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"A clemência de Tito", de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 06.09.13
No dia 6 de Setembro de 1791, estreou-se no Teatro Nacional de Praga a ópera “La Clemenza di Tito”, de Wolfgang Amadeus Mozart.

"A clemência de Tito", K.621, a última ópera de Mozart, foi encomendada para a coroação do imperador da Boémia, Leopoldo II. É uma ópera séria em dois actos, baseada num texto de Pietro Metastasio. Relata a história de um governante justo e bondoso para com o povo, mesmo perante uma tentativa de assassinato preparada por Vitelia e levada a cabo por Sexto, seu amigo.
O empresário Domenico Guardasoni, que vivia em Praga e a quem tinham pedido uma nova obra para a coroação de Leopoldo II como Rei de Boémia, cerimónia que teria lugar o 6 de Setembro, deslocou-se a Viena, e tentou primeiro contratar Antonio Salieri, que estava muito ocupado e declinou a oferta. Foi então que encomendou a Mozart a composição de uma ópera séria.
Embora estivesse absorvido na criação da ópera “A flauta mágica”, Mozart não hesitou em aceitar, pois Guardasoni ofereceu-lhe o dobro do que normalmente lhe pagavam por uma ópera em Viena. Abandonou a composição de “A flauta mágica” para se dedicar à “Clemência de Tito”.
A estreia da ópera não teve grande sucesso. O rei Leopoldo preferia um estilo mais italiano, em vez do germânico pelo qual Mozart era conhecido. Não se sabe o que Leopoldo pensava desta ópera composta em sua honra, mas conta-se que a sua mulher, María Luísa, se referiu a ela como "porcaria alemã".


Final da ópera “A clemência de Tito”, de Wolfgang Amadeus Mozart
Tenor: Michael Schade
Mezzo-soprano: Vesselina Kasarova
Soprano: Dorothea Roschmann
Mezzo-soprano: Elina Garanca
Soprano: Barbara Bonney
Baixo: Luca Pisaroni
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Nikolaus Harnoncourt

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Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 01.08.13
No dia 1 de Agosto de 1977 estreou-se na Kleines Festspielhaus de Salisburgo, a ópera “Don Giovanni”, de Wolfgang Amadeus Mozart.

Don Giovanni é uma ópera em dois actos, da autoria de Mozart, com libreto de Lorenzo da Pontem, que relata as peripécias de um nobre depravado que seduz as donzelas prometendo casamento, mas que, depois, as abandona.
A estreia absoluta desta ópera realizou-se no dia 29 de Outubro de 1787, em Praga, onde o maestro foi o próprio compositor. Devido ao sucesso, no ano anterior, com a sua ópera “As Bodas de Fígaro”, o director do Teatro Nacional de Praga, Pascoale Bondini, encomendou uma nova ópera a Mozart, que voltou a chamar o libretista Lorenzo da Ponte, com o qual voltaria a trabalhar em Così Fan Tutte.
O libreto de Da Ponte foi denominado de “drama giocoso”, termo que denota uma mistura de drama e comédia. Mas Mozart catalogou a obra como sendo uma ópera buffa, significando ópera cómica. Seja como for, é, na realidade, uma mistura de comédia, drama e, até, elementos do sobrenatural. Em 1979 foi feita uma adaptação para o cinema da ópera Don Giovanni, pelo realizador Joseph Losey.


Abertura da ópera Don Giovanni, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Herbert von Karajan

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O Rapto do Serralho, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 16.07.13
No dia 16 de Julho, de 1782 estreou-se, no Burgtheater, em Viena a ópera “O Rapto do Serralho”, de Wolfgang Amadeus Mozart.

