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Esta frase é todo um programa, se atentarmos nas especificidades de quem a profere -- refiro-me à arrogância da senhora -- e nas especificidades da nacionalidade de quem a escarra -- a inditosa arrogância alemã que sempre que pode faz gala em não deixar pedra sobre pedra na Europa onde geograficamente se integra.
"Enquanto for viva". Enquanto ela for viva, portanto. Imagino que a senhora já esteja de planos traçados para se perpetuar no poder. Concedendo no exagero retórico do dito, a verdade é que se há algo que a história nos ensina é que a água passa mesmo duas vezes debaixo das pontes do rio Spree.
Quanto ao integral esplendor do manifesto, espero que faça corar de vergonha os líderes europeus que se têm agachado aos pés desta praga em forma de mulher. Ela quer, ela sabe que pode e ela manda (porque a deixam).
A verdade é que este desafio em forma de insulto, em vésperas de Cimeira Europeia, vem a calhar. Quem se calar, quem amanhã se calar, o que inclui Hollande, está a consentir numa Europa com capital em Berlim. Quem amanhã nada disser -- não incluo obviamente os destituídos de voz própria, como o pm de Portugal -- está a dizer que sim, que a Alemanha é que manda sozinha. Está a dizer à sucessora de Adolf no poder do Reich que sim, que o que este não conseguiu, aquela alcançou. E que a Europa esqueceu e perdoou o que não tem perdão nem pode cair fora das margens da memória.
Falem, pois, ou calem-se para sempre, que nesta segunda hipótese será o povo a falar. Luís XV também terá dito algo como "après moi, le déluge". E o dilúvio lá veio, uns anos depois, em forma de Revolução Francesa. Desta vez, não tardará tanto.
Merkel vai ser atropelada pelas rodas da história. E, pela frase ontem dita, parece que o quantum doloris já não depende dela. É tarde demais; para ela e para a Europa.
[Imagem: detalhe de um cartoon de Steve Bell]
Volta a ideologia ? pergunta Stefan Kornelius em A Grande Coligação Europeia.
"Quais são os limites da capacidade de consenso da União? A Europa precisará de alternativas, de confrontos, de ideologia? Quando François Hollande se lançou na campanha eleitoral com os seus cavalos de batalha socialistas, a chanceler não foi a única a mostrar o seu desagrado. Seria preciso a crise resultar num confronto em torno do credo político da direita? Estariam mais uma vez de regresso os "camaradas" e as suas ideologias cobertas de pó: os socialistas, os neoliberais, os defensores do controlo estatal e os partidários da redistribuição da riqueza?
Ao despertar os desejos de ideologia, o novo Presidente apontou involuntariamente o dedo àquilo que fazia falta na Europa: a liberdade de escolha, a polarização, o debate democrático – e, portanto, a paixão que leva as pessoas a envolver-se na política. O instinto de François Hollande provou que a paixão permitia vencer eleições.
Mas sejamos prudentes: a Europa não está suficientemente forte para acolher esse debate. Ainda não. François Hollande dar-se-á em breve conta, no seio do clube dos poderosos, de que os grandes problemas que o continente europeu enfrenta requerem grandes coligações. Realista como é, não tardará a tornar-se um mestre do consenso, ao lado da chanceler alemã. Mas, sendo como é também um idealista francês, não deveria abandonar a sua fibra ideológica. Se fossem suficientemente fortes, a Europa e as suas instituições seriam capazes de suportar a virulência política."
A Grécia sair do euro de forma controlada é apenas um eufemismo. De uma forma ou outra ninguém sabe quais os impactos na Europa.
Para o resto da Europa, as consequências não poderiam ser piores. O eufemismo que está na moda (uma saída controlada) esconde a esperança bastante cínica de que os gregos sejam os únicos afetados. Contudo, na prática, essa saída verificar-se-ia no pior momento, uma vez que Portugal, Itália e Espanha estão num ponto de máxima vulnerabilidade, porque os cortes causaram danos máximos, as reformas ainda não produziram resultados e o pacote de crescimento ainda não está em cima da mesa. Por outras palavras, a saída da Grécia verificar-se-ia no pior momento, que é precisamente aquele em que o seu fator de contágio seria mais elevado e a sua probabilidade de ser um caso isolado seria mais baixa.
