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"Três pequenos detalhes comuns a Rui Machete e a Franquelim Alves: 1) Foram ambos altos quadros do grupo BPN no tempo das práticas de administração ruinosa; 2) São hoje ambos membros do Governo; 3) Nas notas biográficas de cada um deles distribuídas à comunicação social pelo Gabinete do Primeiro Ministro a passagem de ambos pelo BPN foi omitida..." [José Manuel Pureza]
Isto tresanda a gozo e, francamente, nem consigo escrever muito sobre esta coisa. Ia fazer uma nota sobre a nova bandeira destes diabos e calhou aparecer-me o Pureza a dizer algo semelhante ao que eu iria escrever, o que me poupou uma série de linhas. No dia 10 deste mês, dia da pantominice do pantomineiro-mor, escrevi (entre outras coisas e ainda sem ter percebido bem o que se estava a passar): O PS, ao não aceitar esta ignomínia [se aceitar, morre!, de vez e de morte matada], “obriga” o Cavaco a escolher a solução de governo proposta pela dupla PSD-PP (...) Não alinho na ideia de que isto foi uma moção de censura do Cavaco à proposta do PSD e do PP. A ideia de reproduzir as minhas palavras (coisa algo pateta, diga-se) não é dizer que li bem nas entranhas da cagarra anilhada, mesmo porque a verdade é que também me enganei p'ra caraças noutras coisas que fui dizendo entretanto (e ainda que não); a cena é mesmo dizer o óbvio. Esta vilanagem que nos mata já há muito perdeu a vergonha e nem se dá ao trabalho de disfarçar.
Em suma: desde o dia 1 desta "crise" que este era o final em guião. Mercado sobe, mercado desce. E o POVO fornece e o POVO fenece. O mesmo povo que nesta merda vota e que esta merda merece. Sei que se fosse chamado às urnas o povo enfiava-se nelas e votava em mais do mesmo, ainda que lhes mudasse a cor. Ainda assim, não desisto, que o POVO um dia vai ganhar vergonha na cara e fazer por arrancar as vergonhas a estes biltres. Refiro-me às vergonhas de que falava Pero Vaz de Caminha, aquando do achamento do Brasil. "Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas.".
E eu estou para lá da paciência... Não vou ficar sentado à espera do povo mas também não tenciono sujar-me na imundice. O que vou fazer, então? Não faço puto de ideia (mentira), mas já não é mau saber o que não vou fazer.
BPN. [note to self: as duas partes do episódio de ontem, transmitido pela SIC e publicado no YouTube, "foram removidas pelo utilizador"]
Do episódio de hoje, Anatomia de um Golpe, guardo várias coisas. Sublinho uma. A questão futebolística do polvo é assaz interessante. O ex-presidente da FPF não nega que a dita instituição não seria o que é hoje sem o BPN. Cada vez gosto mais do jogo da bola. A FPF não seria o que é hoje (rica) e o Povo não seria o que é hoje. A puta (o povo) pagou e paga.
E viva a bola! Uma máquina de lavar, centrifugar e triturar dinheiro. Alguns ainda me perguntam que raio de aversão é esta que ganhei à bola. Coisas cá minhas; não consigo despegar a realidade da bola para inglês ver da realidade do povo que vejo.
Pergunta devolvida. Que versão usam para manter a não-aversão? Imagino que saibam distinguir as coisas... Pois eu não! E não faço regra da excepção. Olho para a regra do futebol profissional e ganho ganas de vomitar. Podem chamar-me pseudo-intelectual de merda, se isso vos fizer sentir melhor. A verdade é que tenho esta mania de não gostar de pagar bilhetes que não compro... Para jogos (de bastidores) que me repugnam...
