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O BE já aceita o encerramento da MAC

por Luis Moreira, em 29.04.12

A mulher de Louçã é médica na MAC (Maternidade Alfredo da Costa) e isso ajudou a que o BE percebesse que estava a jogar uma carta furada. Agora já aceita que a MAC encerre desde que o Hospital de Todos-os-Santos esteja construído. Fecham-se os seis hospitais centrais de Lisboa com enormes vantagens financeiras e de qualidade para o doente.

Aquelas manifestações do "abraço humano" ao edifício não passaram do habitual "não" a tudo o que mexe.

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publicado às 10:00


No SNS ninguém faz contas

por Luis Moreira, em 20.04.12

Na Comissão de Saúde na Assembleia da República discutiu-se a construção do Hospital de Todos-os-Santos. Em junho saberemos se sim ou não se vai construir. A construir-se muda tudo, evidentemente, mas acham vocês que isto travou obras de ampliação e requalificação? Diz o Presidente da ARSLVT :

Que é natural que as equipas da Maternidade Alfredo da Costa serão repartidas pelos hospitais de Santa Maria, S. Francisco Xavier e Garcia de Orta. Isto porque com a abertura do hospital de Loures, Santa Maria corre o risco de perder a maternidade. São Francisco Xavier fez um investimento de 48 milhões de euros na criação de um serviço materno-infantil e está com uma ocupação de 50% ; e o Garcia de Orta está a contratar serviços externos de obstetrícia.

Entretanto gasta-se um milhão para arranjar um edificio já sem condições (MAC). Perceberam o planeamento  e o rigor ? O desperdício é aos milhões !

Não planear e organizar,  serve a todos menos a quem paga a factura!

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publicado às 09:00

Primeiro era preciso parar com a destruição do SNS, agora é preciso parar com a reestruturação. O que é preciso é que nada mude, pisar o que mexe.

Esta reestruturação da carta hospitalar há muito que obtém o consenso de quem sabe o que se passa no terreno. Nunca ouvi ou li alguém que esteja ligado ao SNS que não concorde com o que se está a fazer em Lisboa e em Coimbra. Podem discutir o ritmo da reestruturação, antes ou depois do Hospital de Todos-os Santos, mas todos são unânimes em dizer que manter hospitais velhos de um século custa muito dinheiro.

Nos últimos cinquenta anos o desenvolvimento da tecnologia na área da saúde foi superior a tudo o que até aí se conhecia. Claro, que esta revolução exige condições em instalações e saberes nunca antes sentidas. O número de camas necessárias desceu de uma forma dramática,  sendo hoje que a estratégia é fazer o maior número de actos médicos no sistema de ambulatório. As mil e muitas camas existentes nos hospitais centrais de Lisboa serão substituídas por menos de metade no novo hospital.

Somos um povo conservador avesso ao risco, à mudança, sempre pronto para a "festa" embora já todos nos apercebemos que as verdades eternas nos levam para o lamaçal onde (alguns) gostamos de viver.

Claro que nos países que vão à nossa frente em tudo a reestruturação hospitalar já foi feita há vinte anos. Estamos sempre a dar lições ao mundo e orgulhosamente sós!

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publicado às 13:19


O que se discute na MAC é quando encerra

por Luis Moreira, em 14.04.12

O que se discute não é já o encerramento da MAC é quando encerra. Todas as entidades ligadas à saude estão de acordo com o encerramento dos cinco hospitais Centrais de Lisboa, incluindo a MAC e serem substituídos pelo novo Hospital de Todos-os-Santos. ganha-se em qualidade, segurança e poupam-se muitos milhões.

É preciso não esquecer que os velhos hospitais há muito que estão ultrapassados. No século anterior a filosofia era que as maternidades constituíam uma instituição monovalente, o que está completamente ultrapassado. Também em Coimbra as duas maternidades vão ser incluídas nos HUC.

