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Vale a pena ganhar algum tempo e ler este texto do Grupo Krisis. A edição portuguesa data de 2003 e qualquer semelhança com a actual situação já não é mera coincidência.
A crise do trabalho arrasta consigo necessariamente a crise do Estado e, portanto, da política. Basicamente, o Estado moderno deve a sua carreira ao facto de o sistema produtor de mercadorias precisar de uma instância superior que garanta, no quadro da concorrência, os fundamentos jurídicos e os pressupostos da valorização do capital – incluindo um aparelho repressivo para o caso de o material humano se insubordinar contra o sistema. Na sua forma amadurecida de democracia de massas, no século XX, o Estado teve de assumir, de forma crescente, encargos de natureza socio-económica: não apenas o sistema de segurança social, mas também a saúde e a educação, a rede de transportes e de comunicações, infra-estruturas de todo o tipo que se tornaram indispensáveis para o funcionamento da sociedade do trabalho, enquanto sociedade industrial desenvolvida, mas que não podem ser organizadas de acordo com o processo de capitalização da economia empresarial. E isto porque as infra-estruturas têm de estar permanentemente disponíveis para o conjunto da sociedade e têm de cobrir todo o território, não podendo portanto ser obrigadas a adaptar-se à s conjunturas da oferta e da procura no mercado.
Mas como o Estado não é uma unidade autónoma de valorização do capital, e portanto não pode transformar trabalho em dinheiro, tem de ir buscar dinheiro ao processo de capitalização realmente existente para financiar as suas tarefas. Esgotado o processo de ampliação do capital, esgotam-se também as finanças do Estado. Aquele que parecia ser o soberano da sociedade revela-se afinal totalmente dependente da cega e fetichizada economia da sociedade do trabalho. Pode legislar como bem entender, mas, quando as forças produtivas crescem para além do sistema de trabalho, o direito estatal positivo fica no vazio, uma vez que só pode referir-se a sujeitos do trabalho.
Com o desemprego de massas, sempre crescente, secam as receitas estatais provenientes dos impostos sobre os rendimentos do trabalho. As redes sociais rompem-se assim que se atinge uma massa crítica de «supérfluos» que, em termos capitalistas, só podem ser alimentados através da redistribuição de outros rendimentos financeiros. Na situação de crise, com o acelerado processo de concentração do capital, que ultrapassa as fronteiras das economias nacionais, desaparecem também as receitas fiscais resultantes da tributação dos lucros das empresas. Os trusts transnacionais obrigam os Estados em competição pelos investimentos à prática dodumping fiscal, social e ecológico.
É precisamente este processo que leva o Estado democrático a transformar-se em mero administrador da crise. Quanto mais se aproxima do estado de emergência financeira, mais se reduz ao seu núcleo repressivo. As infra-estruturas são orientadas segundo as necessidades do capital transnacional. Como outrora nos territórios coloniais, a logística social restringe-se cada vez mais a um número restrito de centros económicos, enquanto o resto fica abandonado. Privatiza-se o que pode ser privatizado, mesmo que com isso cada vez mais pessoas fiquem excluídas das mais elementares formas de abastecimento. Quando a valorização do capital se concentra num número cada vez menor de ilhas do mercado mundial, deixa de ser possível dar cobertura ao abastecimento das populações em todo o território.
Na medida em que tal não diga directamente respeito aos sectores relevantes para a economia, já não interessa saber se os comboios andam ou se as cartas chegam ao destino. A educação passa a ser um privilégio dos vencedores da globalização. A cultura intelectual, artística e teórica é entregue ao critério do mercado e agoniza. O sistema de saúde deixa de ser financiável e degenera num sistema de classes. Primeiro lenta e disfarçadamente, depois de modo aberto, passa a valer a lei da eutanásia social: quem é pobre e «supérfluo» deve morrer mais cedo.
