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A China cerca a Europa - The Guardian londres - Timothhy Gastor Ash : Não há muito tempo, a visita de um primeiro-ministro chinês seria sinónimo de protestos e debates sobre os direitos do Homem e a repressão no Tibete”, escreve o El País. No entanto, acrescenta o diário espanhol, “agora, a presença de Wen Jianao na Hungria, no Reino Unido e na Alemanha é vista apenas sob o prima da importância do gigante asiático para a economia europeia. E o convidado tomou mesmo a liberdade de prevenir o seu anfitrião sobre os riscos de querer impor, pelas armas, a paz na Líbia. Previdentes, na véspera da visita, os chineses libertaram alguns dissidentes, entre os quais o artista Ai Weiwei”. “Quando Wen Jiabao visitou o reino Unido pela primeira vez, em 2009, um jovem atirou-lhe um sapato durante uma conferência na Universidade de Cambridge. Hoje, dois anos e uma crise depois, Wen prometeu, em Budapeste, que a China não deixará cair a Europa, visitou uma fábrica de automóveis chineses em Birmingham como se estivesse em casa e a 28 de junho discutirá com Angela Merkel as vicissitudes do euro. Tudo isto recheado com milhares de milhões de euros de contratos.”
O facto de Pequim ter comprado títulos de dívida pública dos países em dificuldades da zona euro, como a Espanha, a Irlanda, Portugal e Grécia, tal como a sua sede de tecnologia, desperta a simpatia e o sentido de negócio da Europa, acrescenta o El País. Por isso, conclui, “[a Europa] está encantada por poder ajudar [a China]. Mesmo que tenha de tapar o nariz e virar as costas sempre que for necessário. A isto se chama pragmatismo, e o pragmatismo sempre existiu”.
Investimento Angolano, diga-se do Estado Angolano, porque o investimento privado vai continuar. Diz-se que se trata do contra ataque angolano por haver alguma preocupação nos meios políticos e empresariais nacionais em relação ao nível de investimento angolano no nosso país. É bem verdade que "não se deve por todos os ovos no mesmo cesto" e isso é verdade para quem investe e para quem recebe o investimento. E quanto ao investimento Português em Angola?
Não tem o valor nem o poder que o investimento angolano já conseguiu entre nós. Os Angolanos sempre colocaram condições "leoninas" ao nosso investimento como seja o dever da parceria obrigatória angolana.
As privatizações vão ser prejudicadas com este aparente recuo? Não faltarão interessados à TAP, à ANA, às Aguas de Portugal. E até investidores que além do dinheiro trarão aporte técnico e de gestão. A economia global não se condiciona com azedumes, venham de onde vierem!
Isabel dos Santos reforçou esta semana as suas posições accionistas na ZON e no BPI investindo 90 milhões de euros.
As actividades da Banca, telecomunicações, energia, petróleo e media são o destino dos investimentos de muitos políticos e empresas angolanas. O nível desses investimentos e o poder accionista gerado começam a causar preocupações em amplos sectores da vida económica e politica nacionais.
Num país como Angola onde está tudo por fazer o que leva estes quadros, na sua maioria portugueses de formação, a investir no nosso país em vez de o fazerem no seu país? Com o crescimento da economia no seu país a dois dígitos até parece que o retorno seria mais rápido.
Haverá uma explicação política? No fim da sua vida política, esta geração vê em Portugal o seu refúgio e das suas famílias ? A segurança do investimento é muito maior num país europeu, democrático e estável?
É de todo necessário baixar a carga fiscal, sem o que não atraímos investimento e empresas estrangeiras. Internacionalizar a economia, fazer crescer a exportação que agora anda pelos 30% do PIB mas que é necessário que chegue aos 60%.
No entanto, em resposta ao líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, o primeiro-ministro admitiu: "Estamos com a maior carga fiscal de que há memória em Portugal. O nível é insustentável. Por isso, é imperativo cumprir os objetivos". "Em termos europeus, não temos um quadro de harmonização fiscal, estamos naquela fase em que percebemos que não é possível sustentar uma mesma moeda sem resolver os problemas de competitividade das diversas economias. Temos de fazer essa correção", afirmou Pedro Passos Coelho perante uma plateia que incluía diversas figuras da economia nacional, desde o presidente do BCP, Nuno Amado, ao presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo.
Do tempo de Basílio Horta à frente da AICEP do que me lembro são um número inusitado de PIN que deram em campos de golfe e um barracão da IKEA em Lousada. Na área industrial nem um. Mas não perde tempo em reivindicar como seu tudo o que este governo anuncia de investimento estrangeiro. Mesmo que fosse verdade fica-lhe mal. Primeiro porque era a sua função; segundo porque esteve tanto tempo à frente da agência que bastava ter a porta aberta para lhe cair lá umas hipóteses de projectos; terceiro é muito difícil que projectos onde se investem uns milhões não tenham percorrido um longo caminho.
Se Basílio continuar a chamar a atenção para o seu excelso trabalho daqui a dez anos ainda vai continuar a dizer que "a fabrica da curvatura das bananas" ainda foi do tempo dele.
Estar à frente da AICEP é como estar à frente dum hospital : mais tarde ou mais cedo aparecem clientes.
Pouco a pouco o dinheiro angolano vai dominando empresas e sectores económicos em Portugal. Desde a banca, à comunicação social, aos sectores agrícolas do azeite e do vinho, os angolanos sabem que têm no seu próprio país um mercado seguro e a crescer. Investimentos sem risco dominando o mercado produtivo e o mercado consumidor.
O vinho e o azeite são produtos com uma grande procura e que atingem preços exorbitantes em Luanda. Por essa razão, alguns angolanos decidiram comprar quintas produtoras, em Portugal, e, deste modo, controlar todo o processo de um negócio garantido", diz um empresário de import-export.
O caso mais emblemático da estratégia angolana para Portugal é o BCP. Não foi muito difícil para a Sonangol comprar, em 2008, assim que estoirou a crise, 469 milhões de ações do banco, correspondentes a 9,99% do capital. No final do ano passado, a posição da petrolífera era de 12,44 por cento. Já na condição de maior acionista, tomou as rédeas da instituição bancária e substituiu a estrutura administrativa.
E nós enviamos para lá os nossos quadros jovens que custaram ao estado português bom dinheiro.
Se os mercados funcionassem como deve ser, isto é, procurando o bem da Humanidade, este projecto teria uma forte prioridade. Mas como, apesar dos resultados em teste terem confirmado a capacidade de cura, é ainda preciso entrar na fase seguinte que é a produção industrial e isso exige investimento...
Comparado com os custos daqueles estádios de futebol que não servem para nada é uma gota de água, mas a verdade é que os jovens investigadores até oferecem em troca uma parte da empresa que criaram para atrair o dinheiro necessário.
"Se se provar que há um benefício, a European Medicins Agency (EMA) concede autorização de comercialização no espaço europeu e depois é possível pedir o equivalente nos Estados Unidos. Feitas as contas, a Cell2B procura alguém que invista oito milhões de euros no ensaio. "Em troca vendemos uma percentagem da empresa. Quando esta tiver receitas ou for vendida, o valor é dividido pelos accionistas", explica Daniela, apesar de aberta a outras possibilidades de financiamento."
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