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Tó 0 — Seguro 1

por Licínio Nunes, em 19.07.13
E não há acordo! Nem com a intervenção da Santa Madre Igreja. Para dizer a verdade, achei o secretário-geral do PS mais "homenzinho", digamos. Até nem se saiu nada mal daquele assédio ridículo que tudo quanto é voz mediática lançou sobre o Partido Socialista. Voltámos ao ponto de partida. Então e agora, sr. Presidente?

Nos últimos dias, aquele rapazelho..., digamos, de nariz incontinente, que ainda nos desgoverna, parece ter entrado em negação absoluta. Ainda ontem re-afirmou a sua intenção de fazer da víbora Portas o seu vice. Mais dois ou três dias, vai estar a comandar o contra-ataque do exército Heinrici a partir dos Montes Seelow. O Pedro é ridículo e mais ridículos ainda aqueles que fingem levá-lo a sério. Pode ser que a situação tenha atingido um qualquer ponto de não-retorno: hoje, foi publicada uma sondagem local que dá para Lisboa, 16,7% de intenções de voto ao psd+cds. Talvez os portuguesas não sejam tão isentos de espinha como às vezes parecem.

E agora..., o sr. Presidente excluiu ontem a hipótese de um governo de iniciativa presidencial. Em face disto tem exactamente duas hipóteses: convocar eleições ou dar posse ao vice do Pedro, fazendo uma monumental figura de asno.

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publicado às 21:20


As opiniões e os peidos

por Licínio Nunes, em 18.06.13
O senhor Miguel, o Sousa Tavares da actualidade, é um opinador profissional. Vamos dizê-lo sem segundos sentidos: tem uma máquina de escrever enorme e uma tribuna à medida da sua máquina. O Tavares, o Miguel que nos calhou em sorte, acha que os professores abusaram do seu direito à greve. O Sousa, o Tavares que já o era antes de ser o Miguel, andou na escola da D. Constança. Se não fosse por isso, não me daria ao trabalho de escrever estas linhas. No fim de contas, não quero saber das opiniões, nem do Tavares, nem do Sousa, e ainda menos do Miguel. Distância! Apenas distância, não fora a D. Constança.

Também andei numa escola parecida. Situada na Grande Lisboa, não tinha o tal frio granítico. E lembro-me relativamente bem das casas de banho, exactamente e apenas porque não tinham nada de especial e chegavam para todos. O recreio da minha D. Constança não tinha lama no Inverno. Era um espaço relvado, numa pequena escola privada, empresa familiar, onde a irmã da D. Constança tratava das refeições. Lembro-me dela, não me lembro dos almoços, o que, em vista da minha esquisitice permanente, me diz que deviam ser bastante razoáveis. Mas o que eu recordo melhor, foi o choque que senti, ao aperceber-me que uma parte substancial dos meus colegas se iriam ficar pela 4ª classe. Acho que foi a primeira vez na vida que percebi o significado de injustiça.

Voltei a ter o mesmo sentimento, dalguma forma mais trágico, já nos tempos da actualidade, quando ouvi, contada na primeira pessoa, a descrição dos tempos modernos do meu País. Era uma escola secundária, já universal nalgum sentido, mas situada numa zona "problemática". Os conflitos eram constantes, mas esta D. Constança era (e é!) uma mulher de armas, do tipo "...vamos arregaçar as mangas e começar e empurrar o comboio...". O ambiente da escola melhorou, não de imediato, mas todos o sentiam. Os resultados não e esta D. Constança actual reuniu os alunos e disse-lhes exactamente isso: "...Já fizemos muito e também vamos ultrapassar este problema...". Um dos alunos respondeu-lhe: "...sôtora, você é porreirinha e o pessoal aprecia. Mas não se mace, isto é tudo material para caixas de supermercado".

O Miguel mais os seus 79 colegas, não me interessam para nada e as opiniões do Tavares ainda menos. Constato apenas que, para as começar a enunciar, o Sousa teve que mentir. O Miguel mente, quando diz que os professores finlandeses ganham menos do que os portugueses e que trabalham mais. Talvez não seja exactamente mentira, porque o qualificativo "proporcionalmente" me faz suspeitar que o Sousa seja econometrista, logo será este apenas um assunto de deformação profissional.

