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Esther, de Haendel

por António Filipe, em 29.08.13
No dia 29 de Agosto de 1720 estreou-se a oratória “Esther”, do compositor inglês Georg Friedrich Haendel. O evento realizou-se em Cannons, onde o Duque de Chandos deu emprego a Haendel como compositor residente.

Esther, HWV 50, é, geralmente, reconhecida como sendo a primeira oratória inglesa. O libreto é de John Arbuthnot e Alexander Pope e baseia-se num drama de Jean Racine sobre o Velho Testamento. É uma obra de curta duração, quando comparada com as últimas oratórias de Haendel. A composição original data de 1718, mas teve profundas revisões em 1732. Esta nova versão teve a sua estreia no King's Theatre, no dia 2 de Maio de 1732. A obra tornou-se muito popular e foi executada várias vezes durante a vida do compositor.


Excertos do 1º acto da oratória “Esther”, de Haendel
Agrupamento “Pacific Musicworks”
Maestro: Stephen Stubbs

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Desmond Dupré – Alaudista inglês

por António Filipe, em 16.08.13
No dia 16 de Agosto de 1974, morreu, em Tonbridge, Kent, o alaudista inglês Desmond Dupré. Tinha nascido em Londres, a 19 de Dezembro de 1916.

Foi uma figura proeminente no ressurgimento da música antiga, no séc. XX. É mais conhecido pelas suas gravações de alaúde e viola da gamba, especialmente com o contratenor Alfred Deller.
Em 1946, ingressou no Royal College of Music, onde estudou violoncelo e harmonia. As suas primeiras actuações foram como guitarrista e violoncelista, com a Orquestra de Boyd Neel.
Em 1950, fez as primeiras gravações com Alfred Deller, acompanhamdo-o na guitarra. Em vez de continuar a tocar o repertório do alaúde na guitarra, aprendeu, sozinho, a tocar alaúde e as actuações seguintes com Deller foram, predominantemente, naquele instrumento, incluindo a sua estreia no Wigmore Hall, em 1951.
Actuava, regularmente, com muitos agrupamentos de música antiga, como o Julian Bream Consort, o Jacobean Consort of Viols e o Musica Reservata. Gravou as sonatas para viola da gamba e cravo, de Johann Sebastian Bach, com o cravista Thurston Dart.
Desmond Dupré foi o primeiro presidente da Sociedade do Alaúde, um posto que manteve entre 1956 e 1973.


Concerto para harpa e alaúde, op. 4, nº 6, de Haendel
Harpa: Osian Ellis

Alaúde: Desmond Dupré

Philomusica of London

Maestro: Granville Jones

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Oratória “Messias”, de Haendel

por António Filipe, em 06.08.13
No dia 6 de Agosto de 1768, estreou-se, no Palácio Pitti di Firenze, a oratória “Messias”, de Georg Friedrich Haendel, talvez uma das obras corais mais conhecidas de sempre.

“Messias”, HWV 56, é uma oratória composta por 51 movimentos e foi escrita por Haendel em 1741. É a sua mais famosa criação e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. Narra a vida de Jesus Cristo desde a sua anunciação profética, o seu nascimento, vida, morte e ascensão ao céu.
Em 1741, Haendel recebeu um convite do Lord Lieutenant da Irlanda para ajudar a angariar dinheiro para três instituições de caridade de Dublin, através de apresentações musicais. Embora doente na altura, Haendel estava determinado a compor uma nova oratória sacra para a ocasião e pediu a Charles Jennens, o seu libretista em “Saul” e “Israel no Egipto”, um tema apropriado. Jennens respondeu com uma série de versículos do Velho e do Novo Testamentos arranjados num "argumento" em três partes.
Na época, o texto suscitou controvérsia, com alguns jornais considerando-o de natureza blasfema. O produto acabado, contudo, teve outra receptividade, sendo elogiado em Berlim e depois em Londres. Haendel fez várias revisões subsequentes, incluindo uma versão criada para o Hospital Thomas Coram, em 1754.
A tradição conta que na primeira apresentação do “Messias”, em Londres, o rei da Inglaterra, Jorge II, estava presente. Quando o coro começou a entoar os primeiros acordes do “Halleluia”, o rei, impressionado com a potência e a beleza daquela oração, levantou-se automaticamente da poltrona. Quando viram que o rei estava em pé, todas as pessoas se ergueram. Daí o costume de a assistência permanecer de pé durante a execução desta parte da oratória.
O nome da oratória foi tirado do conceito judaico e cristão de messias. Para os cristãos, o messias é Jesus. O próprio Haendel era um cristão devoto e a obra é uma apresentação da vida de Jesus e do seu significado, de acordo com a doutrina cristã.
Apesar de a obra ter sido concebida para a Páscoa, após a morte de Haendel tornou-se tradição executá-la durante o Advento, o período preparatório para as festas do Natal. Mas é também, muitas vezes, executada no domingo de Páscoa.


