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No dia 18 de Junho de 1942 nasceu em Liverpool, na Inglaterra, o cantor, guitarrista, pianista e compositor Paul McCartney. Nasceu no Hospital de Liverpool, onde, alguns anos antes, a sua mãe tinha trabalhado como enfermeira na maternidade. Aos onze anos, Paul matriculou-se no Instituto de Liverpool. Foi no autocarro, a caminho da escola, que conheceu George Harrison. Aos 14 anos, perdeu a mãe. O pai era vendedor de algodão, mas tocava trompete e piano e teve uma banda de dança de salão nos anos 20. Após a morte da mulher, começou a incentivar o filho a interessar-se pela música, comprando-lhe um trompete. Mas Paul não se mostrou muito interessado. O seu interesse pela música só começou quando o “skiffle”, um tipo de música folk com influência de jazz, blues e country, se tornou popular na Inglaterra.
Em 1957, então com quinze anos, conheceu John Lennon, ao assistir ao espectáculo de uma banda chamada Quarrymen, num subúrbio de Liverpool. No início, a tia de John não concordou com a amizade dos dois porque era oriundo da classe operária. Ao ver uma actuação de McCartney, Lennon convidou-o para fazer parte da banda e, em 1958, McCartney convenceu Lennon a aceitar George Harrison na banda. Os Quarrymen mudaram de nome várias vezes, até que adoptaram o nome… The Beatles.
Em 1966, os Beatles, no auge da fama, pararam de fazer espectáculos ao vivo. No mesmo ano, Paul McCartney desenvolveu um projecto musical a solo, em que compôs a banda sonora de um filme, pelo qual ganhou o prémio de melhor tema instrumental. No dia 10 de Abril de 1970, McCartney anunciou publicamente o fim dos Beatles, em entrevista colectiva, e anunciou o lançamento de seu primeiro álbum a solo. Embora eles já não quisessem continuar juntos, a entrevista antecipada de Paul, sem o consentimento dos outros membros do grupo, gerou mágoas a ponto de ser acusado de traidor.
Tal como os outros três membros dos Beatles, McCartney foi agraciado, em 1966, como Membro do Império Britânico. Porém, é o único membro do grupo a ostentar o título de "Sir", honra que lhe foi concedida pela Rainha, em 1997.
No dia 2 de Junho de 2010, o presidente americano Barack Obama prestou-lhe homenagem, numa solenidade na Casa Branca, em Washington, pela sua contribuição para a música e canção popular. No dia 9 de Fevereiro de 2012, foi-lhe atribuída uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood, sendo o último ex-Beatle a receber esta homenagem.
Paul McCartney desenvolveu outros interesses fora do rock. Em 1991, lançou o seu primeiro álbum de música clássica, a oratória Liverpool. Em 1997, lançou o seu segundo álbum clássico. Em 2006 foi a vez do lançamento de Ecce Cor Meum, uma peça de música coral, que inclui um coro de crianças.

Excerto da oratória “Liverpool”, de Paul McCartney
Soprano: Kiri Te Kanawa
Tenor: Jerry Hadley
Mezzo-soprano: Sally Burgess
Coro e Orquestra Filarmónica Real de Liverpool
Maestro: Carl Davis

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publicado às 00:01

No dia 1 de Abril de 1873 nasceu, em Semyonovo, perto de Novgorod, no noroeste da Rússia, o compositor, pianista e maestro Sergei Rachmaninoff. Os pais eram ambos pianistas amadores e teve as primeiras lições de piano com a mãe, mas ninguém lhe notou nenhum talento extraordinário. Por causa de problemas financeiros, a família mudou-se para São Petersburgo, onde Rachmaninov estudou no Conservatório da cidade antes de ir para Moscovo estudar piano, harmonia e contraponto. Além de compositor, é considerado um dos pianistas mais influentes do Século XX. Os seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários e as suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado.
A reputação de Rachmaninoff como compositor tem gerado alguma controvérsia. A edição de 1954 do Dicionário de Música e Músicos da Grove desprezou a sua música como "monótona em textura... consistindo principalmente de melodias artificiais e feias" e previu o seu sucesso como "não duradouro". A isto, Harold Schonberg no seu livro “Vidas dos Grandes Compositores”, respondeu, "é uma das colocações mais vergonhosamente snobes e mesmo estúpidas a ser encontrada num trabalho que se propõe ser uma referência objectiva". De facto, não apenas os trabalhos de Rachmaninoff se tornaram parte do repertório padrão, mas a sua popularidade, tanto entre músicos como entre ouvintes, tem vindo, no mínimo, a crescer desde a segunda metade do séc. XX.
Em 1904, depois de várias apresentações como maestro, Rachmaninov desempenhou o cargo de maestro do Teatro Bolshoi. Em 1906, foi para a Itália, onde se manteve até Julho. Passou os três invernos seguintes em Dresden, na Alemanha, trabalhando intensivamente como compositor. Em 1909, fez as primeiras apresentações nos Estados Unidos como pianista, um evento para o qual compôs o Concerto para Piano nº 3. Estas apresentações bem-sucedidas fizeram dele uma figura popular na América.
Após a Revolução Russa de 1917, juntamente com a mulher e duas filhas, deixou S. Petersburgo e foi para Estocolmo. Nunca mais regressariam a casa. Rachmaninov estabeleceu-se na Dinamarca e passou um ano a dar concertos pela Escandinávia. Saiu de Oslo para Nova Iorque, no dia 1 de Novembro de 1918, o que marcou o início do período americano da vida do compositor. Após ter deixado a Rússia, a sua música foi banida na União Soviética por muitos anos.
Rachmaninov e a sua mulher tornaram-se cidadãos americanos no dia 1 de Fevereiro de 1943. Deu o seu último recital a 17 de Fevereiro desse ano, no Alumni Gymnasium, da Universidade de Tennessee, em Knoxville, profeticamente interpretando a Sonata nº 2 em si bemol menor, de Chopin, que inclui a famosa marcha fúnebre. Uma estátua comemorativa do seu último concerto existe no Parque da Feira Mundial, em Knoxville.
Rachmaninov morreu no dia 28 de Março de 1943, em Beverly Hills, na Califórnia, apenas alguns dias antes de seu 70º aniversário. Nas horas finais da sua vida, insistia que estava a ouvir música a tocar algures por perto. Depois de ser repetidamente assegurado de que não era o caso, declarou: "Então a música está na minha cabeça".


"Vocalise", op. 34, nº 14, de Rachmaninoff
Soparano: Kiri Te Kanawa
Orquestra da Royal Opera House, Covent Garden
Maestro: Stephen Barlow

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publicado às 02:23


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