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A OCDE constata que em Portugal o aluno está menos no centro do sistema e que isso se reflecte na maior percentagem de reprovações.

Para a OCDE é "óbvio" que o aluno não está no centro da aprendizagem porque existem elevados níveis de repetência, acima da média da OCDE. Portugal tem o quarto nível mais alto de repetências, entre os 34 países, de acordo com dados do PISA de 2009, já conhecidos, sobre os resultados dos alunos de 15 anos a língua materna, a matemática e a ciências. Em média, dez em cada 100 alunos repetem um ano, apontam os directores das escolas portuguesas.

Enquanto o sistema for centralizado, a autonomia da escola for deficiente e não houver uma verdadeira avaliação dos professores e escolas não sairemos da cauda da classificação.

Em Portugal, "os níveis de reprovação são mais altos do que na maior parte dos países" e, na Europa, os que mais reprovam são Portugal, Espanha, Luxemburgo e França.

A "excessiva" utilização do "chumbo" reflete o facto de "o quadro de avaliação não estar definitivamente centrado no aluno", reduzindo as expetativas dos professores sobre os alunos, e o professor acaba por não investir tanto tempo no progresso do estudante, disse o especialista.

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publicado às 16:50

Isto é mesmo um país a sério? Então isto é alternativa razoável?

O TC diz que há indício de responsabilização financeira de João Sintra Nunes, de Teresa Valssassina Heitor e de José Domingues dos Reis. Se os ex-administradores decidirem pagar, por iniciativa própria, a multa mínima de 1530 euros, livram-se de um eventual processo caso o Ministério Público (MP) confirme as irregularidades e as remeta para julgamento, na terceira secção do Tribunal. No entanto, se o MP decidir pela existência de matéria criminal, os ex-administradores podem enfrentar um processo-crime. Ou cível, no caso de o Estado entender que foi lesado.

Claro, está feito para se escolher conforme o gosto do freguês. Cometeu ou não a irregularidade? Prejudicou ou não o país? Multas conheço as de trânsito...

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publicado às 20:00

O número de alunos que aparecem nos relatórios da Parque Escolar para justificar os gastos por aluno, não corresponde ao número efectivo. As diferenças nalguns casos atingem 400 alunos a mais do que aqueles que existem realmente. Com variações entre os 100 e os 400 alunos, segundo números fornecidos pelas escolas. Um dos factores que contavam para o cálculo do custo de requalificação é o número de metros quadrados por estudante.

Os computadores comprados adquiridos pela Parque Escolar para a execução do programa da reforma da rede pública de escolas secundárias custaram mais que 50% do que valem em média no mercado. Nalguns casos a Parque Escolar pagou 800 euros por um computador. A maior parte do mobiliário das 95 escolas concluídas entre 2008 e Junho de 2011 não foi aproveitado ou reutilizado. Cada gestor do processo tinha um catálogo com 250 artigos de mobiliário para poder escolher.

Decidiu-se tornar as escolas mais sustentáveis energeticamente, sendo que as escolas passaram a ter painéis fotovoltaicos. Nenhum estudo foi feito quanto aos custos anteriores. A decisão acabou por incorrer em custos da factura energética insustentáveis, que os directores das escolas não estão a conseguir pagar. O descontrolo financeiro foi ao ponto de se terem pago duas vezes às empresas construtoras e às empresas fiscalizadoras.

Estão a decorrer várias auditorias mas quanto mais lemos menos sabemos, tal a dispersão de números que aparecem na imprensa e em relatórios. Uma desorganização muito bem montada para "tapar o sol com a peneira".

