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crónica de uma morte anunciada

por rui david, em 22.03.13

A catástrofe é eminente e não vejo meios de conjurá-la.
Vem-me também à memória a Crónica de Uma Morte Anunciada do Garcia Marquez.
Os adversários do determinismo histórico têm tido a oportunidade de ver desenrolar-se à sua volta nos últimos dois anos um processo cujo desenvolvimento é conhecido de todos, salvo, aparentemente, alguns dos seus principais protagonistas, mas que é inexorável.
Inúteis os milhões de estudos sobre exemplos idênticos noutras épocas, divulgados numa escala nunca antes imaginada.
O rumo está traçado. E não se limita à alegada "destruição criativa" dos "mercados". Começa a assumir contornos que põem novamente em cena a solução última para os problemas criados pela acumulação excessiva: a guerra.

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publicado às 12:32


O regresso de uns e o "sucesso" de outros

por Francisco Clamote, em 24.01.13
Ao contrário do que se poderia supor, por ser assunto na ordem do dia, não estou a falar do badalado "regresso aos mercados", um sucesso, no dizer de governantes, de banqueiros e de outros beneficiários da árvore das patacas, como Catroga, embora, pessoalmente, não tenha ainda conseguido descortinar em que se traduz tal sucesso a não ser que se considere que o sucesso reside num maior endividamento a uma taxa de juro que é superior à média que o país já está a pagar.


Deixemos, entretanto, esse assunto de parte para tratar do tema que aqui me traz e que tem também a ver com um regresso que mostra até que ponto vai a falácia do apregoado sucesso. 

Precisando: refiro-me ao regresso às suas casas ou às casas dos seus familiares por parte das pessoas mais idosas entretanto recolhidas em lares e noutras instituições de acolhimento, regresso que é motivado pela necessidade de as famílias se socorrerem das pensões dos seus membros mais idosos, normalmente magras, mas ainda assim necessárias para minorar as dificuldades enfrentadas por um cada vez maior número de agregados familiares.


Não estou a inventar uma história. A descrição desta situação ouvi-a, num canal de televisão, da boca de duas personalidades ligadas à Igreja Católica, sendo  uma delas o presidente da Cáritas Portuguesa, entidade que julgo ser insuspeita de parcialidade em relação às forças políticas no poder.

Será que quem fala de "sucesso" a propósito do dito "regresso aos mercados" consegue pôr os olhos  nestas realidades e noutras semelhantes que são tantas que  seria fastidioso referi-las aqui? Por certo que não,  pois que se o fizessem, numa altura em que a multidão dos que estão desempregados e dos que auferem salários de miséria não pára de aumentar, dar-se-iam conta de que falar em sucesso, soa quase a insulto dirigido a quem passa por enormes  dificuldades.

Compreende-se, no entanto, que assim seja, pois tal gente vive num mundo bem diferente. Um mundo em que palavras como pobreza, desemprego e miséria não fazem sequer sentido. No "mundo" deles, a economia não decresce. Pelo contrário, a economia medida pelos seus rendimentos que, por sinal, têm vindo a aumentar, até se pode dizer que é pujante e, claro, no "mundo" deles, o empobrecimento forçado a que a generalidade da população tem vindo a ser sujeita é, naturalmente, um sucesso. Mas deles e só deles.

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publicado às 21:06


Do neo-liberalismo e dos Homens: vou regressar ao mercado

por Rogério Costa Pereira, em 23.01.13

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Uma boa notícia logo ao acordar. A ideia surgiu-me num sonho que tive esta noite e duma série de pesadelos que nos têm acompanhado vai para x anos. Vou regressar ao mercado na próxima Segunda-feira. Aqui ao do Fundão, mesmo. E vou levar uma impressora a cores. E nada disso de emitir dívida. Isso lá é coisa que se emita? Dívida? Só porque é moda? Pois eu não vou imitar, emitindo.

Vou mas é fazer como das outras vezes em que o FMI cá esteve. Vou emitir papel-moeda. Escudos. Paus. Pilim. Contos. A taxa deverá sair perto dos 25%; um quarto do tinteiro, portanto. A ideia é patética? Nonsense? Fora da realidade? Concedo. Dou de barato.