O Tavares afirma que Portugal faliu. Neste momento, continuo convencido que, no que aos factos diz respeito, é (ainda) um exagero e no que que respeita às opiniões é apenas um peido. Uma daquelas 23 coisas que não te disseram a respeito do capitalismo, mais exactamente a 3ª, mostra-nos que os países pobres não o são por os seus cidadãos de menores recursos serem calões e pouco produtivos, mas sim porque as suas elites são medíocres e incompetentes. As mesmas elites das quais o Sousa, mais a sua máquina de escrever, fazem parte. Quanto a opiniões, o assunto é ainda mais simples: são como os peidos; cada um tem as suas e acha que as dos outros cheiram mal. Acontece apenas que os do Miguel são particularmente fedorentos.

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publicado às 21:01

Encaro com horror o desfecho [do discurso]. Nós não somos inimigos, mas sim amigos. Não devemos ser inimigos. Embora a paixão os possa ter levado ao ponto de ruptura, não deve ser-lhe permitido que quebre os nossos laços afectivos. Os acordes místicos da memória, estendendo-se de todos os campos de batalha e túmulos de patriotas, até todos os corações vivos e todas as pedras de todas as lareiras, por toda esta vasta terra, irão ainda entoar o coro da União, quando forem de novo tocados, como certamente o serão, pelos melhores anjos da nossa natureza.

Abraham Lincoln — 1º Discurso Inaugural

Slavoj Zizek achou importante importante contrapor e denunciar aquilo a que ele chama (por outras palavras) ...O optimismo dos fundamentalistas de livre mercado.... Óptimo! No entanto, os seus argumentos são fracos e, pior ainda, são defensivos. Para arrumar uma parte delicada numa única penada, seria bom que Zizek começasse a ler com regularidade A Pegada, e não o digo por mim, mas por todos os autores, e pela leitura mais objectiva da qual sou capaz.

Outro assunto que deve ser arrumado com presteza, tem a ver com um dos bestsellers que Zizek cita (o outro não o li), como exemplos da disseminação mediática daquele "progresso". Os melhores anjos da nossa natureza, sub-titulado Razões para o declínio da violência, até pode ser dito conter conclusões animadoras: existe um declínio objectivo da violência; até os terríveis conflitos do século vinte foram, relativamente ao total da população, menos assassinos do que, por exemplo, as guerras da religião que devastaram este continente no passado, já sem falar dos morticínios sangrentos dos campos de batalha napoleónicos; a própria violência do poder é hoje incomparavelmente menor, do que no tempo em que os condenados eram empalados ou assados vivos em touros metálicos, com uma abertura no lugar da boca, para que a populaça pudesse ouvir os gritos do supliciado.

Ora um dos motivos que me levaram a lê-lo teve a ver com algum do trabalho anterior do Steven Pinker, nomeadamente a sua conclusão, a respeito da 2ª guerra do Iraque, de que as sociedades avançadas ainda conseguem fazer a guerra e de forma extremamente letal, mas já não conseguem estar em guerra, ou seja, já não conseguem transitar para aquele nível de empenho colectivo, com que meio-mundo se confrontou com o restante, durante os séculos passados. Por isso também o recurso da antiga administração Bush àquilo que, noutros tempos, todos chamariam mercenários; por isso também o recurso àqueles meios hiper-tecnológicos em que o homem com o dedo no gatilho está sentado ante uma consola de vídeo, a milhares de quilómetros de distância. As conclusões do autor são animadoras, mas ele avisa-nos frontalmente que não as devemos encarar como a manifestação dalgum "gene bonzinho", mas como a resultante de processos históricos que levaram à concentração do poder militar no estado, ao seu monopólio da violência, em paralelo com o aumento do controlo desse mesmo estado -- e dos seus agentes -- pelo colectivo dos cidadãos; se esses processos entrarem em reversão, tudo o resto seguirá o mesmo caminho. É um pouco já a isso que assistimos hoje, na Europa; é pelo menos, um pouco a isso que assistimos quando os organismos policiais seguem e intimidam organizadores de manifestações pacíficas. E todos sabemos do que estou a falar, não sabemos?