"O Rapto do Serralho", K. 384, é uma ópera, em três actos, composta por Mozart, com libreto de Johann Gottlieb Stephanie.
Konstanze, uma nobre espanhola, a sua criada inglesa Blondchen e Pedrillo, noivo de Blonde e criado de Belmonte, foram raptados por vários piratas turcos. O Paxá Selim comprou-os para o seu harém, que também é uma casa de campo. A ópera então começa com a chegada de Belmonte ao harém, para raptar a sua amada e também os criados.
Mozart recebeu o libreto no dia 29 de Julho de 1781. Tinha tido poucas oportunidades de compor, profissionalmente, durante o Verão, e, por isso, começou a trabalhar imediatamente e com entusiasmo. Numa carta que escreveu ao pai, Mozart indica que estava muito entusiasmado com a perspectiva de ter uma ópera sua interpretada em Viena.
Inicialmente, Mozart pensava que só tinha dois meses para terminar a ópera, pois havia a intenção de a encenar na altura da visita, em Setembro, do Grande Duque da Rússia, filho de Catarina, a Grande e herdeiro do trono. Mas, por fim, foi decidido que seriam interpretadas óperas de Gluck, o que deu mais tempo a Mozart.
A estreia de “O Rapto do Serralho” foi um sucesso. As primeiras duas interpretações renderam 1200 florins, três vezes mais que o salário de Mozart no último emprego que tivera em Salzburgo. A obra foi repetida, várias vezes, durante a vida de Mozart, em Viena e em todos os sítios da Europa, onde se falava alemão.
Embora esta ópera tenha permitido a Mozart elevar substancialmente a sua reputação junto do público, como compositor, não fez com que enriquecesse, uma vez que só foi pago um preço fixo de 450 florins, sem nunca ter recebido mais pelas interpretações que se seguiram à estreia. “O Rapto do Serralho” chegou a Paris, em 1801, encenada no Théâtre de la Gaîté e continua a ser uma ópera frequentemente interpretada nos dias de hoje.


Abertura da ópera “O Rapto do Serralho”, de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Fabio Luisi

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Sinfonia nº 92, de Haydn

por António Filipe, em 07.07.13
No dia 7 de Julho de 1791, estreou-se, no Teatro Sheldonian da Universidade de Oxford, a Sinfonia nº 92, de Franz Joseph Haydn. O maestro foi o próprio compositor.

A Sinfonia nº 92, em dó maior, conhecida como a Sinfonia Oxford, foi composta por Haydn em 1789 e é uma de um conjunto de três encomendadas pelo Conde d’Ogny. O nome de Oxford advém do facto de Haydn ter sido o maestro na sua estreia, em 1791, numa cerimónia em que Haydn foi galardoado com o grau de doutor honoris causa pela Universidade de Oxford. Na verdade, um dos requisitos para que Haydn recebesse o grau de doutor, era que ele dirigisse três concertos, em Oxford.
No dia marcado para o concerto, Haydn chegou atrasado e, por isso, não houve tempo para ensaiar. Mesmo assim, naquela noite, a interpretação da sinfonia Oxford obteve o mesmo sucesso que tinha obtido em Londres, num concerto em que Johann Peter Salomon foi o maestro. Salomon seria, mais tarde, o empresário responsável pela composição das 12 Sinfonias “Londres”, de Franz Joseph Haydn.


Sinfonia nº 92, em sol maior, “Oxford”, de Haydn
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Leonard Bernstein

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Sinfonia nº 39, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 26.06.13
No dia 26 de Junho de 1788, o compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart terminou, em Viena, a composição da Sinfonia nº 39, K 543, em mi bemol maior.

Em apenas 6 semanas, Mozart compôs as suas últimas 3 sinfonias: as nºs 39, 40 e 41.
As três sinfonias são, talvez pela quase simultaneidade da sua criação, tidas como uma trilogia – mas a verdade é que são distintas entre si… tanto quanto se pode dizer que há um estilo divergente em alguma das obras de Mozart
Não tão famosa como as nºs 40 e 41, a Sinfonia nº 39 tem sido apontada como reveladora do ideal espiritual de Mozart, não tão enérgica e impetuosa como a nº 40 e não tão apoteótica como a nº 41.
O Finale, em andamento allegro, dá uma ideia clara da irreverente vivacidade do compositor.


Sinfonia nº 39, K 543, em mi bemol maior, de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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Richard Strauss – Compositor alemão

por António Filipe, em 11.06.13
No dia 11 de Junho de 1864 nasceu em Munique, o compositor romântico alemão Richard Strauss, um dos mais importantes e admirados compositores do século XX.