 

Nada que se pareça com isto, bem mais real e assisado: «O Governo mandatou quatro bancos de investimento para montarem a operação que incidirá sobre uma linha de obrigações que atinge a maturidade em Outubro de 2017 e pretende colocar dois mil milhões de euros. A operação deverá ficar concluída hoje e o prazo irá cair no ano em que Portugal terá menores necessidades de refinanciamento (...). O regresso de Portugal aos mercados ocorre após uma combinação de factores positivos tanto a nível interno como externo. As taxas de juro da dívida portuguesa têm vindo a registar quedas acentuadas desde meados de 2012, graças às medidas tomadas pelo BCE. A nível interno, os dados da execução orçamental que serão hoje divulgados deverão mostrar que Portugal conseguiu cumprir a meta do défice em 2012, o que foi utilizado como trunfo por Vítor Gaspar na reunião do Eurogrupo e para regressar aos mercados.» [Económico]

 

Metam mas é os mercados e o défice no cu, porra. O sistema faliu, o povo extingue-se. Vocês querem mesmo matar-nos! Em troca dos vossos sacrossantos números que enchem o bandulho aos boches e aos especuladores globais da praça ou dos mercados ou do raio que vos parta. Cumpriram o quê? Para quem? A meta do défice? E as metas das pessoas, que morrem por dentro e por fora?, ainda que algumas continuem para aí, mais mortas que vivas, padecentes de frio, de fome, de dor, de mágoa. Feitas zombies, a tentar sacar um pouco de côdea ao suor e às lágrimas, a ver se ao menos enganam a fome aos putos. A trabalhar e a dar o couro e o cabelo pelas vossas metas assassinas.
O neo-liberalismo é uma emboscada, um abraço de urso, que matará muito mais do que o fascismo. Matará mais do que qualquer guerra. Do que todas as guerras. Vive da morte. Da terra queimada. Do fim dos países, do fim das gentes. Do fim das civilizações. Basta que sobrem uns milhares de milhões de indivíduos, já sem alma nem terra, para lhe comprar a banha da cobra.
Como o petróleo que acaba já amanhã mas que não acaba enquanto der, assim é o homem para o neo-liberalismo. Um combustível. Eis, pois, o destino traçado e que vem sendo trilhado, sem desvios, há décadas. Pelo neo-liberalismo e seus devotos, que nele mamam.
Não lhe ponha o Homem trela e açaime e assim será. Não faça o Homem por o abater e eis o futuro. A ausência, o não-Ser. A questão coloca-se ao nível da sobrevivência. Ou ele ou Nós!
Ou ele(s) ou o Homem!

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publicado às 09:24


ISTO É TUDO UMA FARSA (escrito em 4 de Dezembro de 2011)

por Rogério Costa Pereira, em 03.11.12

Isto da crise, dos mercados, da troika, do governo-fantoche. Isto desta democracia que de democracia mantém apenas o nome, em que o povo vota e é o próprio governo eleito, bem sei que não se elegem governos, e é o próprio governo eleito que abdica de governar, aceitando ser testa-de-ferro de um casal franco-atirador, perdão, franco-alemão. Casal que, por sua vez, é a voz de donos bem mais poderosos. Isto é tudo uma farsa. Petróleo e armas, tudo se resume a isso, é certo. E nem ousem chamar-me ingénuo, vós que acreditais em mercados sem ser os do peixe e da carne; vós que por eles se governam. Outra ficção. A democracia funciona, que Não restem dúvidas, a questão é que já há muito que não vivemos em democracia. A ilusão da liberdade de expressão, com essa é que eles nos levaram. Por aí nos deixámos perder. Deram-nos a ilusão da vitória, a ilusão que contamos para a decisão. E enquanto olhávamos para outro lado, deliciados com tanta liberdade, não nos apercebemos que nos iam enfiando uma camisa de onze varas (são onze, não sete) e conduzindo como um rebanho. Para aqui. E aqui chegados, para aqui empurrados, pintam-nos as casas de azul e nós dizemos que sim, depois arrancam-nos o tecto e rebentam com as paredes. E nós que sim. Que a gente cá se governa, mal ou bem, cá se vai andando. Afinal se nos juntarmos todos, assim muito juntinhos, nem sentimos o frio. É mesmo necessário, não é? Então seja. Levem o que quiserem. Os dedos? Se tiver de ser, que já não tenho anéis e não preciso dos dedos para nada. Levem, levem. E se me apanharem a pisar a relva, abatam-me. É a lei que diz. Agora não se pode pisar a relva. É um dos muitos crimes ora punidos com a pena capital. Parece que tem de ser, que a pirâmide inverteu-se e estamos a viver demasiado tempo e depois somos um estorvo para o Estado. É muita gente dependente, gente que já não produz. E o Estado Social assim não se aguenta. Agora puseram-nos este chip explosivo na cabeça com relógio a apontar para os 65. Que temos de compreender. E a gente compreende, caramba. Há que respeitar o défice. São uns números que têm de ser assim pequeninos, percebem? E as empresas fecham e as pessoas morrem à fome ou com falta de ar; agora que se paga para respirar há muitos a quem cortam o ar. Sem pré-aviso. Diz no contrato que já vinha assinado nos dois lados. Que nos cortavam o ar. Um vizinho meu morreu assim, depois de ter sobrevivido duas semanas a respirar-me o ar que se me fugia pela porta mal calafetada. Mas a gente habitua-se a tudo, até às injecções na testa que agora temos de levar todos os dias. É tudo pelo país, catano. É para trabalhar mais tempo sem que nos venha o sono, que as dezoito horas diárias afinal não chegam e tiveram de passar para as vinte e duas. E nós vamos andando, de sorriso tatuado no focinho, que também saiu uma lei que a isso obriga. E o trabalho liberta. E agora chamam-me para o banho; espero que seja desta, espero que seja desta, espero que seja desta... Tem sido uma desilusão ver água sair daquelas torneiras. É que começo a ficar cansado, dói-me o corpo todo. E tenho saudades do início deste post, em que a vida era mais fácil. 
Isto é tudo uma farsa, percebem? Nada disto é fado, basta acreditar que é possível uma só pessoa mudar o mundo. E se forem duas já são duas. E assim por diante. É que isto é tudo uma farsa, percebem?