Slavoj Zizek pega no assunto pela ponta certa: a questão não é saber se "...as coisas afinal até melhoraram...", durante este ou aquele período de tempo, mas como é que a realidade concreta se relaciona com as expectativas das populações onde alguma coisa, no computo final e aritmético, "...alguma coisa melhorou". Tal como ele o expôs, poderia contrapor-se que, no fim de contas, algumas dessas expectativas eram apenas irrealistas; é muito isso que nos dizem a nós, hoje, latinos.

Mas depois falha, ao não levar a crítica àquele "optimismo neo-liberal" às suas últimas consequências. Comecemos pelo tal cantoçhão britânico que ele refere (quem quiser que procure no artigo inicialmente citado. Eu, não o propago): a maior parte são apenas mentiras, factualmente falsas, como a tal "idade da abundância de energia"; outras, são banalidades que nada têm a ver com o assunto e, em última análise igualmente falsas — se o capitalismo neo-liberal é assim tão progressista, porque carga d'água é que a malária ainda não teve o mesmo destino que, por exemplo, a varíola? A resposta simples é que não há lucros substanciais a realizar com a sua erradicação, ao contrário daquele outro exemplo.

Todas as discussões a respeito do optimismo e do pessimismo são, ao fim e ao cabo, a velha questão de saber se um copo, contendo exactamente metade da sua capacidade total de líquido, está meio cheio ou meio vazio. Esta imposição do optimismo aos descrentes e revoltados, é, como não poderia deixar de ser, algo completamente diferente, apenas um mecanismo de controlo da revolta e das aspirações dos que sofrem. No fim de contas, porque é que os alemães estão tão optimistas? Será porque ainda não lhes tocou a eles, ou será porque os seus sacrossantos défices orçamentais estão a ser equilibrados à custa dos países devedores, como o nosso? E o que acontecerá quando aqueles violinos de tombadilho do Titanic, que maviosamente cantam a "competitividade" da economia germânica se afundarem nas águas geladas do desaparecimento dos seus clientes? Ou será que aqueles toscos teutões pensam realmente que as "novas elites" chinesas irão continuar eternamente a comprar mercedes e bmw's, em vez de os fabricarem elas próprias, ou de importarem algo correspondente, por exemplo da Coreia, que está ali mesmo ao lado e que não tem as cargas históricas e emocionais dos Lexus, ainda talvez demasiadamente japoneses para o seu próprio gosto?

Zizek tem razão, ao colocar o acento tónico nas expectativas. Mas este é um acorde que tem que ser feito ressoar com mais ânimo. Os seres humanos criam expectativas e formulam prognósticos para o futuro, próximo ou algo mais longínquo. Não sei se esta tendência inata é devida a algum gene da antecipação temporal, ou se é um processo cultural muito básico, pelo menos desde que os homens do Neolítico tiveram que começar a antecipar e a confiar na próxima colheita. Seja qual for a sua origem, este impulso predictivo está em nós. E quando é defraudado, gera sofrimento. Ninguém gosta do sofrimento, com a excepção dos que vivem à sua custa. Mas mais do que isso, ninguém gosta das desigualdades gritantes e obscenas, excepto aqueles que com elas lucram.

Aquela frase no título inquieta-me. Já o disse, mas começo a compreender melhor porque me inquieta; porque tem tudo a ver com expectativas e porque há assuntos que só podem encontrar paz, se nos pudermos referir a eles num pretérito bem mais do que perfeito. Acho que a minha revolta mais antiga contra a injustiça aconteceu após ter feito o exame da 4ª classe. Na altura, tinha que se fazer a seguir, também um exame de admissão ao secundário; um de dois, para ser mais preciso, conforme se destinasse a permitir o acesso o acesso ao liceu, ou ao ensino técnico e comercial. Lembro-me do choque. Mas lembro-me sobretudo porque a minha falecida mãe o sentiu, e sentiu-se na necessidade de abordar o assunto. Porque é que existiam aquelas aptidões, de primeira e de segunda? ...Porque, em relação a alguns dos meus colegas, as famílias tinham a necessidade de que o seu percurso até à vida activa, fosse curto e direccionado para fins concretos... Mas porque é que os outros, os outros teriam que deixar de ser meninos e meninas, aos dez anos de idade? ...Porque muitas situações eram ainda bem piores, do que aquelas de que ela falara...

