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E lá me convenci a ler a entrevista que o Sócrates deu ao Expresso. Seria fanatismo não o ter feito. Só não comprei o jornal por uma questão de Princípio. Um dia, ainda no tempo do "arquitecto", assim decidi. E assim tenho feito. E farei, até que decida o contrário. O que não me parece que esteja para breve.
Quanto à entrevista. Com uma ou outra excepção, gostei do que li, embora tenha embirrado com aquela novidade irritante na apresentação das perguntas. "Ele isto, ele aquilo". E depois cai uma resposta. Deve ser mais alguma coisa "que está a dar" só porque algum jornal estrangeiro de nomeada faz assim. Não há provincianismo tão puro como o de uma certa Lisboa. Mas a esse pormenor Sócrates é alheio. Adiante.
Porrada que ferve. E língua bem afiada. Impossível eu não gostar do tom geral.
Porrada no rodinhas das finanças boches, um dos mentores do que nos está a acontecer agora. Não é novidade mas gostei de o ver confirmado.
Porrada no Santana. Nesse, só se perdem as que não lhe acertarem em cheio no focinho. Essa puta que joga mais baixo do que barriga de crocodilo e com quem um dia o país terá de ajustar contas.
E porrada nesta coisa que nos governa. A acreditar no Sócrates, e neste ponto acredito, foi o próprio Barroso, entusiasta do PEC4, que o avisou que o PSD iria votar contra. A razão nem carecia de ser dada. Apenas para ganhar as eleições. Nada de novo, portanto, não ser nos detalhes contados. E o diabo está mesmo nos detalhes. Valeu ao menos por isso.
Não gostei mesmo nada da parte "filosófica" da entrevista, com citações de 5 em 5 linhas. Mas o homem sempre gostou de citar. Nada a fazer. E agora que é mestre o diabo que o ature. Foi tanto ismo e ista que cheguei ter vontade de levantar o dedo e pedir para sair mais cedo. Sócrates está baralhado e ainda não sabe como vai juntar tanta filosofia da moda com a política à qual claramente vai regressar (ele acaba por dizer que já está algo cansado de apenas contemplar). Aquela resposta ao caso da tortura de Estado num caso hipotético em que Lisboa estivesse sobre ameaça terrorista é um novelo. Sócrates sabe bem o que faria e percebeu bem a pergunta. Mas fugiu a ela, enrolado em citações.
Quanto à origem do dinheiro, fiquei como devo ficar. Com a ausência de uma condenação penal pelo que quer que seja. E com a minha opinião em relação ao caso Freeport. O homem até poderá ter metido a unha aqui ou ali (e apenas digo isto para melhor me explicar), mas não tem a ponta de um corno a ver com o Freeport.
O tema da homossexualidade é patético. Desde logo, porque sempre me serão indiferentes as opções sexuais de cada um, só não me sendo indiferente que alguém seja prejudicado pelo que faz dentro de portas. Desde com consentimento esclarecido dos intervenientes, claro. Nunca perceberei a homofobia e tendo a reduzi-la a uma imensa vontade de experimentar e sentir que o melhor é lembrar e provar a cada momento que se é muito macho. Ou então uma auto-repulsa que se projecta nos outros. Em qualquer caso, graves indefinições sexuais. Que raio tenho eu a ver com as opções sexuais do outro é algo que me ultrapassa. E voltamos de novo ao Santana, filho de carne e que não degenerou, do queirosiano Dâmaso de papel. Os pormenores da origem do boato já os conhecia. Apenas não pensei que Sócrates viesse um dia a falar deles. E também não vejo a razão para se justificar, a não ser o facto de estar em pré-campanha.
Em suma, gostei da entrevista, gosto das ganas do homem, não gosto do homem. Não me incomoda que volte à política, ainda para mais se vier para chamar os bois pelos nomes, mas não voltará a contar com o meu voto (já expliquei as razões e as ditas não são agora para aqui chamadas). De resto, dá-me imenso gozo sentir toda a tralha de direita a bater o dente de cada vez que o homem está para falar e a lamber as feridas depois da faladura. Uma última coisa. A minha decisão de não voltar a não comprar o Expresso saiu reforçada. Aquela cena de ser o líder que a direita sempre quis foi puro sarcasmo. E o pasquim não tinha o direito de tirar a frase do contexto e de a pôr a circular. Diz que é uma espécie de "jornalismo".
"A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.
É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido pelo Governo e pela troika.
É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.
É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.
É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.
É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.
E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.
Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano. É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes. É um orçamento contra a economia. E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.
Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor."