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publicado às 17:00

...O método seguiu cinco passos: "Primeiro, a Florida começou a classificar as escolas de A a F, segundo a capacidade e progresso dos alunos em testes anuais de leitura, escrita, matemática e ciência. O estado dá dinheiro adicional às escolas que têm A ou melhoram a sua classificação, e os alunos das escolas que tenham dois Fs em quatro anos podem transferir-se para escolas melhores. Segundo, a Florida deixou de permitir que os alunos do terceiro ano que mal consigam ler passem para o quarto (prática comum em toda a América, chamada "promoção social"). Terceiro, criou um sistema de pagamento de mérito, no qual os professores cujos alunos passem certos exames recebem bónus. Quarto, dá aos pais muito mais escolha, com cheques estaduais, entre escolas públicas, convencionadas, privadas e até online. Quinto, a Florida criou novos métodos de certificação para atrair pessoas mais talentosas para a profissão, mesmo que essas pessoas não tenham um grau académico específico em educação" (The Economist, 25/Fev, p. 41; ver o site da fundação do ex- -governador, www.excelined.org).

Este é um caso entre vários, não muito original, mas mostra o essencial. Tem coisas parecidas com o que por cá tenta o senhor Ministro da Educação, mas uma diferença essencial: confiança nas pessoas. Na Florida acha-se que alunos, pais e professores sabem o que é melhor, e o Estado apenas os ajuda nesse esforço. Note-se que esta não é uma solução liberal. Continua a haver escolas públicas e o Estado tem enorme intervenção, classificando, subsidiando, bonificando. Mas a atitude de fundo é subsidiária, dando primazia à sociedade como agente e finalidade, não à genialidade do especialista que julga saber. Por exemplo, em Portugal avaliam-se professores, na Florida avalia-se o seu trabalho. Cá criamos exames para promoção na carreira, lá usam-se os testes dos alunos para premiar os docentes....

PS a partir de um texto de João César das Neves no DN

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publicado às 22:00


O envelhecimento do Jardim Escola

por Luis Moreira, em 19.03.12

As mães nos Estados Unidos retêm os seus filhos em casa para que não sejam os mais jovens no jardim escola, vantagem que se repercute depois durante toda a vida escolar. As crianças por serem mais velhas e mais maduras e corpolentas ganham hábitos de líder, porque têm melhores notas e porque  ganham fisicamente nas lutas e nos jogos.

Por exemplo, ter filhos no Inverno leva a que as crianças entrem na escola com seis anos quase sete. Diz uma das mães que teve acesso à lista de matrículas na escola do filho e os meses de nascimento eram: janeiro, janeiro, janeiro, fevereiro, fevereiro, fevereiro... apenas um era de Dezembro. Incita as mães a terem filhos no inverno para não terem que reter os filhos em casa . Aqui entra a componente financeira ( custos mais tarde) mas não parece que esse problema seja importante, a questão é mesmo levar a que as crianças entrem mais tarde nas escolas.

Uma das mães diz que continuará a fazer tudo, custe o que custar, para que o filho não perca essa vantagem que ganhou por ter sido retido em casa. Uma vantagem para toda a vida.

Acabou a inocência pela mão das mães, já não se pode brincar!

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publicado às 09:00


Feiras de emprego jovem

por Luis Moreira, em 28.02.12

As escolas cada vez mais apostam neste tipo de recrutamento.Também o ISEG terá a sua Careerweek 2012 a decorrer nos dias 6,7 e 8 de Março, um evento que, além da Job Fair com ‘stands' de empresas participantes, incluirá ‘workshops' de desenvolvimento de carreira. Para além disso a escola criou uma cadeira a que chama "Preparação para a procura de emprego" . Uma formação de 15 horas onde são apresentadas técnicas de construção de currículo e cartas de apresentação, debatidas posturas e estratégias dos futuros candidatos em situação de entrevistas e ao longo das várias etapas do processo de selecção. Porém, "o ponto forte da unidade reside na construção de um processo de auto-reflexão com a ajuda da docente" para a construção de uma carreira profissional sólida, explica Sofia Bento, a docente responsável por esta unidade curricular.

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publicado às 19:05

... devemos rejeitar que, tal como muitas vezes acontece, os menos capazes e competentes se apoiem e em conjunto fechem as portas das estruturas civis e políticas, com receio de perderem as oportunidades que têm como suas...

A educação e a formação têm que mudar. Continuamos com modelos de ensino demasiado rígidos. A palavra autonomia, seja nas universidades e nos politécnicos, seja nas escolas...é a chave para uma evolução e um desenvolvimento curricular que se pode traduzir em melhorias na formação dos estudantes.

