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Maria Cebotari - Soprano austríaca

por António Filipe, em 10.02.13
No dia 10 de Fevereiro de 1910 nasceu, em Chisinau, na Moldávia, a soprano Maria Cebotari, à qual Herbert von Karajan se referiu como sendo a melhor “Madame Butterfly” que ele jamais dirigiu.

Estudou canto no Conservatório de Chisinau e, em 1929, juntou-se à Companhia de Artes e Teatro de Moscovo, como actriz. Mais tarde foi para Berlim, onde continuou a estudar canto e se estreou como cantora de ópera, no dia 15 de Março de 1931, interpretando o papel de Mimi, na ópera “La Bohème”, de Puccini. Em 1936 integrou o elenco da Ópera Estatal de Berlim, onde se manteve durante 10 anos.
Maria Cebotari actuou nas maiores salas de ópera do mundo, como o Covent Garden de Londres, a Ópera Estatal de Viena e o Teatro La Scala de Milão. Também apareceu em vários filmes relacionados com a ópera. No dia 31 de Março de 1949, Cebotari caiu durante uma actuação em Viena. A 4 de Abril foi operada e os médicos descobriram cancro no fígado e pâncreas. Veio a falecer no dia 9 de Junho de 1949, em Viena.


Ária “Sempre Libera”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Maria Cebotari

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No dia 2 de Dezembro de 1923 nasceu, em Nova Iorque, de ascendência grega, a soprano Maria Callas, a mais célebre cantora de ópera de todos os tempos.

Em 1937 os pais separam-se e Maria viaja para a terra dos avós, a Grécia, à procura da subsistência. E é em Atenas que faz o Conservatório e virá a estrear-se como profissional, em Janeiro de 1941. A ópera tinha acolhido uma voz que viria a revolucionar as regras de interpretar o canto e deslumbrar o público.
Dona de uma voz de extensão incomparável, Maria Callas mostrou, em praticamente uma década apenas, que podia interpretar todos os papéis e em todos os estilos do canto. Levou ao nível da perfeição a arte de alterar a “cor” da voz para exprimir as emoções dos personagens e transformou a arte de cantar na magia de pôr em cena a personalidade e a psicologia dos personagens… tudo com a modulação da voz.
Os anos 60 foram épicos e trágicos. A personalidade bipolar fê-la variar entre o conflito aberto e a adoração dos maestros, entre as paixões tórridas de milionários e divórcios litigiosos, entre a apoteose e o colapso nos palcos, entre a paz com a sua rival Renata Tebaldi e o conflito físico entre os fãs de ambas. Em 1965 decidiu parar de cantar e despediu-se dos palcos.
Uma década mais tarde, em 1974, voltou ao grande público, numa digressão mundial com o tenor Giuseppe di Stefano. Mas a voz e a chama não eram o mesmo. O mito parecia ter-se desfeito. Mas a História encarregou-se de o restaurar. Desde que faleceu, no dia 16 de Setembro de 1977, em Paris, é cada vez mais reconhecida como a diva de todas as divas, a incomparável, a divina Callas.
Fica aqui um excerto da ópera "La Traviata", de Verdi, encenada, em 1958, no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa.


Excerto da ópera "La Traviata", de Verdi
Soprano: Maria Callas
Tenor: Alfredo Kraus
Barítono: Mario Sereni
Soprano: Maria Cristina de Castro
Barítono: Álvaro Malta
Orquestra Sinfónica Nacional
Coro do TNSC
Maestro: Franco Ghione