Halleluia, da Oratória “Messias”, de Haendel
Mormon Tabernacle Choir
Orchestra at Temple Square
Maestro: Mack Wilberg

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Suite de Música Aquática, de Haendel

por António Filipe, em 17.07.13
No dia 17 de Julho de 1717, estreou-se, no Rio Tamisa, a Suite de Música Aquática, do compositor alemão Georg Friedrich Haendel.

A “Música Aquática” é uma colecção de três suites encomendadas pelo rei Jorge I para um concerto a ser executado sobre o rio Tamisa. Este concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados numa barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos, incluindo a Duquesa de Bolton, a Duquesa de Newcastle, a Condessa de Darlington, a Condessa de Godolphin, a Madame Kilmarnock e o Conde das Órcades. As barcas, que se dirigiam a Chelsea, aproveitavam-se das marés do rio para navegar, não sendo necessário o uso dos remos. Encontravam-se no rio muitos outros londrinos, para assistir ao concerto. De acordo com um jornal inglês “o rio estava coberto de barcos e barcas”. A festa terminou pouco depois da meia-noite. O rei Jorge teria gostando tanto das suites que pediu aos músicos, já esgotados pelo cansaço, que as tocassem três vezes durante o tempo do percurso.


Excerto da Suite nº 2, das Suites de Música Aquática, de Haendel
Agrupamento “Le Concert Spirituel”
Maestro: Hervé Niquet

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Jennifer Smith – Soprano portuguesa

por António Filipe, em 13.07.13
No dia 13 de Julho de 1945, nasceu, em Lisboa, a soprano portuguesa Jennifer Smith.

Depois de se licenciar no Conservatório de Música de Lisboa, foi para Londres, com uma bolsa de estudos da Fundação Gulbenkian. A sua variada carreira de gravações inclui óperas e recitais, desde a música do período barroco à música moderna. A capacidade de cantar em Português Continental e Brasileiro faz dela especialista na música desses países (compositores como João de Sousa Carvalho, Francisco António de Almeida, Carlos de Seixas e António Teixeira).
Em 1995, desempenhou um papel no filme de Tony Palmer, feito para a televisão, sobre a vida de Henry Purcell. Foi professora de canto no Royal College of Music, em Londres. Devido à sua paixão pelo bailado, está, actualmente, a estudar dança, no Anniesland College.
Devido ao seu nome e à sua residência em Londres, Jennifer Smith é, muitas vezes, considerada uma cantora inglesa.


Ária "S'estinto è l'idol mio”, da ópera “Amadigi di Gaula”, HWV 11, de Haendel
Soprano:
Jennifer Smith
Agrupamento “Les Musiciens du Louvre”
Maestro: Marc Minkowski

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Athalia – Oratória, de Haendel

por António Filipe, em 10.07.13
No dia 10 de Julho de 1733, estreou-se no Teatro Sheldonian, em Oxford, na Inglaterra, a Oratória “Athalia”, HWV 52, de Georg Friedrich Haendel.

A Oratória “Athalia”, foi composta por Haendel, usando um libreto provavelmente baseado na peça com o mesmo nome, de Jean Racine. A obra foi encomendada em 1733, para as cerimónias de graduação de universidades locais, uma das quais ofereceu a Haendel um doutoramento honoris causa, que ele recusou.

O enredo é baseado na história da rainha bíblica Athaliah. Ao compor esta oratória, o compositor tentou agradar ao gosto musical inglês, um género em que já tinha tido sucesso, anteriormente.
Athalia, como a bíblia a apresenta, era uma tirânica usurpadora que foi destronada por um príncipe.
Haendel terminou a composição desta oratória no dia 7 de Junho de 1733. Depois da estreia, em Oxford, o jornal “The Bee” noticiou que a obra foi executada “com muitos aplausos e é igual à mais celebrada das obras daquele Senhor: estavam presentes 3700 pessoas”.


