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Merkel já propôs a Hollande que os dois maiores países da Europa se entendam para um pacto de crescimento em paralelo com o pacto de consolidação orçamental já aceite por 25 dos 27 membros da zona euro.
"Iremos elaborar em conjunto um pacto de crescimento na Europa, que crie mais crescimento económico com mais competitividade", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, na recepção da Embaixada de França em Berlim, no domingo à noite."
"Ao mesmo tempo, o político alemão abriu a porta a um compromisso com Paris, indicando que a disciplina orçamental e uma política orientada para o crescimento económica "são duas faces da mesma moeda".
Enfim parece que o bom senso está de volta o que não é coisa pouca.
Acreditem que gostava de partilhar a fé que grande parte dos meus amigos parece ter de que, se François Hollande ganhar as eleições em França, muita coisa vai mudar, para melhor, na Europa, em Portugal ou na própria França. A verdade é que não partilho. Não é que deseje a sua derrota. Antes pelo contrário. Qualquer coisa é melhor que Sarkozy. Tal como, não tendo tido muita fé em Barack Obama, há três anos, acreditava que qualquer coisa era melhor que George W. Bush. Mas estas não são nem podem ser as únicas alternativas.
Tudo indica que Hollande ganhará as eleições. Mas, para mim, não será mais do que uma "Primavera Marcelista" à francesa ou do que uma mudança de nome de PIDE para DGS, à europeia: em vez de termos uma Europa comandada por "Merkozy", tê-la-emos comandada por "Merkhollande". "Merk" sempre em primeiro lugar.
Eu ainda sou do tempo em que os partidos socialistas europeus eram motivo de alguma esperança para os povos. Mas já lá vão muitos anos.
Essa esperança começou a perder-se exactamente em Portugal. Se, no seu programa de 1973, o Partido Socialista se considerava herdeiro da tradição da “luta das classes trabalhadoras pelo socialismo", não foi preciso muito tempo até que, em 1975, em plena luta de classes rumo ao socialismo em Portugal, Mário Soares tenha afirmado que era necessário "meter o socialismo na gaveta". E a triste verdade é que meteu mesmo. Não duvido que, muitas das conquistas do estado social tivessem sido levadas a cabo com a ajuda do PS. Mas também não duvido que a gradual perda dessas conquistas, que se tem vindo a verificar nos últimos anos, tenha sido levada a cabo com a ajuda desse mesmo partido. Umas vezes implementando-a ele próprio, como aconteceu com José Sócrates, outras vezes, votando a favor ou "abstendo-se violentamente", como está a acontecer com António José Seguro.
É minha convicção que, por toda a Europa, os partidos chamados socialistas, de socialista só têm o nome. Dir-me-ão que a culpa é dos "mercados", essa entidade que se tem dedicado a acabar com o estado social e à qual os partidos liberais e neo-liberais que têm governado a Europa nos últimos anos “têm” que obedecer. E o problema é que conseguem convencer os povos de que não existem alternativas. E vão ganhando eleições, alternando, ora no governo ora na oposição, sempre com o mesmo objectivo: o de subjugar os povos aos mercados, que, por sua vez, exigem cada vez mais medidas de austeridade, que os governos implementam para que possam obter mais dinheiro para que os membros e amigos do partido mantenham os lugarzinhos de grande prestígio e altas remunerações. Mas sempre à custa dos mais pobres, que, como arma, só têm o voto, cujo direito exercem, convencidos que podem mudar alguma coisa. E o que se tem visto é que nada muda. Ou antes, muda para pior. Pior para o povo que, cada vez trabalhando mais, ganhando menos e abdicando de direitos que, há anos atrás, eram inalienáveis, continua a votar, dando legitimidade aos mesmos que, depois das eleições e apesar de todas as promessas, nada fazem para melhorar as condições dos povos.
Receio que seja isto que vai acontecer hoje em França. Ao que parece, as moscas vão mudar, mas a merda será a mesma. E quem leva com ela serão sempre os mesmos.
Agora que a Espanha vacila, que a Itália corre em pista própria, a tragédia pode vir de onde nunca se esperou. A França!