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Angela Gheorghiu – Soprano romena

por António Filipe, em 07.09.12

No dia 7 de Setembro de 1965 nasceu, em Adjud, na Roménia, a soprano Angela Gheorghiu, filha de um condutor de comboio que demonstrava interesse por música clássica. Desde muito jovem, começou a interessar-se por música, ao ver os programas de televisão apresentados por Leonard Bernstein.
Aos 14 anos, entrou para o Liceu George Enescu, em Bucareste, para aperfeiçoar os seus talentos. Tentou frequentar aulas de canto clássico, mas só eram admitidos alunos a partir dos 16 anos. Assim, Gheorghiu teve de estudar durante dois anos em aulas de música popular.
Depois desse período, ingressou na Academia de Música da capital, onde se graduou aos 23 anos. A sua estreia profissional teve lugar em 1990, como Mimi, na ópera La Bohème, de Puccini. Após a queda do regime de Nicolae Ceausescu, Gheorghiu pôde desenvolver a sua carreira internacional, aparecendo em concertos televisivos em Amsterdão e fazendo audições no Covent Garden, onde foi convidada a interpretar La Bohème. A soprano, porém, recusou, preferindo algo mais simples, e assim interpretou, em 1992, o papel de Zerlina, na ópera Don Giovanni, de Mozart. Seguiram-se participações na Ópera do Estado de Viena, em 1992, e no Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1993
Em 1994, fez audições com Georg Solti para uma nova produção de La Traviata, de Verdi. Supõe-se que, após ouvi-la, o maestro disse: “Caí em lágrimas. Tive que sair dali. A rapariga é maravilhosa. Pode fazer qualquer coisa!” De facto, do dia para noite, a sua primeira Violetta catapultou Gheorghiu para a fama.
Angela Gheorghiu casou-se, ainda estudante, com o engenheiro hidráulico Andre Gheorghiu, que vinha de uma família de longa tradição musical. Mas, em 1996, divorciou-se e casou com o tenor francês Roberto Alagna. Desde então, os dois formam um dos mais famosos casais da ópera, cantando diversas vezes juntos, tanto nos palcos como em estúdios.
É conhecida pelas suas exigências e pela resistência contra produções que modernizam a acção ou o enredo de óperas e envolveu-se numa série de escândalos, devido a cancelamentos e desentendimentos em produções em que participava. Em 2003, abandonou uma produção de La Traviata, em Madrid, por discordar da interpretação, que considerava "vulgar". Em 2007, foi demitida da Lyric Opera of Chicago, por faltar aos ensaios, enquanto viajava para Nova Iorque.
Sobre o seu comportamento exigente, Angela Gheorghiu disse numa entrevista:
“Porque cresci num país onde não havia nenhuma possibilidade de ter opinião, tornei-me mais forte agora. Muitos cantores têm medo de não serem convidados novamente para uma casa de ópera se se impuserem. Mas eu tenho a coragem de ser, de certa forma, revolucionária. Quero lutar pela ópera, pois ela deve ser levada a sério. Música ligeira é para o corpo, mas a ópera é para a alma.”


Ária “Sempre libera”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Soprano: Angela Gheorghiu
Orquestra do Teatro alla Scala de Milão
Maestro: Lorin Maazel

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No dia 23 de Março de 1933 nasceu, em Birmingham, na Inglaterra, o barítono Norman Bailey.
Depois da 2ª guerra mundial, emigrou para a África do Sul, com os pais. O seu talento foi reconhecido quando estudava na Universidade de Rhodes, em Grahamstown. Mais tarde, estudou canto em Viena de Áustria. O início da sua carreira foi passado na Áustria e na Alemanha, mas, depois, fixou-se na Inglaterra. Norman Bailey é mais conhecido pelas suas interpretações em óperas de Wagner.
As suas actuações no Metropolitan Opera de Nova Iorque originaram excelentes críticas e grande aceitação por parte do público. Também actuou na Royal Opera House, Covent Garden, em Londres e em muitas outras salas de ópera mundiais. A sua estreia na sala de ópera Glyndebourne, na Inglaterra, realizou-se aos 65 anos e celebrou o 75º aniversário interpretando o papel de Sarastro, na ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart, na cidade americana de Rexburg, no Idaho.
Em 1977 foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico.


Ária “Di provenza il mar il suol”, da ópera “La Traviata”, de Verdi
Barítono: Norman Bailey

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