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publicado às 22:38

Mercados especulativos têm o rosto do sr. Soros e do sr. Maloff  e de muitos outros como eles, que usam os mercados para enganar as pessoas, falir empresas e levar à banca rota países. Mercados também são as empresas de rendas excessivas que nos "comem couro e cabelo".

Mercados são as aplicações do nosso dinheiro, do Zé que trabalha e coloca a poupança no banco e que este utiliza para ganhar muito dinheiro, emprestando a outros. Que sabemos nós do mal que o nosso dinheiro anda a fazer por esse mundo fora? Anda a comprar armas? Nos estupefacientes ? A armazenar cereais para fazer subir o preço e impedir que os mais pobres tenham acesso ao pão?

Afinal nós todos fazemos parte dos mercados financeiros e fazemos parte do mercado de consumidores, como se viu na "operação Pingo Doce".

Agora o "Pingo Doce" vai fazer descontos de 50% na carne desde que os consumidores comprem vinte euros de outros artigos. Mais uma vez o "Pingo Doce" está a criar um mercado. O mercado dos consumidores de carne que vão comer mais carne do que habitualmente. Podemos chamar-lhes outra coisa mas os "mercados" são constituídos pelos humanos que não regulam as relações comerciais a bem do interesse geral. Antigamente havia a ética pessoal e comercial, como agora não há, temos que regular. São os humanos que se vendem por 50% e o sr. Soares dos Santos que nos compra com vinte euros de outros artigos. Num local ( até virtual como se percebe na internet) basta coexistirem dois humanos e uma coisa que um quer vender e outro quer comprar para haver um mercado.

O que há a fazer ? "Um negócio só é bom se for bom para as duas partes", se não for há que meter na prisão quem enganou, quem roubou, quem infringiu as regras! Quem faz as regras? Os eleitos pelos povos! Mas é nestes que tudo falha!

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publicado às 19:11


Quanto aos mercados...

por Rogério Costa Pereira, em 06.05.12

Obviamente, vão reagir já amanhã; com os juros a subir à grande e à francesa. E essa reacção será a prova que faltava da falência do sistema (isto, para quem ache que faltam provas). Se me enganar, óptimo.

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publicado às 20:50

"Tentar provar o futuro é muito mais interessante do que poder conhecê-lo. Como no jogo, não o ganhar, mas o poder ganhar. Porque nenhuma vitória se ganha se se não puder perder." Vergílio Ferreira

Com o título :

“Futuro procura-se desesperadamente Portugal encontra-se perante o colapso. A crise cada vez mais grave também coloca em questão o ditado de austeridade de Berlim”

A jornalista Stefanie Bolzen publicou no prestigiado jornal alemão “Welt am Sonntag” de Domingo da Páscoa um artigo muito objectivo e realista do  qual junto a tradução da peça central (ver abaixo).