A Comissão Europeia tem na gaveta, e está a tirar-lhes o pó a toda a pressa, medidas para estimular o crescimento, que poderiam ter um impacto significativo no sentido de introduzir alguma esperança no horizonte. Tratar-se-á de um cocktail em que se misturam fundos estruturais, empréstimos do BEI e alguma flexibilidade na aplicação dos objetivos de redução do défice. Mas, pondo os olhos na Grécia, o otimismo que se seguiu à vitória de Hollande e que fez com que, em Bruxelas, se respirasse um ar completamente diferente, tem que conviver com uma dúvida muito incómoda: e se Hollande tiver chegado demasiado tarde?
É um facto bastante curioso que para além da dicotomia esquerda/direita seja a punição de quem está no poder e a ameaça à politica de austeridade que ditam a dinâmica, como é visível com a eleição de Hollande.
Hollande vai ter que provar aos mercados que "no se pasa nada" por forma a não ver as taxas de juro subirem e assim aumentarem o custo dos empréstimos a França. Este equilíbrio vai obrigar Hollande a ter que continuar algumas das medidas de Sarkozy . Hollande está assim muito dependente do que Merkel poderá fazer, ela própria prisioneira de vários problemas que não domina inteiramente.
No entanto, é já evidente a dinâmica conseguida no caminho da Agenda para o Crescimento com a Alemanha a enviar sinais de que está preparada para paralelamente reiniciar o investimento. As várias posições públicas de altos funcionários nessa sentido não seriam possíveis sem a prévia concordância de Merkel.
A sua resposta à revista merece ser transcrita na íntegra: "Ainda que eu acredite na parceria franco-alemã, contesto a ideia de um duopólio. A construção europeia está baseada numa parceria bem equilibrada e de mútuo respeito entre a França e a Alemanha. As parcerias entre Schmidt e Giscard, Kohl e Mitterrand, e mesmo entre Chirac e Schroeder, mostraram que as diferenças políticas não significam que não possamos trabalhar em conjunto. Mas estes chefes de estado combinaram uma metodologia intergovernamental com os processos da União Europeia. Esta é a melhor forma de evitar que os nossos parceiros se sintam excluídos, ou, pior ainda, subordinados. Ora, este equilíbrio mudou nos últimos anos. A relação franco-alemã foi exclusiva. As instituições europeias foram ignoradas e alguns países, especialmente os mais frágeis, tiveram o sentimento desagradável de enfrentarem um diretório".
Se as eleições presidências francesas indicaram que a estratégia anterior designada por "Merkozy", em que a França inclusive desempenhou um lugar subalterno, está condenada, os resultados das eleições legislativas na Grécia foram um sinal de alarme ainda maior.
Hollande e Merkel vão ter que se entender. "
O presidente francês aceita cortar défices mas quer que Berlim escolha: ‘eurobonds’ ou pôr o BCE a comprar dívida aos Estados.
Todos os sinais começam a apontar para um aproximar de posições em termos de política de consolidação orçamental entre o próximo presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Numa entrevista ontem a uma revista norte-americana (Slate), Hollande rejeita abertamente "fórmulas keynesianas do passado", notando que "o instrumento (para crescer) não pode ser uma despesa pública adicional". "Queremos controlá-la, ou uma folga orçamental, o que não é permitido", diz.
O que é votar à esquerda? É dizer que, apesar do individualismo das sociedades contemporâneas, existe um “nós”. Que ideias como justiça, igualdade, partilha e solidariedade podem e devem organizar a vida pública. Como essas instituições e esses bens públicos, criados pelo Conselho Nacional de Resistência, que são anteriores a nós e nos sobreviverão depois de nos moldarem. Que é possível, por isso, ir contra os valores da época para fazer viver aquilo que nos une, em vez de seguir a inclinação natural, ouvindo a vozinha que fala em cada um de nós e nos incita a viver a nossa vida defendendo apenas os interesses individuais.
Numa França à beira do abismo, que podia ter escolhido barricar-se atrás das fronteiras da fantasia a recordar o seu passado, a vitória de François Hollande demonstra que o país preferiu a esperança. Olhou para a frente e não para trás. Saboreemos este momento em que um povo decide fazer uma tal escolha. E olhar o futuro.
Porque esta é a tarefa que espera François Hollande. Reparar o país, certamente. Refazer a sociedade, evidentemente. Reduzir as desigualdades de destino entre os franceses, sejam eles quem forem e venham de onde vierem. Mas, para que tudo isto seja possível: sobretudo, desenhar o futuro. Mostrar que a França não é apenas um património, uma história, um grande passado. Que pode, também, projetar-se no futuro e reinventar-se.
