do de co-coveiro de Portugal.
E o tal profeta calha a ser o mentor do experiente e vivido e apto jotinha que ora nos desGoverna.
O que é curioso é que, como se vê, já desde, pelo menos, 1996 que o profeta Ângelo Correia y su muchacho (mas este só soube a razão mais tarde, quando lha ex-pli-ca-ram) não gramam o Cavaco. O que é obviamente e notoriamente recíproco.
O que é ainda mais curioso é que os dois (ou três), cada um em seu poiso -- o Cavaco em Belém e a dupla Coelho sob a pata da Merkel e Ângelo no ombro deste e de bico encostado ao ouvido do seu tem-fome-investe --, e não se gramando, conseguem atingir uma sintonia não premeditada mas quase perfeita, naquele singular e democrático estilo de golpe e contra-golpe, no empurrão abismo abaixo que este país parece exigir aos sentidos e bons e suficientes haveres de um e de outros.
"A vida política do professor Cavaco Silva acabou!"... Não deixo de me questionar, se Jorge Sampaio não tem logrado pontapear o Cavaco em 1996 teríamos hoje um Presidente da República? Não que a resposta me interesse ou que eu ouse desejar agora que 1996 tivesse sido ao contrário. Mas gostava tanto de ter, hoje, um Presidente da República. Essa é que é essa! Dava um jeitaço... É que estou mesmo desesperado por um, sabem?, ao ponto de terminar com este parágrafo estilo regresso-ao-futuro. A Constituição não prevê a existência de um? Ok, esqueçam esta última pergunta...

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publicado às 02:13


2013 será o ano da serpente

por Rogério Costa Pereira, em 29.12.12

De acordo com a Astrologia Chinesa, 2013 será regido pela Serpente. Começa em 10 de Fevereiro e termina a dia 30 de Janeiro de 2014... Tempo não falta. Mas não abusemos. Março é um mês bonito. Quanto à imagem... pardon my french... A Natureza tem destas coisas. A lei do mais forte, e O MAIS FORTE é obviamente o POVO. Sempre foi. A Natureza não sabe o que é uma excepção e não vai aprender agora. Não seria... natural.

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publicado às 00:27


Burro novo também não aprende línguas

por Francisco Clamote, em 29.11.12
Diz o provérbio que "burro velho não aprende línguas". Ouvindo a entrevista do primeiro-ministro, chego à conclusão de que burro novo também não. Nem línguas, nem coisa nenhuma.

E se "errar é humano e persistir no erro é burrice", é evidente que Passos Coelho é burro, pois demonstrou, ex abundante, durante a entrevista que, apesar de a política por ele seguida, durante o ano e meio que leva de governação, ter redundado num falhanço em toda a linha, em vez de inverter o rumo, persiste nas mesmas políticas que estão destruir o país e a condenar a sua gente à pobreza e à miséria.

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publicado às 21:39


Há que diminuir o número dos que mais têm!

por Rogério Costa Pereira, em 26.11.12

Coelho,

Desta vez vou tratar-te, não como o estupor que és, mas como alguém que não joga com o baralho todo, que não tem os cinco alqueires bem medidos, alguém que ensandeceu perigosamente. Não sei se percebeste o que disse, até agora. Basicamente é um prólogo de um fecho que não virá longe, porque tenho mais que fazer do que estar a explicar-te ao que venho e qual é o meu estado de espírito.

Não sei, de resto, se à medida que te vai caindo cabelo não se te irão também desprendendo pedaços do resto de cérebro que eventualmente ainda encarceres nesse espaço entre as duas orelhas que te amparam o crânio. Em suma, para além do que os teus actos revelam, uma demência para além de qualquer dúvida — além de uma maldade constitucional que mesmo nos insanos se revela —, nem sequer sei se ainda saberás apreender um texto, ainda que to soletrem ao ouvido.

A cena é esta, pá.