Infelizmente tudo indica que o meu vaticínio se vai cumprir: comprou-se tempo e face às medidas mecanicistas impostas por Bruxelas e Berlim, não se fez nada para reorganizar a orientação estratégica do país, virando-o de dentro para fora. Naturalmente a situação de penuria, desencanto e desespero que assim se está a criar, exerce sobre as mentes das pessoas a mesma atracção que uma pilha de loiça suja por lavar. O futuro é adiado, ficando apenas a negra perspectiva da continuação da aceleração da espiral negativa. Com efeito: os novos horizontes a rasgar e a necessária fé, esperança, auto-confiança e entusiasmo que requerem arte de governação, nem vê-los. E enquanto a UE continuar a tratar um por um os problemas de “descarrilamentos” singulares em vez de atacar a causa central – a visão egocêntrica reinante - , a um crescente número de parceiros vai acontecer o mesmo.

 

 

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publicado às 20:00

Reabilitação Urbana :"O congelamento das rendas, aliado a uma política de crédito fácil, determinou a destruição do mercado de arrendamento e, do mesmo modo, afastou os investidores do segmento da reabilitação, remetendo o património edificado para um estado de ruína tão avançado que põe em causa a sustentabilidade das áreas urbanas."

Lembra Reis Campos que este é um mercado estimado em cerca de 28 mil milhões de euros, só na componente de reabilitação do edificado habitacional, o que pode representar a curto prazo a manutenção dos cerca de 140 mil postos de trabalho que o setor tem neste momento em risco. Acredita que esta área é um dos instrumentos mais eficazes no combate à crise económica e consequentemente na salvaguarda do emprego. "É uma das poucas alternativas que as empresas do sector podem perspetivar para manter a sua atividade, pelo que é urgente a adoção de um pacote legislativo que assuma a reabilitação e o arrendamento como uma verdadeira prioridade nacional", salienta. A CPCI defende alterações à lei das rendas, nomeadamente na execução de despejos fora dos tribunais, a criação de uma taxa liberatória em sede de IRS aplicável aos rendimentos do arrendamento habitacional equiparando-o fiscalmente aos depósitos bancários e a previsão de linhas de crédito específicas para a reabilitação. Tudo para motivar o investimento neste sector chave. "

Há muito que se sabe ser este um sector chave para reanimar a economia mas ninguém tem a coragem de enfrentar os grandes interesses em jogo.

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publicado às 22:50

O gigante está entre os dez maiores parceiros nacionais. As exportações portuguesas para a China aumentaram 67,0% em 2011, sendo o mercado onde mais crescemos em termos de exportação. A Argélia foi o segundo mercado que mais cresceu ( 66,8%) seguida do Japão (50%) e Moçambique (44,4%).

Em termos absolutos, Alemanha, Espanha, França e Angola foram os mercados que mais cresceram, mas em percentagem ficaram-se pelos 22%.

Desde 2009 as nossas exportações para a China mais do que duplicaram, atingindo pela primeira vez a fasquia  dos dois milhões de dólares. Em 2009 a China era o 16º mercado de Portugal e em 2000 ocupava o 33º.

 

Para se entrar aqui ( pavilhão da China) demorava-se duas horas, tal era a multidão. O Pavilhão de Portugal todo revestido em cortiça era dos mais visitados,  encontrando-se à venda vários produtos nacionais, desde o vinho a outros produtos alimentares e produtos feitos em cortiça. (EXPO 2004 - Shanghai)

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publicado às 17:30


Enfim a aposta nas PMEs e na exportação

por Luis Moreira, em 27.02.12

A economia Portuguesa sempre tem vivido de e para as empresas que operam no mercado interno. Com vantagens no mercado, umas sendo monopolistas, outras fazendo cartel, absorvendo a grande fatia do financiamento disponível.

As 300 000 empresas PMEs , no entanto, representam 80% do emprego e 60% das exportações, não se entendendo porque não são tratadas ao nível da sua importância para o país.

A aposta nas PMEs e nas exportações deve ser de longo prazo, encaminhado os melhores quadros do país e o dinheiro disponível para elas, bem como apoio da rede diplomática nos mercados estrangeiros e facilidades fiscais e de cobertuta de riscos. É um trabalho que exige determinação e mérito, inovação e investigação, mas é o único caminho possível para que o país sai de vez da pobreza em que sempre esteve e está mergulhado.