"..Além disso, acrescentou, “há a indefinição em relação ao novo hospital de Todos os Santos”, que o PS considera “fundamental para a reorganização dos serviços de saúde na área de Lisboa”.
António Serrano explicou que foi decidido em 2005 que após a construção do novo hospital de Lisboa, o Todos os Santos, “poderiam então ser encerradas seis unidades hospitalares em Lisboa e, nessa altura, também fechada a Maternidade Alfredo da Costa, porque permitia que para esse hospital fossem transferidas todas as equipas qualificadas”.
“O Partido Socialista concorda com uma transferência dos serviços da Maternidade Alfredo da Costa, mas é para um novo hospital. Em Lisboa não há nenhuma unidade hospitalar [neste momento] que possa albergar aqueles serviços. Se for feito como se fala, isso significa e implica um desmantelamento das equipas” da maternidade, acrescentou.
Assim, com estas audições, o PS quer também saber se o Governo “quer ou não quer avançar com o novo hospital, se quer ou não quer encerrar as várias unidades”, quando e em que circunstâncias.

Como se vê o que se discute é quando e em que circunstâncias a MAC vai encerrar.

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publicado às 12:44

..."Assim, 70% dos partos correspondentes a pessoas que indicaram viver no concelho de Loures ocorreram na Maternidade Alfredo da Costa, 19% no Hospital de Santa Maria, 5,4% no Hospital de São José, 2,1% no Hospital S. Francisco Xavier e 2,4% em outros 9 hospitais diversos.

Olhando apenas para os 4 hospitais mais relevantes, o quadro tem a informação sobre o número absoluto de partos nesse hospital (qualquer que seja a origem geográfica), o número de partos no hospital que tem como origem  geográfica o hospital de Loures e a diferença, que será uma previsão (tosca) do número de partos caso todos os partos com origem no concelho de Loures se desloquem para o novo hospital. O número para o total de partos na Maternidade Alfredo da Costa não é exactamente o mesmo referido em notícias na imprensa, tendo como fonte uma médica da Maternidade, mas é suficientemente próximo para se estar dentro das magnitudes relevantes.


  Total de partos vindos do concelho de Loures Total de partos no hospital Total de partos s/ Loures
Hospital de São José 168 2008 1840
Maternidade Dr. Alfredo da Costa 2172 5304 3132
Hospital de São Francisco Xavier 65 2861 2796
Hospita de Santa Maria 592 2622 2030


(nota: números referentes a 2010)

Sobre estes números,  o Hospital de Santa Maria parece sofrer pouco, já a MAC é quem perde mais, e podia absorver todos os partos que restam no Hospital de  Santa maria, ou os do Hospital S. José.

A questão é saber se é melhor deslocar os cerca  de 3132 partos que se podem prever para a Maternidade Alfredo da Costa nos outros hospitais, nomeadamente H. Santa Maria e H. São José ou fechar a maternidade numa destas unidades e passar todos os partos referentes a ela para a Maternidade Alfredo da Costa.

O principal contra desta solução é como ambos o H de S. José e o H. de Santa Maria têm ensino universitário de Medicina, não faz muito sentido encerrar as maternidades dessas unidades.

Assim, a alternativa mais lógica fica a ser fechar a maternidade do H. S. Francisco Xavier, direccionando a respectiva actividade de partos para o H. de S. José e para a Maternidade Alfredo da Costa, mas isso fará pouco sentido também dada a população servida pelo H. S. Francisco Xavier...."

PS: com os devidos agradecimento ao "estado vigil" e ao Prof  Pedro Pitta Barros

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publicado às 21:45

A carta hospitalar de Lisboa é constituída por vários hospitais centenários instalados no Centro de Lisboa sem condições para fornecer um serviço digno e cuja manutenção custa muitos milhões todos os anos. Em contrapartida foram-se construindo vários hospitais modernos na periferia da cidade. S. Francisco Xavier, Garcia da Horta, Amadora-Sintra, Loures, Cascais...

Disto resultou um desequilíbrio de oferta excessivamento dispendioso que é necessário repor. Insere-se nesta equação o fecho de vários hospitais centrais e a

integração dos serviços da Maternidade Alfredo da Costa e, possivelmente, D. Estefânia e Curry Cabral no Hospital Santa Maria ou no novo hospital de Todos-os-Santos..