Desde que te colocaram onde estás (até parece mentira que sejas primeiro-ministro), já disseste e fizeste todo o tipo de asneiras e inanidades. Já mimaste o povo que te elegeu com todo o tipo de insultos. E sim, e isso dá-me ainda mais liberdade — toda a liberdade — para te tratar como deves ser tratado. De resto, neste caso, não me incomoda que a minha liberdade atropele a tua, desde logo porque tu e os teus donos e as tuas doninhas me atropelam e ao meu povo todos os dias.

Disseste agora que quem mais contesta o Governo é quem mais tem. No momento em que te ouvi senti uma raiva que não mereces que alguém sinta por ti — porque és reles coisa e porque está fora das tuas capacidades perceber a gravidade do que vomitaste. Tive receio de que mo tivesses dito na cara, sabes? E tenho receio que muitos dos que mais têm motivos para contestar o teu governo de marionetes tenham sentido igual receio.

Muitos dos que mais têm vêem os filhos passar fome e, desempregados por causa das tuas políticas de terra queimada e das ordens que tens para dizimar, estraçalhar, plantar-eucaliptos-e-derrubar-sobreiros; — dizia, desempregados por tua causa, se sentem na obrigação, no dever, de roubar para pôr pão na mesa. Para que os filhos, que são dos que mais têm, não morram à fome. Para que possam crescer sem morrer e chegar a ter idade comprar um bilhete de comboio e fazer-te a vontade: desaparecer deste país. É isso que tu fazes a essas crianças, que mendigam para comer. Pões-lhe dor no olhar. Ódio no agir. São as sementes que plantas, os frutos que vais colher. Pode ser que te saio o tiro pela culatra. Pode ser que percam o comboio.

E, voltando aos pais, aqueles que são dos que mais têm. Estão como estão porque se eclipsaram as empresas onde trabalhavam, continuando, porém, estas, após lançarem milhares de famílias, das que mais têm, no desemprego, a ser das (empresas) que mais têm.

Tudo malta de posses como vês! Quando te ouvi roncar aquelas palavras, depois de olhar para o meu filho, depois de sentir o que senti, depois de gritar bem alto o que tu és em forma de palavra que não quero que o meu filho oiça, sabes no que pensei? Nas crianças que desmaiam nas aulas. De fome canalha! São das que mais têm? Das que não vão à escola porque não têm como. São das que mais têm? Das que não chegam a ver a luz da vida porque os pais, que são dos que mais têm, já não têm possibilidades de as ter. Lembrei-me daqueles que se enfiam dentro dos contentores do lixo à procura de algo para comer. Para dar aos filhos. São dos que mais têm? Daquelas famílias que dormem dentro do carro porque perderam o emprego e, para não roubarem, perderam a casa. São das que mais têm? Das que dormem ao relento. São das que mais têm? Lembrei-me de quantos velhos e menos velhos já terão morrido por causa da puta da tua austeridade. Nos hospitais onde já não há compressas. Onde se doseia o que não deve ser doseado. Onde os teus especialistas querem que se tratem as pessoas em função da esperança de vida. Dois meses de vida? Deixa morrer!  São dos que mais têm? Melhor; eram dos que mais tinham?

Lembrei-me dos velhos que morrem em casa. De fome, de frio, sem cuidados médicos, sem dinheiro para comprar os remédios que o estado social que tu destróis lhes garantia. A pensão miserável que lhes roubas e para a qual eles trabalharam de sol a sol a vida inteira.  

E tudo porque não há dinheiro. Há dinheiro para os teus boys, há dinheiro para tapar os buracos marginais dos da tua laia, há dinheiro para manter em colchão o que os bancos talvez precisem, enquanto pagamos juros usurários aos prestamistas a quem prestas vassalagem. Há dinheiro para tudo. Mas não há dinheiro para dar ao povo aquilo que é do povo por direito. Os tais direitos adquiridos e que tu saqueaste. Adquiridos ao longo de séculos, de evolução da espécie, pá. Olha o ridículo! Adquiridos em Abril. Nesse mesmo Abril que tu teimas em destruir, canalha.

Estes que emigram, estes que passam fome, estes que não nascem, estes que estão doentes, estes que morrem. Por tua causa! Não são estes os que mais têm, pois não?