Na Finertec, fez negócios para Angola
A notícia passou quase despercebida na imprensa em janeiro do ano passado: no julgamento do caso BPN, um dos investigadores explicou ao tribunal que a função do Banco Insular (criado em Cabo Verde pela SLN de Oliveira e Costa, Dias Loureiro e outras figuras do cavaquismo) era "servir os empresários angolanos que queriam meter dinheiro fora de Angola". Mas acrescentou outras ligações a bancos também registados em Cabo Verde e que serviriam de plataforma para os mesmos fins: o Banco Sul Atlântico e o Banco Fiduciário Internacional, proprietário da Finertec, a empresa onde Miguel Relvas foi administrador antes de entrar para o Governo, a par de António Nogueira Leite, nomeado por Passos Coelho para a Caixa Geral de Depósitos e que antes dirigia a sociedade gestora de mercados não regulamentados OPEX.
A Finertec também é administrada pelo vice-presidente da Fundação Eduardo dos Santos, António Maurício, e mais recentemente pelo deputado socialista Marcos Perestrello, que participou nas recentes audições parlamentares sobre os serviços secretos. Tem à frente o investidor José Braz da Silva, que se candidatou no início de 2011 à presidência do Sporting com a promessa de um fundo de 50 milhões com rentabilidade de 8% ao ano, criado pela OPEX, noticiou o Diário Económico. Disse ainda que a comissão de honra da sua candidatura integrava os ministros do Petróleo e das Relações Exteriores de Angola, o então secretário de Estado da Defesa Português, Marcos Perestrello, e o professor universitário João Duque, que Relvas depois nomeou para elaborar um relatório sobre o serviço público de televisão. Braz da Silva acabou por desistir da candidatura, alegando não querer pactuar com "o estado de guerrilha permanente" no interior do clube.
A página internet do Banco Fiduciário Internacional atrai os potenciais clientes – "particulares com elevado património", empresas e entidades institucionais – a abrir contas em Cabo Verde com três argumentos: "a fiscalidade para os clientes do BFI é nula", "a violação do segredo bancário é crime" e "o sistema financeiro é moderno e competitivo". Promete ainda a "facilitação de negócios internacionais" aos seus clientes, disponibiliza cartões de crédito e garante transferências bancárias internacionais "para literalmente todo o mundo".
"Abriu portas" a Vakil e foi ter com Dias Loureiro a Miami
Lavagem de dinheiro a uma escala que não é habitual num país com a nossa dimensão. O dinheiro não desapareceu assim sem mais, estará em algum lugar.
O povo está a pagar o que resultou de fraudes monumentais. O que se passou no BPN, no BPP e no BCP não foram golpes de magia. Têm explicação e nós que tudo pagamos temos direito a saber. E golpadas destas precisam de muita cumplicidade de gente e instituições colocadas em lugares chave. Veja o vídeo.
Há tipos que têm sempre um nome a acrescentar ao do batismo. Ingénuo é um deles. Não vi, não ouvi, não sei, mas continuam a usufruir de tudo a que têm direito. Sou o governador do Banco de Portugal, ganho mais que o meu congénere norte - americano que lida com problemas mil vezes mais dificeis, mas que só pode ter um nome : "competente".
Perguntamos todos quem é que vai pagar os 6 mil milhões que nos vai custar o BPN. Há os que assaltaram o banco a partir da administração ; os que deixaram assaltar a partir do banco de Portugal ; e os que nacionalizaram o banco sem cuidarem de saber a enormidade do buraco que iam encontrar.
A SNL onde estão os activos do grupo não foram nacionalizados porquê? Os administradores, accionistas e clientes que fizeram negócios tóxicos com o banco não devolvem o que ganharam ? E os senhores governadores, administradores e directores pagos principescamente para fiscalisarem a actividade do banco não são chamados a ressarcir os contribuintes?
