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Na Grécia: a Troika ordenou uma total censura nos meios de comunicação europeus sobre a situação de verdadeira emergência humanitária que está a acontecer ao povo grego. A Aurora Dourada deu início à doutrinação de crianças do ensino primário com os ideais do partido de extrema-direita.
Na Húngria: o parlamento húngaro aprovou uma extensa emenda constitucional que determina, por exemplo, o controlo da liberdade religiosa e a redefinição de funções do Tribunal Constitucional. Ser sem-abrigo passa a constituir um acto criminoso e dá direito a multa ou pena de prisão; campanhas políticas nos meios de comunicação passam a ser proibidas; a noção constitucional da família é restringida ao casamento entre um homem e uma mulher e respectivos filhos.
Na Itália: o partido populista, o Movimento 5 Estrelas, liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo, é o vencedor das eleições italianas. Aparece contra o sistema e os políticos, ataca os sindicatos, está disponível para dialogar com a extrema-direita, quer proibir o financiamento público dos partidos e impede os seus próprios candidatos de participarem em debates.
Em Portugal: está em implementação o Sistema Integrado de Informação Criminal, com o objectivo de controlar politicamente a investigação criminal e as informações produzidas, aproveitando-as para fins que a Constituição não permite, como a "prevenção de ameaças graves e imediatas à segurança interna", conceito muito abrangente, que inclui até meras manifestações cívicas. O Ministério Público, que por imposição constitucional dirige a investigação criminal e a quem todas as polícias criminais devem obediência funcional, está afastado da direcção deste sistema. Estão também a ocorrer acções de formação da GNR a civis, com as quais se pretende que estes venham a ser «interlocutores das forças policiais junto das suas comunidades». e que «estas pessoas podem também fornecer às forças policiais informação privilegiada sobre o que se passa nas comunidades». Tal não é inédito em Portugal, em 1945 Salazar com o objectivo de modernização do aparelho policial secreto cria a PIDE, atribuindo-lhe a missão de defender o regime contra as actividades das organizações clandestinas e «subversivas». É instituído o recurso a métodos que iam da vigilância dos actos quotidianos, da correspondência e das telecomunicações privadas de «suspeitos», à prisão sem culpa formada e à criação e manutenção de uma rede tentacular de informadores civis. Esta teia de vigilância civil era um dos pilares fundamentais da PIDE e adquiriu tais proporções na vida quotidiana portuguesa, que deu origem a hábitos sociais e culturais, ainda hoje detectáveis como o ditado: «até as paredes têm ouvidos».
O mais perturbador destas notícias é o acordar de todos os demónios que assolaram a Europa no século XX, muito dificilmente destes acontecimentos não resultarão consequências imprevisíveis para o futuro da Europa. A situação penosa na Grécia, o primeiro país a ser intervencionado pela Troika, já se pode afirmar sem grandes rodeios que o Neoliberalismo e as políticas de austeridade cegas conceberam um filho chamado Aurora Dourada, conseguiram de facto ressuscitar o Nazismo com uma nova roupagem, algo impensável há uns tempos atrás. Ou acontece de facto algo extraordinário, ou a Europa vai entrar, novamente, numa longa noite.
É rara a véspera de fim-de-semana em que não se especule sobre a saída da Grécia do Euro no Domingo imediato. Porém, e pelo que me é dado a ver, este Domingo o planeta troika parece estar pronto para fazer a vontade aos clientes que têm tudo apostado no #Grexit. O Citibank, esse!, elevou a probabilidade para 90%, embora remeta o Domingo lá para 2013.
Seja ou não bluff, a verdade é que o jogo do gato e do rato dos especuladores com a Grécia está a encher os bolsos a muito traste.
A ver vamos, pois, num país -- País!, catano, com Pessoas! -- próximo de si. Mais Domingo, menos Domingo, num mundo em que tudo são números. O que é uma pessoa, afinal?
E quem decide? Um gajo enfiado no quinto dos infernos, montado num escritório com vista para o Rio Hudson.
De quando um país vira cavalo de corrida, pois. Com um Jockey que parece pesar mais do que o cavalo e o conduz para fora de pista!
Remember Tsipras?, o irresponsável? Pois é!, ele avisou!
Adivinhem agora qual será o próximo cavalo? 'Bora lá? Há muito bolso sem fundo para encher! E o país?
(imagem)
Epá, ficaram os ossos... Não se incomodem, vejam mazé a bola!
Lendo nas entrelinhas das fontes, assim parece.
