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Werther, de Jules Massenet

por António Filipe, em 16.02.13
No dia 16 de Fevereiro de 1892, estreou-se, no Teatro Imperial Hofoper, em Viena, a ópera Werther, do compositor francês Jules Massenet.

Werther é uma ópera em quatro actos, com libreto, em francês, de Édouard Blau, Paul Milliet e Georges Hartmann, baseado numa novela de Goethe. A ópera retrata um amor sem esperança, com o habitual desfecho trágico, onde, quem morre é o homem e não a mulher, como era hábito.
Embora Massenet tenha completado a ópera em 1887, ela só foi estreada cinco anos mais tarde, em 1892, numa versão em alemão, que foi um grande sucesso. A versão francesa foi estreada em Dezembro do mesmo ano, em Genebra, e a primeira encenação na França teve lugar na Opéra-Comique, em Paris, no dia 16 de Janeiro de 1893. No ano seguinte estreou-se nos Estados Unidos, no Metropolitan Opera, e no Covent Garden, em Londres.


Ária “Porquoi me reveiller”, da ópera “Werther”, de Jules Massenet
Tenor: Luciano Pavarotti
Maestro: Zubin Mehta

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Luciano Pavarotti - “O maior tenor do mundo”

por António Filipe, em 06.09.12

No dia 6 de Setembro de 2007, morreu, em Modena, vítima de cancro do pâncreas, o tenor italiano Luciano Pavarotti. Tinha nascido na mesma cidade, a 12 de Outubro de 1935. É considerado um dos mais importantes tenores de todos os tempos. O seu gosto musical foi directamente influenciado pelo pai, que ouvia Beniamino Gigli, Giovanni Martinelli, Tito Schipa e Enrico Caruso e começou a cantar com ele no coro de uma pequena igreja local. Formou-se como professor, leccionando durante dois anos, antes de se dedicar completamente ao estudo da música.
Pavarotti estreou-se na ópera, no dia 29 de Abril de 1961 no papel de Rodolfo, de “La bohème”, de Puccini. Estreou-se na América em Fevereiro de 1965, na ópera "Lucia di Lammermoor", de Donizetti, juntamente com a célebre soprano Joan Sutherland em Miami, na Florida. Pavarotti foi o cantor substituto de um tenor que adoeceu subitamente e conseguiu executar o papel sem ter tido nenhum ensaio. Tinha começado a carreira de um dos maiores tenores de todos os tempos. Percorreu os palcos do La Scala, de Milão, da Royal Opera House, no Covent Garden, em Londres, do Olympia, de Paris e do Metropolitan Opera, de Nova Iorque, onde, em 1972, leva o público à loucura, interpretando “La fille du régiment” de Donizetti. Foi chamado dezassete vezes à cena, em constante aplauso.
Um novo incremento à sua fama internacional ocorreu quando, em 1990, Pavarotti cantou a ária de Giacomo Puccini "Nessun Dorma" da ópera Turandot, que foi o hino do campeonato do mundo de futebol, na Itália. Voltou a cantar a mesma ária no dia 10 de Fevereiro de 2006, na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Turim.
Desde os primeiros tempos de carreira que Pavarotti foi reconhecido como dono de uma voz única, de extensão extraordinária, de expressão e sensibilidade dramática apuradíssimas. O seu sucesso teve assento em todos os grandes palcos do mundo. Nos últimos anos, limitou as suas actuações a cem concertos por ano, mas teve tempo para contracenar com quase todas as maiores divas do seu tempo, de Montserrat Caballé a Kiri Te Kanawa, a Joan Suttherland.
A disponibilidade e o companheirismo com que contracenou com companheiros de ofício foi outra das características marcantes de Pavarotti. Entregou-se com a mesma seriedade e o mesmo empenho ao célebre trio que formou com Plácido Domingo e José Carreras, como aos duetos com cantores rock e pop (como Joe Cocker, Mariah Carey, James Brown, Frank Sinatra, Bryan Adams, Queen e muitos outros), quase sempre para dar suporte a causas humanitárias.
Já doente, em 2004 empreendeu uma digressão mundial de despedida – que só foi interrompida pelo agravamento da doença que lhe trouxe a morte. Deixou como legado as mais sublimes interpretações de “La Bohème” (a sua ópera preferida), mas também da ópera de Donizetti, Bellini, Rossini, Verdi… E não sabemos quanto tempo terá o mundo de esperar para ouvir uma semelhante força nas canções napolitanas, nas famosas “avé-marias” e em quantas outros desafios do canto.


