Obrigado por ter assinado o Manifesto para uma Esquerda Livre, nesta primeira fase de recolha de assinaturas por contacto pessoal.
A partir de hoje o Manifesto poderá também ser assinado a partir do seu site onde encontrarão informações sobre a génese e o processo de redação do Manifesto, a agenda de eventos para o futuro, a lista de autores e a de signatários até ao momento. O Manifesto continua aberto a assinaturas pelo que agradecemos a sua divulgação. O Manifesto será apresentado em público no próximo dia 17 de Maio, quinta-feira, às 11h30, no Café do Cinema São Jorge, Avenida da Liberdade, Lisboa.
No próximo dia 2 de Junho terá lugar em Lisboa o primeiro Encontro para uma Esquerda Livre, em hora e local a anunciar (informação em breve disponível no site do Manifesto).
Em anexo encontrarão uma versão pdf do manifesto, para imprimir, guardar ou divulgar.
Um abraço.
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manifesto@paraumaesquerdalivre.net.
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Há 38 anos, os Militares de Abril pegaram em armas para libertar o Povo da ditadura e da opressão e criar condições para a superação da crise que então se vivia. Fizeram-no na convicta certeza de que assumiam o papel que os Portugueses esperavam de si. Cumpridos os compromissos assumidos e finda a sua intervenção directa nos assuntos políticos da nação, a esmagadora maioria integrou-se na Associação 25 de Abril, dela fazendo depositária primeira do seu espírito libertador. Hoje, não abdicando da nossa condição de cidadãos livres, conscientes das obrigações patrióticas que a nossa condição de Militares de Abril nos impõe, sentimos o dever de tomar uma posição cívica e política no quadro da Constituição da República Portuguesa, face à actual crise nacional. A nossa ética e a moral que muito prezamos, assim no-lo impõem! Fazemo-lo como cidadãos de corpo inteiro, integrados na associação cívica e cultural que fundámos e que, felizmente, seguiu o seu caminho de integração plena na sociedade portuguesa. Porque consideramos que: Portugal não tem sido respeitado entre iguais, na construção institucional comum, a União Europeia. Portugal é tratado com arrogância por poderes externos, o que os nossos governantes aceitam sem protesto e com a auto-satisfação dos subservientes. O nosso estatuto real é hoje o de um “protectorado”, com dirigentes sem capacidade autónoma de decisão nos nossos destinos. O contrato social estabelecido na Constituição da República Portuguesa foi rompido pelo poder.
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Informa-se que a Direcção da A25A decidiu tornar público um Manifesto Abril Não Desarma, em conferência de imprensa, na nossa sede, no próximo dia 23 (2.ª feira), às 11h00.
É a essa conferência de imprensa que vos convidamos a assistir.
Cordiais saudações
Vasco Lourenço
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A plataforma dos intermitentes apresentou hoje este Manifesto....
A Ler:
Imagine-se um dia sem arte nem cultura. Imagine-se que durante um dia inteiro o país fica sem teatro, sem dança, sem cinema, sem livros, sem música, sem rádio, sem concertos, sem exposições, sem televisão. Imagine-se um dia um país emudecido para não gastar palavras, parado para não gastar energia, embrutecido para não gastar ideias e emoções. Que género de vida defendem os que acham que a cultura é “desnecessária”?
Hoje, dia 24 de Novembro de 2010, dezenas de companhias e estruturas das artes do espectáculo param de trabalhar. Trabalhadores independentes que não fazem parte de estruturas, juntam-se também neste dia para participar em acções de protesto contra as medidas violentas impostas pelo orçamento de estado para 2011.
Estamos a assistir à degradação do estado social onde direitos consagrados estão a ser reduzidos e retirados à maioria dos cidadãos. Ouvimos frequentemente que se trata de uma crise geral e de que é o modelo social europeu que está a ser posto em causa, como explicação de um colapso de um sistema de valores, de um vazio ideológico. Mas este vazio ideológico apenas serve para desresponsabilizar este ataque ao estado social.
Apertam-nos o pescoço. Tiram-nos o ar. Falam-nos de austeridade, de contenção, apelam ao nosso sentido de sacrifício, ao culto da Tristeza Geral. Insistem na ideia de que “é preciso sofrer para atingir uma recompensa futura” , mesmo que não se saiba que recompensa é essa e para quando.
Sabemos que o Orçamento de Estado para 2011 tenta fazer passar uma imagem de um plano consistente de salvação nacional. Que perante uma situação de “emergência” que devia meter medo a todos, o Estado consegue manter a calma e dividir o esforço por todos os sectores, como um pai severo que corta no mealheiro dos seus filhos, ou melhor, de quase todos os seus filhos.
O sector da cultura não escapa a este programa de austeridade, mas a situação é ainda mais gritante: a supressão de 1/4 do orçamento do Ministério da Cultura afecto a todas as áreas de criação e produção artísticas. Os artistas e os demais profissionais das artes do espectáculo e do audiovisual, já por si fragilizados pela ausência de um sistema que os proteja, são igualmente chamados a resignar-se à imposição deste estado de Tristeza Geral. Como se enquanto trabalhadores (e cidadãos) não fizessem parte de uma mesma luta que hoje se manifesta na adesão sem precedentes à Greve Geral.
A criação e fruição artísticas estão no centro da reflexão, da crítica e do gesto de cidadania. Temos consciência do gesto que exercemos aqui hoje, contra o estado da Tristeza Geral.
A Plataforma dos Intermitentes
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