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No Publico : preço da água vai ser igual em todo o país e rondará os 2,5/3 euros o m3.
"“As pessoas podem gastar o que quiserem no telemóvel, e gastam muito mais que isso, ou gastar mais noutros produtos, como a electricidade, mas queremos que a água continue a ter um preço económica e socialmente sustentável”, disse ainda Manuel Frexes.
E alertou para a necessidade de harmonização e exemplificou com o facto de haver municípios “que ainda nem cobram taxas de saneamento”, para ilustrar os contrastes entre operadores.
De uma forma geral, os municípios e outras entidades que tratam das águas “cobram os serviços abaixo do preço real”, fazendo com que o sector “tenha um défice estimado de 600 milhões de euros por ano” – 10% do qual da AdP, cabendo o restante a todas as outras entidades, nomeadamente autarquias.
O preço tem que ser suficientemente alto para travar o desperdício.
Não é mesmo possível compatibilizar o Douro Vinhateiro com a Barragem do Rio Tua? Palavra? A água vai continuar a perder-se no mar quando todos sabemos que a falta de água é um dos maiores problemas com que a terra se vai defrontar no futuro? A palavra dos cidadãos:
Cucos e Subjetividades!.... |
É bonito mas é falado, trabalhado é outra conversa |
A ministra Cristas tem um problema enorme entre mãos, para além de outros. O da água e dentro dele o das Águas de Portugal, esse gigante com 40 subsidiárias e com enormes prejuízos e um dívida de muitos milhões.
No que diz respeito "em alta" ( armazenamento e tratamento) deve ser mantido na posse do estado, quer a propriedade ( não pode ser de outra forma) quer a sua gestão. "Em baixa" ( distribuição) deve ser privatizada.
O desperdício de água, devido à falta de manutenção da rede, é de 40% de toda a água distribuída. Ora, é bem de ver, que é aqui que se devem concentrar os investimentos. Depois há que combater o desperdício da água na sua utilização, nos consumos domésticos, na jardinagem, lavagem de carros...
Este combate trava-se elevando o preço da água no consumidor . Não há outra forma.
A seguir há o desequilíbrio entre a grande concentração da população e os lugares de pequena concentração, estes sem viabilidade económica. Há que distribuir o esforço. Trata-se de uma operação muito difícil, é a natureza e a própria vida que a água representa, é pois natural que apareça uma forte resistência à privatização da gestão da água.
Os resultados da gestão da água nas mãos do estado não foram brilhantes, muito longe disso, mas nada impede que a gestão se mantenha em mãos públicas se forem implementadas medidas e princípios que façam da actividade uma conta de exploração positiva.
Na Suiça um copo de água num café custa 50 cêntimos a acompanhar um cafezinho. Cá no burgo o copo de água vem para a mesa sem o pedirmos e, a mais das vezes, deitamo-la fora, não a bebemos.
A água é demasiado preciosa para ser tratada desta forma irresponsável.
E, no entanto, a água vai chegando cada vez a mais pessoas, como a saúde e o restante saneamento básico.
Nos últimos 20 anos, mais de dois mil milhões de pessoas passaram a ter acesso a água potável, um número que permite cumprir o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio, anunciou nesta terça-feira a ONU.
A meta, que deveria ser cumprida até 2015, era reduzir para metade o número de pessoas no mundo que não têm acesso a água potável. Hoje, graças a investimentos na melhoria de condutas e na protecção de poços, essa meta foi alcançada, revelou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Apesar de todos os erros, da corrupção, da falta de solidariedade, o sistema político em que vivemos consegue oferecer um nível de vida nunca atingido na história da humanidade a tantas pessoas. Outros sistemas caíram fragorosamente porque não conseguiram corresponder à legítima ansiedade de as populações viverem uma vida melhor. O primeiro passo é produzir o suficiente no que este sistema se tem mostrado muito eficaz. O segundo passo é criar iguais oportunidades para todos o que não é ainda uma realidade. O terceiro passo é uma maior justiça e equilíbrio na distribuição da riquesa produzida o que está muito longe de se concretizar.
Mas a melhor defesa da Democracia e do Estado de Direito são estas duas mil milhões de pessoas que acederam ao saneamento básico e, com ele, a uma melhor saúde e a uma maior esperança de vida.
Quem precisa do Estado para fazer referendos? Um movimento civil não esteve com aquelas e vai de distribuir uma urna por bairro em Madrid e levar as populações a votar. Democracia participativa é isto. Depois pegam nos resultados e enviam-na ao governo e à Assembleia .
Más de 300 urnas repartidas por distintos barrios y municipios de Madrid recogerán la votación popular organizada por una plataforma con ayuda del movimiento 15-M sobre la privatización del agua potable en la región.