É isto que inquieta e é isto que magoa. A compreensão de que a realidade pode recuar ao passado, disfarçada de progresso. E o que inquieta mais, é a percepção bem realista de que o pior ainda pode estar para vir.



The killer lives inside me: yes, I can feel him move.
Sometimes he's lightly sleeping in the quiet of his room
but then his eyes
will rise and stare through mine;
he'll speak my words and slice my mind inside...
Yes the killer lives.

The angels live inside me: I can feel them smile.
Their presence strokes and soothes the tempest in my mind;
And their love
can heal the wounds that I have wrought,
They watch me as I go to fall - well, I know I shall be caught
While the angels live.

How can I be free?
How can I get help?
Am I really me?
Am I someone else?

But stalking in my cloisters hang the acolytes of gloom
and Death's Head throws his cloak into the corner of my room
and I am doomed
But laughing in my courtyard play the pranksters of my youth
and solemn, waiting old man in the gables of the roof -
he tells me truth...

I, too, live inside me and very often don't know who I am;
I know I'm not a hero - well, I hope that I'm not damned.
I'm just a man
and killers, angels, all are these:
Dictators, saviours, refugees in war and peace
as long as man lives...

I'm just a man
and killers, angels, all are these:
Dictators,
Saviours,
Refugees.


Peter Hammil — Man-erg

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publicado às 23:28


Para acabar de vez com o marxismo — Introdução

por Licínio Nunes, em 08.02.13
In the clearing stands a boxer and a fighter by his trade.
And he carries the reminders of every glove that laid him down,
Or cut him, 'till he cried out, in is anger and his shame,
"I am leaving, I am leaving", but the fighter still remains.

— The boxer, Paul Simon
O que me levou a ler O Capital, foi a introdução escrita pelo autor (na edição que eu li). Os membros da Liga dos Comunistas achavam que aquela primeira parte, a Teoria do Valor, era demasiado difícil para os principais destinatários. Por aquela altura, os operários que sabiam ler (poucos), tinham aprendido à sua custa, em associações de auto-ajuda, algumas de inspiração religiosa — sobretudo em países de tradição protestante — outras simplesmente operárias; estavam a dar os primeiros e árduos passos no caminho do conhecimento. Serem submetidos a um assunto extremamente abstracto e, à primeira vista, sem grande relação com a respectiva experiência quotidiana, parecia a muitos um problema insuperável: "Camarada, não seria melhor omitir aquela primeira parte?"
Marx recusou. Não sei se ele conhecia Roger Bacon e o seu "O conhecimento é poder". O mais provável é que o conhecesse, mas se esse não foi o caso, reinventou-o. Aceitou que o problema elevava a sua própria fasquia de exigência, enquanto autor, por forma a tornar o assunto mais próximo do real tangível e mais perceptível, mas omiti-lo, nunca. Isso teria sido um insulto aos seus destinatários. Talvez tenha exagerado nos exemplos, fazendo que muitas partes nos apareçam hoje como datadas, mas aí, a verdadeira responsabilidade passa a assentar sobre os nossos ombros.

Contudo, o facto simples é que, enquanto corpo de pensamento, Marx está hoje em muito mau estado. Noam Chomsky afirmou que quaisquer palavras que terminem em 'ismo', ou em 'ista', pertencem à História da Religião, nunca à História da Ciência. A afirmação vai muito para além da crítica às formas de "socialismo real", presentes e sobretudo passadas, e entra directamente pela natureza última daquilo a que chamamos linguagem, mas não podia ser mais certeira.

