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Sociedade de participação,ou seja, uma sociedade em que o povo apenas participa pagando impostos. E não é que hoje o rei da Holanda anunciou o fim do Estado Social no seu país, o rei disse mesmo que as pessoas se devem habituar à ideia duma "sociedade de participação", ou seja, uma sociedade sem criação de emprego, saúde e educação pelo Estado, uma sociedade do salve-se quem puder, em que a única lei vigente é a lei do mais forte, a lei da selva, puro darwinismo social. O curioso nesta "sociedade de participação" é que as pessoas participam da mesma forma como participam na existência dum Estado Social, ou seja, participam pagando impostos. A diferença é que no Estado Social os impostos são devolvidos em serviços que o Estado presta às pessoas como educação, saúde, etc. Na "sociedade de participação" os impostos talvez sejam para pagar o salário anual de 825.000€ do rei, ou o custo anual de manter a monarquia de 100 milhões. Entretanto as notícias que os ventos trazem da Grécia anunciam que a luta contra o fascismo voltou a estar na ordem do dia.
Wikipedia Português - Uma distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "utopia negativa". São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um controlo opressivo da sociedade. Nelas, a sociedade tida como perfeita, utópica, mostra-se corruptível, e as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Com isso, a tecnologia, as inovações que aparentemente fariam dessas, sociedades perfeitas, acabam por tornar-se meios de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações.
“Vivemos num mundo ao contrário” diz Eduardo Galeano, num mundo onde se usam limões verdadeiros para fabricar detergentes e produtos de limpeza, e usam-se uma panóplia de aditivos sintéticos (corantes, conservantes, aromatizantes) para fazer sumo de limão. Foi aprovado há umas semanas nos EUA uma lei que protege uma multinacional chamada Monsanto dando-lhe a completa imunidade face aos riscos para a saúde e para o ambiente dos seus produtos alimentares geneticamente modificados, colocando-a mesmo acima da Lei. A Monsanto já tem um cadastro invejável de crimes contra a Humanidade, durante a Guerra do Vietname produziu e vendeu uma mistura de dois herbicidas, conhecida como Agente Laranja, que o exército norte americano espalhou sobre o território vietnamita, com consequências e sequelas irreversíveis nas populações vietnamitas e nos próprios soldados americanos, consequências que ainda hoje se fazem sentir naquela região. Para quem quiser ter uma ideia experimentem colocar as palavras ‘agente laranja vietname’ num motor de busca e ver as imagens estarrecedoras que aparecem, mesmo nos dias de hoje apesar destes acontecimentos terem ocorrido nos anos 60 do século passado. Actualmente a Monsanto descobriu que alimentar o mundo é um negócio lucrativo, pelo que andam ocupados a patentear sementes de produtos agrícolas geneticamente modificados, obrigando desta forma os agricultores a pagarem novamente por estas sementes no ano seguinte, uma vez que cada uma destas sementes modificadas geneticamente tem um ‘gene suicida’, não permitindo que as sementes no ano a seguir sejam viáveis. Tradicionalmente os agricultores por todo o mundo guardavam sementes dos seus campos, contribuindo de forma sustentável e viável para a manutenção de diferentes variedades e fomentando uma biodiversidade agrícola rica. O CEO da Nestlé disse nesta semana que a água não é um Direito Humano, que deve ser privatizada, porque só os homens de negócios é que têm sapiência e meios para gerir este recurso limitado. Talvez interesse saber que a Nestlé tem um laboratório que produz água, ou melhor, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais da sua patente, negócio lucrativo uma vez que todas as pessoas necessitam de água para viver. Saiu também uma notícia referente à intenção da Nestlé privatizar uma planta que tem sido usada como medicamento há milhares de anos pelas populações da Ásia e do Médio Oriente. A Nestlé refere que foram os seus cientistas que descobriram as propriedades milagrosas da planta, e pretendem assim criar um monopólio lucrativo, impedindo em termos legais as populações locais de usar essa planta que usaram desde sempre. De facto, parece que a regra nos dias de hoje é criar problemas para depois aparecer com a solução milagrosa e ganhar muito dinheiro. A privatização e patenteação da Natureza e da Vida é de facto um assunto muito sério, em variadíssimos aspectos incluindo éticos. Esta semana também começou a ser julgado no Supremo Tribunal de Justiça dos EUA um caso a propósito de patentes de um laboratório de dois genes ligados ao risco de cancro da mama e dos ovários. A questão de fundo é se os genes devem ser patenteáveis.