Excertos da oratória Athalia, de Haendel
Solistas, Coro e Orquestra da Xª Academia Barroca Europeia
Maestro: Paul McCreesh

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Salomão – Oratória, de Haendel

por António Filipe, em 13.06.13
No dia 13 de Junho de 1748, o compositor alemão Georg Friedrich Haendel terminou a composição da oratória “Salomão”.

O libreto da oratória “Salomão”, HWV 67, é baseado nas histórias bíblicas do rei sábio Salomão e é atribuído a Newburgh Hamilton. A música foi composta por Haendel entre os dias 5 de Maio e 13 de Junho de 1748, estreando-se em Março do ano seguinte. Pode dizer-se que a estreia foi um fracasso. A obra só teve mais duas representações e foi posta de lado durante muitos anos.
A prova de que esta obra teve pouca aceitação por parte do público reside no facto de não ter tido mais representações, fora de Londres, durante a vida do compositor. Em Março de 1759, poucas semanas antes de morrer, Haendel resolveu apresentá-la novamente, mas, antes, fez uma série de cortes e alterações que afectaram o enredo e a estrutura da obra.


“Chegada da Rainha de Sabá”, da oratória “Salomão”, de Haendel
Agrupamento Staatskapelle Dresden
Maestro: Christoph Eschenbach

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No dia 21 de Abril de 1749, contra a vontade do compositor, realizou-se a estreia da “Música para os reais fogos de artifício”, de Haendel.

Em 1749 o compositor inglês, de origem alemã, Georg Friedrich Haendel, que viveu entre 1685 e 1759, escreveu a suite “Música para os reais fogos de artifício”, para comemorar a assinatura do tratado de Aix-la-Chapelle, que pôs fim à Guerra da Sucessão da Áustria. A primeira apresentação desta obra, no dia 21 de Abril, foi mais um ensaio público do que uma estreia, pois a estreia absoluta estava marcada para o dia 27. No entanto este ensaio juntou 12000 pessoas, causando enormes engarrafamentos na ponte de Londres.
Da estreia propriamente dita, o mínimo que se pode dizer é que foi atribulada. Aconteceu no dia 27 de Abril de 1749 e a emoção não esteve ausente: a estrutura montada especialmente para a ocasião ardeu parcialmente, além de ter chovido durante o concerto, o que terá, provavelmente, ajudado a apagar o fogo-de-artifício e a ensopar o público.


Abertura de "Música para os reais fogos de artifício”, de Haendel
Orquestra Sinfónica da BBC e Banda dos Fuzileiros de Sua Majestade
Maestro: Sir Andrew Davis

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Seth McCoy – Tenor e professor norte-americano

por António Filipe, em 22.01.13
No dia 22 de Janeiro de 1997 morreu em Rochester, Nova Iorque, o tenor e professor norte-americano Seth McCoy. Tinha nascido em Sanford, na Carolina do Norte, a 17 de Dezembro de 1928.

Estudou na Escola Superior Agrária da Carolina do Norte, licenciando-se em 1950. Depois iniciou os estudos de canto com Pauline Thesmacher, na Escola de Música de Cleveland, e com Antonia Lavanne, em Nova Iorque.
Tornou-se conhecido como solista quando, entre 1963 e 65, apareceu com o Coral Robert Shaw, fazendo digressões pelos Estados Unidos e América do Sul. De 1973 a 1980 apresentou-se com o Bach Aria Group. Também foi solista em muitas das maiores cidades dos Estados Unidos, com orquestras como as Filarmónicas de Nova Iorque e Los Angeles e as Sinfónicas de Boston e Chicago. Cantou sob a direcção de maestros como Erich Leinsdorf, Zubin Mehta, Mstislav Rostropovich, entre outros.
Em 1978 estreou-se na Europa, no Festival de Aldebourgh e, em Fevereiro de 1979, estreou-se no Metropolitan Opera de Nova Iorque, interpretando o papel de Tamino, na ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart. A sua estreia em Londres realizou-se em 1986, como solista na Oratória de Natal, de Johann Sebastian Bach. Também fez digressões pela Europa, América do Sul, África do Norte e Médio Oriente.
Seth McCoy foi professor de canto na Universidade de Michigan e, a partir de 1982, fez parte do quadro de professores da Eastman School of Music, em Rochester, Nova Iorque.