Ou são todos "ingénuos" e "prudenciais? "
Miguel Cadilhe: O Estado terá assumido 80 milhões de ativos tóxicos do BPN relativos a dívidas de Duarte Lima, Arlindo Carvalho, antigo ministro da Saúde e José Neto, antigo secretário de Estado, aponta o Correio da Manhã. O Banco Português de Negócios faz este domingo a manchete das edições de dois jornais, com o Diário de Notícias a entrevistar Miguel Cadilhe sobre o mesmo dossier. “A maior fraude na banca portuguesa”, diz o antigo ministro das Finanças. Os 80 milhões foram retirados para uma sociedade do estado por serem de dificil recuperação mas, a verdade, é que qualquer das pessoas indicadas vivem em Portugal e exercem actividades económicas.
Cadilhe também aponta o dedo ao BdP na pessoa do seu então Governador Vitor Constâncio. E Cadilhe questiona: "Teixeira dos Santos e Sócrates escolheram politicamente contra nós. Porquê? Por que não impediram certas entidades públicas de retirar grandes depósitos do BPN privado? Por que declararam que a nacionalização era grátis para os contribuintes?”.
Já o DN reforça a ideia que o prejuízo será muito maior do que o actualmente conhecido porque o "lixo" foi entregue a sociedades veículos para os vender.
Entre o que o Estado pode vir a suportar há uma "bomba-relógio" que se destaca e assusta os mais atentos: os 3,9 mil milhões de euros que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem de exposição nas empresas (veículos) criadas para absorver os ativos tóxicos do BPN para permitir o negócio da reprivatização. Tavares Moreira, governador do Banco de Portugal entre 1986 e 1992, explica que "só quando estes veículos forem liquidados, o que poderá só acontecer daqui a oito anos, é que se saberá a verdadeira perda do BPN. O relatório da terceira avaliação da troika indicou que só agora irá começar o processo de liquidação dos veículos". Ou seja: ainda falta muito para se saber quanto se vai perder. A certeza é que vai ser muito, segundo garantem os economistas.
"Acredito que há poucos ativos recuperáveis e o que não for recuperável o Estado será obrigado a pagar à Caixa", acrescenta Tavares Moreira. Consideração partilhada pelo especialista em banca e professor na Universidade Nova de Lisboa, Paulo Soares Pinho, que explica que "o que passou para as sociedades-veículo são ativos que ninguém quer, muitos devem valer zero".
"Não imaginam quanto lamento não ter o tempo nem o talento para digerir os 70 volumes e 700 apensos do caso BPN e escrever um thriller baseado nos factos reais da maior fraude portuguesa do século. A realidade supera sempre a ficção. Duvido que John Grisham fosse capaz de imaginar a cena do juiz presidente do coletivo ter de fazer uma coleta para comprar no IKEA uma estante para arramai o processo - que lhe foi negada pela DG da Justiça.
A galeria de personagens é estupenda. Ken Follet teria de nascer duas vezes para conseguir inventar um naipe tão rico, denso e variado. No protagonista, Oliveira e Costa, que por alguma razão era conhecido na sua terra (Esgueira) como Zeca Diabo, e que munido de um cartão laranja subiu na vida ao ponto de chegar a secretário de Estado.
Saído do Governo de Cavaco, na sequência de um perdão fiscal mais que suspeito a empresas de Aveiro (Cerâmica Campos, Caves Aliança), foi recompensado pelo seu amigo com uma vice-presidência do BEI, apesar de ter um inglês ainda mais rudimentar que o de Zezé Camarinha.
Amigo do seu amigo, Costa comprou, em 2001, um lote de ações da SLN (dona do BPN), a 2,4 euros cada, que revendeu com prejuízo (a um euro/ação) ao amigo algarvio (o Aníbal, não o Zezé) e à filha dele. Menos de dois anos depois, Cavaco e Patrícia venderam as ações com um lucro de 140% - ele ganhou 147 mil euros, ela 209 mil. Nada mau.
Quando o naufrágio foi evidente, Zeca Diabo teve a dignidade de ir ao fundo com o barco, aceitou fazer de único responsável pelas patifarias. Em recompensa pela imolação, foi libertado devido "ao seu estado de saúde e por se encontrar em carência económica".