Na Grécia: a Troika ordenou uma total censura nos meios de comunicação europeus sobre a situação de verdadeira emergência humanitária que está a acontecer ao povo grego. A Aurora Dourada deu início à doutrinação de crianças do ensino primário com os ideais do partido de extrema-direita.
Na Húngria: o parlamento húngaro aprovou uma extensa emenda constitucional que determina, por exemplo, o controlo da liberdade religiosa e a redefinição de funções do Tribunal Constitucional. Ser sem-abrigo passa a constituir um acto criminoso e dá direito a multa ou pena de prisão; campanhas políticas nos meios de comunicação passam a ser proibidas; a noção constitucional da família é restringida ao casamento entre um homem e uma mulher e respectivos filhos.
Na Itália: o partido populista, o Movimento 5 Estrelas, liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo, é o vencedor das eleições italianas. Aparece contra o sistema e os políticos, ataca os sindicatos, está disponível para dialogar com a extrema-direita, quer proibir o financiamento público dos partidos e impede os seus próprios candidatos de participarem em debates.
Em Portugal: está em implementação o Sistema Integrado de Informação Criminal, com o objectivo de controlar politicamente a investigação criminal e as informações produzidas, aproveitando-as para fins que a Constituição não permite, como a "prevenção de ameaças graves e imediatas à segurança interna", conceito muito abrangente, que inclui até meras manifestações cívicas. O Ministério Público, que por imposição constitucional dirige a investigação criminal e a quem todas as polícias criminais devem obediência funcional, está afastado da direcção deste sistema. Estão também a ocorrer acções de formação da GNR a civis, com as quais se pretende que estes venham a ser «interlocutores das forças policiais junto das suas comunidades». e que «estas pessoas podem também fornecer às forças policiais informação privilegiada sobre o que se passa nas comunidades». Tal não é inédito em Portugal, em 1945 Salazar com o objectivo de modernização do aparelho policial secreto cria a PIDE, atribuindo-lhe a missão de defender o regime contra as actividades das organizações clandestinas e «subversivas». É instituído o recurso a métodos que iam da vigilância dos actos quotidianos, da correspondência e das telecomunicações privadas de «suspeitos», à prisão sem culpa formada e à criação e manutenção de uma rede tentacular de informadores civis. Esta teia de vigilância civil era um dos pilares fundamentais da PIDE e adquiriu tais proporções na vida quotidiana portuguesa, que deu origem a hábitos sociais e culturais, ainda hoje detectáveis como o ditado: «até as paredes têm ouvidos».
O mais perturbador destas notícias é o acordar de todos os demónios que assolaram a Europa no século XX, muito dificilmente destes acontecimentos não resultarão consequências imprevisíveis para o futuro da Europa. A situação penosa na Grécia, o primeiro país a ser intervencionado pela Troika, já se pode afirmar sem grandes rodeios que o Neoliberalismo e as políticas de austeridade cegas conceberam um filho chamado Aurora Dourada, conseguiram de facto ressuscitar o Nazismo com uma nova roupagem, algo impensável há uns tempos atrás. Ou acontece de facto algo extraordinário, ou a Europa vai entrar, novamente, numa longa noite.
Eu saio à rua no dia 2 de Março porque em pouco mais de um ano e meio deixei de conhecer o país em que nasci, vi a pré-instalação de um paradigma que ninguém votou nem ninguém quer, de um paradigma que oprime e limita os direitos e liberdades dos cidadãos e da sua dignidade, vi a desigualdade, o desemprego e a pobreza aumentarem, vi pessoas doentes com cancro e seropositivas que deixaram de receber medicação e tratamentos para não haver gastos de dinheiro, vi deficientes acamados a pernoitarem em frente à Assembleia da República a lutar pelos seus direitos, vi famílias carenciadas que deixaram de ter qualquer apoio social entregues a si próprias, vi jovens a serem agredidos pela polícia por não terem pago um bilhete a um cão, vi uma idosa a pedir esmola nas ruas porque os filhos e netos ficaram desempregados, vi duas pessoas serem constituídas arguidas por distribuírem simples panfletos, vi pobres a ficarem mais pobres e ricos a ficarem mais ricos, vi a serem instaladas as palavras-chave “Austeridade, Precariedade, Competitividade” por toda a Europa, vi a esperança desaparecer do rosto das pessoas, vi uma canção ser cantada na Assembleia da República, vejo actualmente um Governo e um Presidente em fuga e com medo dessa canção.
O povo é quem mais ordena.