E, há aqui uma grande diferença em relação às petições, as pessoas votam livremente e até lá colocam o nome porque não há razões para ter medo, em democracia não há razões para ter medo, enquanto houver um advogado disponível para recorrermos à Justiça. E uma comunicação social que seja independente para gritar para a rua!
Aqui está uma boa ideia para a Tertúlia da PEGADA em Março no Fundão.
Qual o café + forte? O curto ou o cheio?
Aprendam!!!!
Quantos debates já houve à volta da questão: qual o café mais forte? O curto ou o cheio?
Aqui está a resposta (pela Delta Cafés):
Em resposta à sua questão, venho por este meio informar-lhe de que:
Bica "curta"
Volume total - ± 25 cc
Conteúdo de cafeína 87,0 mg
Bica "normal"
Volume total - ± 35 cc
Conteúdo de cafeína 94,5 mg
Bica "cheia"
Volume total - ± 45 cc
Conteúdo de cafeína 98,1 mg
Sendo assim, podemos concluir que um café expresso (vulgar "bica"), resulta da pressão a que a água atravessa as partículas de café moído e da consequente emulsão que essa pressão origina, das substâncias gordas do café - os óleos aromáticos e os colóides - o que caracteriza e distingue esta bebida das restantes pela sua densidade, creme, corpo e sabor persistente na boca.
Reconhece-se um bom expresso pela cor e textura do creme à superfície, o qual deverá ser levemente acastanhado (cor avelã) e com ligeiras nuances mais escuras no centro e sem "Bolhas". A sua espessura deverá ser de 3 a 4 mm e consegue-se analisar essa espessura se ao deitarmos açúcar na bebida, o creme consiga sustentar durante poucos segundos essa quantidade de açúcar, indo-se depositando no fundo da chávena de forma gradual.
Quero-lhe pedir desculpa por só agora lhe estarmos a responder e quero aproveitar para lhe informar de que caso necessite mais alguma informação, por favor não hesite em contactar-nos novamente!
Com os melhores cumprimentos,
DELTA CAFÉS
PS: quem gosta de café não lhe acrescenta açucar.
É com muito prazer que a Câmara Municipal de Castelo Branco, através do Museu do Canteiro, acolhe a obra artística da Beirã Manuela Justino, resultante
de uma anterior série designada por Sopro de Água.
A presente exposição que inaugura por ocasião do 7.º aniversário do Museu do Canteiro, com o título de Água E(n)cantaria, apresentada em parceria com o
trabalho fotográfico de Pedro Inácio, é uma clara homenagem às fontes, chafarizes, à força vital da água. Há lugares que têm alma e neles perdura um
sentido de imortalidade conferido pela durabilidade das cantarias. As carrancas dos chafarizes mais simples ou os fontanários mais elaborados assumem, nesta
exposição, um surpreendente impacto visual.
Nas imagens apresentadas a água, a pedra, a luz e o movimento dissolvem-se na mesma imagem, onde os dois primeiros elementos prevalecem como primordiais. Observa-se,ainda, uma cumplicidade entre o trabalho da artista com o passado e futuro da água.
Esta é uma selecção de fotografias que nos convida a reviver e a imaginar a água como fonte inseparável da vida.
À Manuela Justino um agradecimento muito especial, pela delicadeza desta mostra e pela sensibilidade de nos (en)cantar com a sua arte.
Bem-haja.
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
ÁGUA E(N)CANTARIA
FOTOGRAFIA | MANUELA JUSTINO
MUSEU DO CANTEIRO PREFÁCIO DE EDUARDO NERY
Abertas ou veladas,
secretas sombras ou claras velas,
escassas, opulentas,
às vezes só um punhado de reflexos
arrancado a equívocos relâmpagos,
volúveis labaredas
que nos turvam ou cegam,
é com palavras que o desejo levanta as suas torres
e na deriva ondeia numa leveza aberta.
António Ramos Rosa
Está completa a nova administração das AdP. Se bem me lembro, Manuel Freixes , Álvaro Castelo-Branco e Manuel Fernandes Thomaz é tudo gente da maioria.
E qual será o seu objectivo principal? Privatizar? Mas num assunto tão importante como a água não seria de fazer uma discussão pública para sabermos do que se trata?
É a captação, o tratamento e a distribuição? Ou é apenas a distribuição? E como está assegurado o fornecimento, que só dá prejuízo, nas aldeias e lugares distantes e com pouca gente? E qual é a política de preços sendo certo que serão vários operadores? É o mesmo preço para todo o país ou o preço varia conforme o custo do serviço?
Era bom que tudo isto fosse discutido à luz do dia!