Filho de um trompista da Ópera de Munique, Richard Strauss, estudou violino e harpa desde criança e aos dez anos já tinha escrito uma serenata para instrumentos de sopro. Iniciou os estudos de filosofia em Munique, mas resolveu dedicar-se à direcção de orquestra. Em 1886, Richard Strauss compôs o seu primeiro poema sinfónico, iniciando assim uma bem-sucedida carreira de compositor.
Além de compositor e maestro, foi muito activo na área da cultura. Dirigiu a Ópera Real de Berlim e, em 1919, foi nomeado director da Ópera de Viena, cargo que ocupou durante cinco anos. Foi também o criador do festival de Salzburgo.
Em 1932, a Alemanha já era governada pelos nazis e Strauss acabou por se envolver com o regime. Aceitou o cargo de presidente da Câmara de Música do Reich, mas foi demitido por Goebels. A acusação foi manter o nome do libretista Stefan Sweig, que era judeu, nos cartazes de divulgação da ópera "A Mulher Silenciosa".
Richard Strauss nunca mais foi importunado pelos nazis. Com o tempo foi se recolhendo na sua casa de campo em Garmisch e diminuindo as actividades. Regeu pela última vez em 1949, nas comemorações de seu 85º aniversário.
Faleceu nesse mesmo ano, no dia 8 de Setembro, depois de uma série de problemas cardíacos.


Sinfonia Alpina, de Richard Strauss
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Bernard Haitink

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No dia 2 de Junho de 1863 nasceu em Zadar, na Dalmácia, o compositor, pianista, escritor e maestro austríaco Felix Weingartner.

Foi um dos últimos alunos de Franz Liszt, de quem recebeu ajuda para produzir a sua ópera Sakuntala. Entre 1908 e 1927 foi o maestro principal da Orquestra Filarmónica de Viena. Além de diversas óperas, escreveu sete sinfonias, uma sinfonietta, concertos para violino e para violoncelo, obras orquestrais, pelo menos quatro quartetos de cordas, quintetos para cordas e para piano com clarinete e outras peças.
Como maestro, Weingartner foi, talvez, o primeiro a gravar o ciclo completo das sinfonias de Beethoven. Também escreveu livros sobre regência, sobre as sinfonias de Beethoven e sobre a sinfonia desde Beethoven, além de edições de obras de Gluck, Wagner e outros, e uma grande edição de Berlioz (a quem chamou "criador da orquestra moderna").
Felix Weingartner morreu em Winterthur, no dia 7 de Maio de 1942.


4º andamento da Sinfonia nº 9 “Ode à Alegria”, de Beethoven
Soprano: Luise Helletsgruber
Contralto: Rosette Anday
Tenor: Georg Maikl
Bass: Richard Mayr
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Felix Weingartner

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A Pega Ladra, de Rossini

por António Filipe, em 31.05.13
No dia 31 de Maio de 1817, estreou-se, no Teatro alla Scala, de Milão, a ópera “A Pega Ladra”, do compositor italiano Giochino Rossini.

“A Pega Ladra” é uma ópera semi-séria, em dois actos com libreto de Giovanni Gherardini, baseado em “La pie voleuse”, de Badouin d'Aubigny e Louis-Charles Caigniez. É célebre pela sua abertura e destaca-se pelo uso das caixas.
Rossini era conhecido pela rapidez com que compunha as suas obras e esta não foi excepção. Supostamente, o seu produtor teria sido obrigado a fechar Rossini num quarto, na véspera da estreia, para que ele concluísse a abertura. O compositor passava aos copistas, pela janela, cada folha da obra para que eles escrevessem o resto das partes orquestrais.
A ópera foi revista por Rossini para actuações posteriores em Pesaro, em 1818, no Teatro del Fondo, em Nápoles, em 1819, e no Teatro de São Carlos, também em Nápoles, em 1820. O próprio Rossini fez uma revisão à obra para ser executada em Paris, em 1866.
O compositor italiano Riccardo Zandonai fez a sua própria versão da ópera para uma apresentação em Pesaro, em 1941, e o maestro Alberto Zedda editou o trabalho original de Rossini, em 1979, para uma publicação da Fondazione Rossini.


Abertura da ópera “A Pega Ladra”, de Rossini
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Claudio Abbado

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Abertura “Egmont”, de Beethoven

por António Filipe, em 24.05.13
No dia 24 de Maio de 1810 estreou-se, no Teatro Hofburg, em Viena, a Abertura “Egmont”, de Ludwig van Beethoven.