Basicamente trata-se de trocar hospitais velhos e ineficazes por um hospital novo e integrar serviços monovalentes em hospitais multivalentes. Com estas medidas poupam-se muito milhões de euros e melhora-se a qualidade dos serviços prestados.

O mesmo se diga para Coimbra onde se prepara o fecho de velhos hospitais e cujos serviços serão integrados nos novos hospitais.

Trata-se de reformar tendo como objectivo melhorar a qualidade dos serviços e poupar nas ineficiências. No Serviço Nacional de Saúde, volto sempre a Correia de Campos, que teve razão antes do tempo. Iniciou um movimento reformista que vai ter continuação e que, pese a contestação de quem diz "não" a tudo, será concretizado.

Só assim se defende o Serviço Nacional de Saúde.

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publicado às 16:00

É uma instituição reputada. Ali nasceram grande parte dos Lisboetas e tem prestado relevantes serviços à saúde e aos doentes. Todos vimos o seu fecho com angústia. Mas vamos aos factos sem emoções.

Na área de Lisboa a capacidade em instalações e equipamentos instalados na especialidade é superior em 8 000 partos aos realmente necessários. Há razões demográficas que explicam este facto mas também razões de desperdício que veem de tempos de vacas gordas em que se construía sem planear. No Centro de Lisboa ( os chamados Hospitais Centrais) funcionam pertíssimo uns dos outros com as mesmas valências num desperdício de meios insuportável. O seu estado de conservação leva ao investimento de milhões de euros todos os anos sem proveito assinalável. É preciso que todos fechem e sejam substituídos por uma instituição moderna. O Hospital de Todos -os-Santos. Até lá é preciso tomar medidas graduais dolorosas mas absolutamente inevitáveis.

 

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publicado às 15:12

Hoje no Prós & Contras tivemos a discussão sobre a reforma em curso no SNS. Estiveram presentes governantes, médicos, directores hospitalares, administradores e autarcas. Percebeu-se que há muito trabalho feito e muitos consensos. Foram estes mesmos homens e mulheres ( alguns deles) que há cinco anos atrás atacaram impiedosamente um governante que teve a desgraça de ter razão antes do tempo. Refiro-me a Correia de Campos.

Fechou e concentrou serviços, racionalizou a oferta, no caminho certo, mas infelizmente a demagogia é muita e Correia de Campos teve que ceder.

Agora temos o país já partilhado por "Centros Hospitalares " cada um deles aglutinando vários hospitais da mesma zona, concentrando,  fechando, racionalizando serviços até agora dispersos com desperdícios insustentáveis e menor qualidade oferecida ao doente.

Claro que Portugal tem hospitais a mais, uns ao pé dos outros, com instalações e equipamentos em subaproveitamento. Os blocos operatórios estão a trabalhar com uma ocupação de 47%, pese as filas de espera de muitos meses com doentes a sofrer..

Urgências que estão a ser fechadas e os doentes a serem reencaminhados para onde existe efectiva capacidade de resposta. Maternidades a serem concentradas tendo em vista que só em Lisboa a capacidade instalada é superior em 8 000 partos ao realmente necessário.

Trabalha-se na concentração das compras dos medicamentos e na política de preços, com enormes ganhos num sector onde até agora não houve coragem para mexer, face à força dos interesses instalados. É assim que se salva o SNS, contrariamente aos que dizem que está a ser destruído.

Só em Lisboa, Coimbra e Porto é possível, com melhoria da qualidade da oferta e ganhos para o doente, racionalizar custos de muitos milhões.

