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No dia 15 de Agosto de 1925, nasceu, em Nápoles, o pianista francês Aldo Ciccolini.

O seu pai era tipógrafo e tinha o título de Marquês de Macerara. Entrou para o Conservatório de Nápoles apenas com 9 anos, com uma autorização especial do seu director, Francesco Cilea. Estudou piano com Paolo Denza, aluno de Ferruccio Busoni, e harmonia e contraponto com Achile Longo.
Aos 16 anos começou a sua carreira musical, actuando no Teatro de S. Carlos, em Nápoles. No entanto, a partir de 1946, viu-se obrigado a tocar em bares, para suportar a família. Em 1949, ganhou o concurso Marguerite Long-Jacques Thibaud, em Paris. Outros premiados nesse concurso foram Paul Badura-Skoda e Pierre Barbizet.
Em 1969, Aldo Ciccolini tornou-se cidadão francês e ensinou no Conservatório de Paris, entre 1970 e 1988. Um dos seus alunos foi o pianista português Artur Pizarro. Ciccolini é um distinto intérprete e promotor da música para piano dos compositores franceses Maurice Ravel, Claude Débussy e Eric Satie, assim como de outros menos conhecidos, como Jules Massenet.
No dia 9 de Dezembro de 1999, Ciccolini celebrou os 50 anos de carreia com um recital, no Teatro dos Campos Elísios, em Paris. Aldo Ciccolini é um intérprete muito respeitado entre os seus pares. A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf fez a seguinte afirmação acerca do pianista: “É difícil conhecer um parceiro tão maravilhoso e um companheiro tão agradável”.
Para várias editoras, principalmente para a EMI, Aldo Ciccolini já fez mais de 100 gravações, que, além de outras obras, incluem as sonatas completas, para piano, de Mozart e Beethoven e as obras completas para piano, de Eric Satie. Em 2002 foi-lhe atribuído o “diapasão de ouro” pela gravação das obras completas, para piano, de Janáček e Schumann.


Gymnopedie nº 1, de Eric Satie
Piano: Aldo Ciccolini

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No dia 17 de Maio de 1866 nasceu, em Honfleur, o compositor francês Éric Satie, relevante no cenário da vanguarda parisiense do início do séc. XX e precursor de movimentos artísticos como minimalismo, música repetitiva e teatro do absurdo. Tornou-se referência entre os jovens compositores, que eram atraídos pelos títulos bem-humorados das suas peças, e exerceu grande influência nos seus amigos, os notáveis contemporâneos Debussy e Ravel, mudando assim o curso da história da música. Aos 7 anos perdeu de uma vez a mãe, que morreu e o pai que abandonou a pequena cidade de Honfleur, na Normandia, para ir para Paris. Eric ficou ao cuidado de um tio boémio, que lhe proporcionou aulas de piano com um bom professor. Em 1878, deslocou-se para a capital francesa. Aos catorze anos, ingressou no Conservatório de Paris onde era considerado, pelos professores, medíocre, preguiçoso e imprestável.
A música de Satie foi, na altura, apreciada por poucos e desprezada pela maioria dos compositores e críticos musicais. Eram-lhe apontadas diversas fragilidades, a mais importante das quais se referia à sua deficiente formação enquanto compositor e pianista. Com quase quarenta anos, resolveu voltar a estudar. Em 1905 ingressou na Schola Cantorum de Paris e estudou contraponto e orquestração. Três anos depois recebeu o diploma com a avaliação “très bien”.
Excêntrico e irreverente, Satie (que tinha 12 fatos iguais e uma interminável colecção de cachecóis e guarda-chuvas) também gostava de escrever e fazer caricaturas, inclusive dele mesmo. Fizeram sucesso os seus irónicos poemas, canções e escritos autobiográficos intitulados “Memórias de um Amnésico”.
Dizia que nasceu “muito jovem num tempo muito velho” e quanto à música modernista e às vezes estranha que escrevia, respondia: “Mostrem-me algo novo, que começarei tudo outra vez”. E fez muito de novo – incluindo a sua “musique d’ameublement”, composta para ser como que parte da mobília. Enervava-se quando as pessoas se concentravam a ouvir essa novidade e gritava: “Falem! Mexam-se, façam alguma coisa! Não fiquem parados simplesmente a ouvir!”
Após anos de bebedeira, Eric Satie morreu de cirrose, a 1 de Julho de 1925, em Paris.


Gymnopédie nº 1, de Eric Satie
Piano: Aldo Ciccolini

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Enrique Granados – Pianista e compositor espanhol

por António Filipe, em 24.03.12

No dia 24 de Março de 1916 morreu o pianista e compositor espanhol Enrique Granados. Tinha nascido em 1867, na cidade catalã de Lérida. Teve em vida grande sucesso, logo desde quando, aos 16 anos, ganhou um importante prémio com a interpretação da Sonata para Piano nº 2 de Schumann. O seu talento como pianista valeu-lhe começar a dar concertos públicos e deslocar-se depois para Paris para continuar os estudos. Por lá conheceu Debussy, Ravel e Saint-Saëns e aprendeu muito durante 3 anos – e regressou em boa hora à sua Catalunha.
Em Barcelona, foi muito aclamado como concertista. E depressa ganharam popularidade as suas composições – principalmente as canções para voz e piano e as diversas obras para piano que escreveu. A sua obra-prima, a suite para piano "Goyescas", escrita em 1911, por inspiração em quadros de Goya (e muito influenciada por Liszt) caiu nas graças da Academia Nacional de Música de Paris, que lhe propôs transformar as Goyescas numa grande ópera. Estalou entretanto a Grande Guerra e o projecto ficou adiado.
A ópera viria a surgir na América. Granados cedeu a obra ao Metropolitan Opera House de Nova Iorque, que a levou à cena em 1916, sob a direcção do próprio compositor. Mas esta estreia foi fatídica para Enrique Granados. No regresso de Nova Iorque, o navio em que viajava foi bombardeado por um submarino alemão. O compositor e a sua mulher morreram afogados no Canal da Mancha.
Para a História ficaram as magníficas composições de Enrique Granados. Para além das Goyescas, o compositor tem sido muito lembrado – e tocado – por causa das suas famosas Danças Espanholas. Perpetuadas por variadas interpretações de grandes guitarristas, as Danças Espanholas foram compostas para piano – afinal o instrumento de Granados.


Dança Espanhola nº 5, de Granados
Piano: Aldo Ciccolini

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