Apesar de toda a abundância de conhecimentos, capacidades e meios da medicina, da educação, da cultura, da infra-estrutura geral, a lei irracional da sociedade do trabalho, objectivada em termos de «restrição ao financiamento», fecha-os a sete chaves, desmantela-os e atira-os para a sucata – exactamente como acontece com os meios de produção agrários e industriais que deixaram de ser «rentáveis». O Estado democrático, transformado num sistema de apartheid, nada mais tem para oferecer à queles que até agora eram os cidadãos do trabalho do que a simulação repressiva da ocupação em formas de trabalho barato e coercivo, e o desmantelamento de todas as prestações sociais. Num estádio mais avançado, é a própria administração estatal que pura e simplesmente se desmorona. Os aparelhos de Estado tornam-se mais selvagens, transformando-se numa cleptocracia corrupta, os militares transformam-se em bandos armados mafiosos e a polícia em assaltantes de estrada.
Não há política no mundo que possa parar este desenvolvimento e, muito menos, invertê-lo. Pois a política é, por essência, uma acção em referência ao Estado; consequentemente, com a desestatização, ela fica sem objecto. A fórmula democrática de esquerda, que fala da «progressiva configuração política» das relações sociais, torna-se cada dia mais ridícula. Para além de uma repressão sem fim, do desmantelamento da civilização e do apoio ao «terror económico», já não há nada para «configurar». Uma vez que a finalidade autotélica da sociedade do trabalho é o pressuposto axiomático da democracia política, não pode haver nenhuma regulação político-democrática para a crise do trabalho. O fim do trabalho é o fim da política.
(Grupo Krisis, Manifesto contra o Trabalho, trad. José Paulo Vaz, Antígona, Lisboa, 2003) - Negrito meu - imagem
Diz Jardim Gonçalves em entrevista ao jornal (i). : ""Estamos aqui num ciclo perverso, vicioso, não virtuoso, de destruição de valor. Iremos capitalizar os bancos com falso capital, porque é dívida do Estado outra vez. O Estado vai entrar nos bancos para os capitalizar, mas é com dinheiro que acumulou com a cobrança de impostos, com dinheiro legítimo que tem amealhado, que está nos cofres do Estado? Não! O Estado vai buscar fundos emprestados e a única garantia que dá é que se os bancos não pagarem esse capital o transforma em acções. Quando se sabe de antemão que os bancos não vão gerar resultados, nem vão criar condições para virem investidores do exterior substituir esse empréstimo"
O que Jardim Gonçalves não diz é que são os bónus milionários de accionistas e administradores por entre operações nunca explicadas que colocaram os bancos nesta situação. Era bom que se percebesse porque têm os bancos estas garantias do estado que mais nenhuma empresa tem.
O advogado António Martins Moreira, natural de Penha Garcia, arrolou, na última semana, a União Europeia na ação popular que já havia interposto, no ano passado, contra o Estado Português.
Na origem da ação popular, interposta no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, está a desertificação do interior do país e os prejuízos resultantes da política agrícola seguida por Portugal e pela Europa.
O advogado, que tem o seu escritório em Torres Vedras, quer que o Estado Português e a União Europeia, sejam condenados a rever todos os programas negociados no domínio da agricultura e pescas.
António Martins Moreira acredita que o Estado Português e a União Europeia vão ser condenados.
O advogado revela que essa condenação resultará em diferentes objetivos, como "estimular, incentivar e desenvolver, com adequados e criteriosos subsídios, o cultivo e aproveitamento agropecuário de todo o território nacional, tendo em vista necessidades alimentares do povo português".
A criação de "linhas de crédito bonificado para aquisição de modernos equipamentos e tecnologias deste setor, estimulando o aproveitamento integral dos solos e o associativismo agrícola", é outro dos objetivos da ação interposta pelo advogado.
Outra das medidas exigidas pelo advogado passa pela criação de "um banco de terras a nível nacional e municipal com a cooperação e coordenação em todos os municípios".
A ação popular revela que "as assimetrias entre os Estados Membros, na área do setor primário da atividade económica, - a agricultura e as pescas -, no que respeita ao nosso País, não só não foram corrigidos e/ou atenuados, como se agravaram, levando-nos a abandonar, perigosamente, grande parte dos nossos recursos naturais".
No documento a que tivemos acesso, pode ler-se que o país tem a possui "mais de dois milhões de hectares de terras do interior de Portugal, totalmente incultos e abandonados, e 220 mil agricultores a receberem subsídios da União Europeia para os manterem nessa situação, quando deviam recebê-los para os cultivarem".
