Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Na Covilhã, no dia 15 de Setembro de 2012, algumas centenas de pessoas manifestaram-se contra as políticas agressivas e injustas de quem nos governa, tal como fizeram muitos milhares de pessoas espalhadas por algumas dezenas de outras cidades pelo país e pelo mundo.
Foi um dia lindo. Para repetir as vezes que forem necessárias até que os políticos entandam que um governo tem que ser do povo, pelo povo e para o povo. Agradeço profundamente a todos os que participaram. Valeu a pena.
Manifestação 'Que se lixe a Troika! Queremos as nossas vidas'
Covilhã
15 de Stembro de 2012
Já todos percebemos que Paulo Portas estava à espera de passar entre os pingos da chuva na questão da TSU. Simplesmente, tal como a restante troika nacional constituída por Passos/Borges/Gaspar, nunca lhe passou pelos cínicos neurónios, que as manifestações ocorridas por todo o país, tivessem um impacto com a dimensão de uma sublevação pacifica. Estupefacto perante o vigor da recusa e a determinação dos portugueses, veio contar uma história patética muito mal amanhada, assim de-va-ga-ri-nho, em modo à la Gaspar, a ver se os portugueses se condoiam da sua sorte. Pode tirar o cavalinho da chuva. A manobra em jeito de desculpa patrioteira de tentar convencer-nos de que " não bloqueou a decisão porque isso seria trágico para Portugal" é além de cínica, facilmente desmontável. Se a própria troika veio dizer que não a exigiu, a medida só é explicável como um expediente de vingança manhosa por parte de Passos e Gaspar, lívidos pela decisão do Tribunal Constitucional relativamente aos cortes dos subsídios na função pública, de pensionistas e reformados. Portas tentou passar a ideia de que a TSU não era um imposto, logo estaria salvaguardada a posição que durante todo o verão deixou passar para a opinião pública de que não aceitaria mais aumentos de impostos. Maior cinismo e falta de respeito intelectual pelos portugueses é difícil encontrar.
imagem: Manifestação 15 de Setembro, Marisa Vieira, retirada do facebook.
Vais gostar da festa, pá
Guarda a semente
Que não é hora de ais e dor
Mas de luta e de gente
Nem léguas vão nos separar
Nem o mar, nem o mar
Nem Primavera é preciso, pá
P'ra navegar, p'ra navegar
Vais gostar da tua gente, pá
'Inda dormente
E aguardo certamente
As flores do teu jardim
Cá será Outono, pá, brevemente
Amor-perfeito com cheirinho de alecrim
Nem léguas vão nos separar
Nem o mar, nem o mar
(foto de José Sena Goulão)
«Esta manifestação começou calma, muito calma. Gente a conversar, juntar cartazes, pessoal de bicicletas, amigos sentados no chão no Saldanha. Arranca não arranca, quase uma hora depois começaram a andar. Do Saldanha seguiram em direcção à Avenida Almirante Reis e mais tarde ao Rossio. O único ponto mais "quente" foi em frente ao Banco de Portugal onde a polícia teve que fazer um cordão por causa dos ovos que estavam a ser arremessados, mas nada de especial. Durante 2 horas eu e a Patrícia Melo Moreira (France Presse) seguimos a manifestação até chegar ao Rossio onde outras plataformas se juntaram ao protesto. Ao vermos que iriam dar mais uma volta lenta à Praça sentámo-nos os dois num café a tentar editar umas fotografias (estas que aqui vêm à excepção da última) para depois os apanharmos a caminho da Assembleia da República onde pensámos que possivelmente poderia haver alguma situação mais "quente". Acabou por não dar tempo para editar.
Começámos a subir a Rua do Carmo, depois a Rua Garret onde começámos a ver o movimento anormal de carrinhas de Polícia de Intervenção e corremos até ao sítio para onde se dirigiam. Perdi-me da Patrícia e fui direito ao rapaz que aparece em todos vídeos a tirar o sangue da testa e atirar para cima da Polícia e apenas tirei uma fotografia (a penúltima aqui). Não tive tempo para me aperceber do que realmente estava a acontecer ali. Quando me virei para trás tirei esta última que aqui está e vi que estavam a começar a avançar e que iriam varrer tudo o que estava à frente. Por mais absurdo que possa ser o comunicado da PSP que refere que nós jornalistas devemos estar atrás da linha policial (provavelmente para apanhar a cara de quem leva e não a de quem bate, como diz o Francisco Paraíso hoje no CM), foi exactamente isso que eu tentei fazer porque me vi numa situação em que iria ser apanhado no meio da confusão sem sítio para escapar. Andei na direcção deles a dizer que era jornalista em voz alta e fiz sinal para que me deixassem passar para trás da linha que estavam a fazer e foi aí que me bateram pela primeira vez na cabeça e caí ao chão. O resto as imagens mostram como foi, sendo o resultado dois cortes na cabeça, 6 pontos, ombro, costas e joelhos amassados mas acima de tudo uma sensação de medo e impotência perante tudo o que estava a acontecer. A cara do polícia que me bateu era de raiva, até a língua estava a morder. Repeti não sei quantas vezes que era jornalista em pânico e nem assim ele parou, ainda deu com mais força. Nunca pensei que aquilo pudesse acontecer cá.
Ainda mais revolta causa ver as imagens da Patrícia a ser agredida daquela maneira! Como é possível?! Desde quando uma mulher com uma câmara fotográfica é ameaça para alguém? Não sei se foi premeditado ou não, mas a falta de inteligência daqueles animais não alcança que para cada câmara que tentam que não fotografe ou filme a sua brutalidade há dezenas de outras a captar o que está acontecer. E o resultado está à vista. As imagens daquelas duas senhoras já mais velhas, uma a levar uma joelhada no peito e outra a ser atirada ao chão também não há palavras para descrever. Parabéns a quem captou tudo isto para que se possa ver e rever. A única coisa boa que se tira disto é exactamente a atenção que o assunto está a ter, para que não se repita.»