Os que mais têm são aqueles que, ainda que passando fome, têm força para erguer o punho e a voz para te contestar? Aqueles que, ainda que inventando formas de viver, cortando onde não deviam cortar, te colocam em causa, a ti e às tuas políticas assassinas? São esses os que mais têm? São os milhões que se reúnem aos milhões e inventam formas para te mandar bardamerda? Nos 15 de Setembro? Nos 14 de Novembro? Aqueles que amanhã, em frente à AR e por todo o país, vão contestar o teu OE que, se o teu cúmplice de Belém promulgar, e enquanto o TC não o deitar abaixo — se ousar! —, vai diminuir o número dos que mais têm?

Era aí que queres chegar, não era? Há que diminuir o número dos que contestam! Há que diminuir o número dos que mais têm! Nem que para isso lhes cortes as pernas! Lhes apliques dose reforçada do mesmo que deste aos outros que já eram. Era isso que dizias, sim! Tu e os teus donos.

Para teres mais paz e poderes mais à-vontade fazer o teu serviço de corsário e salteador, de abre-latas aos vis, retalhando e despovoando o país, para entretanto e após o venderes ao preço da uva mijona.

Como vez, fiz como tu fizeste com as tuas promessas. Tratei-te, não só como o estupor que és, mas também como o alienado perigoso que também és. Ora lê lá a primeira frase. Foi isso não foi? Cumpri ou não cumpri? Pois…

Até amanhã, infame! Não passarás!

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publicado às 19:52


Do tornado: o texto que gostaria de escrever

por Rogério Costa Pereira, em 18.11.12

Não posso deixar de salientar e elogiar a forma célere e esforçada como o senhor primeiro-ministro e o excelentíssimo presidente da República acorreram ao Algarve, terra deste último, para apoiar, no terreno, as populações vítimas do tornado da passada sexta-feira.
Efectivamente, e apesar dos eventuais apupos que receberiam do povo pela política económica, austera mas necessária, que desenvolvem e apadrinham, os representantes primeiros do povo não hesitaram, sem medos, em fazer-se à estrada para se juntar a quem os elegeu e que viu ir pelos ares parte das suas vidas. 
Ei-los, pois, no seu melhor. Ei-los, pois, exercendo os respectivos mandatos da forma irrepreensível a que já nos habituaram. Outros fossem, sem carácter e sem vergonha, e remeter-se-iam ao recato prudente e impudente de pífias e inconsequentes declarações aos jornalistas.

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publicado às 15:30


Esperemos que não seja já tarde de mais

por Francisco Clamote, em 15.11.12
Cavaco confessou que não viu as imagens dos desacatos e da carga policial ocorridos, ontem, frente à Assembleia da República e Passos Coelho não sei se as chegou a ver. Facto é que nem um, nem o outro  se dispensaram de fazer comentários sobre os acontecimentos, elogiando, sem mais, a actuação policial. 

No caso de Cavaco Silva é simplesmente espantoso que alguém que não viu o que se passou possa, quando questionado sobre se não tinha havido excessos por parte das forças policiais, retorquir que "afirmações desse tipo só podem ser um insulto à polícia". Espantoso e preocupante, para não ir mais longe.

No caso de Passos Coelho, como digo acima, não sei se as chegou a ver. Em todo o caso, para fazer os comentários que fez, não deve ter tido tempo para as ver bem.

Em qualquer caso, pode em relação quer a um, quer ao outro, aplicar-se o que escreve Vítor Belanciano  num artigo de opinião com o título "Eles não aprendem nada", artigo que é, ao mesmo tempo um testemunho presencial dos factos e cuja leitura se recomenda, sobretudo a Cavaco Silva e a Passos Coelho. Isto, claro, partindo do pressuposto de que, embora não tenham aprendido nada, até agora, ainda queiram aprender para tirarem as devidas conclusões. Não sei é se, tal como conclui Vítor Belanciano, não é já tarde de mais.

Esperemos que não.