Tendo sido Stournaras (alcunhado de Mr. Euro) um dos principais conselheiros do PM Kostas Simitis, quando a Grécia negociava a entrada no Euro, e a não ser que seja cego, surdo e mudo, não lhe pode ter passado ao lado a maquilhagem das contas gregas elaborada pelo Goldman Sachs a pedido do Governo grego de então, liderado pelo dito Semitis.
Diga-se que foi esse jeitinho-de-mão que possibilitou que um país que não cumpria, nem de longe nem de perto, os requisitos para entrar no Euro, o tenha feito na paz do senhor e com o beneplácito dos donos do mundo e seus sequases europeus.
Como se vê, o perfil do Mr. Euro não engana: trata-se de mais um ultra-liberal para passar a mão pelo pêlo (acho que de acordo com a novilíngua oficial isto se escreve "pelo pelo") aos mercados, às agências de rating e à Troika.
Em suma, nada de novo no mediterrâneo.
Se não é um Goldman-boy será, ao menos, mais um missus dominicus aos serviços de interesses menos claros e menos gregos (do ponto de vista do povo, pois claro).
De resto, pergunto, que faz um dos homens que, por acção e omissão, mais contribuiu para a entrada da Grécia no Euro, com a falcatrua que tal entrada exigiu, como Ministro das Finanças Grego nesta altura do campeonato?
Encontro de contas?
Fontes: http://mobile.reuters.com/article/idUSL6E8HQ64V20120626?irpc=932
http://www.athensnews.gr/portal/11/56506
O novo Primeiro-ministro, Samaras, sofreu um descolamento da retina. O novo Ministro das Finanças, Rapanos, foi igualmente hospitalizado com fortes dores de estômago. Ambos faltarão a uma Cimeira Europeia e a Troika para a Grécia adiou a chegada ao país (afinal, os microfones eleitos estão doentes).
Este foi, assevero, o primeiro jogo que vi no Euro.
Estar-me-ei a ver Grego?
E a Grécia passou aos quartos (eliminou a Rússia). Que amanhã passe à final (a final de todos nós).
* SYRIZA: Este domingo vota-se para eleger um governo forte com o povo, contra o medo.
Ouvi agora um alemão "anónimo" dizer que a posição da Grécia era inadmissível, que se estava a afundar e que não se percebia a razão de esta insistir em afastar-se da jangada (a jangada são os bons dos alemães e a sua política a favor do projecto europeu -- do deles, está claro).
Francamente, o moço parecia-me bem mais preocupado do que qualquer grego, irlandês, espanhol ou português. E estava zangado daquele jeito que parece destilar ódio, como só os alemães sabem. Talvez trabalhe para uma empresa alemã que despeje os seus "made in germany" (onde só a etiqueta é feita na Alemanha) na Grécia ou num dos outros PIGS (Portugal, Irlanda, Espanha). Talvez esteja preocupado por isso, com o risco de perder a clientela e o emprego, com o risco da austeridade, com o risco da implosão de uma moeda feita, essa sim, na Alemanha e para os alemães.
O match point (set point, vá lá) anti-mercados, anti-capitalismo selvagem joga-se na Grécia no próximo dia 17. A vitória do Syriza, ainda que implique a saída da Grécia do Euro-moeda e Euro-projecto, coisa em que não acredito, provará, pasme-se, que "the Acropolis will not crumble to dust, the Aegean will not turn to blood and locusts will not destroy the land" (frase abusivamente adaptada de um dichote recolhido na hashtag #grexit, no twitter).
Nada do que atrás disse invalida o facto, patente, de o Euro estar sob o ataque cerrado das agências de rating, a soldo do Goldman Sachs e de outros que tais. Dollar oblige. Porém, começa a ser hora de a Alemanha, agora sozinha no directório com os agentes-duplos dos bancos americanos, se decidir. Talvez optar por deixar de ser cúmplice de algo a que está habituada a ser autora, a destruição da Europa, não fosse má ideia. Só assim deixará de ser o eterno escorpião da Europa, o tal que pede boleia à rã (a rã aqui somos nós, os PIGS) para atravessar o rio, mas não resiste a picá-la a meio da travessia. Afundamo-nos todos porque lhes está na natureza.
Deutschland über alles: Picar, envenenar, destruir.
(imagem: Danse Macabre, 1493, Michael Wolgemut)
Ao nosso bicho-papão e homem-do-saco, a Direita grega acrescenta o Grexit.
Para além da acertada qualificação que faz da Europa dos tempos que correm -- "Europe of the loan-shark bankers, of Merkel and Schauble"--, Panos Kammenos, o líder dos Gregos Independentes, um grupo dissidente da Nova Democracia que não me é propriamente simpático, avança com uma verdade que muitos querem nublar: a Grécia não pode ser expulsa do Euro.