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publicado às 16:00

Novas regras para segurar a ganância,  os abusos e as fraudes no mundo das finanças.

"

As novas regras abrangem as vendas a descoberto e os CDS, tidos como responsáveis pela volatilidade e reacção exagerada dos mercados, especialmente em períodos de instabilidade financeira, e pelo agravamento dos problemas na Grécia, designadamente os chamados CDS soberanos "a nu", ou de venda a descoberto, em que os investidores não têm de deter títulos da dívida correspondente, o que significa que beneficiam do seguro sem comportar o risco.

De acordo com o novo regulamento, visto que a participação em transacções de CDS soberanos sem uma exposição subjacente ao risco de desvalorização do instrumento de dívida soberana pode ter um impacto negativo na estabilidade dos mercados de dívida soberana, será proibido tomar tais posições não garantidas em CDS.

Quanto às vendas a descoberto (a venda de valores mobiliários que o vendedor não possui nesse momento, tendo a intenção de os comprar mais tarde para entrega), desde o início da crise financeira que vários Estados membros tomaram medidas para a suspender ou proibir, mas os poderes de que os reguladores nacionais dispõem para restringir ou proibir estas vendas variam ainda conforme o Estado-membro. O regulamento hoje aprovado vai criar um quadro harmonizado para uma acção coordenada a nível europeu."

Vamos lá ver se açaimo impede mesmo que o cão morda!

 

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publicado às 16:00


É assim que funciona o Mercado de Acções:

por Luis Moreira, em 31.01.12

Estava-se no Outono e os índios de uma reserva americana perguntaram ao novo Chefe se o Inverno iria ser muito rigoroso ou se, pelo contrário, seria mais ameno.

Tratando-se de um Chefe índio da era moderna, ele não conseguia interpretar os sinais que lhe permitissem prever o tempo, mas para não correr muitos riscos, foi dizendo que sim senhor que deveriam estar preparados e cortar a lenha suficiente para aguentar um Inverno frio.

Mas como também era um líder prático e preocupado, alguns dias depois dirigiu-se à cabine telefónica pública, ligou para o Serviço Meteorológico Nacional e perguntou:

- O próximo Inverno vai ser frio?
- Parece que na realidade este Inverno vai ser mesmo frio... respondeu o meteorologista de serviço.
O Chefe voltou para o seu povo e mandou que cortassem mais lenha.

Uma semana mais tarde, voltou a falar para o Serviço Meteorológico:

- Vai ser um Inverno muito frio?
- Sim... responderam novamente do outro lado...  O Inverno vai ser mesmo muito frio.

Mais uma vez o Chefe voltou para o seu povo e mandou que apanhassem toda a lenha que pudessem sem desperdiçarem sequer as pequenas cavacas.
Duas semanas mais tarde voltou a falar para o Serviço Meteorológico Nacional:

- Vocês têm a certeza que este Inverno vai ser mesmo muito frio?
- Absolutamente... respondeu o homem... vai ser um dos Invernos mais frios de sempre.
- Como podem ter tanto a certeza disso?... perguntou o Chefe.
O meteorologista respondeu:
- Porque os índios estão a arrecadar lenha que nem uns doidos.

É assim que funciona o mercado de acções!

PS enviado pelo nosso leitor Vitor Ventura

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publicado às 16:00


A democracia dos Dupont & Dupond, S. A.