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publicado às 23:14


Não é coragem, biltre, é FOME!

por Rogério Costa Pereira, em 14.11.12

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publicado às 21:44

Embora tardiamente, Passos Coelho concluiu, finalmente que chegou ao fim do caminho que tem vindo a trilhar. Só uma tal conclusão explica que tenha vindo agora a falar em "refundação", conceito que só pode ser visto como a última tábua de salvação a que um náufrago, como ele, pode lançar mão para não se afogar de vez. A "refundação" mais não é, pois, do que uma proposta de revisão da Constituição a realizar sob os auspícios da troika. Só que uma tal tarefa não a conseguirá ele levar a cabo sem a cooperação do PS, pois contando embora com a maioria dos deputados no hemiciclo de S. Bento, não dispõe da maioria qualificada de dois terços.

O PS já manifestou, por  várias vezes, a sua indisponibilidade para colaborar nessa manobra e não seria de esperar outra coisa. Além de lhe cumprir salvaguardar o estado e a coesão social, até aos limites do possível, sob pena de se desmentir enquanto partido socialista, contemporizar com uma tal iniciativa seria o mesmo que aceitar que "Roma" pode pagar a "traição dos idos de Março", uma segunda vez.: a primeira com a vitória eleitoral em Junho de 2011 e a segunda com uma revisão da Constituição oferecida de bandeja.

Diga-se, com toda a clareza, que  um tal cenário (o da colaboração do PS numa revisão constitucional, nestas circunstâncias) nem sequer me parece  possível, a menos que o PS esteja disposto a cometer suicídio.

Não significa isto que Passos Coelho, chegado ao fim do trilho, não tenha outros caminhos e um deles até  está nas suas mãos. Coelho pode, de facto, provocar a realização de novas eleições, demitindo-se. Quem sabe se, em novas eleições legislativas, não consegue os almejados dois terços para conseguir destruir a Constituição que tantos engulhos lhe tem causado desde a primeira hora.

Tem, aliás, boas hipóteses de alcançar o seu objectivo. Gente distraída é o que, neste país, não falta e com dinheiro à fartura e cobertura na comunicação social também pode contar. O Fernando Ulrich do BPI e o Nuno Amado do BCP, pelo menos, estão, pelo que tenho lido, dispostos a abrir os cordões à bolsa e dinheiro do BES estou em crer que também não faltará. E quanto à comunicação social sabe-se que está, na generalidade, do seu lado e há sempre um Mário Crespo, um Camilo Lourenço, um Henrique Monteiro, um Zé Manel e mais uns quantos "fanáticos", incluindo do sexo feminino (Maria João Avilez e Graça Franco, por exemplo) dispostos a dar uma ajudinha.

Mesmo assim, admite-se que o resultado não são favas contadas, pois os eleitores, por vezes, conseguem não se deixar cair na esparrela, por muito bem que esta tenha sido montada.

Mas nem um eventual insucesso deve preocupar Passos Coelho, pois mesmo derrotado tem emprego assegurado numa qualquer das empresas que já privatizou ou tenciona privatizar. Deixo aqui, desde já, algumas sugestões que Passos pode aproveitar. Por exemplo: electricista na EDP, ou na REN ou empregado  de cabina na TAP. Ainda ponderei sugerir o lugar de piloto na TAP, ou o de gestor nalguma das empresas privatizadas, mas acho que tais cargos estão fora de questão, pois não se entregam cargos de chefia ou de gestão a quem já deu provas, enquanto primeiro-ministro, que não tem competência, nem perfil para o desempenho de tais cargos. Duvido mesmo que, perante a inábil actuação, o "padrinho" Ângelo Correia o aceite de volta.

Mesmo na pior das hipóteses, não há razão para Passos Coelho desanimar. Há gente neste país, bem mais qualificada do que ele, que não encontra emprego, porque, graças à sua política de empobrecimento, Portugal já conta com mais de um milhão de pessoas desempregadas. Como último recurso, seguindo o seu próprio conselho, pode sempre emigrar. E cá estarei, numa tal eventualidade, a desejar-lhe boa viagem.

(imagem daqui)

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publicado às 00:53


Curiosidades que não me atentam

por Rogério Costa Pereira, em 20.10.12

(imagem via google; desconheço o autor)

A ex-futura PGR terá fornecido as gravações ao quase ex-PGR antes ou depois de ser escolhida a futura PGR? Estou-me bem nas tintas, entenda-se, eles que se comam uns aos outros em pratos de vinganças geladas; como disse, é uma mera curiosidade. E, sim, um doce sorvete. Visto daqui.