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publicado às 11:00

A interpretação de um gráfico é sempre bastante subjectiva. Neste quadro o Movimento para Defesa do SNS vê que os cidadãos recorrem menos às urgências. Claro que as Taxas Moderadoras  é para isso que servem, para refrear as chamadas falsas urgências que chegaram a atingir cerca de 60% do total. O Protocolo de Manchester ( prévia análise da gravidade dos casos) ajudou muito a descongestionar as urgências e a dar prioridade aos casos mais graves.
No entanto, não devemos esquecer que para uma pessoa que recorre às urgências, mesmo por uma simples constipação, o seu caso é sempre o mais grave de todos, resultado da ansiedade de quem se sente menos confortável do que habitualmente. Essa ansiedade é que é muito dificil de gerir.
Uma hipótese que me parece adequada seria isentar as pessoas que não têm um rendimento mínimo ( julgo que é o que se está a fazer), acima desse nível todos pagam Taxa Moderadora  proporcionalmente ao rendimento .
A isto acrescentava dois pressupostos óbvios mas importantes : ninguém ficará sem tratamento por razões financeiras ( ou por outra razão qualquer) e os titulares de Apólices de Seguro de Saúde activavam a sua apólice no SNS da mesma forma como activam quando recorrem a um hospital privado. Não podemos esquecer que são as Companhias de Seguro que saem beneficiadas, não são os doentes!

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publicado às 19:00

Se um de nós tiver uma maleita e for a um hospital e se essa maleita não for grave, podendo ser tratada num centro de saúde, estamos a falar em termos de custos de :

Hospital: investimento inicial : 15 milhões de euros : 200 camas - cerca de 1 000 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários

Centro de saúde : investimento inicial : 1,5 milhões de euros - cerca de 20/30 pessoas entre médicos, enfermeiros e funcionários

No primeiro caso, no hospital, como se vê comparando os custos em presença, o custo/hora dedicado a um doente no hospital é cerca de dez vezes superior ao custo/hora no Centro de saúde.

Assim, completando a rede de cuidados primários que cuida dos doentes sem problemas graves, filtrando para os hospitais os doentes mais graves e que precisam mesmo de cuidados mais especializados, poupar-se-iam 10% dos custos totais em saúde ( excluindo o custo dos medicamentos).

Ficamos a saber há poucos dias que o potencial de redução de custos nos hospitais é de 900 milhões de euros e que nos Centros de saúde é de 804 milhões de euros ( 1 704 milhões).

Se a isto juntarmos a Central de Compras e a expansão dos medicamentos genéricos, que pode ir até aos 50% na redução dos custos, temos uma reforma e uma poupança verdadeiramente notáveis. É com estas medidas e políticas que podemos salvar o Serviço Nacional de Saúde. Não é com o imobilismo e as frases feitas de "destruição do SNS" que fazemos o que é preciso fazer!

Correia de Campos foi cilindrado por defender e tentar implementar políticas como esta que em termos simples aqui deixo!

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publicado às 12:48

 Enfim começam a ver a luz do dia os estudos que confirmam o que há muito se sabia. Há um enorme potencial de redução de custos na saúde que décadas de "circuito fechado" pelos interesses instalados sempre obviou à sua publicação.

"Uma análise ao mercado hospitalar revelou que os custos em excesso nos hospitais rondam os 804 milhões de euros e devem-se sobretudo aos internamentos, avança a agência Lusa." Em termos de despesas correntes em saúde, o peso dos hospitais é “considerável”, absorvendo metade dos custos totais (em 2010), sendo que destes, 59% dizem respeito aos custos com o internamento (em 2008).

O estudo aponta que “os cerca de 804 milhões de custos em excesso representam cerca de 34% dos custos do internamento hospitalar, cerca de 21% do total dos custos hospitalares e cerca de 10% dos custos do SNS”.

Para a avaliação da eficiência e dos custos, os investigadores identificaram quatro “áreas passíveis de melhoria”: complicações dos cuidados, readmissões, adequação dos cuidados e a prática de cesarianas."

E quanto aos Centros de saúde?

Uma análise aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) apurou que estes gastam de forma diferente com pessoal, medicamentos e exames e que há custos potencialmente evitáveis que podem atingir os 900 milhões de euros, avança a agência Lusa. "

Como diz o outro é só fazer as contas ao desperdício : 804 milhões + 900 milhões = 1 704 milhões! Vamos admitir que os nossos políticos, gestores da saúde, médicos e outros profissionais estão mesmo interessados em meter as mãos ao trabalho e que conseguem metade daquele número. Mesmo assim, poupava-se 852 milhões de euros!

