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Béla Bartók - Compositor e pianista húngaro

por António Filipe, em 25.03.13
No dia 25 de Março de 1881 nasceu, em Nagyszentmiklós, na Hungria, o compositor Béla Bartók, que também foi pianista e investigador da música popular da Europa Central e do Leste.

Desde muito cedo demonstrou um grande talento para a música. Aos 4 anos já sabia tocar 40 peças no piano. Começou a aprender música e piano com a mãe, a partir dos cinco anos. Aos oito, perdeu o pai. Aos 11 anos deu o seu primeiro concerto em público, onde tocou uma obra de sua autoria, composta no ano anterior. Bartok estabeleceu-se, desde 1894, em Pozsony, actual Bratislava, centro cultural importante, onde fez estudos musicais regulares, que serviram de base para sua actividade criativa.
A partir de 1905, juntamente com o seu amigo Zoltán Kodály, Bartok realizou a pesquisa sistemática da música popular húngara, revelando-a completamente diferente da que se divulgava como tal, ocidentalizada e desfigurada pelos músicos ciganos. Esse levantamento, sempre criterioso e objectivo, daria a matéria-prima fundamental para a obra de Bela Bartok, particularmente de 1926 em diante, quando esta amadurece e adquire feições inteiramente originais. Em 1907, a reputação de Bartok como pianista já era notável e é nomeado professor no Conservatório de Budapeste. Depois efectua numerosas digressões pela Europa (e pelos Estados Unidos, a partir de 1927), dando a conhecer as suas obras, tardiamente apreciadas no seu próprio país.
Em 1940, a ocupação nazi da Hungria força Bela Bartok ao exílio. Autenticamente democrata, Bartok recusa-se a permanecer no seu país, quando o fascismo se instala no poder. Parte para os Estados Unidos, a convite da Universidade de Columbia, e aí prossegue os trabalhos sobre folclore e multiplica os concertos, sem atingir o êxito antecipadamente esperado, apesar da ajuda dada pela Associação dos Compositores Americanos. Foi nos Estados Unidos que Bartok compôs as suas últimas obras, nomeadamente o Concerto para orquestra, em 1943, a Sonata para violino, em 1944 e o Concerto para piano n.º 3, em 1945.
Bela Bartok não consegue alcançar o reconhecimento do valor e do significado da sua obra nem sequer nessa arrancada final em que, precário de saúde e de bens materiais, não deixou de compor e de trabalhar num hospital de Nova Iorque. A vida nos Estados Unidos foi difícil e só o sucesso do seu Concerto para Orquestra melhorou um pouco a sua situação financeira. A propósito desta obra, refira-se o delicioso 4º andamento, Intermezzo Interrompido, com uma paródia a um tema da 7ª Sinfonia de Shostakovitch, compositor que, na altura, estava muito em voga nos Estados Unidos. Já atingido pela doença, não conseguirá acabar algumas obras, como o Concerto para viola, do qual só deixou um esboço. Bela Bartok morreu de leucemia no West Side Hospital, de Nova Iorque, no dia 26 de Setembro de 1945.


Concerto para orquestra, de Béla Bartók
Orquestra Filarmónica de Los Angeles
Maestro: Zubin Mehta

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No dia 9 de Maio de 1914 nasceu, em Barletta, na Itália, o maestro Carlo Maria Giulini. Estudou na Academia de Santa Cecília, em Roma e fez, inicialmente, carreira como violetista na orquestra dessa instituição, tendo sido dirigido por todos os grandes maestros do período entre guerras: Klemperer, Walter, Furtwängler, Kleiber, Strauss, Stravinsky e Monteux são apenas os nomes de alguns deles. Estudou direcção de orquestra com Bernardo Molinari e Alfredo Casella. A sua estreia como maestro acontece num concerto que celebra a libertação de Roma, em 1944, interpretando uma sinfonia de Brahms. A primeira ópera que dirige é “La Traviata”, de Verdi, em Bergamo, com Renata Tebaldi, em 1948 e, em 1952, interpreta “LaVida Breve”, de Manuel de Falla, a sua estreia no La Scala de Milão, tornando-se director desse teatro em 1953, cargo que manteve até 1956.
A partir de 1968, insatisfeito com as condições de trabalho nos teatros de ópera, Carlo Maria Giulini dedica-se ao repertório sinfónico e aceita contractos com orquestras em Chicago, Viena e Los Angeles. A partir de 1982, reduz progressivamente o seu calendário de concertos devido a problemas de saúde da sua mulher, preferindo uma carreira como maestro convidado, junto de orquestras pelas quais tinha particular afeição. Mas em 1982 regressa à ópera, com a Falstaff, de Verdi, em Los Angeles. Dirigiu pela última vez a 29 de Outubro de 1998. Carlo Maria Giulini morreu em Brescia, na Itália, no dia 14 de Junho de 2005.


1º andamento da Sinfonia nº 5, de Beethoven
Orquestra Filarmónica de Los Angeles
Maestro: Carlo Maria Giulini

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