Quando, em 1809, Beethoven recebeu uma encomenda para escrever música programática para a peça “Egmont”, de Goethe, escritor por quem Beethoven tinha profunda admiração, o compositor aceitou imediatamente. A música incorpora a convicção de Egmont e de Beethoven de que a morte não é um fim quando a esperança e os ideais permanecem intactos.
Egmont conta a história da perseguição espanhola ao povo dos Países Baixos, durante a Inquisição, no séc. XVI. O Conde Egmont é, inicialmente, leal aos espanhóis, porém sente-se incomodado quando vê as injustiças cometidas por eles e pede tolerância por parte do Rei de Espanha.
No entanto, por ordem do Duque de Alba, comandante das forças espanholas, Egmont é preso e condenado à morte. A sua morte como mártir servirá, mais tarde, como impulso decisivo para a rebelião.
Egmont, de Beethoven, consiste num conjunto composto pela abertura e mais nove peças para voz e orquestra, que narram essa história. A abertura em particular, destaca-se, hoje em dia, nas salas de concerto, devido à sua força, nobreza e carácter triunfante.


Abertura “Egmont”, de Beethoven
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Leonard Bernstein

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Clemens Krauss – Maestro austríaco

por António Filipe, em 16.05.13
No dia 16 de Maio de 1954 morreu na Cidade do México o maestro austríaco Clemens Krauss. Tinha nascido em Viena no dia 31 de Março de 1893.

Era filho de Clementine Krauss, então com quinze anos de idade e dançarina do Bailado da Ópera Imperial de Viena e que, mais tarde, se tornou actriz e cantora de operetas. O pai de Clemens, Hector Baltazzi, pertencia a uma família de banqueiros ricos residentes em Viena.
Durante a infância, Krauss foi corista no Coro Imperial. Frequentou o Conservatório de Viena, graduando-se em 1912. Depois de se graduar tornou-se maestro de coro no Brno Theater, entre 1912 e 1913. Foi aí que se estreaou como maestro, em 1913
Teve a oportunidade de viajar até Berlim para conhecer o maestro húngaro Artur Nikish, que dirigia a Filarmónica de Berlim e que teve nele uma grande influência. O próximo passo de sua carreira foi ir para a Áustria, onde se tornou director da ópera e concertos sinfónicos, em Graz. Em 1922 ingressou na Ópera Estatal de Viena e ensinou direcção de orquestra na Academia Estatal da Alemanha.
Krauss visitou os Estados Unidos em 1929, onde dirigiu a Filarmónica de Nova Iorque e a Orquestra de Filadélfia. Também em 1929, foi nomeado director da Ópera Estatal de Viena. Foi maestro regular no Festival de Salzburgo, entre 1926 e 1934).
Em 1935, tornou-se director musical da Ópera Estatal de Berlim, após Erich Kleiber se demitir, como protesto contra o regime nazi. Em 1937 foi para Munique e tornou-se amigo íntimo de Richard Strauss, para quem escreveu o libreto da ópera Capriccio, que estreou em Munique em 1942. Também se apresentou no Covent Garden em Londres, em 1951, e no Festival de Bayreuth, em 1953.
Krauss não fez muitas gravações, mas a sua interpretação, em 1950, dirigindo a ópera “O Morcego”, de Johann Strauss II, gravada em Viena, é considerada, por muitos, uma das melhores. Ficou particularmente associado à música de Richard Strauss.


Poema Sinfónico “Assim falou Zaratustra”, de Richard Strauss
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Clemens Krauss

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Otto Nicolai - Compositor e maestro alemão

por António Filipe, em 11.05.13
No dia 11 de Maio de 1849, faleceu, em Berlim, devido a um AVC, o compositor e maestro alemão Otto Nicolai. Tinha nascido em Königsberg, no dia 9 de Junho de 1810.

É famoso, sobretudo, pela sua ópera “As alegres esposas de Windsor”. Teve as primeiras lições de música com o pai, o maestro Carl Nicolai, até aos 17 anos. Depois, foi para Berlim para continuar os estudos, que concluiu, com êxito, em 1830. Logo a seguir foi nomeado Organista na Capela Prussiana em Roma. Em 1837, tornou-se maestro na Capela Corandin Kreutzer, em Viena. No ano seguinte, regressou a Roma e começou a compor ópera.
Em 1841, Otto Nicolai voltou para Viena, e começou uma série de Concertos Filarmónicos, fundando, mais tarde, a Filarmónica de Viena. O sucesso de uma Missa dedicada ao Rei Federico Guglielmo IV, escrita em 1843, e a abertura “Eine feste Burg”, pelos 200 anos da Universidade de Königsberg, fizeram com que fosse, definitivamente, para Berlim, onde se tornou director do coro da catedral e mestre de capela da Royal Opera House, em 1847.