O desperdício pode matar o Serviço Nacional de Saúde!

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publicado às 19:57


Morreu de parto a defensora do parto em casa

por Luis Moreira, em 01.02.12

O parto normalmente corre bem. Se correr bem pode tê-lo em casa mas se corre mal é um problema que pode ser fatal para mãe e filho. Quantas crianças com problemas físicos e mentais por não terem tido ajuda hospitalar?

Esta tragédia vem repor a verdade na ainda recente discussão das maternidades. Se as coisas correrem mal a parturiente tem que ir mesmo para um hospital certo, não para o mais perto , onde encontre todas as condições necessárias à situação. E, essas condições, não podem existir em todos os hospitais e centros de saúde.

Correia de Campos tinha toda a razão na política a que meteu mãos mas, como acontece quase sempre em Portugal, foi cilindrado pelos conservadores, à esquerda e à direita, que adoram a paz dos cemitérios. Era este problema que o movia e bem!

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publicado às 19:00


A bomba - relógio do SNS - 2

por Luis Moreira, em 31.01.12

Contrariando opiniões publicadas recentemente na imprensa nacional, existem dezenas de estudos internacionais que demonstram a mais valia dos processos de gestão que fomentam agrupamentos hospitalares como fusão e partilha de recursos. Como reflexo deste tipo de reflexão nem o sector privado escapará. Aproximam-se mais falências de grupos privados portugueses na saúde,a que se seguirão processos urgentes de fusões e aquisições.

Fomentemos o debate em busca de soluções no melhor interesse nacional. A despesa hospitalar não é controlável mantendo o mesmo modelo, níveis e tipologia de oferta. A despesa com os medicamentos não é controlável sem medidas intersectoriais que incluam parcerias com os agentes nacionais de produção e distribuição.

Mais eficiência para o sistema de saúde depende de flexibilidade e autonomia das unidades na adaptação à realidade local ou a nichos de mercado.

PS: Paulo Moreira no Público

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publicado às 17:00


Novo Hospital de Loures centrado no doente

por Luis Moreira, em 19.01.12

Uma das razões mais importantes que resultam da concorrência nas organizações, sejam hospitais, escolas ou empresas é  a concretização no terreno de novos modelos de gestão mais eficazes. Neste hospital, hoje inaugurado, o modelo de gestão centra-se no doente, quer dizer, o doente tem um responsável médico que centraliza todas as informações e que é responsável pela terapia desde a medicamentosa ao chamamento das valências médicas especializadas.

Fogem a este conceito, com serviços próprios apenas a Pediatria ( para que a criança não esteja misturado com adultos) a Psiquiatria, Oncologia e Infecto-Contagiosas ( por razões óbvias), todas a outras especialidades não têm serviço próprio funcionando em "open space". Este modelo permite um acompanhamento personalizado e um rendimento muito maior das instalações, equipamentos e camas instaladas.

Deixa de haver serviços superlotados e, ao mesmo tempo, serviços em subaproveitamento . São duas mais-valias introduzidas de grande importância tanto no que diz respeito aos custos como à qualidade dos serviços prestados. Em circuito fechado, com uma só entidade a intervir no terreno, não há introdução de inovação nem de filosofias de gestão diferentes.

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publicado às 20:00


As urgências na saúde a preço de saldo

por Luis Moreira, em 13.01.12

O Grupo Trofa Saúde lançou uma campanha inédita. Baixar o preço da consulta nas urgências para 30 euros e, desta forma, concorrer com o SNS cujo preço é de 50 euros.

"Estas urgências podem ser low cost, incluindo no seu valor um raio X sem relatório, mas é preciso notar que os restantes exames e outros meios complementares de diagnóstico não têm qualquer desconto.
Estão também excluídas desta campanha promocional todas as pessoas que dêem entrada nos serviços de urgência vítimas de acidentes de trabalho ou de acidentes de viação, esclarece este grupo que tem cinco hospitais no Norte, numa nota à imprensa intitulada "Trofa Saúde associa-se aos portugueses num momento de crise e lança campanha".