O facto simples é que, por exemplo, se Sadi Carnot regressasse aos nossos dias, vindo dum qualquer Olimpo, apanharia um susto enorme, quando lhe dissesse-mos que o ciclo-limite de Carnot é a forma mais geral de descrever todas as transformações de energia, microcosmos incluído, e apenas com a excepção das condições que, por dizerem respeito a transformações directas de massa em energia, requerem uma generalização relativista. Não seria fácil, e sobretudo, não seria rápido, explicar ao autor original, a justeza do epónimo. Marx e Engels reconheceriam imediatamente a vasta maioria daquilo a que (ainda) chamamos marxismo.

Facto simples é também a necessidade. De uma economia centrada nos seus actores reais: nós; de sociedades capazes de albergarem e se enriquecerem com a enorme diversidade dos seres humanos; de civilizações capazes de darem aos nossos filhos aquilo que as do passado nos deram a nós próprios: um futuro, possível, primeiro, e humano, acima de tudo e que para que valha a pena.


É por isso que considero Marx indispensável, mas e que fique claro, um Marx suficientemente enriquecido para que o próprio tivesse já grandes dificuldades em o/se reconhecer, tal como Newton teria grande dificuldade em se reconhecer, por exemplo, quando falamos de quasi-Newton. Para isso, temos que perceber como chegámos ao 'ismo'. E aos 'istas', sem os quais nenhum sistema de crenças é possível.

Marx foi "vítima" de dois ingleses de finais do século XVIII e de um compatriota seu contemporâneo. Ele e muitos de nós, claro. Do primeiro desses ingleses, podemos dizer até, que os equívocos a que deu origem tiveram motivos nobres. Edward Gibbon é por muitos considerado o fundador da História moderna, mas a sua atitude de crítica cerrada a todas as formas de religião organizada, levaram-no a passar sobre o verdadeiro Império Romano como raposa por vinha vindimada; ao ler-mos Declínio e queda do Império Romano, somos facilmente levados a pensar que os gregos passaram quase mil e duzentos anos a discutir o sexo dos anjos. Gibbon acabou por ser um contributo inestimável para o paroquialismo da Europa ocidental — e das suas emanações neo-mundistas — do qual apenas nos começamos a libertar.

Quanto àquele outro alemão, do qual nenhum dos seus compatriotas, quer-me parecer, se conseguiu ainda hoje libertar, confesso que necessito de toda a artilharia pesada a que conseguir deitar mão. Pode ser dito que Hegel foi o "pai" de todos os totalitarismos modernos. Marx pensou ter resolvido o assunto ao embarcar na discussão, já de alguma forma estafada no seu tempo, a respeito do dualismo mente-corpo, idealismo vs. materialismo. Talvez a resolução de tão bacoca questão seja mais recente do que eu a faço, mas se tal é o caso, podemos dizer que essa resolução tem a assinatura de dois portugueses, Hanna e António Damásio, com a colaboração — totalmente involuntária — de um outro contemporâneo de Marx.

Quanto ao segundo daqueles ingleses, nada de bom consegue ser dito. Adam Smith é normalmente encarado como um pensador "suave". Pode-se concordar com ele ou discordar, mas muitos vêm-no como "um tipo simpático". Smith foi um mentiroso. Se Gibbon violou o seu próprio método histórico, na prossecução do seu objectivo favorito, Adam Smith mentiu para enganar e iludir os seus leitores. E o facto simples, é que Marx engoliu aquela trapaça do "dinheiro como mercadoria" por completo, isca, anzol e linha.

Marx é indispensável para que haja um futuro. Mas não é urgente, porque a agressão de que hoje somos alvos não é económica. É financeira, e é monetária. E é também algo que parecemos termo-nos tornado demasiado tímidos para articular. Se falar em fascismo parece hoje descredibilizar à partida o texto em que é referido, pois muito bem, falemos naquilo que realmente é e sempre foi: Peste! E que ninguém se iluda: esta agressão pode ter protagonistas menores com legenda de coisa humana, borges e relvas; merkels até. Tem um único nome e esse nome é Guerra. E nenhum de nós a escolheu, é-nos imposta. E é por isso que o caminho para a vencer tem uma fórmula segura, testada por mais de 2000 mil anos de História: "Conhece o teu inimigo e conhece-te a ti próprio; assim vencerás cem batalhas".

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publicado às 00:34


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