O elenco de atores secundários também é muito atraente e diversificado. Por exemplo, Manel Joaquim (Dias Loureiro), o filho de comerciantes de Linhares da Beira que chegou a ministro, conselheiro de Estado e administrador-executivo do BPN, carreira em que fez fortuna ao ponto de poder comprar, por 2,5 milhões de euros, à viúva de Jorge Mello, uma mansão no Monte Estoril.
Temos também Vítor Constâncio que, apesar de usar óculos e ser o governador do Banco de Portugal, foi o último a ver a falcatrua, anos depois da Deloitte, Exame e Jornal de Negócios terem alertado para o assunto.
E ainda Scolari, que recebia 800 mil euros/ano, Figo (apenas 400 mil/ano) e Vale e Azevedo, que sacou dois milhões (passaram-lhe o cheque antes de verificarem as garantias), e tantas outras figuras do nosso Gotha que lucraram com um banco que tinha balcões em gasolineiras e ativos tão extravagantes como 80 Mirós e uma coleção de arte egípcia.
O enredo é fabuloso. Dava um filme indiano. Só espero que, na venda ao BIC, o Estado tenha tido o bom senso de reservar os direitos de adaptação ao cinema desta história, que estou certo será disputada por Hollywood e Bollywood. Sempre será algum dinheiro que entra para minorar o prejuízo de seis mil milhões."
O BPN dava um filme indiano
Por
JORGE FIEL , Jornal de Notícias
É preciso saber toda a verdade doa a quem doer! Há milhões do erário público enterrados no banco, activos pressurosamente desviados , uma venda em que o estado mete mil milhões e recebe quarenta milhões...
Assunção Esteves anunciou que vai haver apenas uma comissão de inquérito ao caso BPN, depois de terem sido propostas duas iniciativas distintas. Uma pelo PSD e CDS, outra pelo PS, PCP, BE e PEV. Avançou a proposta socialista, englobando os objectivos propostos pelos deputados da maioria.
Depois do anúncio, os líderes dos cinco principais partidos falaram aos jornalistas, mostrando-se satisfeitos com o facto de a "verdade" sobre o BPN poder vir a ser investigada.
off-topic ou nem por isso (e aproveitando a boleia do sapo):
OUVIR E FALAR - Ciclo de Tertúlias pela Democracia e Cidadania (clique para saber mais e aderir)
Um empresário de cimentos (CNE) teve a desdita de conseguir produzir e vender 9% do mercado dos cimentos, isto num só ano. Há dias apresentou no DIAP - Departamento de Investigação e Acção Penal - em Lisboa, uma acção contra a Caixa Geral de Depósitos, o BPN o banco Efisa, a BPN Imofundos e a Palvorem, sociedade de capitais públicos. acusando-os de apropriação ilegítima e de gestão danosa.
Tendo arrancado em 2000, em Aveiro, passou a uma segunda fase pela mão do BPN e da SLN/ e arrancou em 2007 com uma segunda fábrica de cimentos em Setúbal que custou cerca de 73 milhões . Um susto para a concorrência!
Tudo se desmoronou com o fim de Oliveira e Costa em 2008. O empresário (CNE) apresentou um plano de pagamentos de "parte substancial" dos créditos, em montante superior a 70 milhões de euros e que previa a manutenção dos postos de trabalho. Mas o governo nacionalizou o BPN e sob gestão da CGD aquele plano de pagamentos limita-se a 42 milhões de euros e a credores seleccionados.
Agora vejam só isto: Só com ordem judicial é que o empresário (CNE) conseguiu saber qual era a nova sociedade de gestão da CNE - a sua empresa - e que por detrás do plano BPN está a concorrente Secil...e a secundá-la a Galilei que é, nem mais nem menos, o novo nome da empresa de Oliveira e Costa (SNL). Entretanto, parece que o papel da Palvorem, a tal empresa do estado, foi passar o crédito ou créditos da BPN à Direcção Geral do Tesouro...