O advogado recorda que esta situação "conduziu-nos a uma perigosa desertificação e despovoamento de todo o interior do país, em que se fecharam centenas de escolas primárias, postos sanitários, postos de correios, e outras infraestruturas de apoio às populações rurais".
Uma situação que António Martins Moreira diz ficar agravada em 2012 "quando se prepara o encerramento em massa de tribunais e juntas de freguesia, os últimos redutos da soberania nacional nestas áreas abandonadas, esquecidas e desprotegidas".
António Martins Moreira considera a União Europeia corresponsável "com o Estado Português, pelo estado calamitoso de abandono e de ausência de aproveitamento das potencialidades dos campos e dos mares de Portugal".
A concluir, António Martins Moreira recorda que "80 por cento dos bens alimentares de que necessitamos poderiam e deveriam ser produzidos nos nossos campos. Mas apenas produzimos cerca de 20 por cento das nossas necessidades e em relação ao trigo que serve de alimento básico nas nossas populações apenas produzimos 10 por cento!".
Nota: no jornal Reconquista
A Grécia tem os mesmos problemas que Portugal. Desigual, com um estado enorme e sem controlo. Veja o vídeo.
PS : por donos de Portugal
É este o drama!"
Feitas as contas, o trabalhador recebe menos de metade do que a empresa gasta com ele. Absurdo!
Se os patrões pagam muito e o trabalhador recebe pouco, para onde vai o diferencial? Por um lado, para tentar equilibrar os fundos de uma Segurança Social falida. E, por outro, para alimentar os vícios dum Estado imenso, incompetente e corrupto.
Os últimos governos têm vindo a agravar esta situação, aumentando o esforço fiscal sobre os trabalhadores. Se nos lembrarmos ainda que o trabalhador recebe 14 meses e que trabalha apenas 11, este valor deve ser ponderado e já vamos em 1429 euros mensais de encargos. Pagando um salário de 900 euros, os patrões queixam-se de que pagam muito. E, tal como os seus colaboradores, também têm razão.
A pior das situações. Têm todos razão num processo de empobrecimento.
Uma peça importante para se perceber que a dívida pública, contrariamente ao que procuram fazer crer, é resultado de criminosas transferências do erário público para os bolsos de uns quantos privados!
E é neste quadro que nos impõem sacrifícios (redução de vencimentos, etc., etc.)...
Um bom exemplo, bem demonstrativo de como a riqueza pode, em larga escala, ser transferida de muitos para uns poucos! Os montantes são impressionantes.
Revoltante, simplesmente revoltante!!!
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13427620/1
Não basta diminuir a dimensão do estado é preciso blindá-lo aos interesses económicos, diz Rangel.
“Não basta reduzir o Estado, é preciso descolonizar o Estado dos grandes interesses económicos e financeiros. Essa é a verdadeira revolução que temos de fazer na Administração Pública”, defendeu Paulo Rangel, reconhecendo que essa é uma “batalha” que já está a ser travada pelo Governo. O eurodeputado pediu aos grandes interesses económicos e financeiros que estejam disponíveis para fazer sacrifícios."
Ter uma economia assente em Pequenas e Médias empresas vigorosas, viradas para a produção de bens transacionáveis e exportáveis, substituindo a opressão das grandes empresas do regime que vivem dos negócios do estado e para o mercado interno, é realmente uma extraordinária reforma.
Com o programa Energia de Portugal (www.energiadeportugal.com) e com apenas três semanas, candidataram-se 1 200 projectos de ideias inovadoras passíveis de serem concretizadas como negócios. Vão ter a oportunidade de serem avaliadas e de serem apresentadas a investidores. A ideia é a criação de novos negócios e mostrar como se arranca com o lançamento de novas empresas.
Depois o sítio Portuguese Economy Probe (www.peprobe.com) que dá ao público e aos mercados internacionais os indicadores mais importantes da nossa economia, facilitando a quem do exterior nos queira conhecer com rapidez e profundidade.