Tudo indica que a França -oh! ironia das ironias - vai ter que aplicar as "medidas alemãs." A campanha para as presidenciais correu à margem desse problema, nem Sarkozy nem Hollande centraram as suas preocupações nessa possibilidade, mas Hollande não deixou de dizer que vai lançar "um imposto de 75% sobre as fortunas" e que vai abrir a porta à "admissão de 60 000 professores".
Quando um país começa a ser falado é mais que certo que a sua hora está a chegar. Mas desta vez trata-se da França o que quer dizer, no mínimo, que a União Europeia tal como a conhecemos está a dar as últimas.
A dívida, constituída por dinheiro barato, também tramou a segunda maior economia europeia. Se Hollande ganhar - e é quase certo- o eixo MerkHollande não vai estar em sintonia, o que não quer dizer, obrigatoriamente, que seja mau. Mas não sendo mau é, contudo, mais dificil. A dimensão financeira que passa a estar em jogo com - Espanha, Itália, França - é de tal ordem que tudo terá de mudar.
Havia um remanso nas Presidenciais Franceses que sofreu um forte abanão com os recentes atentados terroristas em Toulouse. Serkozy ganhava à primeira volta a três ( Serkozy, Hollande e Le Pen- filha) e o socialista Hollande ganhava na segunda volta a dois (Serkozy e Hollande).
O acréscimo de animosidade contra os imigrantes vai ter consequências desde logo ao nível do discurso. Vão endurecer as medidas para tornar mais difícil a imigração, que Sarkozy se encarregará de tomar como suas e Le Pen ganha margem de manobra para a sua xenofobia. Hollande, por sua vez, vai ter que refrear as suas propostas de conciliação com as comunidades imigrantes.
A verdade é que assim numa análise prévia, tudo se encaminha para que Sarkozy ganhe renovado fôlego ele, que parecia derrotado perante um socialista Hollande que não tem as mãos sujas da crise e que oferecia maior dinamismo para a economia. Será que o centro da campanha muda da economia para a imigração ?
O que aconteceu em Toulouse é demasiado trágico para que não tenha profundas consequências ao nível das opções no momento de votar. Se assim for é a UE que vai perder com a manutenção do eixo Merkel - Sarkozy.
Dois bárbaros e cobardes ataques em semanas consecutivas fizeram tocar as campaínhas em França. Um dos ataques contra militares dois dos quais muçulmanos e o desta semana numa escola Judaica cheia de crianças. A arma é a mesma ! Estamos perante ataques organizados ou trata-se de um psicopata?
Perante estes dramas, a união nacional, conceito tantas vezes aviltado, é a única resposta digna. É essa a homenagem mais justa que se pode prestar aos três soldados, às três crianças judias e ao seu professor assassinados. Os eleitores terão de pedir contas ao candidato ou candidatos que se afastarem deste gesto republicano.
O assassínio de três alunos e de um professor de uma escola judaica de Toulouse, a 19 de março, choca o país. Além disso, três militares foram mortos pela mesma arma nos dias 11 e 15 de março. Mas em plena campanha eleitoral, o Libération apela a que não se explore politicamente estes acontecimentos.
No dia 7 de Março de 1875 nasceu em Ciboure, parte do País Basco francês, o compositor e pianista Maurice Ravel. A vida não lhe correu bem desde jovem. Começou a querer estudar música aos 7 anos, mas só aos 14 entrou no Conservatório de Paris. Depois abandonou o conservatório e estudou sozinho. Só bastante mais tarde voltou - e em boa hora, já que teve o privilégio de estudar composição com Gabriel Fauré, que o achou “muito bom aluno, laborioso e pontual, com uma sinceridade que desarma”. Mais tarde, aspirou ao consagrado Prémio de Roma, mas o júri recusou-lho.
Foi influenciado principalmente por Debussy, mas também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas encontrou o seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado sobretudo pela corrente impressionista que, na sua época, fazia sucesso na Europa.
Em 1932, teve um acidente de táxi. Perdeu parte da sua capacidade de compor, por causa de lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta mas o corpo já não respondia adequadamente, porque sofria de graves problemas motores. Maurice Ravel morreu, em Paris, no dia 28 de Dezembro de 1937.
