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N.B.: Este post deveria fazer parte do anterior. Devido àquilo que tudo indica ser um erro de sistema, teve que ser publicado separadamente.

B.B. Mandelbrot encontrou a curva de Cauchy por todo o lado na Economia, porque ela é a solução da equação diferencial da ressonância forçada. Os estatísticos chamam-lhe “A curva das caudas gordas”, porque ao contrário da curva de Gauss, a sua amplitude se mantém significativamente maior do que zero a uma distância apreciável do centro. É exactamente uma dessas “caudas gordas” que estamos a viver neste país, e neste continente, desde 2007-2008. A excitatriz é a criação monetária pelos bancos (comerciais!) e o coeficiente de amortecimento, o delta na curva de resposta, é a taxa de reservas fraccionárias. Em 2008, estivemos provavelmente tão perto da tempestade perfeita quanto é possível, mas note-se que a Economia não tem um modo de oscilação simples e o sistema bancário não tem uma taxa de reservas uniforme.

De qualquer forma, a ressonância psicológica (!), como Stéphane Laborde lhe chamou, esta sim, é intrínseca ao sistema de criação monetária pela dívida e ao sistema de reservas fraccionárias. A partir daqui, a opção de “quebrar o passo” tem uma forma simples: podemos continuar a ter o sistema de reservas fraccionárias, ou podemos continuar a ter bancos privados. Mas não ambos. No caso concreto de Portugal, necessitamos quanto antes de renegociar a dívida pública, mas devemos ter a consciência plena de que esta é uma medida de limitação de avarias. O mais importante é que a sociedade possa ser libertada para levar a cabo aquela tarefa essencial de “Acabar com os pobres”. Assim, rigorosamente de volta ao início.

§O exército americano manteve sempre um atraso tecnológico apreciável no respeitante a carros de combate. Na Segunda Guerra, esse foi o resultado da decisão política de privilegiar a quantidade, logo aquilo que pode ser fabricado em grande número (nem tudo pode). Nos anos seguintes, enquanto o complexo militar- industrial americano conseguia manter ou aumentar o seu avanço tecnológico noutras áreas, o seu atraso a respeito de “tanques de batalha” ia-se mantendo, até que, em finais dos 1970’s, o Pentágono decidiu que a situação tinha que mudar duma vez por todas. E nada de técnicas metalúrgicas complexas, ou dinâmica de fluidos em regime turbulento. A solução definitiva envolvia apenas o metal mais duro de todos: o urânio. Mas o urânio é também o metal mais pesado existente no planeta e o produto final, o tanque M-1 Abrahms pesa quase o dobro dos carros de combate usados por outros exércitos. Como era destinado às unidade estacionadas na Alemanha, o exército americano informou as autoridades alemãs do facto e das suas implicações. Eles já sabiam. O processo tinha sido acompanhado com toda a atenção ao nível federal, ao nível estadual e ao nível local. As autoridades militares americanas foram submergidas por uma avalanche de projectos de renovação de estradas, de reforço ou substituição de pontes e viadutos, bem como de terminais ferroviários. Com a carne pronta para ser posta em cima do assador, o exército americano pagou a renovação duma parte substancial da rede viária do Centro e do Sul da Alemanha.
¶Isto, em absoluto, não pode ser dito daqueles países a que eu chamei “em vias de desenvolvimento”.
||Os autores testaram inclusive a hipótese inversa, ou seja, que aqueles problemas pudessem ser a causa da desigualdade económica, sem qualquer evidência de correlação.
**No entanto, aquelas estruturas hierárquicas profundamente enraizadas na cultura nipónica, não têm expressão directa no nível de rendimentos e não parecem interferir com aqueles indicadores de bem-estar social.
††Porque não faz sentido falar em sequência temporal quando falamos, por exemplo, de mortalidade infantil ou de crime violento.
‡‡Até meados do século XX, a expressão usada era quase sempre ciclo do comércio. Esta tinha, pelo menos, a dignidade de se referir aos efeitos observados, sem assumir implicitamente nada. A discussão a respeito da natureza “endógena” ou “exógena” do fenómeno tem mais ou menos o mesmo interesse que a afirmação “. . .O Universo é uma forma de onda . . . ”.

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publicado às 16:39



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