A criatividade intelectual não é promovida no nosso sistema de ensino...para que se possa maximizar o potencial de cada um. É urgente que adaptemos dentro do possível a educação e a formação às exigências, necessidades, potencialidades e interesses de cada estudante. Esta adaptação tem que se reflectir nos currículos em primeiro lugar e de seguida também nos métodos de avaliação.

PS: Luis Rebelo , Público

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publicado às 17:00


Avaliação docente - sempre é possível

por Luis Moreira, em 23.02.12

Aí estão as novas regras negociadas pelo governo e pelos sindicatos. Sempre é possível chegar a um acordo que distinga os que são mais capacitados e mais interessados. Acabou, enfim, aquela reivindicação absurda de todos chegarem ao topo da carreira, as quotas existem e vão ser cumpridas.

E o que se pretende? quais são os objectivos? ... indica-se que o novo modelo de avaliação dos professores se pretende "orientado para a melhoria dos resultados escolares" e para a "diminuição do abandono escolar".

Simples, normalíssimo e há muito testado em variados países com quem só temos que aprender. É com um certo prazer que lembro aquele tempo em que tinha uns senhores professores muito assanhados comigo porque eu dizia que avaliar pessoas em organizações que prestam serviços (caso das escolas) era feito há muito tempo e há métodos objectivos e mensuráveis há  muito consagrados.

 Com a maior autonomia escolar, o modelo ainda se torna mais simples, ninguém como os próprios conhece melhor as capacidades dos elementos do quadro de professores.

E, introduzir factores de correcção nos rankings das escolas também é simples, tornando a classificação mais justa e com maior significado. Tudo é possível se formos capazes de colocar o interesse dos alunos à frente dos interesses corporativos da classe.

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publicado às 13:56

Há princípios de gestão há muito consagrados. Um deles é que a equipa de gestão tem que ser escolhida pelo chefe da equipa. E não pode ser de outra maneira. Os escolhidos têm que gozar de toda a confiança de quem os escolheu, têm que estar imbuídos do mesmo espírito do resto da equipa e têm que aceitar os programas e objectivos como realizáveis.

Uma equipa é um estado de espírito!

Ora os sindicatos dos professores não estão de acordo, porque segundo eles, os Directores só querem boys . Muito mal andaria um director se caísse nessa esparrela, não estaria muito tempo no cargo, não só porque a sua gerência seria muito má como perderia rapidamente a credibilidade junto dos seus colegas.

O principio tem que ser "máxima liberdade com máxima responsabilidade", tem que formar a sua equipa sem atropelos de terceiros e, dessa forma, assumir toda a responsabilidade dos resultados.

Ter o Conselho Geral da escola a avaliar o director e a poder interferir até ao ponto de o poder substituir é bem mais razoável do que formar a "caldeirada" que os sindicatos propõem. Estamos sempre, mas sempre, naquela atitude de "meias tintas" onde se diluem as responsabilidades e se troca o mais pelo menos.

Sempre a inventar para atrasar processos, atrasar medidas e enviesar caminhos!

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publicado às 14:07

Voltou a exigência e a excelência, onde havia comodismo e facilitismo!

A informação constante no site do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) diz que questões demasiado simples podem constituir "um indicador desajustado da exigência pretendida".

As provas devem "avaliar de forma clara e precisa os conhecimentos de cada disciplina e pautar-se pela exigência e rigor, adequando o nível de complexidade ao ano de escolaridade a que se destinam", lê-se no documento da Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário.

Vamos a ver se é desta que a educação deixa de ser pasto de interesses de corporações organizadas e passa a ser local de trabalho exigente e de excelência. Com avaliação do mérito e com rankings das escolas segundo modelos negociados e aceites por todos. Faz-se em todo o mundo!