Aí está, saldos, promoções, campanhas, tudo porque em Portugal há hospitais a mais, isto é desperdício, enquanto se vão construindo hospitais outros para terem doentes entram em "rebajas".

E não inclui outros exames e especialidades que serão chamados segundo as necessidades! A crise atiça a imaginação!

 

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publicado às 12:00


Subsídios da privada, adeus...

por Luis Moreira, em 09.01.12

O déficite fica em 5,4% do PIB, 0,9% acima do acordado com a Troika. O pagamento aos hospitais para estes pagarem a fornecedores borrou a  escrita. Só há dinheiro para "raspar" nos subsídios de férias e Natal da privada, por isso parece-me bem que a "justiça" vem aí para os que acham que assim é que é. Saca-se a todos!

Os buracos aparecem uns atrás dos outros fruto da incompetência e do deixa andar. Parece que aqueles a quem pagamos para serem gestores nem as dívidas dos hospitais conheciam. É a posição típica de quem sabe que alguém vai pagar por isso marimbam-se nas dívidas e no resto. Ao fim de todo este processo longo, com o acordo entre partidos, com a Troika, com os trabalhos do orçamento os buracos persistem. Ninguém sabe tudo e poucos sabem alguma coisa!

Quando teremos a próxima surpresa?

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publicado às 17:02

Diz a Izabel Vaz que está à frente da gestão do hospital de Loures parceria publico privada. É um hospital de raíz, escolhe as equipas, pessoas motivadas que trabalham, não tem que subsidiar médicos e enfermeiros que não trabalham. Paga melhor e vai gastar rigorosamente o que o Ministro Gaspar inscreveu no Orçamento.

O lucro é o que faz as sociedades andarem para a frente, sem lucro não há novos investimentos e novos postos de trabalho.

"Primeiro ponto: o hospital de Loures é público. Todos os médicos que vêm trabalhar para Loures vêm fazer serviço público. Segundo, nós comprometemo-nos com o Estado a fazer mais barato do que aquilo que o Estado consegue fazer. Não consigo perceber o que as pessoas querem dizer com propostas irrecusáveis. Estamos a pagar aquilo que no nosso país, com o contracto que temos, nos é permitido. Temos uma grande vantagem em relação aos nossos colegas, é que Loures é um hospital de raiz e como tal estamos a escolher as equipas. Ou seja, não tenho que subsidiar médicos, enfermeiros, auxiliares, que não querem trabalhar, e que não contribuem para o sucesso das organizações. Não tenho que conviver com funcionários que não produzem aquilo que deviam produzir, com a qualidade que deviam prestar."

A concorrência é boa, mostra quem tem mérito, apoia quem trabalha e tira da "zona de conforto" quem não cumpre!

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publicado às 12:00


As nomeações das Administrações Hospitalares

por Luis Moreira, em 07.12.11

A organização hospitalar, os seus diversos serviços , a sua exigência deviam ser razões para serem escolhidos os melhores gestores. Os que têm melhor e mais vasta experiência, que são conhecedores das medidas e políticas diversas para enfrentar os problemas mais diversos. Infelizmente,  contam-se pelos dedos gestores nomeados para os hospitais que verifiquem aqueles pressupostos. A que se deve este facto? Ganham menos, estão fora do mundo dos negócios, não dão margem a investimentos nem a internacionalizações que dão  prestígio e dinheiro. E, pior que tudo, se obtiverem bons resultados não há reconhecimento.

O que temos desde sempre são os mesmos rodarem de hospital para hospital, aplicando o que aprenderam e fizeram a primeira vez. Como alguém disse, os gestores dos hospitais, na sua grande maioria têm um ano de experiência a multiplicar por dez, quinze, vinte...

Como todas as organizações, a administração e a sua direcção têm que ter especialistas em Finanças, em Recursos humanos, em Compras e um Presidente com capacidades de gestão global. A estes profissionais deve acrescentar-se quem conhece "o negócio" isto é, quem sabe de gestão hospitalar. Neste enquadramento é possível implementar-se políticas novas, metodologias por objectivos, pela qualidade...