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publicado às 14:41


E assim vamos...

por n, em 01.10.12

"Escola abre inquérito disciplinar a aluno que insultou Passos Coelho".

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publicado às 10:02


O homem da dinamite

por Francisco Clamote, em 29.09.12
Já não é a primeira vez que António Borges, consultor do governo para as privatizações, lança mão do dinamite. Fê-lo ao vir declarar que era urgente a baixa de salários. Repetiu a cena com a apresentação da "boa" solução para a RTP, através da sua concessão a uma entidade privada. 
A meu ver, porém, ainda não tinha usado uma tão forte carga de dinamite como hoje, ao defender que as alterações que o Governo queria fazer à Taxa Social Única (TSU) constituíam uma medida "extremamente inteligente" e ao qualificar de "completamente ignorantes" os empresários que se manifestaram contra as alterações.
Que o homem não tem a mínima sensibilidade social está bem patente nas afirmações que tem proferido em catadupa. O que surpreende é a sua incapacidade para avaliar os efeitos das cargas de dinamite que usa.
Depois de o governo ter recuado na aplicação das referidas medidas, Borges, ao lançar esta bomba, insulta os empresários, dinamitando qualquer hipótese de o governo ainda vir a poder conseguir algum tipo de consenso com o mundo empresarial e, ao mesmo tempo, deixa Passos Coelho em muito maus lençóis. No mínimo, chama-lhe "frouxo".
Depois disto, o mais surpreendente é que Passos Coelho não despeça Borges sumariamente.
Será que Passos Coelho é suficientemente imbecil para não ver que Borges, tal como Relvas, só contribuem para denegrir ainda mais a sua imagem? Ou será que Coelho não passa dum "boneco" na mão destes dois "artistas"?Francamente, não vejo outra alternativa.
 Qual delas, a pior? Não sei, mas seja como for, certo é que nenhum dos três presta!

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publicado às 22:17


Não presta. Deita fora!

por Francisco Clamote, em 28.09.12
Passos Coelho não disfarçou a sua  surpresa, ou antes, incomodidade, durante um almoço conferência sobre desenvolvimento sustentado, no Centro de Congressos do Estoril,  pelo facto de os próprios empresários terem rejeitado as alterações na TSU, o que revela, como bem salientou António José Seguro, que Passos Coelho ainda não compreendeu que é indigno e imoral transferir rendimentos do trabalho para financiar as empresas .

Não compreendeu, nem vai compreender, acrescento eu. Como também ainda não compreendeu que, perdida, de uma vez por todas, a sua já pouca credibilidade, mesmo para os empresários e até para a direita no seu todo, ele já não passa dum empecilho, impossibilitado que está de dar ao país a confiança de que ele precisa como pão para a boca, e que já nem sequer está em condições de levar a cabo as reformas que se propôs. 

Julgará ele que são fortuitos e sem causa os pronunciamentos vindos da área do seu próprio partido, desde  as violentas críticas desferidas por Manuela Ferreira Leite contra a sua política, passando por João Salgueiro (a considerá-lo impreparado para governar) até chegar a Marques Mendes (aconselhando-o a recolher à toca)?

É a direita a dizer: Não presta. Deita fora!

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publicado às 21:15


O estertor [por Pedro Marques Lopes, DN]