Exemplo máximo do seu estilo pessoal foi a mais imortal das suas composições: o Bolero, ainda hoje a obra francesa mais tocada em todo o mundo e que foi escrito por encomenda da bailarina Ida Rubinstein e estreou na Ópera de Paris em 1928. Ravel descreveu-o como "uma obra para orquestra sem música", querendo significar que só com o acompanhamento de bailarinos a peça fazia sentido.
Angola já é o terceiro país de origem das remessas de emigrantes, logo a seguir à França e à Suíça.
Segundo dados divulgados esta semana pelo Banco de Portugal (BdP), as remessas dos portugueses em Angola estavam assim em 2011 já bastante acima das recebidas de destinos tradicionais da emigração portuguesa, como os Estados Unidos (130 milhões de euros), a Alemanha (113 milhões), o Luxemburgo (68 milhões) ou o Canadá (40 milhões).
No entanto, as principais fontes de remessas de emigrantes continuam a ser a França e a Suíça. Estes dois países representaram mais de metade dos valores enviados para Portugal em 2011: 868 milhões de euros no caso da França, 681 milhões de euros no caso da Suíça."
Os que não tiveram lugar nem oportunidades na sua terra não a esquecem e continuam a enviar as suas poupanças. Angola está a crescer fortemente resultado da recente emigração de jovens quadros.
Depois de toda esta "via sacra" o que há de novo nisto para que os actuais dirigentes não sigam este caminho? Porque não estão, ainda, reunidas as condições necessárias. É, preciso primeiro reuni-las. E a dificuldade é essa!
"La réduction des déficits et de la dette est un impératif. Si les Français m'accordent leur confiance en mai 2012, je demanderai au Parlement de voter une loi de programmation des finances publiques sur le retour à l'équilibre de nos comptes avant 2017. Cet effort sera réalisé dans la justice sociale. Mais rien de sérieux ne sera possible sans la croissance; elle est la grande oubliée de l'accord de Bruxelles avec même le risque d'accentuer la récession, au point d'en inquiéter les marchés eux-mêmes." ( a redução da dívida e dos déficites é um imperativo.Se os Franceses me derem a sua confiança em 2012, pedirei ao parlamento para votar uma lei de programação de finanças públicas para voltarem ao equilíbrio antes de 2017. Este esforço será realizado com justiça social. Mas nada de sério será possível sem crescimento da economia; o crescimento é o grande esquecimento do acordo de Bruxelas, acentuando os riscos de uma recessão ao ponto de inquietar os próprios mercados)*
Os que se indignam com as políticas seguidas que encontram de novo nas propostas de um socialista que a ser presidente só o será no fim de 2012? Nessa altura já poderá lançar políticas activas de crescimento económico. Oxalá, porque poderá Hollande e todos os outros!
PS: tradução feita directamente do original
Alemanha e França já fizeram saber que atirar para fora da zona euro quem não quer lá estar ou aqueles que não podem lá estar é uma questão de tempo. Ninguém está disposto a pagar as contas, a não ser que seja obrigado a isso, o que não é o caso. Uma Europa a duas velocidades não é uma grande ideia , mesmo para aqueles dois países. Veja-se o que se passa com o México e os Estados Unidos. Estes gastam milhões a defenderem-se da invasão dos males mexicanos e, estes, passam a vida a dizer "tão longe de Deus e tão perto dos US".
Uma ideia maravilhosa, a União Europeia, germinada pela França que está farta de levar com os Alemães, numa tentativa de trazer paz para o centro da Europa, pode cair aos pés de uma miserável crise de gananciosos e de governos que andaram a "brincar ao ceguinho", durante trinta anos.
É uma notícia que terá consequências inimagináveis para o futuro! Oxalá a ponderação e o bom senso regressem!