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publicado às 09:00


Da Autonomia da Escola ao Sucesso Educativo

por Luis Moreira, em 06.02.12

Da Autonomia da Escola Ao Sucesso Educativo". Organização de Maria João Cardona e Ramiro Marques
Edições Cosmos/ESE de Santarém
Data da Publicação: Dezembro de 2011
ISBN: 978-972-762-367-9
Autores:
João Formosinho & Joaquim Machado; Graça Mª J.Simões; Henrique Ferreira, João Pinhal; Paulo C. Dias; António V. Bento; Sónia A. Galinha; Jesus Maria Sousa; Teresa Seabra; Maria João Cardona (Coord.) e Ramiro Marques (Coord.).
O livro pode ser pedido à cobrança para edicoescosmos@gmail.com
O Índice do livro:
PREFÁCIO – Abordagens à autonomia da escola
João Formosinho e Joaquim Machado .................................................... 7
INTRODUÇÃO
Ramiro Marques e Maria João Cardona ........................................... 15
AUTONOMIA E GOVERNAÇÃO DA ESCOLA EM PORTUGAL
João Formosinho e Joaquim Machado .................................................... 19
A AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS E A REGULAÇÃO DA ACÇÃO PÚBLICA
EM EDUCAÇÃO
Graça Maria Jegundo Simões ............................................................... 43


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publicado às 16:00

A tal comparação que não é possível fazer-se entre escolas por operarem em ambientes muito diferentes. No caso das Universidades não só comparam entre as Portuguesas como entre as Universidades mais famosas do Mundo.

As escolas nacionais estão a subir lugares em listas independentes, principalmente em Economia e Gestão. E, com isso estão a atrair os melhores professores e os melhores alunos.

Mas também nas escolas de arquitectura, engenharias, bioquímicas e biotecnologias "somos foco internacional de atracção de estudantes". Isto é bom ou mau? É bom, pois obriga as escolas a prestarem atenção a vários factores que de outra forma não recebem a devida atenção. Fica-se a conhecer as áreas fortes, as mais fracas e onde devem melhorar.

Está na forja a U-Multirank que vai lançar um esquema multidisciplinar, com vários indicadores (ensino,investigação,transferência de tecnologia, nível de internacionalização, implantação regional entre outras).

Enfim, contrariamente ao que aqui nos querem fazer crer os rankings movem-se! E, para haver rankings tem que haver sistemas de avaliação e para haver sistemas de avaliação tem que haver sistemas de metas e objectivos mensuráveis e aceites por todos.

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publicado às 13:47


Escolha da Escola - Sistema Americano

por Luis Moreira, em 21.11.11

O modelo mais comum é o das "Charter Schools": escolas geridas de forma privada e com grande autonomia mas que são financiadas com dinheiro público. Esta situação é semelhante ao que se passa em Portugal com as 93 escolas existentes com contrato de associação.

As verbas transferidas dependem do número de alunos. Actualmente existem mais de 5 000 escolas deste género frequentadas por 1,7 milhões de alunos.

Quanto aos resultados há estudos para todos os gostos mas o que é verdade é que as escolas que não atingem os objectivos negociados fecham.

Outro sistema menos disseminado é o do cheque-ensino. Trata-se de garantir que os alunos mais pobres possam sair das escolas com piores resultados, e frequentar outras mesmo que privadas com o Estado a pagar os custos.

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publicado às 13:00

Os directores das escolas acolhem com interese a existência de rankings. São úteis e é possível introduzir factores que os tornem  mais justos.

Durante muito tempo o vozeirão que se ouvia era dos que não aceitavam nada. Nem rankings, nem avaliação! Todos a chegarem ao topo da carreira embora os resultados do seu labor era (é) muito mau. Bastava envelhecer de preferência sentado.

Pouco a pouco a maioria da classe dos professores adere ao que pode tornar a educação num sistema sério. Maior autonomia para as escolas,  avaliação e comparação entre iguais, pagamento baseado no mérito.

E, assim, não voltarão os 73 041 certificados médicos em apenas quatro meses!

"Entre professores, directores e dirigentes de confederações de pais ouvidos pelo JN, nenhum discorda da existência de um ranking mas todos defendem outro modelo, que inclua mais variáveis além das notas dos exames, como o nível socioeconómico das famílias e o número de alunos."