Já a andar com muito trabalho feito, as Universidades Técnica e Universidade Clássica de Lisboa vão juntar-se por forma a constituírem uma Universidade com músculo para lutarem de igual com as grandes Universidades do mundo. Têm em vista poderem alcançar massa crítica para concorrerem aos grandes projectos internacionais, para lá de todas as vantagens para professores e alunos e a capacidade de captarem professores e investidores de todo o mundo.
Há dois anos três Institutos de Investigação no Porto juntaram-se para constituirem o I3S que é hoje uma instituição reconhecida internacionalmente.
Em nenhuma destas acções a sociedade civil ficou à espera de ajudas ou de apoios do estado. Em vez de esperar fez acontecer!
É este o caminho que temos de percorrer.
Todos precisam de dinheiro e todos seguem o mesmo caminho. Vender os activos do estado!
Estas medidas desesperadas podem parecer ambiciosas quando tudo corre bem – mas, neste momento, as coisas não estão a correr bem. E, se toda a gente puser coisas à venda ao mesmo tempo, os preços tendem a baixar. A Grécia, por exemplo, angariou apenas 180 milhões da sua meta declarada de 50 mil milhões de euros.
No entanto, não deverá haver falta de compradores. A China procura investir a sua riqueza em tudo e mais alguma coisa que haja por esse mundo e os governos do Médio Oriente continuam a tentar gastar os proventos do petróleo.
É difícil saber se devemos sentir-nos animados ou deprimidos perante esta perspetiva. Por um lado, qualquer coisa que possa acelerar o alívio das nossas dívidas deve ser bem-vinda. Por outro, uma vez vendidas, as pratas da família continuam vendidas. À medida que as nossas economias vão sendo gradualmente marginalizadas pela China e pela Índia, aumenta o perigo de as coisas nunca mais voltarem a ser o que eram dantes.
A Grécia, a Itália, a Irlanda, a Espanha, Portugal estão todos a venderem os anéis...ficam os dedos?
As prioridades dos governos em Portugal, nunca dependem de uma estratégia definida a longo prazo, normalmente trata-se de voluntarismos deste ou daquele ministro. Veja-se esta questão das Juntas de Freguesia.
Num Estado profundamente centralizado as preocupações vão para a base territorial do aparelho de estado que representa cerca de 0,4% da despesa (Juntas de Freguesia). É apenas uma forma de mexer onde não há votos, nem oponentes com força suficiente. E, de contribuir para a desertificação do interior do país, onde as Juntas de Freguesia são muitas vezes o único amparo da população.
Diz o ministro que se trata de libertar dinheiro para investir. Mas que dinheiro ? Uma Lei feita à medida do centralismo, a partir de Lisboa, sem levar em conta a especifidade de cada distrito. "Esta reforma faz tudo menos acabar com o centralismo que existe. Esta é uma reforma que é imposta a partir de Lisboa, a partir de um programa informático. Continuamos a ter uma reforma aritmética, quantitativa e não uma reforma que respeita a especificidades de cada território, a cultura e identidade de cada território, não existindo quaisquer critérios diferenciadores", adiantou à agência "
O "secreta" pediu a demissão da Ongoing, para não ser arma de arremesso entre empresas que todos sabem quais são. Perigoso, perigoso, é que as tais empresas controlam largas fatias da comunicação social o que torna tudo mais delicado. Se fossem empresas que fabricassem alfinetes o problema não teria a mesma delicadeza. Francamente não sei, porque a questão é a seguinte: todos perguntariam para que queria uma fábrica de alfinetes um homem que sabe tantos segredos secretos do Estado. Para fazer pontes com quem toma decisões ou mesmo para ameaçar revelar o que sabe ?
Por um lado o homem tem um apreciável curriculum que o torna desejado para qualquer empresa por outro, é um " indesejado". Sabe de mais!
Mas o desempregado, a não ser que tenha fortuna própria, precisa de trabalhar, como é que o estado vai deixar que um homem que sabe tanto sobre as relações e os processos de decisão do estado ande para aí de mão estendida a pedir emprego?
Não vai deixar, é mais perigoso em roda livre do que ter onde se sentar e poder ser controlado.