Caruso, de Lucio Dalla
Tenor: Luciano Pavarotti
Maestro: James Levine

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Ruggero Leoncavallo – Compositor italiano

por António Filipe, em 09.08.12

No dia 9 de Agosto de 1919 morreu, em Montecatini, na Toscânia, o compositor italiano Ruggero Leoncavallo. Filho de um magistrado, tinha nascido, em Nápoles, no dia 8 de Março de 1857. Depois de alguns anos de estudo, e ineficazes tentativas de obter a produção de mais de uma ópera, presenciou o enorme sucesso da “Cavalleria rusticana” de Mascagni, em 1890, e não desperdiçou tempo na elaboração do seu próprio verismo. A sua ópera "I Pagliacci" continua uma das mais populares obras do repertório operático. Segundo o próprio compositor, o enredo deste trabalho teve origem na vida real: um julgamento sobre assassinato a que o seu pai tinha presidido.
Foi com a ópera “La Bohème”, estreada em 1897, em Veneza, que o seu talento obteve confirmação pública. No entanto, foi ultrapassada pela ópera de Puccini com o mesmo nome e enredo, que estreou em 1896.
Leoncavallo escreveu o libreto para a maioria das suas óperas e é considerado o maior libretista italiano do seu tempo, depois de Arrigo Boito. Importante foi ainda a sua contribuição para o libreto de Manon Lescaut de Giacomo Puccini. Leoncavallo também compôs algumas canções, sendo a mais famosa “Mattinata”, escrita para Enrico Caruso.
Foi reconhecido não só em Itália, mas em toda a Europa e na América, tendo inclusivamente levado obras suas à estreia em grandes teatros da Inglaterra, da Alemanha e dos Estados Unidos.
Ruggero Leoncavallo ficou na história e tem sido recordado, sobretudo, pela ópera “I Pagliacci” (Os Palhaços).


“Vesti la giubba”, da ópera “I Pagliacci”, de Leoncavallo
Tenor: Luciano Pavarotti

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Friedrich von Flotow – Compositor alemão

por António Filipe, em 24.01.12

No dia 24 de Janeiro de 1883 morreu, em Darmstadt, o compositor alemão Friedrich von Flotow. Tinha nascido de uma família aristocrática, em Teutendorf, a 27 de Abril de 1812. Estudou no Conservatório de Paris e teve como professores Auber, Rossini, Meyerbeer, Donizetti, Halévy e, mais tarde, Gounod e Offenbach. Das cerca de 30 óperas que escreveu, a primeira foi “Pedro e Catarina”, em 1835, mas só começou a ser conhecido em 1839, com a ópera “O naufrágio do Medusa”, baseada no naufrágio daquele navio de guerra.
A ópera romântica “Alessandro Stradella”, de 1844 é reconhecida como uma das melhores obras da Flotow. Entre 1856 e 1863, Flotow trabalhou como intendente do teatro da corte de Schwerin. Passou os seus últimos anos em Paris e Viena, e teve a alegria de ver as suas óperas levadas a cena em São Petersburgo e Turim. A sua ópera “Martha”, muito popular no século XIX e pela qual é mais conhecido, foi encenada, pela primeira vez, em Viena, no Teatro de Kärntnertor, no dia 25 de Novembro de 1847.


Ária “M’appari”, da ópera “Martha”, de Friedrich von Flotow
Maestro: Anton Guadagno
Tenor: Luciano Pavarotti

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