Isto é, para recuperar a CNE ( empresa cimenteira do empresário de Aveiro) colocaram na sua gestão os mais interessados em fechá-la!
Confuso? Não esteja, é no lamaçal que se fazem os grandes negócios!
Há um processo judicial conhecido por BPN que tem gente presa. Para o banco foram encaminhados milhões de euros para cobrir os buracos que por lá apareceram.Que foi nacionalizado com medo que a sua falência tivesse influência em todo o sistema. Moveu o Banco de Portugal, Comissões na Assembleia da República, está entregue à Justiça, segue o seu caminho. Esperamos!
Há um outro processo, em que estão envolvidas várias empresas públicas e vários administradores e directores dessas empresas, também a correr em Tribunal depois de um processo que levou à prisão um dos arguidos (curiosamente o único que estava na gestão privada), a demissões de Presidentes e de administradores de grandes empresas públicas, controvérsia monumental acerca das escutas que dividiu toda a classe judicial, com destruição de parte delas contra a vontade e o parecer de parte considerável dos agentes da justiça.
Tudo isto é conhecido de todos! Então, não é, que há quem diga com o ar mais sério deste mundo que o segundo processo só existe para "abafar" o primeiro? Um processo "não existente" que está em Tribunal, com acusadores do Ministério Público, advogados , testemunhas e juízes....
Era isto a que eu me referia quando escrevi isto!
Quando o governo de José Sócrates, já muito apertado, resolveu nacionalizar o BPN muitos de nós declaramos que se tratava de um erro. O banco não tinha dimensão no mercado para produzir efeitos sistémicos, o número de trabalhadores não era significativo, o melhor seria liquidar o banco, vendendo os activos e pagando o que devia.
Mas não foi assim. Contra todas as vozes que se ergueram em protesto que agora se vê que tinham toda a razão, o governo achou por bem fazer o que sempre fez em todos os casos. Atirar dinheiro para cima dos problemas e colocar como administradores homens da sua confiança vindos da Caixa Geral de Depósitos. Antes disso, inviabilizou uma proposta de Miguel Cadilhe que precisava de 30% do dinheiro que foi lá queimado. E, ainda mais estranho, tratou de separar a SNL, uma holding onde se reuniam os activos mais valiosos e que que permanece à margem de todo o processo. Nunca foi dada nenhuma explicação.
Depois, lançaram-se concursos a que ninguém concorreu até que apareceu Isabel dos Santos com o seu parceiro português Américo Amorim e o Banco BIC interessados. Logo se soube (segredo bem guardado) que Isabel dos Santos devia 1 600 milhões de euros ao banco ,resultantes de um empréstimo para comprar uma das muitas partes accionistas de que é titular em grandes e estratégicas empresas portuguesas.
A ideia, logo se percebeu, é que esses 1 600 milhões ficassem no "bolo global", o BIC entregava 40 milhões e os 1 600 milhões ficavam na paz da senhora...
Parece que a Troika não vai nisso apesar do governo (este) já ter ido.E, tudo volta ao principio. Liquidado, o BPN vai despedir cerca de 1 500 pessoas, vai vender os activos, pagar aos credores mais importantes, os depositantes é melhor começarem a pôr umas velinhas aos seus santos padroeiros e nós todos vamos pagar os desmandos, os roubos e a incompetência de muitos.
Assim seja!
Andam por aí uns puristas muito chateados porque o Expresso meteu esta "caixa" na primeira página. É, óbvio, que a notícia só está na primeira página porque muita desta gente utilizou o caso BPN para efeitos políticos. Tivesse o assunto ficado onde deveria ficar e não andaria por aí a enlamear pessoas.
Recorde-se que o BPN é (foi) um banco privado e como tal deveria ter ficado na esfera privada. Não é o facto de os seus administradores e accionistas serem ex-governantes que o torna público. Aplique-se a Lei !