Esta página em branco, inquietante em muitos aspetos, exaltante em muitos outros, tem de começar a ser escrita. De maneira resoluta, imperativa, para não dececionar este voto e a confiança que ele ainda manifesta na capacidade de mudar as coisas da política, ainda que não possa mudar a vida. O trabalho mal começou e vai ser difícil, já a partir de amanhã. Mas hoje, sejamos felizes e vivamos plenamente este feliz mês de maio.
Hollande PressEurop
".... Na Hungria, Viktor Orbán lidera um Governo nacionalista de direita que tem vindo a atropelar o Estado de Direito, num esforço para criar uma hegemonia política permanente. A direita populista está em ascensão em países do norte da Europa, como testemunham os autointitulados Finlandeses Verdadeiros e o Partido da Liberdade de Geert Wilders. Na Holanda e noutros lugares, o euroceticismo também se tornou a bandeira da esquerda mais dura. No entanto, a escolha da eleição presidencial em França, é uma forma mais familiar, em que a retórica da campanha desmente a escassez da margem de escolha política.
O crescimento económico não é uma ideia de esquerda – pergunte-se a Mario Monti, primeiro-ministro tecnocrata de Itália. A liberalização económica de Monti e os planos de corte do défice dependem acima de tudo de se encontrar um caminho para sair da estagnação. A noção realmente "perigosa" na Europa de hoje não é o apelo a um debate sobre o crescimento, mas a suposição de que as coisas podem continuar como estão. Tem que haver uma ponte entre a recessão e a redução do défice. Sem isso, o continente arrisca-se de facto a entrar numa revolução, mesmo que não em França."
100% done ██████████████ Running time: 5 years - Remaining Time: 00h00
"FRANÇOIS HOLLANDE EN PASSE DE REMPORTER LA PRÉSIDENTIELLE Les estimations créditent le socialiste de 52% à 53,3% des voix." [http://www.rts.ch/info/]
PS - Se isto der Merllande, já sabes Flamby... Ficas a falar mais fininho! Entretanto, mãos à obra, "Moi président de la république..."!
Acreditem que gostava de partilhar a fé que grande parte dos meus amigos parece ter de que, se François Hollande ganhar as eleições em França, muita coisa vai mudar, para melhor, na Europa, em Portugal ou na própria França. A verdade é que não partilho. Não é que deseje a sua derrota. Antes pelo contrário. Qualquer coisa é melhor que Sarkozy. Tal como, não tendo tido muita fé em Barack Obama, há três anos, acreditava que qualquer coisa era melhor que George W. Bush. Mas estas não são nem podem ser as únicas alternativas.
Tudo indica que Hollande ganhará as eleições. Mas, para mim, não será mais do que uma "Primavera Marcelista" à francesa ou do que uma mudança de nome de PIDE para DGS, à europeia: em vez de termos uma Europa comandada por "Merkozy", tê-la-emos comandada por "Merkhollande". "Merk" sempre em primeiro lugar.
Eu ainda sou do tempo em que os partidos socialistas europeus eram motivo de alguma esperança para os povos. Mas já lá vão muitos anos.
Essa esperança começou a perder-se exactamente em Portugal. Se, no seu programa de 1973, o Partido Socialista se considerava herdeiro da tradição da “luta das classes trabalhadoras pelo socialismo", não foi preciso muito tempo até que, em 1975, em plena luta de classes rumo ao socialismo em Portugal, Mário Soares tenha afirmado que era necessário "meter o socialismo na gaveta". E a triste verdade é que meteu mesmo. Não duvido que, muitas das conquistas do estado social tivessem sido levadas a cabo com a ajuda do PS. Mas também não duvido que a gradual perda dessas conquistas, que se tem vindo a verificar nos últimos anos, tenha sido levada a cabo com a ajuda desse mesmo partido. Umas vezes implementando-a ele próprio, como aconteceu com José Sócrates, outras vezes, votando a favor ou "abstendo-se violentamente", como está a acontecer com António José Seguro.