«A entrada da Grécia no euro "foi um erro", defendeu ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, numa entrevista televisiva transmitida pelos principais canais franceses. Nicolas Sarkozy relembrou que nem ele nem Angela Merkel, chanceler alemã, estavam em funções quando foi decidida a entrada da Grécia no euro e afirma que o país entrou "com números falsificados" e sem uma "economia preparada para assumir a integração na zona euro".» [Antena 1]
Nem ele nem a Angela estavam em funções. Comecemos pelo princípio, que é sempre uma bela maneira de começar. Não remontemos, porém (ai o pudor), ao tempo em que o pequeno Nicolas ainda não tinha descoberto os sapatos de tacão-alto ou a desditosa Bruni. Quando falo de princípio, quero dizer dos Princípios a que já aqui aludi. E o princípio do pequeno Nicolas é algo como: a Europa somos nós, eu e a minha roliça Hausfrau. O inusitado eixo franco-alemão; é disso que ele fala. E nós, em falando, falamos de gentes – eles − que se matam quando separadas, gentes que esfolam quando unidas.
Este pequeno-grande néscio admite, pensando como deus lhe deu (QI-dois-mais-vinte-e-cinco-dá-dois), que a Europa de hoje se resume ao novo eixo (que gozo me dá usar este termo: “novo eixo”). O eixo franco-alemão. Espetem-me garfos nos olhos e rodem até sangrar (eu já o fiz e escrevo de ouvido), mas a verdade é que o pr eleito está, por uma vez, carregado de razão: quem raios deu a este casal de brita-ossos o poder de se assumir como dono da Europa?
A Grécia-Erro é um belo erro, mas não é o nosso erro? O vosso erro? Da Alemanha e da França? Como raios hei-de dizer isto de uma forma meiguinha?
Ide para a puta que vos pariu? Quem vos elegeu? Querem uma federação? Proponham-na e proponham-se para a dirigir, que isto de pagar para abater árvores de fruto ainda não é propriamente um sufrágio. De resto, isto dos 17-na-sexta-27-no-sábado é menos que zero. Temos, pois, de acordo com o pequeno Nicolas, consorte (com muita sorte) da Fräulein, quatro europas. A Europa deles, a Europa dos 17, a Europa dos 27 e a Europa apesar da Grécia. Apesar de nós, também. Mal ele sabe que a Alemanha o coloca no saco com os outros 15. E eis a quinta Europa. Está-lhes na massa do sangue.
O busílis é que estes outros 15 ou 25 não foram convidados para a casa de ninguém. Não somos, falando agora dos 15 tansos envenenados (cada um à sua maneira) pelo marco-franco denominado Euro, uma espécie de movimento-dos-trabalhadores-sem-terra. Não nos resumimos àqueles reinos lá-longe-longe. Donde vêm as encomendas de cereais e de bê-émes.
Ursinho, Angelita (até tens um petit nom hispânico, vê lá isso) que veio do leste, homem pequeno, leiteiro da mulher do homem pequeno: vós sois a circunstância; nós somos a estrutura que vos… estrutura. E que tal um Euro-Eixo? Não quereis, suponho!; que assim vos foge a clientela. Agora deixo-te em paz, Nico, falo agora para a tua chefe: porque não voltam ao marco, hein? Fica o desafio. Uma voltinha ao marco. Quarto Reich e tal. Continua a ser o vosso sonho, certo? Já lá vão cerca de sete décadas sem queimar judeus às escâncaras. A ressaca bate forte, imagino. Termino este faduncho à desgarrada, e que nem sequer vou rever, dizendo apenas: os boches mudaram de táctica, mas o sangue de 39-45 (foi em 45 que o vosso moreno-ariano-judeu-austríaco se matou) continua a bombar-vos a gelatina a que nos homens se chama coração.
Em suma, e volto ao casal adolf-eva, (abastardando o poeta) a vossa Europa é mais rica que a Europa que corre pela minha aldeia, mas (e já terminei a ignomínia de dobrar o trovador) a vossa europa não sobrevive sem a nossa europa.
Agora, os partisans somos nós. E desse vosso lado?, ninguém diz: "Vive le Québec libre"?
(este post é dedicado ao António Filipe; também no homem-garnisé...)
Pegamos nos alemães (com excepção dos que escrevem nesta pegada), amarramo-los a cadeiras, mantemos-lhes os olhos abertos à força (com aquela geringonça que usaram no Alex da Laranja Mecânica) e é só obrigá-los a revisitar as seis primeiras décadas do século passado. Em fotografia (há umas que eles próprios tiraram e que não podem deixar de lhes ser exibidas), em filme, em prosa, em poesia, em música, em ensaio, em todo o tipo de narrativas históricas, económicas e sociais. Em plano Marshall, também, há que não esquecer.