Mas o que vários grupos organizados fizeram foi "colar" o BPN e as intrujices que lá se passaram ao PSD, os mesmos que agora arrancam os cabelos.
João Semedo, pelo que se sabe, não cometeu nenhum crime, nem há nada a apontar, como médico foi accionista e administrador de uma clínica, bem conhecida, aliás ( e o seu percurso também é bem conhecido) não há razão nenhuma para ser notícia de jornal, mas claro, agora o BPN já é de todos, não é só de ex-PSD tomados pela ganância...
É no que dá a promiscuidade entre público e privado e a guerrilha política.
PS: leia às 13h30 uma declaração de Francisco Louçã sobre o mesmo assunto
Duarte Lima e seu filho Pedro bem como um sócio, José Raposo, foram detidos no âmbito de uma investigação sobre o BPN . Trata-se de burla e evasão fiscal.
Às 7 da manhã, inspectores da PJ bem como o Juiz de instrução Carlos Alexandre procederam a buscas nas residêncas e escritórios dos arguidos, tendo dado por fim os trabalhos pelas 8h30m.
O BCP bateu no fundo não vale quase nada. O que se passa no BCP?
Depois da tomada do banco com dinheiro da CGD e da nomeação de administradores da CGD nunca a operação foi explicada. O que sabemos é que a anterior administração foi corrida com traições e histórias mal explicadas à mistura..
Entretanto Vara, um dos administradores que entraram no BCP nessa altura, vindo da CGD, está a ser investigado por falta de declaração fiscal de 800 mil euros .
O BCP vai estourar-nos nas mãos como parece evidente estando, ainda por cima, muito exposto à dívida da Grécia de onde sempre lhe virão más notícias.
Um outrora reputado banco liderando em vários segmentos e revolucionando a actividade bancária em Portugal está assim à espera que o golpe da misericórdia chegue.
Qual será o montante que virá escurecer ainda mais os nossos pesadelos? E que impacto terá nas contas públicas? Tudo o que pode correr mal mais tarde ou cedo corre mesmo mal. Antecipando a derrocada as acções caíram para valores irrisórios, valendo hoje 16 cêntimos do euro quando nos tempos anteriores "ao golpe de mão" do governo Sócrates eram negociadas por 7 euros.
Quem não está pelos ajustes é o Joe que foi utilizado no golpe mas que não está para pagar os milhões de prejuízo que deve à CGD.
O que mais nos poderá acontecer?
Assunto: Crédito do BPN à Amorim Energia
Destinatário: Ministério das Finanças
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
O Bloco de Esquerda tomou conhecimento, através da comunicação social, da possível existência de um crédito concedido pelo BPN à Amorim Energia para a compra de uma participação na Galp.
Segundo a notícia, o crédito, da ordem dos 1600 milhões de euros, teria sido concedido pelo BPN à Amorim Energia em 2006, antes do processo de nacionalização. A mesma fonte avança que o empréstimo não chegou a ser pago pela holding ao BPN, mantendo-se assim a divida de 1600 milhões de euros durante todo o período em que o Banco esteve na posse do Estado.
Acresce a esta informação o facto de a Amorim Energia ser uma holding detida, não apenas por Américo Amorim, mas que tem como accionistas a Santoro Holding Financial, de Isabel dos Santos, e a Sonagol. Como é conhecido, a Santoro Holding Financial, para além de accionista da Amorim Energia, é também accionista maioritária do Banco Internacional de Crédito, a quem o Estado irá vender o BPN. Desta forma, a venda do BPN, com os seus créditos, ao BIC, poderá implicar que o crédito de 1600 milhões de euros seja pago pela Amorim Energia a um banco que tem como principal accionista a própria devedora.
A confirmar-se, a situação acima descrita configura mais um episódio inaceitável de falta de transparência associado ao processo de reprivatização do BPN. O Banco Português de Negócios, nacionalizado em 2008, representa, neste momento, cerca de 1000 euros por contribuinte em Portugal, e um prejuízo directo para o Estado de pelo menos 2,4 mil milhões de euros.