“Every Valley Shall Be Exalted”, da oratória “Messias”, de Haendel
Tenor: Seth McCoy
Orquestra de Câmara Filarmonia

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No dia 30 de Dezembro de 1919 nasceu, em Newquay, no condado de Cornualha, o maestro, organista e compositor britânico David Willcocks.

Em 1929, começou os estudos musicais, como corista, na Abadia de Westminster. De 1934 a 1938, estudou música na Universidade de Clifton, em Bristol, antes de ser nomeado organista no King´s College, em Cambridge. Quando rebentou a 2ª guerra mundial, interrompeu a formação, para servir no exército inglês, regressando a Cambridge, em 1945, para terminar os estudos.
Em 1947, David Willcocks foi nomeado maestro da Sociedade Filarmónica de Cambridge. No mesmo ano começou a desempenhar o cargo de organista da Catedral de Salisbury e de maestro da Sociedade Musical da mesma cidade. Entre 1950 e 1974, desempenhou funções como maestro de coro e organista, em várias cidades inglesas. Foram-lhe atribuídos graus “honoris causa”, em várias universidades da Inglaterra e dos Estados Unidos. É, actualmente, presidente do Coro Bach, da cidade de Bath e do Coro do Festival de Exeter.


Hino da Coroação nº 4, de Haendel
Coro da King's College, Cambridge
Orquestra de Câmara Inglesa
Maestro: Sir David Willcocks

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Kathleen Ferrier - Contralto inglesa

por António Filipe, em 08.10.12

No dia 22 de Abril de 1912 nasceu, em Higher Walton, Inglaterra, a contralto Kathleen Ferrier. Estava destinada a ser pianista, instrumento que desde muito cedo a sua mãe a convenceu a estudar. Não se deu mal de todo, verdade seja dita, pois, apesar de ser telefonista de profissão, terminou o curso de piano, habilitação suficiente para mudar de carreira. Vocação confirmada posteriormente no Festival Carlisle de 1937, onde foi, inicialmente, admitida como pianista e, mais tarde, desafiada pelo marido, entrou igualmente para a competição de canto.
Ferrier venceu ambas as competições e o marido perdeu a aposta. Perdeu também o casamento, diga-se de passagem, que, rezam as crónicas, foi um perfeito desastre. Obteve o divórcio, alegando que o marido não conseguiu consumar o casamento.
Kathleen Ferrier foi extraordinária nas oratórias e nas canções (lieder), mas o seu nome terá sempre uma ligação especial a Mahler e, em particular, a “Das Lied von der Erde”. O convite para cantar “A Canção da Terra” partiu do maestro Bruno Walter, o mesmo que, em 1911, estreou a obra, na cidade de Munique.
 O timbre singular de contralto (que depois se disse ser devido a uma doença na traqueia) fez dela uma excelente intérprete de Mahler, Bach e Haendel. Até à sua última performance, em “Orfeu e Eurídice", de Gluck, em Covent Garden, contracenou com grandes nomes do bel canto e trabalhou com maestros como Barbirolli, Walter e Karajan.
Gravemente doente, quis cantar até ao fim. Em Fevereiro de 1953, subiu ao palco de Covent Garden para repetir o sucesso que tinha conseguido dias antes. Estava a cantar quando um osso de uma das pernas, afectado pelas metásteses cancerosas, se partiu. Saíu em maca e a sua carreira tinha terminado. A vida chegaria ao fim uns meses mais tarde, no dia 8 de Outubro de 1953.

Ária “O Thou That Tellest”, da oratória “Messias”, de Haendel
Contralto: Kathleen Ferrier

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Malcolm Sargent - Maestro inglês