por António Filipe, em 17.01.12

Hoje em dia, a democracia é assim como uma espécie de religião. No caso português, foi-nos impingida há trinta e tal anos. A grande maioria dos portugueses acreditou nela. E muito bem. Mas não tardou muito que a democracia deixasse de o ser, na verdadeira acepção da palavra. A pouco e pouco foi-se degradando, mas os portugueses continuaram a acreditar nela. E pior, continuaram a acreditar que viviam em democracia. Acreditar em democracia é uma coisa. Mas acreditar que vivemos em democracia é outra completamente diferente. No tempo do fascismo havia muita gente que acreditava em democracia, mas ninguém acreditava que vivíamos numa. Conquistámo-la em 1974 mas esquecemo-nos que temos que a reconquistar diariamente, senão perdemo-la. Pode manter o nome, mas a prática é outra conversa. A palavra democracia, de origem grega, significa “governo do povo” (Demos=povo - Kratein=governo). Se alguém acredita que, em Portugal, temos um governo do povo, decerto vive na lua. O simples facto de podermos votar sempre que há eleições não significa que vivemos em democracia. Neste país, grande parte das pessoas nem sequer sabe os nomes ou conhece as caras daqueles que as vão representar. A única pessoa cujo nome aparece no boletim de voto e que é escolhida de acordo com os votos é o Presidente da República. E este, nas últimas eleições, foi eleito por vinte e tal por cento dos votantes. E foi assim que passou a ser o representante de todos os portugueses.
Este sistema está feito por partidos e para partidos. Devia ser do povo e para o povo. Isso é que é democracia. O sistema representativo e parlamentar ou semiparlamentar, que se apodera do nome da democracia, limita o poder dos cidadãos ao simples direito de votar, ou seja, a nada. É o único direito que o povo tem e, mesmo esse, é condicionado pelos mais diversos factores que, em muitos casos, se resumem à necessidade de arranjar emprego (para si próprio ou para um familiar) e a promessas eleitorais que raramente são cumpridas.
Não podemos considerar democrático um sistema em que os políticos e governantes mentem constantemente, enriquecem à custa do povo, prometem e não cumprem, não são responsabilizados pela má gestão do dinheiro dos contribuintes, um sistema em que o ordenado mínimo e grande parte das pensões são miseráveis.
Enquanto isto acontecer, a democracia não passa de um sistema em que os eleitores têm a liberdade de escolher os seus próprios ditadores. Não passa de um mito. De uma religião em que os deuses são os partidos e os crentes são os seus militantes. Não passamos de escravos modernos, crendo poder votar e livremente escolher quem decidirá o nosso futuro. E quando, logo após as eleições, chegamos à conclusão que fomos enganados, podemos barafustar, espernear e até ameaçar. Não temos poder para mudar nada. E andamos nisto até ao dia das eleições seguintes. E nesse dia lá vamos nós, todos contentes e orgulhosos, exercer o nosso único direito democrático. E, espantosamente, votamos nos mesmos ou nos outros, que, afinal, são os mesmos! E, como são os mesmos, fica tudo na mesma. Só mudam os “boys”, que foi para esses que votámos. E assim tem acontecido connosco há mais de trinta anos e, com outros países, ainda há mais tempo.
A nossa democracia é um “bluff”. A oposição já não existe. Os principais partidos políticos estão de acordo no essencial: manter este tipo de sociedade, em que os mercados e os senhores do grande capital é que mandam. Nenhum dos partidos políticos com acesso ao poder põe isso em causa. Tudo isto, nem remotamente, tem a ver com democracia. Escolher entre o Sr. Feliz e o Sr. Contente ou entre Monsieur Dupont e Monsieur Dupond nunca será uma verdadeira escolha.
Vivemos numa ditadura económica.

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publicado às 18:24


Os "amigos" de Passos não são para todas as ocasiões

por Francisco Clamote, em 16.01.12
O governo reagiu ao corte do rating da dívida pública portuguesa em dois níveis, de  BBB- para BB,  por parte da agência de notação financeira Standard & Poor’sremetendo a dívida portuguesa para a categoria de "lixo", afirmando que se trata  duma decisão infundada. Hoje, coube ao primeiro-ministro Passos Coelho a vez de vir dizer que a agência está a fazer política e que a decisão "foi sobre a Europa".
Passos Coelho é capaz de ter razão quando acusa a Standard & Poor’s de fazer política, mas a acusação não deixa de ser surpreendente, partindo dele, que é um amigo dos "mercados", quando se sabe que o procedimento seguido pelas agências de rating não é de agora e quando, outrossim, se sabe que a política delas é estarem ao serviço dos "mercados".
Surpreendente a reacção, mas compreensível a desilusão do homem:  ele que é tão amigo dos "mercados" que até fez tudo (e mais alguma coisa) como os "mercados" mandaram e tratarem-no desta forma, não é justo. Se calhar, os "mercados" ainda não sabem o amigo que aqui têm. Provavelmente é tudo culpa do Moedas que se esqueceu de dar uma palavrinha aos "mercados"! 
Já, por outro lado, nada tem de surpreendente, porque é usual, a atitude de pretender passar ileso por entre os pingos da chuva, ao afirmar que a posição adoptada  "foi sobre a Europa". É verdade que a apreciação foi conjunta sobre vários países europeus. Só que Passos Coelho esquece que há vários países que não sofreram qualquer corte (Alemanha, a Holanda, a Finlândia e o Luxemburgo) mantendo a notação do triplo A e que nem todos os países considerados sofreram um corte de dois níveis, o que significa necessariamente que foi tida em consideração a realidade específica de cada país. 
Aliás, se Passos Coelho se der ao trabalho de atentar nas razões invocadas pela Standard & Poor’s, para justificar a sua posição, encontrará, além do mais, a afirmação de que o processo de consolidação orçamental "baseado unicamente no pilar da austeridade orçamental arrisca-se a tornar-se auto-liquidacionista". Ora, Passos Coelho não pode eximir-se da responsabilidade de ter assumido e de estar a levar a cabo um plano de austeridade ainda mais ambicioso do que o acordado com a "troika". Com os maus resultados que estão à vista. A Standard & Poor’s limitou-se a constatá-los. Quanto à responsabilidade: sibi imputet.