Em nome da transparência e do direito à informação que assiste a todos os contribuintes que pagaram e estão a pagar o prejuízo do BPN, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda gostaria de ver esclarecidas algumas questões relacionadas com a situação acima descrita.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério das Finanças, as seguintes perguntas:
1. Confirma o Governo a existência de um crédito, por liquidar, da Amorim Energia ao BPN? Em caso afirmativo, qual o seu valor?
2. Caso exista, como explica o Governo a não execução do referido crédito para fazer face aos prejuízos associados ao BPN, durante os anos em que o banco esteve na posse do Estado?
3. Confirma o Governo que o referido activo se encontra num dos três veículos constituídos pela Caixa e transferidos para o Tesouro?
4. Perante o cenário de venda do BPN ao BIC, qual a situação do referido activo? Ficará em posse do Estado ou será incluído no pacote a privatizar?
5. Pode o Governo divulgar a lista de todos os créditos, incluídos nos veículos transferidos para o Tesouro, acima dos 250 milhões de euros?
Palácio de São Bento, 08 de Agosto de 2011.
O Deputado
Aqui, neste texto alertávamos para o problema. O BE apresentou, pela mão do deputado João Semedo, um requerimento a pedir explicações sobre o assunto.
O que mais admirar? A Assembleia da Republica sabe tão pouco da matéria que nem desta dívida tem conhecimento? O seu montante, o seu titular , não são razões suficientes para que esta questão seja nuclear?
E, o Banco de Portugal, também não sabe e não avisa a Assembleia da República ? E o Ministério das Finanças não tem obrigação de dar conhecimento aos deputados ou também não sabe?
E, que dizer da administração da Caixa Geral de Depósitos que esteve à frente do BPN durante 3 anos e não avisou ninguém? Ou avisou e todos ficaram à espera que ninguém visse?
O prejuízo que todos vamos pagar no BPN ronda os 2,4 mil milhões de euros que podem crescer para 4 mil milhões ou descer para 800 milhões. Como?
Américo Amorim para comprar a sua quota na Galp pediu ao BPN 1,6 mil milhões ( segundo o próprio e analistas, o investidor tornou-se o homem mais rico do país com esta operação).
Quando a GALP lhe tiver pago o empréstimo e os juros, o empresário vai ter que pagar ao BPN, o tal que a partir de agora tem, com a venda ao BIC, como maior accionista Isabel dos Santos que é ,também, sócia de Américo Amorim na empresa devedora do BPN e accionista da Galp. Logo, corre-se o risco de os 1,6 mil milhões cairem no BPN já privatizado e nas mãos de Isabel dos Santos em vez, de ser deduzido no crédito que o Estado, via CGD, lá tem!
Confuso?
Anda tudo ligado e não se cria riqueza nenhuma, o dinheiro circula dos bolsos dos contribuintes para os grandes negócios do Estado!
PS: a secretária de estado aflorou este assunto muito pela rama na AR e Paulo Portas foi para Luanda a ver se salvava a massa. Parece que sim, dizem as más línguas.
O BPN tem em depósitos 1,8 mil milhões e com a sua venda está assegurada a continuidade da actividade do banco, bem como: "Se o BPN não fosse vendido, o primeiro custo seria a perda de todos os postos de trabalho", disse a secretária de Estado
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, disse hoje que o BIC vai transferir "nos próximos dias" 25% dos 40 milhões de euros com vista à compra do BPN. Esta questão do pagamento é muito esquecida nos comentários apressados quando se comparam montantes. É que um montante superior pago a 10 anos, actualizado, é capaz de ser bem menos do que se julga. Ora o BIC paga a pronto!
Este desfecho, depois do roubo inicial, da nacionalização, dos três anos de gestão da CGD, não parece ser nem mau nem bom.
É o possível!
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