Nicolau Santos, Expresso
Solicito ao Professor Doutor Emérito Relvas Miguel (já passaram uns dias e presumo a natural evolução académica) que não exija, em meu nome, desculpas a quem quer que seja. Não o tenho por homem de bem e não o mandatei para nada. Mais depressa me atiraria da varanda acima após uma injecção na testa.
Agradeço ao Expresso o esclarecimento de mais um pedaço desta infâmia.
E vão duas; vou agora sentar-me naquele sofá e esperar que a decência e a mágoa da culpa se apresentem nas paradas onde estão em falta.
Cartoon: Benett http://benettblog.zip.net/
A Ongoing o Expresso e a SIC são mais que adversários . São inimigos. Odeiam-se a ponto de terem acções em tribunal, porque a Ongoing quis controlar a Impresa que controla o Expresso e a SIC. Estão envolvidos, neste caso, elementos de todas estas empresas o que não é casual. Como pano de fundo temos um ministro que quer privatizar a RTP e, assim, tirar um bocado importante do mercado de publicidade às televisões existentes. Depois, adivinhem lá, um dos pretendentes à privatização da RTP é a Ongoing, até lá tem o Eduardo Moniz para desenvolver o negócio...
Todos os analistas que apontam a demissão a Relvas são do PSD o que não deixa de ser curioso ( Marques Mendes e Marcelo). A demissão de Relvas abre caminho a interessados no negócio da privatização? Isto é, substituir Relvas por um defensor da RTP pública?
Pelo que vi na Assembleia e agora na Comissão ninguém é capaz de conectar decisões do ministro com as mensagens do ex-espião que parece que se vendia fornecendo informações a muita gente.
Relvas vai manter-se no governo mas a privatização da RTP ficou mais longe! E Relvas já não aguenta outra igual. Está muito desgastado e é o "monstro" do governo na opinião pública como Santos Pereira é o "patinho feio".
Hoje na Revista do Expresso : A pobreza está de volta, mas as dificuldades ainda mal se percebem à superfície. estão escondidas. Ninguém fala, ninguém dá a cara, " Não há quem não trabalhe ou não tenha alguém que trabalhe para o governo . É claro que as pessoas têm medo de falar" diz um dirigente sindical.
Quando o Presidente da Segurança Social da Madeira falou de uma taxa de pobreza de 22%, muito longe dos 4,5% anunciados pelo governo regional, foi afastado.
"Há situações de suicídio de perda de saúde mental" diz o cónego Martins.
Mário Crespo dá sinais que o mimetismo atinge toda a gente. Agora escreveu no Expresso que o jornal onde escrevia não tem moral nem deontologia profissional. Síndroma Cavaco?
É como estar há trinta anos na política e não pertencer à política. Escrever no jornal e ser pago mas não querer misturas, o jornal não o merece. Há cada vez mais casos destes no país, ninguem tem culpas nem responsabilidade, os outros é que são muito maus, eu até avisei e não pertenço a esta pandilha. Mas retiram o máximo que podem deste sistema que tanto repudiam. Virgens ofendidas e com um ego do tamanho do mundo é o que é, mas que, infelizmente, não corresponde à obra produzida.
Estão convencidos que são uma grande coisa e querem-nos convencer disso mesmo, afastam-se o mais que podem mas retirando vantagens e mordomias. Fantasmas grotescos que pairam sobre a dor alheia! São todos bons o país é que não presta!
Consultando um qualquer dicionário de Inglês, ficamos a saber que to spin significa "moldar", "fiar", "tecer" qualquer coisa. E, ficamos, também, a saber que To give something or someone a spin significa "dar a volta a algo ou a alguém", "enrolar", "ludibriar" alguém. Quando aplicado à assessoria política ou ao campo dos media, to spin significa maquilhar, adulterar a significação de algo ou de alguma coisa, no fundo, favorecer ou denegrir a imagem de um determinado actor político. Com o objectivo de marcar a agenda dos meios de comunicação, seja através da manipulação ou maquilhagem de factos, seja mediante o recurso a outro tipo de estratégias que têm como propósito aumentar a notoriedade pública e a aura dos actores políticos, os spin doctors são os «directores» do theatrum politicum e um importante elo de ligação entre a representação do poder e o funcionamento específico do sistema mediático.