por Rogério Costa Pereira, em 23.09.12

"1- Quando ficou claro que o caminho escolhido era o empobrecimento generalizado, quando os portugueses perceberam que todos os sacrifícios foram em vão e que os que se agora pedem também o serão, quando resolveu pôr em causa o equilíbrio social, o Governo perdeu o respeito das pessoas e assinou a sua certidão de óbito. Era, ao menos, desejável que mantivesse a compostura. Que preservasse o mínimo de dignidade institucional. Mas, como em muitas coisas neste Governo, seria pedir demais. O Governo insiste em oferecer-nos o espectáculo do seu estertor.
Assistimos, bastante irritados, a um primeiro-ministro que pára um País para anunciar uma medida que nitidamente não estudou, nem mediu as suas consequências, para uns dias mais tarde vir dizer que afinal a vai modelar, demonstrando que não tinha percebido o que estava em causa. Depois de ver as centenas de milhares de pessoas que desfilaram, na semana passada, começou a perceber a dimensão da sua negligência e o colossal erro que tinha cometido. É bem demonstrativo da quebra de ligação entre um primeiro-ministro e o povo que governa, serem precisas manifestações daquele tamanho para que ele pensasse voltar atrás com a sua decisão - e é no mínimo curioso, para quem dizia que não governava em função de manifestações. Revela bem o seu isolamento ter ficado surpreendido com a reacção de todos os parceiros sociais.
Um homem que toma uma decisão daquela importância e depois recua por não ter estudado, reflectido e ouvido muita gente, pode não ser cego, surdo e mudo, mas falta-lhe obviamente alguma coisa para poder ser primeiro-ministro. Qual será a próxima medida estratégica não pensada a ser apresentada que passado uns dias irá parar ao lixo?
Observamos Passos Coelho a ser publicamente humilhado pelo Presidente da República quando pede a comparência de Vítor Gaspar para que explique ao Conselho de Estado as alterações à TSU. Para a humilhação ser completa, o Conselho de Estado emite um comunicado que é uma espécie de açoite ao primeiro-ministro: congratula-se com decisões dos países da Zona Euro em relação à disponibilidade do BCE para comprar dívida no mercado secundário e em prosseguir com políticas de emprego e crescimento, ou seja, tudo ao contrário do que Passos Coelho tem defendido. E, claro está, de braço ao pescoço, o primeiro-ministro anuncia ao Conselho de Estado "o estudo de alternativas à alteração da TSU".
Ficamos boquiabertos quando vemos o ministro Portas a dar uma conferência de imprensa em que critica o Governo de que faz parte e fala de medidas que com certeza se esqueceu de sugerir no local próprio. Ou do pormenor de ter dito que foi apenas por razões de emergência nacional que aprovou as alterações à TSU, mas, claro, não quis deixar de partilhar as suas preocupações connosco, quinze dias depois... Quanto a falta de sentido de Estado estamos conversados: o ministro dos Negócios Estrangeiros está no Governo certo.
O estertor nunca é um espectáculo dignificante, mas o que estamos a assistir está para lá do suportável.
2- Surpreendentemente, há quem ache que uma remodelação poderia dar um novo fôlego ao Governo. Esqueçamos, por instantes, que os cadáveres não respiram. Só alguém completamente alheio da realidade pode acreditar que existe um profissional competente que aceite fazer parte dum Governo que tem por estratégia a implementação duma política que vai levar o País ao mais absoluto caos.
E será que alguém crê que um homem ou mulher com capacidade para exercer funções governamentais aceitaria ir para um Governo com uma orgânica que o faz completamente inoperacional? Ou pertencer a um Governo sem o mínimo de coordenação política ou núcleo político forte? Ou aceitar fazer parte dum Governo em que os ministros dos dois partidos não confiam uns nos outros, sobretudo Passos Coelho e Paulo Portas? Ou ter de alinhar com as políticas suicidas de Merkel e Cia.? Ou estar num Executivo em que Relvas e Gaspar põem e dispõem? Claro que não. Mas vamos imaginar que o primeiro-ministro prometia ao tal profissional uma mudança. Que tudo iria ser diferente: nova política, nova coordenação ministerial, boys partidários expulsos, gente competente e conhecedora do País, fim da patetice populista do Governo pequeno, fim do Governo paralelo chefiado por Borges mais comissões e grupos de trabalho. Acreditaria o tal cavalheiro que o primeiro-ministro iria de facto mudar? Obviamente que não.
O responsável por o Governo ter chegado ao estado a que chegou é o primeiro-ministro. Passos Coelho matou o Governo, não será ele a ressuscitá-lo. E nada mudará enquanto ele for o primeiro-ministro."

Pedro Marques Lopes, DN

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publicado às 14:48


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