Diz o Pedro Lomba no Público: que espera Portugal quando se agarra a "salvadores" que são " estados capitalistas" , que mexem com a sua bem visível mão na economia, muito para além da mão invisível do mercado? Angola entrou por aqui dentro as mais das vezes sem dinheiro, pede emprestado e depois paga com "o pelo do mesmo cão", tem milhares de portugueses a trabalhar no seu território, oferece-se como um importante mercado para as nossas exportações, enfim, estamos nas mãos do Angolanos. E, vamos dizer mal deles na comunicação social do estado ? Foram cinco jornalistas para a rua de uma só vez! A dependência paga-se!
Com a China, outro estado capitalista ou que pratica o capitalismo de estado, vamos na mesma, vai comprando e nós sequiosos do seu dinheiro. Estamos à espera de quê, que o estado Chinês venha para aqui e não meta a sua mão bem visível nos mercados e na economia? Estados intervencionistas muito para além dos estados sociais democratas da Europa que praticam a economia social de mercado?
Temos consciência que por cada acção de empresa que vendemos a estes estados capitalistas entregamos parte da nossa soberania? Onde estão os indignados com a perda da soberania quando assinamos o acordo da Troika?
Agostinho da Silva: Os da esquerda dizem que sou de direita; os da direita dizem que sou de esquerda; os do centro não me reconhecem; devo estar certo.
Costumo dizer que há oportunistas de esquerda que são a cópia dos oportunistas da direita. Gente que se acomoda conforme as circunstâncias.
Entre dois whiskies e uns arrotos são muito de esquerda, com muita pena dos pobrezinhos, mas a verdade, é que nunca vi nenhuma manifestação descer a avenida a reivindicar melhor vida para quem verdadeiramente precisa. Quem tem, chama-lhe seu e passa a vida a exigir tudo e mais alguma coisa, mas para si.
É o que acontece com todos os empresários que fazem negócios com o Estado e as corporações com emprego para toda a vida. São de esquerda porque querem muito estado, se possível gordo e anafado. Assim, o estado social não chega aos mais frágeis e, por mais impostos que encaixe, nunca chegará.
No outro dia disse a um amigo de esquerda ( PS, ala esquerda) "mas não é verdade que os desempregados são todos da privada?". Ele que é um homem sério nunca tinha pensado nisso! Para não falar da esquerda e da direita que se pudessem tiravam a liberdade aos outros.
Há por aí muita gente que grita muito mas que, perante a saída das empresas para a Holanda, propõe, como "vingança do chinês", que as pessoas não peçam recibo para fugir ao IVA e, assim, lixar o Orçamento e aumentar a economia paralela.
O que faria este homem de "esquerda" se tivesse o dinheiro dos milionários de direita que metem a massa nos off shores?
Tudo começa porque " Bernardo Bairrão era administrador-executivo da TVI e publicamente contrário à privatização da RTP". Lembram-se dele o que foi convidado para o governo e desconvidado no dia seguinte? O que deu origem a estas guerras de aventais é o aparecimento de mais um operador no mercado. Tudo pode ser visto como um ajuste de contas entre a Ongoing e o Expresso ( as bruxas do Mário Crespo dizem que talvez não...)
Cá está o Estado metido até ao pescoço em mais um negócio, este com "secretas" e tudo à mistura, maçons e "maçonas", segredos passados para os jornais, mails pessoais, papel timbrado ...
E, eu a imaginar rituais, aventais e esquadros, compassos e gente séria e importante a reunir para analisar os grandes problemas do Universo!
Parece que há aí um livro do José Adelino Maltês "Dicionário da Simbiose" que desnuda a maçonaria em oitocentas páginas. É que temo que o estado ainda não tenha privatizado aquela barbearia que nacionalizou nos anos 70...
O que se está a fazer na EDP e nas Águas de Portugal, privatizando as empresas mas mantendo os comissário partidários no controlo do processo, é bem o sinal e o aviso que quem queira comprar as empresas tem que perceber que os negócios se fazem envolvendo o estado. Que privatizar não é sinónimo de mais concorrência, mais regulação, mais mérito. Não, privatizar é comprar as facilidades necessárias para que as empresas possam fazer bons negócios. E essas facilidades são monopólio do estado. Quem não perceber perde!