Li há uns meses um livro do filósofo Rob Riemen com o sugestivo título "O Eterno Retorno do Fascismo". Logo no 1º capítulo o leitor é brindado com uma genial alegoria sobre o surgimento do Fascismo ou de um outro qualquer totalitarismo. Refere a história dum médico que se depara com um rato morto no patamar, embora tratando-se duma descoberta insólita não lhe dá muita importância, apenas prevenindo o porteiro. No dia seguinte descobre mais três ratos mortos. O porteiro garante-lhe que se trata apenas duma brincadeira de garotos. Nos dias seguintes continua a deparar-se com um número crescente de ratos mortos na cidade, e ao mesmo tempo um número crescente de pessoas doentes com os mesmos sintomas. Não restam dúvidas, trata-se duma epidemia. Mas de quê? Um colega mais velho adverte-o que ambos sabem muito bem do que se trata e de que, além disso, toda a gente incluindo as autoridades, negarão a verdade enquanto for possível, alegando que não pode ser verdade, que já não há nada disso, que não vivemos na Idade Média, que não devemos ser alarmistas... Mas como o autor refere negar os factos não os muda, e quando a epidemia se espalhou por toda a cidade, foi necessário dar-lhe um nome: Peste!
Em Portugal tem surgido vários ratos mortos no que respeita a ataques às liberdades e direitos dos cidadãos, negar os factos não os muda, a continuar este caminho um dia vai ser necessário dar-lhe um nome.
Esta semana um relatório da Agência Europeia do Ambiente alertou para potenciais riscos ambientais das novas tecnologias, criticando governos e empresas que têm ignorado vários sinais de risco, tendo levado a danos evidentes para a saúde humana e para o ambiente. O relatório acusa directamente o sector privado de ter manipulado a opinião pública em vários momentos, através de cientistas contratados ou comentadores nos órgãos de comunicação social. “Fabricar a dúvida, desrespeitando as evidências científicas sobre os riscos e alegando excesso de regulação, parece ser uma estratégia deliberada de alguns grupos industriais e think tanks para minar o processo de decisão baseado no princípio da precaução”, alega o relatório. Já Lester Brown chamava a isto a mentalidade do “business as usual”, fazer negócios como de costume, o que interessa são as palavras-chave empreendedorismo e inovação em vez das palavras segurança e sustentabilidade, empreender e inovar não se sabe bem para quê nem para quem, mas é preciso manter a máquina do mercantilismo a rodar, e colocar produtos nos mercados para serem consumidos, mesmo que provoquem Cancro ou a doença de Alzheimer não importa, são os chamados danos colaterais. E é devido a esta mentalidade do “business as usual” que estamos como estamos, em que as pessoas são tratadas como meros danos colaterais, em que só há espaço para o consumismo e deixou de haver espaço para a humanidade.
Há quanto tempo vivemos em crise? Pergunto-me, perdi definitivamente a conta de quando foi a primeira vez que ouvi falar que estamos em crise, é como se o facto de estar em crise se tivesse tornado numa condição permanente neste país, há muito tempo que estamos em crise, muito antes de terem entrado o FMI e a Troika, eram outras crises domésticas e de pouca importância, pensávamos nós, mas que confluíram no desastre actual. Como é que deixamos e permitimos que isto acontecesse? Como é que permitimos que tivessem usado e abusado do nosso dinheiro em coisas que não serviam o país? Como é que nos deixamos adormecer desta maneira e que agora nos está a custar imenso a acordar? Como deixamos que outros direcionassem um caminho errado para o país e consequentemente para as nossas vidas? Sabemos que as coisas estão mal, sabemos que com o caminho actual não irão melhorar, antes pelo contrário irão agravar-se, sabemos que nos estão literalmente a roubar e já não é de agora, sabemos que nos mentem diariamente, também já não é de agora, e até sabemos o que deveríamos fazer ou o que é necessário fazer, assim desejamos realmente agir segundo o que sabemos? É com esta pergunta que nos deparamos numa espécie de beco sem saída, deixamos que outros controlassem as nossas vidas e o país que nos tornamos preguiçosos, eles que tratem disso que a economia e a política são muito maçadoras, o melhor é não dizer e nem fazer nada por que eles mandam e têm poder, e assim foi moldado e formatado o cidadão, não só de Portugal mas um pouco em todo o lado, acomodado e apático. A crise está a trazer muitas mudanças, o país está mesmo a mudar, uma das mudanças, parece-me, é a que o cidadão comum está a acordar, agora falta com que ele aja e encontre por ele e em colaboração com outros cidadãos as alternativas que não estão nos memorandos assinados nem nas vontades políticas dominantes, mas que existem.
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