Rui Godinho, diz que é prioritário saber qual é a política que o governo vai seguir no sector. Harmonizar tarifas, ganhar massa crítica com fusões, resolver a questão magna das perdas, privatizar o quê e em que condições se for esse o objectivo.
“Deve-se avançar para a reestruturação e reorganização do sector da água, garantir a sustentabilidade económica e financeira, prestando serviços de alta qualidade, em abastecimento de água e de saneamento de águas residuais a toda a população portuguesa”, destacou Rui Godinho.
Tudo o que já devia estar a ser feito pelas Águas de Portugal que pelos vistos não fez, mas que acumulou milhões de prejuízos com quatro dezenas de empresas todas falidas.
Estes sectores entregues ao Estado só nos dão boas notícias!
Acabei de ler e assinar a petição online: «Privatização da Àgua a Referendo»
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N11644
Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.
Obrigado,
Vasco Correia Lourenço
Com os agradecimentos ao "clarinete" :"O Clarinet" http://oclarinet.blogspot.com
As privatizações são o objectivo central do governo. Porquê esta centralidade; se as receitas que elas geram são uma migalha da dívida? Porque o verdadeiro objectivo delas é destruir o Estado Social, eliminar a ideia de que o Estado deve ter, como função primordial, garantir níveis decentes e universais de protecção social.
Sujeitar os serviços públicos à lógica do mercado implica transformar cidadãos com direitos em consumidores com necessidades que se satisfazem no mercado. Cada um consome segundo as próprias posses. Para os indigentes, o Estado e as organizações de caridade garantem mínimos de subsistência. Mesmo assim, há privatizações e privatizações, e a privatização da água é a mais escandalosa de todas porque ela põe em causa o próprio direito à vida.
A água é um bem comum da humanidade e o direito à água potável um direito fundamental. Um direito de que está privada cerca de um quarto da população mundial (1,5 mil milhões de pessoas). Todos os dias morrem 30 mil pessoas por doenças provocadas pela falta de água potável. As alterações climáticas fazem prever que este problema se agravará nas próximas décadas. Considerando que quase metade da população mundial vive com menos de dois dólares por dia, e, por isso, sem condições para aceder ao mercado da água, tudo recomendaria que as medidas para garantir o acesso à água fossem orientadas pela ideia do direito fundamental e não pela ideia da necessidade básica.
Apesar disso, desde a década de 1980, a onda neoliberal fez com que muitos países privatizassem os sistemas de água. As consequências foram desastrosas: as tarifas subiram mais de 20 por cento; o investimento na manutenção das infra-estruturas diminuiu; a qualidade da água piorou; as poucas multinacionais que controlam o mercado mundial, ao preferirem as empresas do seu grupo, levaram à falência as empresas municipais; houve conflitos violentos (por exemplo, na África do Sul) quando a empresa fechou as torneiras a quem não pagava as contas; foram denunciadas cláusulas danosas nos contratos, conflitos de interesses e corrupção. Perante isto, os cidadãos de muitos países e cidades organizaram-se para impedir a privatização ou para lutar contra ela. Ficou famosa «a guerra da água» em Cochabamba (2000); em vários países, as lutas populares mudaram as Constituições para garantir a água como bem público; iniciativas de cidadãos levaram à substituição das parcerias público-privadas por parcerias público-públicas (entre governos centrais, regionais e municipais).
Este movimento não se confinou ao mundo menos desenvolvido. Por toda a Europa cresce o movimento contra a privatização da água e ele é forte nos países que tutelam hoje a política portuguesa, a França e a Alemanha. Ao fim de 25 anos, Paris remunicipalizou a gestão da água em 1 de Janeiro de 2010. O mesmo se passou com Grenoble mobilizada pela inovadora associação Eau Secours. Na Alemanha numerosas cidades estão a remunicipalizar a gestão da água, e Berlim não quer esperar por 2008 para terminar a concessão à multinacional francesa Veolia.
Por tudo isto, o mercado da água entrou em refluxo. Assim se explica que a privatização da água não conste do menu de privatizações da troika. Não é a primeira vez nem será a última que uma política considerada inovadora pelo governo português, é, de facto, uma política anacrónica, fora de tempo.
Mas como a cartilha deste governo tem uma lógica temporal muito própria (varrer da memória dos portugueses o 25 de Abril e o Estado Social que ele promoveu) não é de esperar que ele se envergonhe do seu anacronismo. Só os portugueses o poderão travar através de lutas de democracia directa e participativa, tais como protestos, organizações cívicas, petições, referendos, e da litigação judicial. Para eles, sim, será importante saber que a luta contra a privatização da água tem tido uma elevada taxa de êxito. O grupo Águas de Portugal não é um bom exemplo de gestão mas a solução não é privatizá-lo; é refundá-lo.
In Visão de 4 de Agosto de 2011
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