Os Chineses não vão ter dificuldades nenhumas em trabalhar assim, afinal lá na sua terra é assim que funciona, os privados na China tomam as iniciativas que o Partido único lhes concede. Ninguém se engane, na China não há iniciativa privada, há negócios que o estado abre à exploração dos privados. O que é substancialmente diferente de ter liberdade individual para criar, inovar, experimentar...
É esta filosofia estatal que explica que a Justiça e a sua consentida ineficácia sejam o maior empecilho ao desenvolvimento da economia e das empresas.
Passos Coelho prometeu-nos que tudo faria para aligeirar o peso do Estado, retirar o estado de sectores económicos onde a iniciativa privada já mostrou ser mais capaz mas, em vez disso, espalha os tentáculos do estado por tudo o que é economia. Em vez de recuar e dar espaço à iniciativa privada e guardar energias para melhor regular, Passos Coelho intervém até ao absurdo de nomear para empresas que passaram a ser privadas, os seus colaboradores nas tarefas do estado e do partido.
Isto não é culpa da Troika! Quando o programa de "ajuste financeiro" tiver terminado deixam de haver razões para que este governo continue. Avance-se para um governo que liberalize a economia regulando-a, que aprofunde o Estado Social, que crie igualdades de oportunidades para todos.
Não basta encher os bolsos a reformados milionários e mandar emigrar os jovens!
Durante o Salazarismo e na primeira década da democracia dizia-se que "o Estado levantava dificuldades para poder vender facilidades". Só assim se compreendia que projectos inequivocamente viáveis ficassem sete/oito anos à espera de aprovação e só a obtinham após um "toque amigo" no serviço certo.
Agora o controlo é bem mais subtil e também mais rentável. Os privados perceberam que só fazem bons negócios se tiverem o Estado do seu lado e, melhor que tudo, sentado nas cadeiras da administração.
O Estado pode tudo, sabe tudo, chega a tudo, controla tudo e é dono de tudo!
Mesmo quando privatiza é o estado que fica a mandar, fazendo nomear os seus comissários com milionários vencimentos para que não se perca tempo. O telefonema é para o gabinete do governante que coloca o aparelho do Estado à disposição das empresas do regime. E a legislação à medida. E, é assim, que se compreende a nomeação de Catloga, Celeste Caldona e Jolge Macedo para a EDP e de autarcas para a administração das Águas de Portugal.
Neste caso para controlarem a privatização do sector da distribuição da empresa, não vá cair em mãos de accionistas que não se verguem à ditadura dos interesses e corporações instalados.
Ontem, depois de muito sofrimento em Alvalade, fui com mais cinco amigos beber uma cerveja e, claro, houve discussão política. Desde um social-democrata, que é este vosso amigo, até um comunista, passando por três socialistas.
E, quando vim para casa após discussão acalorada, dei-me conta de:
Os únicos dois países que têm um partido comunista interveniente e que controlam a maioria dos sindicatos são Portugal e a Grécia, não por acaso os dois países mais pobres e mais desiguais da Europa. Acresce, que pela mesma razão, são os dois países com uma constituição mais marcada pela ideologia "progressista" a caminho do socialismo.
Que o que este governo está a fazer está ainda muito longe de levar Portugal a aproximar-se das economias e sociedades do centro e norte da Europa onde se vive com melhor qualidade e mais equilibradamente. Com estados menos intervenientes, mais pequenos, com economias de mercado mas desenvolvidas e muito melhor regulados que no nosso país. Com uma sociedade civil forte e com iniciativa e onde o lucro é visto como os postos de trabalho do futuro e não um produto do amiguismo e do favorecimento.
Isto é, o que se está a passar em Portugal ( salvo os erros tremendos de vender as "jóas" ao desbarato e das nomeações partidárias com vencimentos milionários a acumular com pensões também elas milionárias) longe de ser catratofista é algo que já foi feito nos países Europeus há muitos anos.
Sem embargo de compreender as dúvidas e os receios de quem tem uma visão mais "centralizadora" do Estado, nada do que se passa em Portugal é fruto de aventuras não experimentadas. Bem pelo contrário, ao fim de trinta anos de um Estado fortemente interveniente e marcado ideologicamente com maus resultados, a democracia cumpre o seu papel. Alternativa e alternância dois conceitos pilares do sistema democrático!
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