É minha convicção que, por toda a Europa, os partidos chamados socialistas, de socialista só têm o nome. Dir-me-ão que a culpa é dos "mercados", essa entidade que se tem dedicado a acabar com o estado social e à qual os partidos liberais e neo-liberais que têm governado a Europa nos últimos anos “têm” que obedecer. E o problema é que conseguem convencer os povos de que não existem alternativas. E vão ganhando eleições, alternando, ora no governo ora na oposição, sempre com o mesmo objectivo: o de subjugar os povos aos mercados, que, por sua vez, exigem cada vez mais medidas de austeridade, que os governos implementam para que possam obter mais dinheiro para que os membros e amigos do partido mantenham os lugarzinhos de grande prestígio e altas remunerações. Mas sempre à custa dos mais pobres, que, como arma, só têm o voto, cujo direito exercem, convencidos que podem mudar alguma coisa. E o que se tem visto é que nada muda. Ou antes, muda para pior. Pior para o povo que, cada vez trabalhando mais, ganhando menos e abdicando de direitos que, há anos atrás, eram inalienáveis, continua a votar, dando legitimidade aos mesmos que, depois das eleições e apesar de todas as promessas, nada fazem para melhorar as condições dos povos.
Receio que seja isto que vai acontecer hoje em França. Ao que parece, as moscas vão mudar, mas a merda será a mesma. E quem leva com ela serão sempre os mesmos.
"99% done ██████████████░░ Running time: 5 years - Remaining Time: 4h00” [@RadioLondres]
"Selon des sondages effectués à la sortie d'une série de bureaux de vote, deux instituts donnent actuellement François Hollande vainqueur de l'élection présidentielle française avec une majorité de 52,5 à 53% des voix. Le scrutin s'est ouvert à 8 heures et se clôturera dans les grandes villes à 20 heures, moment auquel seront diffusées les premières estimations de résultats des instituts de sondages." agences/olhor http://www.rts.ch/info/monde/3972114-hollande-devance-sarkozy-selon-deux-instituts-de-sondage.html
Acompanhe as sondagens (antes do fecho das urnas) e os resultados na #RadioLondres (ou aqui com delay).
Entretanto, parece que "#radiolondres Je répète, prix de Flamby en Martinique 60.4 € pas chere par rapport á la Guadeloupe qui et 63.7" (tradução: o Hollande é o flamby e teve na Martinica à volta de 60.4% e na Guadalupe 63.7%) e que "#radiolondres Tremblement de terre aux Antilles: une usine Rolex détruite". Rolex? Rolex é o Rolex e parece que algures uma fábrica deles que caiu de podre.
Sigam também aqui: #Presidentielle2012, #RTBF, #Flamby.
À Suivre... e que Flamby esteja connosco (e se isto der Merllande, eu próprio vou a Paris corta-lhe os tintins).
«Dans le cadre des activités de la Fondation Education contre le racisme que j'ai créée il y a maintenant quatre ans, je ne demande à personne s'il est de gauche, de droite, du centre ou d'ailleurs. Notre vocation est de contribuer, et d'abord pour nos enfants, à la construction d'une société plus fraternelle.
Alors que la campagne pour l'élection présidentielle atteint un paroxysme dans l'instrumentalisation des peurs, des haines et des divisions, je n'ai pas envie de me taire.
C'est aujourd'hui quelque chose d'essentiel qui est en cause : notre capacité àvivre ensemble, à assumer nos différences, à privilégier avant tout ce qui rassemble plutôt que ce qui sépare et divise.
C'est une construction politique particulièrement pernicieuse qui est en place depuis une dizaine d'années et plus encore depuis 2007. Elle semble être entrée aujourd'hui, dans cette campagne électorale, dans une course folle. Mais comment avons-nous pu ainsi régresser ?
Que s'est-il passé depuis cette belle nuit du 12 juillet 1998 où tant de Français ont fêté la victoire d'une France "black, blanc, beur" ? Nous savions bien, tous, combien cette expression masquait déjà de difficultés, d'incompréhensions. Pourtant, nous étions tous heureux de rêver ensemble à une France idéale.
Ne me dites pas que vous ne sentez pas monter les divisions, les clivages, les haines, les rejets, les exclusions. Tout mon engagement vise à les comprendrepour mieux les déconstruire et les combattre.
Historiquement, à chaque période de crise, c'est toujours le même mécanisme, qui veut que certains politiques réveillent des peurs en désignant des boucs émissaires, les étrangers, les immigrés : hier les Italiens, les Polonais, les Espagnols, les Portugais, les juifs de l'Est... aujourd'hui les Maliens, les Chinois, les musulmans...
Ce que je constate maintenant est bien le point culminant d'une lente dérive. Avant même le déluge d'amalgames au cours de cette campagne, et dans une sorte de conditionnement progressif, se sont succédé la création du ministère de l'immigration et de l'identité nationale, le discours de Dakar dévalorisant l'homme africain, celui de Grenoble stigmatisant les Roms, le prétendu débat sur l'identité nationale, et tant d'autres entorses aux valeurs républicaines.