Diz Kammenos: «"All this terrorising, that they will oust us from the euro and lead us back to the drachma, to poverty, is not working, for one reason: because poverty has already arrived. Because no one can send us out of the euro. Because if Greece leaves the euro, the euro itself and the European Union will collapse. Because we have already paid the euro"»
Na Mouche! E que não restem dúvidas: quem está em contra-mão, como escreveu num artigo publicado no jornal 'Sueddetusche Zeitung' [via DN] o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Joschka Fischer, é a Alemanha. Aliás, e pegando ainda no artigo deste, não tentem descobrir as diferenças para o que diz Kammenos: "se a Grécia se afundar no caos, haverá uma corrida aos bancos em Espanha, na Itália e em França que desencadeará uma avalancha capaz de soterrar a Europa".
Fontes: Athens News e DN
Se a Grécia sair do Euro e a banca espanhola entrar em colapso...
...só uma firme declaração política lida por Merkel com todos os membros de um Conselho Europeu extraordinário atrás de si, afirmando a Grécia dentro do Euro, uma garantia europeia para os depósitos bancários, a compra ilimitada, pelo Eurosistema, dos títulos da dívida mais afectados, e a emissão conjunta para breve de títulos da dívida europeia (eurobonds e project bonds) administrados pela Comissão europeia, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, só essas medidas, como primeiro passo na senda de um novo tratado para uma União Federal, democrática, e com um orçamento à altura alargando o prazo das metas de austeridade, poderão evitar que uma Europa em agonia se transforme numa Europa moribunda"
PS : Visão - Viriato Soromenho Marques
As mais recentes sondagens dão a vitória à Nova Democracia partido que é favorável ao resgate mas por uma margem muito pequena o que a acontecer deixará tudo na mesma. "Quanto às eleições legislativas antecipadas na Grécia, a realizar a 17 de junho, os resultados continuam a ser uma incógnita, apesar das últimas sondagens darem uma vitória à Nova Democracia (partido apoiante do plano de resgate, mas exigindo alterações no memorando), em muitas delas por uma margem escassa face à Esquerda Radical (SYRIZA), o que deixaria a situação no mesmo impasse das eleições anteriores.Contudo, estas sondagens - que entusiasmaram os investidores - foram realizadas antes das afirmações da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, sobre a Grécia numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, e das declarações de um membro da administração do Deutsche Bank, Jürgen Fitschen, de que aquele país era "um estado falhado".
A probabilidade de incumprimento da dívida portuguesa aumentou para 63,20%, segundo dados da CMA DataVision, depois de ter fechado na sexta-feira em 62,78%. A distância em relação às situações da Grécia (com um risco de 93,10%, sinalizando a possibilidade de um segundo evento de crédito no caso da crise política grega se agravar após as eleições de 17 de junho) e de Chipre (com um risco de 70,21%) é ainda significativa.
Apesar dos elogios na segunda-feira da agência de notação Moody's (que, no entanto, não alterou a classificação de dívida portuguesa como especulativa, vulgo "lixo financeiro") e da nota positiva dada pela troika ao andamento do cumprimento do plano de ajustamento, o nível muito elevado de risco de incumprimento mantém-se - Portugal conserva o 3º lugar no "clube" dos candidatos a uma tal situação.
No entanto, em termos de juros das obrigações do Tesouro (OT) no mercado secundário, Portugal voltou à tendência de descida. Os juros fecharam a baixar em todos os prazos, com os juros a 2, a 3 e a 10 anos no patamar dos 12%, segundo dados da Bloomberg. Os juros mais elevados são atualmente os relativos ao prazo a 5 anos, que estão acima de 14%. Há alguma discrepância, em alguns prazos, entre os dados da Bloomberg e da Reuters devido ao uso de benchmarks diferentes para as OT. Deste modo, no prazo a 2 anos, para dados da Reuters, os juros desceram para 7,38%. Fruto da descida dos juros a 10 anos, o prémio de risco da dívida portuguesa desceu ligeiramente ao longo de segunda-feira de 10,96 pontos percentuais para 10,81.
Segundo muitos analistas, o efeito de contágio - quer da situação no vizinho peninsular, como da evolução da crise política grega - é um dos fatores críticos que influenciam o comportamento dos investidores em relação a Portugal.