por António Filipe, em 03.10.12

No dia 3 de Outubro de 1967 morreu Sir Malcolm Sargent, um maestro inglês que, um dia, ao passar pelo Porto, teve a honra de dirigir a grande violoncelista portuguesa Guilhermina Suggia.
Malcolm Sargent nasceu em Bath Villas, na Inglaterra, no dia 29 de Abril 1895. Nalgumas das suas bibliografias podem ler-se referências ao facto de ter viajado assiduamente e de ter abordado um vasto repertório. Sabe-se que uma dessas viagens foi ao Porto, em finais de Janeiro de 1943, para interpretar obras de John Ireland, Frederick Delius e Antonin Dvorák. Deste último, dirigiu o Concerto para Violoncelo, com a violoncelista portuguesa Guilhermina Suggia.
Além de cantar em vários coros, Malcolm Sargent começou por aprender órgão e piano. A estreia como maestro aconteceu apenas em 1921, num Concerto Promenade, em Londres. Curiosamente, viria a ser o maestro principal desses concertos a partir de 1948 e até à data da sua morte. Este cargo fez com que se tornasse um dos mais famosos maestros da Inglaterra.
Sir Malcolm Sargent fez digressões por vários países, onde a sua perícia como maestro foi sempre reconhecida. Estreou várias obras, com destaque para a Sinfonia nº 9, de Ralph Vaughan Williams, no dia 2 de Abril de 1958, cerca de 5 meses antes de falecer. Em meados dos anos 60, a sua saúde começo a deteriorar-se. Em 1967 foi operado a um cancro do pâncreas, mas ainda apareceu na última noite dos Concertos Promenade, para passar a batuta ao seu sucessor, Colin Davis. Veio a falecer, aos 72 anos, no dia 3 de Outubro de 1967.


Abertura da oratória “Messias”, de Haendel
Orquestra Filarmónica de Liverpool
Maestro: Sir Malcolm Sargent

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Cantata “Laudate pueri Dominum”, de Haendel

por António Filipe, em 08.07.12

No dia 8 de Julho de 1707 Haendel termina a composição da cantata “Laudate pueri Dominum”
“Laudate pueri Dominum”, HWV 237, em ré maior é um de três salmos vespertinos do compositor alemão Georg Friedrich Haendel, que viveu entre 1685 e 1759. O libreto é em latim e a partitura, composta em Roma, em 1707, requer cinco vozes, coro e orquestra e tem oito andamentos. A estreia teve lugar na festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo, nos dia 15 e 16 de Julho desse ano.
Haendel é mais conhecido pelas óperas, como “Ariodante”, as oratórias bíblicas, como “O Messias” e as obras orquestrais, como “A suite de Música Aquática”. Estas obras foram escritas para a alta sociedade londrina, mas, quando tinha pouco mais de vinte anos, Haendel já compunha obras-primas como este “Laudate pueri Dominum”.


Excerto da cantata “Laudate pueri Dominum”, de Haendel
Soprano: Raffaella Milanesi

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Oratória "Semele", de Haendel

por António Filipe, em 04.07.12

No dia 4 de Julho de 1742 Haendel termina a composição da oratória "Semele", dias depois de ter sofrido um AVC.
Semele, HWV 58, é uma ópera ou oratória, em três actos, composta por Georg Friedrich Haendel, entre 3 de Junho e 4 de Julho de 1743. O compositor aproveitou o libreto de William Congreve, para uma ópera com o mesmo nome, escrita por John Eccles, em 1707.
Naturalmente, Semele tomou a forma de ópera. No entanto, Haendel tinha intenção de a apresentar em Fevereiro do ano seguinte, no concerto da Quaresma do Teatro Real. Por isso deu-lhe o tratamento de uma oratória.
Semele foi, de facto, apresentada, pela primeira vez, no dia 10 de Fevereiro de 1744, no Teatro Real, Covent Garden, em Londres. Mas a camuflagem de Haendel falhou. A audiência estava à espera de um tema bíblico. A maioria das oratórias, incluindo as de Haendel, teria ido ao encontro dessas expectativas. Mas o tema amoroso de Semele baseava-se em mitos gregos e não em leis hebraicas.
Desagradou àqueles que atendiam regularmente os concertos da Quaresma e estavam à espera de outro género de música e, como era em inglês, irritou os adeptos da verdadeira ópera italiana. Como resultado, Semele só teve quatro apresentações. Tentando agradar aos críticos, Haendel conseguiu mais duas apresentações, em Dezembro desse ano, no King’s Theatre, em Londres. Foram feitas alterações e aditamentos à obra, incluindo algumas árias em italiano (para agradar aos amantes de ópera) e excluindo linhas sexualmente explícitas (para os mais devotos). A partir daí, Semele caiu no esquecimento, durante um longo período de tempo.
Só em 1925 é que Semele foi novamente apresentada, em Cambridge e, em 1954, em Londres. Depois disso tem sido interpretada várias vezes tanto na Europa como nos Estados Unidos.