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publicado às 18:00

Há poucos professores excelentes nas escolas diz a capa do (i). Como há poucos maus. A maioria são suficientes, bons e muito bons (embora estes rareiem). Como em todas as profissões, afinal!

"... até há escolas e agrupamentos que quase nem precisam de limitar as classificações de topo porque conseguem adequar a procura à oferta. O sucesso estará na capacidade de saber definir os critérios"

São os próprios membros das Comissões de Avaliação a confirmar o que se sabe há muito tempo, - em cada escola ou agrupamento haver um júri composto por cinco elementos que definem os critérios, os objectivos e os instrumentos a usar na avaliação de todos os docentes no agrupamento  encurtando-se de forma categórica a subjectividade - até porque ninguém conhece melhor os seus colegas do que quem trabalha todos os dias ao seu lado.

Quem, numa escola, não sabe quem são os seus colegas excelentes e os maus?

Na escola de Oeiras, "há professores fantásticos" diz a Directora, mas nenhum foi excelente.

O que vai mudar tornando o sistema mais fiável?

Ciclos mais longos: os ciclos de avaliação passam a coincidir com as mudanças de escalão; Aulas assistidas: avaliação externa para o "excelente" e os "insuficientes"; avaliação interna: Os objectivos e as metas da avaliação interna são definidos pela direcção da cada escola. Os critérios de avaliação externa serão definidos pela tutela.

Tudo o que está aí em cima encontra-se num qualquer livrinho sobre "Gestão por Objectivos" e faz-se há mais de trinta anos!

Serviu para quê o rídiculo de uma luta que negava a possibilidade de a profissão de professor poder ser avaliada? Mas, em paralelo, exigiam que todos chegassem ao topo da carreira! E, os outros funcionários públicos seus colegas, licenciados como eles, também chegam todos ao cimo da tabela?

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publicado às 20:00


Religião nas escolas

por António Leal Salvado, em 02.10.11
A questão da relação entre Estado e religião volta de vez em quando para cima da mesa - se é que algum dia de lá saíu - e ganha evidente atualidade sempre que se pensa nas profundas razões dos conflitos políticos e sociais nas mais diversas regiões do mundo. Luis Moreira deu disso eco em dois artigos que publicou na Pegada [O CRUCIFIXO NAS SALAS DE AULAS e LIBERDADE RELIGIOSA-2].
A propósito do último daqueles artigos, colocou-se a questão da igualdade de acesso aos diferentes cultos e de divulgação dos respetivos símbolos no interior das escolas.
Já agora, mais uma opinião - com uma declaração de interesses: Não professo religião, tive educação escolar com ensino da doutrina cristã, travei muitas lutas sociais ao lado de cristãos, advogo a fraternidade e cultura do espírito.
*

Não vejo mal em que, num qualquer local de cada escola, haja um painel em mosaico com os diversos símbolos religiosos - sendo apenas problema saber se lá caberiam todos e, no caso de não caberem, qual o critério para saber quais os que ficariam de fora (já são tantas as religiões e tão complexas e estranhas algumas das doutrinas respectivas...).

Por outro lado, essa generosa abertura do Estado ao exercício da salutar liberdade religiosa deveria pressupor a mais elementar reciprocidade: Para os importantíssimos objetivos de dignificação da pessoa humana que o Estado prossegue (como a defesa da vida, da integridade pessoal, da saúde, da igualdade de direitos, do combate ao analfabetismo e à escravidão humana, etc.) deveriam os templos religiosos destinar igual espaço de destaque para a divulgação da permanente campanha em favor das ações e programas de elevação da dignidade do Homem e da fraternidade e mútuo respeito entre os membros da comunidade social.

A alternativa a esta elementar reciprocidade é a aplicação do princípio "a César o que é de César, a Deus o que é de Deus": As igrejas ocupam-se do culto da sua fé, e o Estado respeita a liberdade religiosa e é laico...

 

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publicado às 20:44


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