JOSÉ SENA GOULÃO, foto-jornalista da LUSA, http://jsgphoto.blogspot.pt/2012/03/22-de-marco.html
Os sindicatos da função pública vão avançar para uma semana de luta. "Entre as medidas que mais diretamente atingem os funcionários públicos estão a redução dos salários, o corte dos subsídios de férias e de natal neste e no próximo ano, a redução das remunerações para os funcionários em mobilidade especial e a revisão do regime de trabalho.
A revisão do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas e as alterações à mobilidade no Estado, aliás, prometem marcar as próximas reuniões no Ministério das Finanças, durante as quais o Governo vai negociar com os sindicatos um conjunto de alterações em áreas como as remunerações, as progressões nas carreiras, as mudanças geográficas dos trabalhadores e o sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos.
É uma verdadeira bomba relógio o que os vários governos e os sindicatos armaram na função pública. A diferença da massa salarial entre dois anos consecutivos para uma inflação de 2% e um crescimento do PIB a rondar os 1%, nunca é menor que 5/6%, devido às progressões automáticas e às promoções. Ora, os 3/4% de diferença, entre o aumento das despesas com o pessoal e a inflação (ou o crescimento do PIB ) não é sustentável . É esta a razão que leva a Troika a querer reduzir os salários dos trabalhadores portugueses entre 20 a 30%.
Só é pena que não pensem o mesmo para as remunerações do capital.
Passos Coelho foi esta manhã apupado quando visitava a feira do Queijo em Gouveia. É a segunda vez, a primeira foi em Matosinhos. É necessário que o Primeiro Ministro tire as ilações devidas, se é verdade que há sempre politiquice e nem tudo é espontâneo, também é verdade que as manifestações só medram em terreno fértil e, esse, é da responsabilidade do governo.
Passos não pode ser mais "Merkel" do que Merkel, já há mais do que sinais que podemos esperar dos outros países europeus ajuda no que diz respeito à intensidade da austeridade e ao prolongamento do prazo, dois factores que aliviam em muito a pressão sobre os cidadãos. E, não é vergonha nenhuma, pelo contrário, é a prova que o governo na altura própria fez o que tinha a fazer.
Mas, e daqui lanço o aviso, aceitar o aliviar da pressão não é sinónimo de largar as reformas estruturais, de deixar de atacar o desperdício, de melhorar o estado e de relançar as Pequenas e Médias empresas, de reforçar o apoio às empresas exportadoras, de melhorar a eficiência do "mix " da energia, de optimizar a oferta dos transportes, de responsabilizar escolas e hospitais, de tornar célere a Justiça...
Passos Coelho avançou para os manifestantes e tentou falar com eles, não conseguiu os seus intentos, mas espera-se que explique melhor o que está a fazer, que não diga uma coisa e o ministro Relvas outra...
Depois de o JN ter revelado um vídeo do Terreiro do Paço a encher, embora omita este pequeno pormenor -- a encher --, vídeo que, certamente por lapso, não vai além dos 40 segundos, cumpre-me o triste dever de revelar toda a verdade e afiançar que, já o Arménio discursava, a Praça apresentava o ambiente que se pode ver na fotografia supra.
Ainda a propósito, deixo o testemunho de alguém (Inês Meneses) que esteve presente: "Vê-se bem que a manifestação desce ainda e que as ruas estão ainda cheias de gente a chegar, que patética a difusão desta, e apenas desta, imagem. Vocês julgavam mesmo que todos nós que lá estivemos, que entrámos num Terreiro do Paço em que se tinha dificuldade em circular, não percebíamos a aldrabice? E que não o denunciávamos? Só o facto da imagem ter surgido só 24h depois era suficiente para tornar isto RI-DÍ-CU-LO. Shame, JN."
Mas pronto, há que compreender, muita gente, muita indignação, muito entusiasmo...
Mas vamos lá às continhas ( desculpem é da profissão) :A Praça do Comércio, também conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m).
Ora num metro quadrado cabem quantas pessoas ? Quatro? cinco?
36 000 m2 x 4 = 144 000 pessoas
36 000 m2x5 = 180 000 pessoas
OK, vamos lá meter mais 20 000 pessoas que andam ali pelas cercanias, nas ruas adjacentes. Total = 200 000 pessoas!
Continua a ser muito grande e, a importância da manifestação nem sequer se mede pela multidão, mede-se mais pelas razões que a motiva e que no caso são muito fortes. Aliás, quem lá faz espectáculos e vende bilhetes e tem que ter lugar para as pessoas que pagaram bilhete não mete lá mais que 150 000 pessoas.
Vem isto a propósito de quê? Nestes momentos de emoções exarcebadas há que falar com a almofada primeiro embora, repito, tenha sido uma enorme manifestação que deve fazer pensar os governantes quanto aos limites da paciência. É que na Grécia são bem menos nas ruas mas são bem mais agressivos!
Lembram-se da visita do Papa que deu lá uma missa? Nessa altura a Igreja católica também dizia que havia 200 000 pessoas a assistir à missa! Se fosse assim nem ajoelhar podiam!
Como é possível atacar-se este sentimento?
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Você quer pedir dinheiro emprestado? se sim, entre...
Saudações da temporada, eu sou David e sou um hack...
MARTINS HACKERS have special cash HACKED ATM CARDS...
I wanna say a very big thank you to dr agbadudu fo...
Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...
God is great i never thought i could ever get loan...
I am Edwin Roberto and a construction engineer by ...