"No no, I'll take no less", da oratória "Semele", de Haendel
Mezzo-soprano: Cecilia Bartoli
Orquestra "La Scintilla"
Maestro: William Christie

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No dia 23 de Fevereiro de 1685, nasceu, em Halle an der Saale, o compositor Georg Friedrich Haendel, que, tendo nascido na Alemanha, passou pela Itália e foi viver para Londres, onde foi objecto de elevadíssima estima do povo britânico. Foi consagrado como um dos maiores compositores do seu tempo.
O seu pai queria que ele fosse advogado. Contudo, ao observar o interesse do filho pela música, que estudava em segredo, mudou de ideias e dispôs-se a financiar o estudo da música. Assim, Haendel tornou-se aluno do principal organista de Halle e, aos dezassete anos, foi nomeado organista da catedral calvinista. Em 1703, foi para Hamburgo, onde foi admitido como violinista e clavicordista da orquestra da ópera e estreou a sua primeira ópera, Almira, em 1705. Depois de Hamburgo, deslocou-se até Itália, onde conheceu os grandes músicos do seu tempo: Corelli, Scarlatti e Pergolesi. Nesta altura já era considerado um génio. De Itália data o primeiro conjunto de "concerti grossi" do compositor. Em 1710 entra ao serviço da corte de Hanover, mas, no mesmo ano, foi convidado a ir para Londres, para escrever uma ópera (Rinaldo).
Como tinha compromissos com Hanover, pediu ao príncipe para fazer uma curta viagem a Londres. A autorização tardou, mas quando a obteve, foi para Londres para nunca mais voltar. Como é óbvio, o príncipe não ficou nada satisfeito e Haendel teria, mais tarde, problemas quando, por ironia do destino, o príncipe, que tão astutamente tinha enganado, ascendeu ao trono de Inglaterra. Em Londres, daria início a um período de 35 anos de grande sucesso na sua carreira. Recebeu a missão de criar um teatro real de ópera, que também viria a ser conhecido como a Royal Academy of Music. Foram escritas 14 óperas para essa academia, entre 1720 e 1728, o que conferiu a Haendel uma grande fama em toda a Europa. A partir de 1740, dedicou-se mais à composição de oratórias, entre as quais “O Messias” e “Judas Macabeu”.
Consagrado como um ídolo do panorama musical inglês, faleceu no dia 14 de Abril de 1759, em Londres, oito anos após ter ficado cego do olho esquerdo e, mais tarde, de ambos.


"Hallelujah", da oratória “Messias”, de Haendel
Academia de Música Antiga
Coro da Abadia de Westminster
Maestro: Christopher Hogwood

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Fritz Reiner - “construtor de orquestras”

por António Filipe, em 19.12.11

No dia 19 de Dezembro de 1888 nasceu, em Budapeste, o maestro Fritz Reiner. Uma das facetas mais admiradas em Fritz Reiner foi a de “construtor de orquestras”, estabelecida, primeiramente, com a Orquestra Sinfónica de Pittsburgh, que dirigiu entre 1938 e 1948, e definitivamente consolidada com o período que passou à frente da Orquestra Sinfónica de Chicago, entre 1953 e 1962. Sempre manteve com os músicos uma relação difícil. "Maestro exigente e despótico", "hostil e impaciente durante os ensaios", "capaz de despedir qualquer músico que cometesse um erro durante um concerto", são algumas das descrições que encontramos nas várias biografias do maestro, húngaro de nascimento e norte-americano por naturalização.
Reiner foi durante nove anos (entre 1922-1931) director musical da Orquestra Sinfónica de Cincinatti, tendo começado a ensinar no Curtis Institute of Music em 1928, onde foi professor de Leonard Bernstein. Conta a história que Bernstein terá sido o único aluno a quem Fritz Reiner terá dado a classificação máxima. História que não deixa de ser curiosa pelo facto dos dois maestros possuírem estilos altamente contrastantes. Fritz Reiner era caracterizado pela absoluta precisão e economia de gestos numa sobriedade de estilo muito à imagem de Toscaninni, por exemplo. Já Bernstein é exactamente oo oposto. Fritz Reiner morreu em Nova Iorque no dia 15 de Novembro de 1963.


“Arrival of the Queen of Sheba” da oratória "Solomon", de Haendel
Orquestra Sinfónica de Chicago
Maestro-Fritz Reiner

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