Ora, ao ler a primeira página do Expresso de 21 de Janeiro, ficamos a saber que Cavaco Silva "fez tudo para que meia hora caísse" e que a proposta de prolongamento da "jornada" de trabalho nunca agradou ao Presidente da República. O Expresso dedica duas páginas aos 365 dias da reeleição de Cavaco, sublinha as áreas onde, eventualmente, "Cavaco se afasta de Passos", "a vitória na concertação social", garante que "Cavaco não quer ficar como o presidente laranja" e reitera, ainda, as preocupações sociais do PR, o intervencionismo social de quem, afinal, mal ganha para pagar as despesas. Tudo isto numa semana em que Cavaco Silva viu o seu ethos e a sua imagem pública afectada devido às polémicas declarações sobre as suas "baixas" reformas. Num plano meramente denotativo, poderíamos asseverar, acredito que ingenuamente, que o Expresso apenas se limitou a fazer a cobertura informativa da Política Presidencial. Mas, num plano mais crítico, acredito que se pode reiterar que há, aqui, "desenho", manufactura e transmissão de uma comunicação próxima das técnicas de marketing e relações públicas, como Walter Lippmann e Edward Bernays, no seu tempo, nos ensinaram. Os spin doctors actuam na sombra ou no backstage da dramaturgia política , condicionam cada frame do relato mediático, e procuram que a cobertura dos media seja favorável à imagem que se pretende projectar. Estrategas como Karl Rove, conhecido como o «arquitecto» da Casa Branca e o «cérebro de Bush», ou Alastair Campbell, assessor de Tony Blair até Agosto de 2003, são exemplos paradigmáticos de uma arte que visa «intoxicar» o relato mediático e construir a estratégia que melhor favoreça a imagem dos seus clientes. Eu não conheço os spin doctors do PR, nem sei se os tem. Mas sei, também, que se os tem, eles conhecem a linguagem dos meios de comunicação e sabem como maquilhar e condicionar o sistema da opinião pública. Sobretudo numa altura em que a imagem de Cavaco Silva já teve melhores dias.
O Expresso de hoje publica a seguinte manchete: “Deputado do BE João Semedo foi sócio do BPN numa clínica do Porto”. Depois, no interior, conta uma história totalmente diferente: Semedo criou em 1994, com outros médicos, uma clínica, que tinha como sócio minoritário uma companhia de seguros, Real, dirigida então por um autarca socialista. Essa companhia de seguros foi comprada pelo BPN muito mais tarde, em 1999, e poucos meses depois Semedo desligou-se da empresa, tendo passado a dirigir o hospital público do Porto dedicado às doenças infecto-contagiosas. Aqui têm a história como ela é.
E alguns factos mais:
FACTO 1: O governo divulgou um relatório sobre a reforma da saúde, que prevê o fecho de seis hospitais públicos, a transformação de todos os hospitais públicos em empresas e outras coisas parecidas. Esse relatório foi coordenado por José Mendes Ribeiro. Como eu lembrei aqui no FB, Ribeiro foi durante anos o gestor do grupo BPN na saúde e saiu com um passivo de 100 milhões de euros. João Semedo foi o maior crítico desta proposta do grupo governamental e tem toda a razão.
FACTO 2: Ribeiro deu uma entrevista ao Expresso, que é hoje publicada com honras de duas páginas (ninguém lhe pergunta nada sobre a sua experiência como dirigente do BPN na saúde). Ao mesmo tempo, vá-se lá saber como, o Expresso começa a investigar a “acusação” contra Semedo. A vingança move o mundo.
FACTO 3: João Semedo criou uma clínica com outros médicos (1994). Associou-se então a uma companhia de seguros, que nada tinha que ver com o BPN. Anos mais tarde, o BPN comprou essa companhia de seguros (1999), sem que naturalmente houvesse qualquer conhecimento prévio, interferência ou decisão nesse sentido por parte dos médicos que faziam parte da clínica. Semedo abandonou a empresa logo depois (2000).
FACTO 4: Em 2000, ninguém conhecia qualquer irregularidade no BPN nem em qualquer das suas empresas. Isso só se soube muito mais tarde, em 2007.
FACTO 5: João Semedo foi um deputado exemplar em independência e rigor na Comissão de Inquérito sobre o BPN. Fez um serviço essencial à democracia, contra o que sabemos hoje ter sido um gang que prejudicou gravemente os contribuintes. Percebo quem se queira vingar dele. Eu defendo-o, porque é de rigor e honestidade como a do João Semedo que o país precisa.
FACTO 6: Eu tive uma conta corrente no Banco Espírito Santo durante os anos 70, onde depositava o meu salário que devia então andar pelos 6 contos. Espero que o Expresso publique no próximo número a seguinte manchete: “Francisco Louçã apanhado em parceria de negócios com Ricardo Salgado desde os anos 70”.
Pois é, meu caro deputado, não lhes dê ideias...
BEM-VINDO: O EMPRÉSTIMO ONLINE ENTRE PESSOAS GRAVE...
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Olá senhoras e senhores!O ano está acabando e esta...
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