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publicado às 23:16

Eduardo Catroga quer-nos fazer crer que andou com os accionistas Chineses da EDP na escola. Há que lembrar que foi colega de Cavaco ali no ISE actual ISEG, ao Quelhas. Passa por cima desta questão essencial: andou a trabalhar para o PSD e, depois, para o governo mas está a ser pago pelos accionistas da EDP.

Trabalhou para os vendedores mas está a ser pago pelos compradores. Há aqui algo que não cola!

Valor de mercado? Isso seria se houvesse outra EDP para nos vender a energia mais barata e, então sim, com concorrência, veríamos se o seu valor de mercado é o que recebe. Assim, o seu valor de mercado é como o preço final que nos chega a casa na factura. Mais de 40% não tem a ver com a energia que utilizamos.

Junta a este vencimento uma pensão milionária que, claro, é mais que merecida, mas cai muito mal em quem anda a "vender" austeridade aos outros. Está reformado? Vá tomar conta dos netos e deixe os jovens terem mais oportunidades de emprego. Está cheio de genica? Largue a pensão e a reforma e vá trabalhar.

Mas faça-se pagar por quem mereceu o seu esforço e o seu saber. Vai ver que ninguém o critica e ninguém terá inveja!

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publicado às 09:00


A ideologia e a prática

por Luis Moreira, em 12.01.12

Ontem, depois de muito sofrimento em Alvalade, fui com mais cinco amigos beber uma cerveja e, claro, houve discussão política. Desde um social-democrata, que é este vosso amigo, até um comunista, passando por três socialistas.

E, quando vim para casa após discussão acalorada, dei-me conta de:

Os únicos dois países que têm um partido comunista interveniente e que controlam a maioria dos sindicatos são Portugal e a Grécia, não por acaso os dois países mais pobres e mais desiguais da Europa. Acresce, que pela mesma razão, são os dois países com uma constituição mais marcada pela ideologia "progressista" a caminho do socialismo.

Que o que este governo está a fazer está ainda muito longe de levar Portugal a aproximar-se das economias e sociedades do centro e norte da Europa onde se vive com melhor qualidade e mais equilibradamente. Com estados menos intervenientes, mais pequenos, com economias de mercado mas desenvolvidas e muito melhor regulados que no nosso país. Com uma sociedade civil forte e com iniciativa e onde o lucro é visto como os postos de trabalho do futuro e não um produto do amiguismo e do favorecimento.

Isto é, o que se está a passar em Portugal ( salvo os erros tremendos de vender as "jóas" ao desbarato e das nomeações partidárias com vencimentos milionários a acumular com pensões também elas milionárias) longe de ser catratofista é algo que já foi feito nos países Europeus há muitos anos.

Sem embargo de compreender as dúvidas e os receios de quem tem uma visão mais "centralizadora" do Estado, nada do que se passa em Portugal é fruto de aventuras não experimentadas. Bem pelo contrário, ao fim de trinta anos de um Estado fortemente interveniente e marcado ideologicamente com maus resultados, a democracia cumpre o seu papel. Alternativa e alternância dois conceitos pilares do sistema democrático!

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publicado às 13:00


Grandes transformações económicas e sociais

por Luis Moreira, em 26.12.11

O discurso de Passos Coelho foi orientado no sentido de um conjunto de reformas que há muito são necessárias mas que , nem a pusilanimidade dos governos nem a oposição das corporações deixou levar em frente. Estamos hoje num país onde os que têm emprego são os que mais reinvindincam; onde os negócios milionários se fazem à sombra do estado, em que a injustiça é cada vez maior.

