pegada

agarrava-as pelo pescoço, apertava, apertava, até que elas deixassem de espernear, bem, depois vinha a parte boa da coisa, começava a cortar para chegar ao útero, mas como não sabia onde estava o útero, umas vezes começava no pescoço outra vezes nos calcanhares, por isso é que nunca desfigurei nenhuma, daqui para cima podia fazer hematoses , derivados aos pontapés mas nunca as desfigurei. encontrava-as ao acaso, andava dois ou três dias a expiá-las e um dia abordava-as e, quando elas se ajoelhavam (outra coisa só fazia sexo oral, nada de perversões...) aí metia-lhes a faca no pescoço ou mesmo entre costelas.

faço isto porque naqueles dias sentia uma força poderosa que não era  de controlar, foi do útero que nasci e fui abandonado.depois ia de bicicleta até ao lugar onde a carrinha do patrão me esperava, limpava as mãos à roupa e ia comer um bife com um copo de tinto, já calmo, estou-lhe a dizer a si porque se você se ajoelhar faço-lhe o mesmo, ou você julga que eu não sei que você trabalha naquele jornal que arranja histórias todos os dias? só estou à espera que um dia a força poderosa me dê para estripar certos directores de jornais...

cai o pano!

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