Reduzir a administração de um hospital a pessoas sem experiências diversificadas em vários domínios leva a que , como aconteceu com um gestor que foi nomeado para Presidente do Santa Maria, ter que ser protegido no dia a dia por guarda costas (polícia) por querer implementar um sistema informático de controlo de stoks de medicamentos.... (quem é que levava os medicamentos para casa e os vendia ao desbarato?) 

Ora, quem não controla os stocks dos medicamentos e material diverso, também não controla o resto bem mais complexo.!

As anteriores administrações que nem sequer controlavam os gastos em medicamentos e outros materiais andaram lá a fazer o quê?

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publicado às 17:30


O contrato do Hospital Amadora - Sintra

por Luis Moreira, em 27.11.11

Foi o primeiro contrato para a entrega da gestão de um hospital público à privada. Correu mal. Embora não conhecendo o contrato tudo leva a crer que não havia na ARS capacidade técnica para lidar com esta experiência. São as chamadas "dores de crescimento" que, naturalmente, espero, tenham valido para a execução dos contratos seguintes mais razoáveis e equitativos.

Estão pronunciadas 26 pessoas da então Administração Regional de Saúde de Lisboa. O que é curioso é que quem andou nos jornais foi este vosso amigo que chefiava na altura uma outra Direcção-Geral que construiu o hospital mas nada tinha a ver com tal contrato, nem com o concurso precedente. Nunca fui acusado de coisa nenhuma mas o que é interessante é que depois destes anos todos, constata -se que a acusação jornalística foi feita na altura,( justiça pública) parecia uma telenovela, durante semanas contavam mais um episódio-mentira, sem nunca se aperceberem ( ou sabendo bem demais) que eu nada tinha a ver com o contrato e com o concurso.Em contrapartida, os responsáveis (não estou a dizer se são ou não culpados nada sei sobre o assunto) directos no contrato, no concurso e na sua execução continuam à espera porque caíram na alçada do tribunal de Contas e do Ministério Público. Mas safaram-se dos "justiceiros" da Comunicação Social !

Digam lá se isto não é um episódio de um país do terceiro mundo? Digam lá se a morosidade da Justiça não serve a muitos?

 

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publicado às 19:33


Hospital de Todos os Santos em Lisboa

por Luis Moreira, em 22.11.11

Com o mesmo nome do hospital que existiu na agora Praça da Figueira e que ruiu com o terramoto de 1755, este novo hospital é fundamental para resolver os problemas do mapa hospitalar da zona central da cidade. Irá substituir os hospitais de S. José, Santa Marta, Capuchos, Dona Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Curry Cabral.

A zona do Centro Hospitalar de Lisboa ficará assim constituída pelos hospitais de Santa Maria, Pulido Valente e o de Todos os Santos.

A centralização num só hospital dos cinco que vão fechar terá uma importância fundamental no nível de cuidados prestados, no descongestionamento dos acessos e, na poupança de muitos milhões de euros em manutenção que se gastam nos velhos hospitais.

O número de camas diminuirá de 1600 para 800, o orçamento anual baixará de 498 milhões para 222 milhões de euros. A construção do novo hospital custará 430 milhões o que é menos do que o orçamento de todos os hospitais juntos. Paga-se em dois anos!

Mas não podemos esquecer os hospitais privados que têm sido construídos na cidade (cinco?) e que temos novos hospitais em PPP em Loures e em Cascais para além do Garcia da Horta e o de Amadora-Sintra. Temos ainda em Lisboa o centro hospitalar de Lisboa Ocidental ( Santa Cruz, São Francisco Xavier, Egas Moniz)

Chegam protestos de Faro e do Norte (O velho Hospital de Gaia precisa de ser substituído, bem como o da Póvoa de Varzim.)

Há hospitais a mais no país, mal distribuídos, como sempre sem planeamento e sem visão de longo prazo!

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publicado às 23:00


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