"

Neste final de ano, o governo tem insistido na mensagem de que 2012 é o ano das reformas estruturais. Seguindo essa mensagem, Passos disse ontem que pretende reformar com "profundidade" as estruturas económicas, porque as actuais "não permitem aos portugueses realizar todo o seu potencial, reprimem as suas oportunidades, protegem núcleos de privilégio injustificado, preservam injustiças e iniquidades, não recompensam o esforço, a criatividade, o trabalho e a dedicação." O primeiro-ministro diz ainda que o governo pretende "reformar a justiça", tornar "mais transparentes a máquina administrativa e as decisões públicas", "abrir a concorrência" e "agilizar a regulação e acelerar a difusão de uma cultura de responsabilidade no Estado, na economia e na sociedade".

Quem poderá estar contra?

Vamos estar, necessariamente, em lados opostos no caminho traçado para se alcançarem aqueles objectivos . É, cada vez mais o que separa  a esquerda da direita: o caminho, os instrumentos, a forma de alcançar uma sociedade melhor, pelo menos mais justa, porque quanto aos objectivos não podem ser mais consensuais .

No quadro da democracia cada vez mais participativa, num estado de direito e numa economia social de mercado.

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publicado às 11:00


Limite-se a Constituição! E os mercados?

por Luis Moreira, em 17.12.11

Aceito que uma maioria qualificada na Assembleia da República possa limitar na Constituição certos índices nacionais por forma a que um governo ( que é sempre temporal) seja devidamente controlado e não faça asneira da grossa. E, sendo caso disso, por razões de força maior, possa aliviar esses índices. 

E, quanto aos mercados? Não há limites e quando os há as instituições fazem de conta que não vêem nada? Não é altura de acabar com tudo o que é off shores, paraísos fiscais, bancos feitos para esconder crimes?

E, não é altura de os que são eleitos pelos cidadãos retomarem as rédeas da coisa pública? Então, a Alemanha, que está a empurrar os países para a limitação da sua soberania, que avance paralelamente com alterações nos tratados europeus por forma a que a situação a que que chegamos não se repita. Hoje, já ninguém tem dúvidas que a "mão invisivel" nos mercados é sempre a "mão batoteira", com menos escrúpulos, com mais poder...

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O futuro, em 3 factos

por António Leal Salvado, em 30.11.11

(Os 'Mercados' tudo resolvem)

Análises, relato, blá-blá para quê? Em 3 linhas, com o lembrar de três simples factos, sabe-se tudo:
Facto Primeiro: A Bélgica está a chegar ao 18º mês sem governo;
Facto Segundo: Há 18 meses a Bélgica tinha contas públicas de pantanas e dívida externa descomunal;
Facto Terceiro: A Bélgica é o país da U.E. com menos austeridade e melhores resultados económicos nestes 18 meses.

Surpreenda-se quem quiser, agora. Ou pior, porque à 1ª qualquer cai, à 2ª só quem quer e à 3ª...
Não digo o que isto tem que ver com o diálogo que a seguir inconfidencio. Diálogo entre o Patrão-de-todos-os-farsolas (Pdtof) e o Assessor-contratado-para-Esbirro (AccE), com duas amibas a assistir.

 

O Diálogo

 

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Bolsa Anual de Horas nas Empresas

por Luis Moreira, em 16.11.11

É uma boa medida se houver contenção, negociação e transparência. Por exemplo, como diz o artigo, o prazo de um ano é capaz de ser demasiado longo mas pode ser reduzido para seis meses. Isto permite às empresas estarem preparadas para corresponderem aos "picos" de trabalho resultantes de encomendas ou da sazonalidade.

É a melhor forma de os trabalhadores apoiarem o seu emprego. Haver pessoal subaproveitado por não haver trabalho e ter que pagar horas extras quando há trabalho é um peso incomportável para a maioria das empresas, especialmente as Pequenas e Médias Empresas Exportadoras. A Auto Europa é um bom exemplo, mais uma vez, embora não seja pequena. Trabalhadores e administração têm conseguido manter uma paz social que levou a empresa a patamares de grande nível de produtividade e qualidade!

Os clientes é que passam a mandar, obrigando as empresas a abrirem-se ao mercado.

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