Abertura da ópera “As alegres esposas de Windsor”, de Otto Nicolai

Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Carlos Kleiber

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Um Requiem Alemão, de Johannes Brahms

por António Filipe, em 10.04.13
No dia 10 de Abril de 1868, uma Sexta-feira Santa, o compositor Johannes Brahms subiu ao pódio para dirigir a orquestra, que interpretou “Um requiem alemão”. O concerto teve lugar em Bremen, na Alemanha.

Dois acontecimentos levaram Brahms a compor o seu Requiem: o falecimento, em 1856, do amigo e mentor Robert Schumann - nesta altura compôs o primeiro andamento - e a morte da sua mãe em Fevereiro do ano de 1865 - quando completou a obra. O Requiem tem uma letra estranha, pois fala pouco em Deus (até há quem lhe chame o Requiem ateu), mas há nele um indiscutível e profundo sentimento religioso.
Esta composição foge ao convencionalismo das Missas de Requiem, por norma cantadas em latim. Para a parte vocal Brahms seleccionou textos da bíblia em alemão, traduzida por Lutero. O conteúdo tem a intenção primária de consolar os vivos com as suas perdas e acostumá-los a pensar na esperança da ressurreição, deixando de lado os temores do dia do julgamento.


Um Requiem Alemão, de Brahms
Soprano: Kathleen Battle
Baixo-barítono: José Van Dam
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Herbert von Karajan

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Sinfonia nº 9 “A Grande”, de Schubert

por António Filipe, em 21.03.13
No dia 21 de Março de 1839 estreou-se, na Leipzig Gewandhaus, a Sinfonia nº 9, de Schubert, que Robert Schumann considerou a maior peça instrumental desde a morte de Beethoven. O maestro foi Felix Mendelssohn.

A Sinfonia nº 9, em dó maior, D. 944, conhecida como “A Grande”, é a última sinfonia composta por Franz Schubert. O subtítulo de “A Grande dó maior” foi-lhe dado, originalmente, para a distinguir da nº 6, “A Pequena dó maior”, mas, nos dias de hoje, esse subtítulo é associado à grandiosidade da obra. Durante muito tempo, julgou-se que foi escrita no último ano de vida do compositor, 1828. É verdade que, nos últimos meses de vida, Schubert fez alguns esboços de uma sinfonia – mas era em ré maior e é, hoje, aceite como sendo a nº 10.
De facto, sabemos, agora, que “A Grande” foi, na sua maioria, composta em 1825, tendo sido terminada no Verão de 1826. Em Outubro, Schubert, sem posses para pagar uma apresentação pública, enviou-a para a Associação dos Amigos da Música, com uma dedicatória. Como agradecimento, a Associação pagou a Schubert uma pequena quantia, fez cópias das diferentes partes orquestrais e, em 1827, depois de a terem tocado uma vez, decidiram que era muito grande e difícil para apresentar em público.
A obra só foi estreada, na sua totalidade, no dia 21 de Março de 1839.


Sinfonia nº 9, em dó maior, D. 944, “A Grande”, de Franz Schubert
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: John Eliot Gardiner

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Johann Strauss, Sr. – Compositor austríaco

por António Filipe, em 14.03.13
No dia 14 de Março de 1804 nasceu, em Viena de Áustria, o compositor austríaco Johann Strauss I.

Trabalhou como encadernador antes de poder viver da música. Começou a tocar viola numa orquestra de música ligeira e fez parte da orquestra de Joseph Lanner, entre 1801 e 1843. Dos seus dois casamentos nasceram treze filhos. Depois de sair da orquestra de Joseph Lanner fundou um quarteto de cordas e, finalmente, em 1825, criou a sua própria orquestra. A partir de 1826 compôs uma série de valsas vienenses, às quais dava o nome dos lugares onde eram ouvidas pela primeira vez.
Tornou-se ídolo nacional e, a partir de 1831, realizou apresentações em bailes da corte de Viena. De 1833 a 1849, fez digressões de sucesso pela Europa Central e Ocidental. Em Fevereiro de 1840, a rainha Vitória, da Inglaterra, dançou uma valsa na sua festa de casamento - um escândalo para os tradicionalistas, mas um grande e retumbante triunfo para este género musical. Johann Strauss I morreu em Viena, no dia 24 de Setembro de 1849.