Mais ce ne sont que des leurres que l'on présente aux Français pour les détourner des véritables luttes : contre la pauvreté, qui touche plus de dix millions de personnes dans notre pays, dont deux millions d'enfants, contre l'inégalité d'accès au travail, pour une éducation et des soins de qualité, pour une société plus juste.
Ne nous prépare-t-on pas tout simplement à accepter la précarité généralisée ?
Je retiens de ma carrière de footballeur que, lorsqu'un entraîneur a un bilan négatif, il est préférable de s'en séparer et d'en changer. A chaque fois que cette loi a été ignorée, les choses n'ont fait qu'empirer.
Le 6 mai, le choix se fera aussi entre la poursuite de ces dérives - la xénophobie, l'islamophobie, la haine des immigrés - et l'apaisement. Pour ma part, je voterai toujours en faveur de l'apaisement.
L'une des citations que je rappelle le plus souvent à mes enfants est d'Albert Einstein. Il dit ainsi : "Le monde est dangereux à vivre. Non pas tant à cause de ceux qui font le mal, mais à cause de ceux qui regardent et laissent faire. "
Dimanche, chacun votera en son âme et conscience mais nul ne pourra dire "je ne savais pas ".»
Par Lilian Thuram, ancien footballeur, Le Monde
Um debate onde se jogaram as últimas cartas. Não parece que tenha sido suficiente para Sarkozy ganhar a Hollande. E a imigração :
O direito de voto para os imigrantes essencialmente não tem a ver com os canadianos nem com os noruegueses, mas principalmente com as principais comunidades imigrantes em França: argelinos, malianos, nigerianos, etc”, responde o Presidente.
“Os países da África do Norte, do outro lado do Mediterrâneo, são de confissão muçulmana. As tensões comunitárias vêem daqui, não? Os problemas da República vêm da absoluta necessidade de ter um islão de França e não um islão em França”, sublinha Nicolas Sarkozy.
- Qui a gagné? Comment jugez-vous la prestations des candidats?
- Françoise Fressoz (éditorialiste au Monde): Difficile de répondre à la question, car il n'est pas certain que le débat fasse bouger les lignes chez les indécis. Il a été globalement très technique. Mais ce qui a le plus frappé, c'est de voir que François Hollande ne s'est jamais laissé dominer par Nicolas Sarkozy.
Il faut voir quelle était la stratégie des deux candidats. M. Hollande avait besoin de montrer qu'il maîtrisait ses dossiers, qu'il avait la stature présidentielle, qu'il pouvait incarner justice et redressement. C'est en fonction de ces trois impératifs qu'il a conduit le débat. A chaque fois que M. Sarkozy essayait de lui asséner un chiffre, il ripostait.
Comme M. Sarkozy voulait se placer en position du maître par rapport à l'élève, comme l'avait fait Valéry Giscard d'Estaing face à François Mitterrand en 1974, M. Hollande a réagi : il a contesté les chiffres et les raisonnements de M. Sarkozy, pour ne pas se laisser piéger. Cela n'a pas forcément donné un débat très compréhensible, mais cela a permis au candidat socialiste de ne jamais se laisser dominer.
M. Sarkozy, lui, s'était fixé comme objectif de "débusquer" son adversaire, dont il ne cesse de dénoncer l'art de l'esquive. Il a cherché toutes sortes "d'alliés" pour mettre en difficulté M. Hollande : il est allé chercher Manuel Valls, le directeur de la communication de son rival, sur la TVA Sociale, Martine Aubry sur le contrat de génération, il a aussi cité Laurent Fabius... Il voulait vraiment mettre en difficulté M. Hollande sur ses convictions.
Mais il n'a, je pense, réussi à le faire que sur la partie immigration, lorsqu'ont été évoqués les centres de rétentions. M. Hollande a eu du mal à expliquer s'il voulait les maintenir ou en faire une exception. C'est la seule fois où il a été vraiment en difficulté. Mais à chaque grande étape du débat, M. Sarkozy a utilisé la même technique: essayer de faire apparaître M. Hollande comme une personnalité sans beaucoup de convictions. Il a par exemple essayé sur le nucléaire, mais là, M. Hollande s'est beaucoup mieux défendu.
Ler o resto: Le Monde
O Sarkozy está agora a questionar duramente Hollande sobre a quantidade de pequenos-almoços que este tomou com Miterrand. Foi pena Hollande não ter respondido algo como "não tantos quantos vexa tomou com a sua chefe Merkel".
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
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