No final, alguém que lhes diga que não nos estão a fazer favor nenhum. Que o resto do mundo, sim, lhes fez um favor. Ao deixar que se reerguessem e se reunissem. Que o resto da Europa, sim, lhes fez um favor, ao ser estúpida ao ponto de se deixar fazer novamente refém. E, no fim de tudo, soprar-lhes que eles continuam a precisar de nós; afinal, todos os países da Europa os têm como primeiro ou segundo maior fornecedor de bens de primeira, segunda e terceira necessidade. Fomos burros que nem portas, sim, e por isso somos bons clientes. E, ao contrário do que eles chegaram a pensar fazer aos judeus que sobrassem, não os mandámos a todos (aos boches, entenda-se) para Madagáscar. Nem tal nos passou pela cabeça.
Não!, os alemães não nos estão a fazer favor nenhum! Ao mundo, entenda-se. É preciso é estar sempre a alertá-los para isso, que são tipos de memória curta.
Dos franceses, a outra potência deste insólito novo Eixo — Eixo Franco-Alemão, que ironia desavergonhada —, falarei noutro dia. Mas não sem adiantar, desde já, que, para além de padecerem igualmente de problemas de memória, não têm um pingo de vergonha na cara. Nem de amor-próprio ou, se quiserem, de respeito pelo próprio passado.
Em suma, quando a fome se junta com a vontade de comer, tudo se esquece, tudo se apaga. É como se nada houvesse sido, tudo se passa como se a história tivesse começado ontem. Mas não começou, essa é que é essa. E aí é que a porca torce o rabo. Que não peça respeito quem não se dá ao respeito. Que não dê lições quem demonstre não ter aprendido as suas.
A notícia vinda de uma televisão e de um jornal de Barcelona vale o que vale, mas será que o homem consegue falar francês?
Este senhor da imagem chama-se Ilídio Vale e acabou de colocar Portugal na final do Mundial de Sub 20, em futebol. Dele, e da rapaziada que conduz, pouco temos ouvido falar. Como é consabido, esta é uma selecção mal-amada, desprezada, praticamente marginalizada pela imprensa (amanhã, talvez já sejam os melhores do mundo nas edições dos desportivos e mereçam uma chamada de primeira página nos jornais ditos de referência). Dizem que praticam um mau futebol, "apesar de terem eliminado a Argentina e a França".
Este post complementa o anterior. Em 1989 e 1991, o país parou para ver os jogos dos figos e pintos desse tempo; em 2010, o país vê, na Sport TV, o Barça papar o Real pela enésima vez, ignorando o jogo que passava em sinal aberto. Ignorando o Portugal que nos alberga, envergonhados dele, publicamente inscientes de que é a nossa imagem cuspida e escarrada. É destas pequenas coisas que se vai fazendo Portugal; este Portugal que insiste em não limpar o cotão que tem no umbigo (a troika diz não ser esse o caminho). Este é e não é o meu Portugal. É um Portugal que me dói e que me cura, quando dele me ausento. Um Portugal a quem resisto porque é meu filho e meu pai. Em 89 e 91, comprávamos tractores em forma de jipes e casas de férias, em 2011, com ar de "a próxima rodada é por minha conta", pagamos descadadores de bananas em 50 prestações com juros a rondar o insulto. Talvez por aí resida a diferença, de país de revigorados novos-ricos passámos a terra de pobres-ricos-novos, cansados e envergonhados da imagem que o espelho nos devolve. E sempre com o dinheiro dos outros. Apesar de em 1989 e agora nos andarmos a enganar a nós próprios, aqui há vinte e tal anos julgávamos que era só aos outros; agora, afundados em dívidas e galinhas no quintal melhores do que as da vizinha, sabemos, lá bem no fundo, que somos nós próprios os enganados. E queixamo-nos muito. E trabalhamos nada.
PS - Boa sorte para os putos na final.
PPS - Não me levem a mal, mas o plural que usei não me inclui, assim como não incluirá muitos dos poucos que por aqui passam. Mas tem de incluir alguém, que a culpa, essa, está prometida desde que nasceu a um qualquer segundo filho de boas-famílias.
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