Marcha "Radetzky", de Johann Strauss Sr.
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Herbert Von Karajan

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Sinfonia nº 38 “Praga”, de Mozart

por António Filipe, em 06.12.12
No dia 6 de Dezembro de 1786, Wolfgang Amadeus Mozart terminou a composição da sua Sinfonia nº 38.

A Sinfonia nº 38, K. 504, em ré maior, é conhecida como a Sinfonia “Praga”, porque, durante muito tempo, se pensou que Mozart a tinha composto para a sua primeira estadia em Praga, em Janeiro de 1787. Mas a verdade é que a sinfonia data de 6 de Dezembro de 1786, enquanto o convite para Praga, com o fim de dirigir uma representação da ópera “As Bodas de Fígaro”, foi posterior. Em qualquer caso, a primeira execução pública realizou-se no Teatro da Ópera de Praga, no dia 19 de Janeiro de 1787.
A sala estava completamente cheia e a estreia teve a calorosa recepção que Mozart esperava dos habitantes de Praga. Com esta sinfonia, Mozart põe fim à época dos grandes trabalhos de inspiração haydiana e lança os alicerces para as suas últimas composições, determinando o modelo que, mais tarde, Beethoven seguiria, no início das suas composições sinfónicas.


3º andamento da Sinfonia nº 38 "Praga", de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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No dia 28 de Novembro de 1811 realizou-se na Gewandhaus, em Leipzig, a estreia do Concerto nº 5, op. 73, em mi bemol maior, para piano e orquestra, de Beethoven. O solista foi Friedrich Schneider. Em 1812, Carl Czerny, outro aluno de Beethoven, estreou a obra em Viena.

Mais conhecido como “Concerto do Imperador”, foi o último concerto, para piano, escrito pelo compositor. Foi composto entre 1809 e 1811, em Viena, e foi dedicado ao Arquiduque Rudolf, patrono de Beethoven.
O subtítulo de “Concerto do Imperador” não foi atribuído por Beethoven, mas por Johann Baptist Cramer, o editor inglês desta obra. De facto, o compositor nunca concordaria com esse nome, devido à sua conotação com Napoleão Bonaparte, mas foi esse o nome que prevaleceu através dos tempos e pelo qual ainda hoje é conhecido.
Este concerto é composto por três andamentos e, tal como outros concertos de Beethoven, desta época, o 1º é relativamente longo.
Embora os primeiros quatro concertos tivessem sido interpretados, em palco, pelo compositor, Beethoven nunca chegou a interpretar o nº 5. O facto de deixar de escrever concertos deve-se à sua surdez cada vez mais acentuada e ao declínio da sua carreira, como pianista, que daí resultou.


Concerto nº 5, op. 73, para piano, de Ludwig van Beethoven
Piano: Krystian Zimerman
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Leonard Bernstein

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Eugene Ormandy - Maestro e violinista americano

por António Filipe, em 18.11.12
No dia 18 de Novembro de 1899 nasceu, em Budapeste, na Hungria, o maestro e violinista Eugene Ormandy. Inicialmente, ganhou fama como violinista, na sua terra natal.

Foi o aluno mais novo da história da Academia de Música de Budapeste (hoje chamada Academia de Música Franz Liszt), onde entrou com 5 anos, deu os primeiros concertos aos 7 e formou-se com o grau de Mestre aos 14. A carreira de maestro começou, por acidente: em 1921 ia fazer uma digressão, como violinista, pelos Estados Unidos, com a promessa de proventos fabulosos, mas que não passou de um embuste. Sem dinheiro, lá arranjou um empregozito no Teatro do Capitólio de Nova Iorque, de que, 4 anos depois, já era o maestro principal. Tornou-se cidadão americano em 1927. A oportunidade da sua vida surgiu quando, por doença, Toscanini se viu impedido de dirigir a Orquestra de Filadélfia. Corria o ano de 1931.
Ormandy agarrou essa oportunidade, causando tal impressão que, pouco tempo depois, foi convidado para maestro principal da Orquestra Sinfónica de Minneapolis. Com esta orquestra, foi contratado pela RCA Victor para uma série de gravações, que decorreram em 1934 e 1935 e graças às quais, seleccionando e dirigindo músicos cuja técnica apurou laboriosamente, o maestro granjeou prestígio e reconhecimento mundial. Em 1938, depois de 2 anos como maestro auxiliar, passou a maestro principal da Orquestra de Filadélfia, de onde só saiu para a reforma, 42 anos depois!!! Foram suas as primeiras gravações da Sinfonia nº 4 e do Concerto para Violoncelo nº 2, de Shostakovich, no segundo caso com o violoncelista Mstislav Rostropovich. Foi ainda com Ormandy que, no dia 21 de Março de 1948, foi efectuada a primeira transmissão televisiva de uma sinfonia: a nº 1 de Rachmaninov.
Faleceu no dia 12 de Março de 1985, em Filadélfia.