O referendo na Irlanda na próxima quinta-feira é encarado, pelos meios financeiros, como ganho pelos proponentes do "sim" ao fiscal compact, que recolhem 60% das intenções de voto nas sondagens. A probabilidade de incumprimento da dívida irlandesa subiu, no entanto, na segunda-feira para 46% - a Irlanda está em 7º lugar no referido "clube" de candidatos à bancarrota -, e os juros dos títulos nos prazos a 2 e a 9 anos também, encontrando-se ambos acima de 7%.
A comparação ontem feita por Lagarde, ao dizer que está mais preocupada com as crianças de África do que com os gregos é de um populismo generalista, absurdo, demagógico e insultuoso que revela bem a agenda, agora já escancarada, da "senhora" em causa.
Neste momento, a mulher-lagarto tem um propósito, colocar a Grécia fora do Euro e assim ajudar a acabar com a moeda, já moribunda às mãos dos alemães.
Tudo ao serviço do dólar.
Que, nesta demanda dedicada, ela instrumentalize "as crianças de África" é asqueroso e demonstra bem que esta tropa não olha a meios para atingir os fins e para bem servir os donos que lhe enchem a gamela.
O comentário é falsamente piedoso, é uma ignomínia em que as crianças africanas são, mais uma vez, usadas como arma de arremesso para alcançar um fim que em nada as tem em conta.
A diferença de comportamento de Portugal e a Grécia justifica o que se está a passar, pergunta El Mundo - Madrid.
"Mas este primeiro trimestre surpreendeu toda a gente com o PIB a cair apenas 0,1%, uma percentagem muito inferior à prevista graças, sobretudo, ao setor externo. Portugal continua em recessão, mas os seus cidadãos, pelo menos, já podem vislumbrar uma travagem na queda.
A Grécia é o caso contrário; há mais de dois anos que tem um plano de resgate e quase não fez avanços nas reformas. A sua classe política está a dar provas de grave irresponsabilidade e os cidadãos estão desesperados porque veem que os seus sacrifícios de nada servem. E enquanto Portugal passou para segundo plano nos mercados, a Grécia mantém toda a União Europeia em sobressalto.
Estes dois países demonstram na perfeição a diferença que existe entre cumprir ou não cumprir com as nossas obrigações. O caminho do ajuste e de reformas iniciado pelo Governo de Mariano Rajoy, desde que tomou posse, é o único possível ainda que os vaivéns dos mercados, por vezes, nos façam duvidar. Como acontece por estes dias, em que a incerteza sobre o futuro da Grécia na zona euro aumentou o prémio de risco para mais de 500 pontos, pela primeira vez na história, e fez cair a Bolsa para níveis de meados de 2003."
Mas Portugal paga muito caro com um desemprego gigante!
Não queremos sair do Euro, afirma o líder da Esquerda Radical ( Económico) .
Mas também não quer o programa que empurra a Grécia para o empobrecimento. Por isso se for Primeiro Ministro deixa de pagar aos credores externos e paga aos cidadãos gregos os salários e as pensões. E junta-se aos outros países que estão no "garrote" como Portugal e Espanha.
Mas então não tinha sido possível executar um programa de austeridade em três anos ? Poder podia mas não era a mesma coisa para a srª Merkel que mesmo assim anda a perder tudo o que são eleições.
To VIMA : a oportunidade da social-democracia na Grécia.
"Após nove dias de conversações, os partidos gregos não conseguiram chegar a acordo para formarem governo. Por isso, haverá novamente eleições a 17 a junho, que serão organizadas por um gabinete de transição liderado pelo presidente do Conselho de Estado, Panayiotis Pikramenos.
“Com este escrutínio, o país está em perigo”, inquieta-se o jornal I Kathimerini. O diário escreve, no entanto, que apesar de se reforçar a hipótese de abandono da moeda única, “Merkel e Hollande querem que a Grécia se mantenha na zona euro”.
“Ficam provadas as previsões das cassandras internacionais”, lamenta To Ethnos, num artigo com o título “Eleições em campo minado”. “O país está num impasse. Agora, é preciso que os partidos deem respostas claras aos problemas do país” que são, especialmente, uma recessão de 6,2% no primeiro trimestre do ano e uma taxa de desemprego de 21%.
Para To Vima, estas novas eleições serão
um referendo de Antonis [Samaras, o líder da Nova Democracia, de direita] contra Alexis [Tsipras, o líder do Syriza, a coligação de esquerda radical], da direita contra a Coligação de esquerda radical, dos pró-europeístas contra os outros.
No entanto, espera Ta Nea, esta crise política
é uma oportunidade para fazer renascer e refundar a social-democracia. Os dois partidos tradicionais [a Nova Democracia e os socialistas do Pasok] têm de saber tirar lições do seu falhanço.
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