Sinfonia nº 8, de Beethoven
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Eugene Ormandy

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Sinfonia Linz, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 03.11.12
No dia 3 de Novembro de 1783, Wolfgang Amadeus Mozart terminou a composição da Sinfonia Linz, que iria ser estreada no dia seguinte.

A Sinfonia nº 36, em dó maior, conhecida como Sinfonia Linz é mais uma das pequenas evidências do talento e da genialidade de Mozart. Foi composta em apenas 3 dias. Em viagem com a sua esposa, Constanze, o compositor, que estivera por alguns meses em Salzburgo, resolve voltar a Viena. No caminho, passam por Linz, onde ficam hospedados na casa do conde Thun.
Profundamente comovido com o carinho e a hospitalidade do conde, Mozart retribui a gentileza, aceitando apresentar-se em público. Contudo, como não trouxera consigo nenhuma sinfonia, resolve compor uma para o concerto, que se iria realizar quatro dias depois. A estreia da Sinfonia nº 36, de Mozart, teve lugar na cidade austríaca de Linz, no dia 4 de Novembro de 1783. Em Viena seria apresentada no dia 1 de Abril do ano seguinte.


Último andamento da Sinfonia nº 36 "Linz", de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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Sinfonia nº 7, de Gustav Mahler

por António Filipe, em 19.09.12

No dia 19 de Setembro de 1908 estreou-se, em Praga, a Sinfonia nº 7, de Gustav Mahler. Escrita entre 1904 e 1905, sofreu várias revisões. Às vezes é conhecida como "Canção da Noite", título com o qual Mahler nunca concordou. A partitura acabada tinha a data de 15 de Agosto de 1905 e a orquestração só foi terminada em 1906. A estreia, mais de 2 anos depois, aconteceu durante um festival para comemorar as bodas de diamante do Imperador Francisco José.


Final da Sinfonia nº 7, de Mahler
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Leonard Bernstein

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Georg Solti – Maestro húngaro

por António Filipe, em 05.09.12

No dia 5 de Setembro de 1997 morreu em Antibes, na França, o maestro húngaro Georg Solti. Tinha nascido na cidade de Budapeste, Hungria, a 21 de Outubro de 1912, com o nome de György Stern. Mais tarde, assumiu a cidadania inglesa, tendo-lhe sido concedido o título de "sir" pela rainha Isabel. Foi o maestro responsável pela primeira gravação discográfica, em sistema stereo, do ciclo “O Anel dos Nibelungos” de Richard Wagner, interpretação esta que contou com a participação de eminentes cantores wagnerianos, com a Orquestra Filarmónica de Viena. Foi director artístico da Royal Opera House, Covent Garden e da Orquestra Sinfónica de Chicago. Foi um intérprete aclamado das várias obras wagnerianas, bem como do repertório mozartiano.
Nascido numa família judia, Sir Georg Solti conviveu com o compositor húngaro Béla Bartók, foi aluno de Zoltán Kodály, trabalhou com o compositor alemão Richard Strauss e tornou-se, em 1937, assistente do maestro italiano Arturo Toscanini.
No dia 5 de Setembro de 1997,o tenor italiano Luciano Pavarotti entrou na abadia de Westminster, onde se realizavam as exéquias da princesa Diana, exibindo uma expressão de choque. Não era por causa da princesa. Tinha acabado de receber a notícia da morte de Solti. A imprensa, só resumidamente, noticiou, a morte do maestro. Ocuparia a maior parte do espaço com a morte da princesa Diana. Hoje, no entanto, continua-se a falar de Sir Georg Solti.


Intróito do Requiem, K. 626, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Sir Georg Solti

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