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Sinfonia Linz, de Wolfgang Amadeus Mozart

por António Filipe, em 03.11.12
No dia 3 de Novembro de 1783, Wolfgang Amadeus Mozart terminou a composição da Sinfonia Linz, que iria ser estreada no dia seguinte.

A Sinfonia nº 36, em dó maior, conhecida como Sinfonia Linz é mais uma das pequenas evidências do talento e da genialidade de Mozart. Foi composta em apenas 3 dias. Em viagem com a sua esposa, Constanze, o compositor, que estivera por alguns meses em Salzburgo, resolve voltar a Viena. No caminho, passam por Linz, onde ficam hospedados na casa do conde Thun.
Profundamente comovido com o carinho e a hospitalidade do conde, Mozart retribui a gentileza, aceitando apresentar-se em público. Contudo, como não trouxera consigo nenhuma sinfonia, resolve compor uma para o concerto, que se iria realizar quatro dias depois. A estreia da Sinfonia nº 36, de Mozart, teve lugar na cidade austríaca de Linz, no dia 4 de Novembro de 1783. Em Viena seria apresentada no dia 1 de Abril do ano seguinte.


Último andamento da Sinfonia nº 36 "Linz", de Wolfgang Amadeus Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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René Jacobs – Maestro e contratenor belga

por António Filipe, em 30.10.12
No dia 30 de Outubro de 1946 nasceu em Ghent, na Bélgica, o maestro e contratenor belga René Jacobs, que é reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes maestros no domínio da ópera barroca dos séculos XVII e XVIII.

Durante a infância, René Jacobs descobriu o gosto pela música como cantor na catedral de Ghent. Depois de frequentar a Universidade de Ghent, estudou canto em Bruxelas e complementou a sua formação em Haia. Gustav Leonhardt, Alfred Deller e os irmãos Kuijken encorajaram-no a especializar-se como contratenor. Ao fim de poucos anos, tornou-se num dos mais eminentes cantores neste domínio, dando recitais em toda a Europa, nos Estados Unidos e no Extremo Oriente. Fascinado pela música barroca e pelo seu vasto repertório, dedicou-se com paixão à redescoberta das primeiras óperas e de outras grandes obras esquecidas, começando a dirigir as partituras no momento em que a sua carreira de cantor atingia grande popularidade.
Ao fim de pouco tempo, René Jacobs ganhou grande reputação como maestro. É convidado regularmente por teatros e festivais de prestígio por todo o mundo. Em 1998, recebeu o Grand Prix para "Melhor Actuação Lírica do Ano", pelo Orfeo de Monteverdi, que dirigiu no Festival de Aix-en-Provence. No ano seguinte, foi nomeado "Personalidade Musical do Ano", nomeadamente pelas suas gravações de Così fan tutte, de Mozart e de Il primo Omicidio de Alessandro Scarlatti. Em 2000, recebeu o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros. René Jacobs gravou mais de 250 discos. Scarlatti, Gluck, Monteverdi e Mozart foram os compositores que mais vezes interpretou e que lhe valeram prémios de prestígio. Fez gravações consideradas históricas, como “As Bodas de Fígaro” e “Cosi Fan Tutte”, de Mozart.


Abertura da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart
Agrupamento “Concerto Koln”
Maestro: René Jacobs

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No dia 15 de Setembro de 1876 nasceu em Berlim, na Alemanha, Bruno Walter, um dos mais reconhecidos maestros do séc. XX. Estudou no Conservatório Stern, na sua cidade natal. Filho de uma família judia da classe média, começou a estudar piano aos oito anos e aos nove deu o seu primeiro concerto em público. Muito cedo, também, tomou a decisão de fazer carreira musical, mas não no piano…
Em 1889 – tinha então 13 anos – Bruno assistiu a um concerto de Van Bülow em Baureuth e traçou o seu próprio destino: queria ser maestro. Cinco anos depois fazia a sua estreia a dirigir a orquestra da Ópera de Colónia. Meses mais tarde ingressou como maestro de coro na Ópera de Hamburgo, onde trabalhou ao lado de Gustav Mahler.
Depois de ter actuado, como maestro, em várias cidades alemãs, Gustav Mahler convidou-o para maestro assistente da Ópera Estatal de Viena, cargo que Bruno Walter aceitou e onde se manteve até 1912, quando assumiu o cargo de Director Musical da Ópera de Munique. Teve a sua estreia nos Estados Unidos em 1923. Entre 1925 e 1929 foi Director Musical da Ópera Municipal de Berlim e apareceu no Covent Garden e no Festival de Salsburgo.
Depois, foi maestro dos Concertos Gewandhaus, em Leipzig, de 1929 a 1933. Nessa altura, Bruno Walter foi obrigado pelos nazis a deixar a Alemanha. Regressou à Ópera de Viena em 1935, mas teve que sair em 1938, quando os nazis ocuparam a Áustria. Em 1939 foi para os Estados Unidos e tornou-se cidadão daquele país. Foi maestro do Metropolitan Opera de Nova Iorque, da Orquestra Sinfónica da NBC e da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque. Walter foi especialista nas interpretações dos clássicos alemães e austríacos e era amigo de Gustav Mahler, cujas obras interpretou como nenhum outro. Faleceu no dia 17 de Fevereiro de 1962, em Beverly Hills, na Califórnia.


4º andamento da Sinfonia nº 40, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro: Bruno Walter

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Georg Solti – Maestro húngaro

por António Filipe, em 05.09.12

No dia 5 de Setembro de 1997 morreu em Antibes, na França, o maestro húngaro Georg Solti. Tinha nascido na cidade de Budapeste, Hungria, a 21 de Outubro de 1912, com o nome de György Stern. Mais tarde, assumiu a cidadania inglesa, tendo-lhe sido concedido o título de "sir" pela rainha Isabel. Foi o maestro responsável pela primeira gravação discográfica, em sistema stereo, do ciclo “O Anel dos Nibelungos” de Richard Wagner, interpretação esta que contou com a participação de eminentes cantores wagnerianos, com a Orquestra Filarmónica de Viena. Foi director artístico da Royal Opera House, Covent Garden e da Orquestra Sinfónica de Chicago. Foi um intérprete aclamado das várias obras wagnerianas, bem como do repertório mozartiano.
Nascido numa família judia, Sir Georg Solti conviveu com o compositor húngaro Béla Bartók, foi aluno de Zoltán Kodály, trabalhou com o compositor alemão Richard Strauss e tornou-se, em 1937, assistente do maestro italiano Arturo Toscanini.
No dia 5 de Setembro de 1997,o tenor italiano Luciano Pavarotti entrou na abadia de Westminster, onde se realizavam as exéquias da princesa Diana, exibindo uma expressão de choque. Não era por causa da princesa. Tinha acabado de receber a notícia da morte de Solti. A imprensa, só resumidamente, noticiou, a morte do maestro. Ocuparia a maior parte do espaço com a morte da princesa Diana. Hoje, no entanto, continua-se a falar de Sir Georg Solti.


Intróito do Requiem, K. 626, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Sir Georg Solti

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No dia 25 de Agosto de 1918 nasceu, na cidade de Lawrence, Massachusetts, o maestro e compositor americano Leonard Bernstein. Foi o primeiro compositor nascido nos Estados Unidos a ter fama mundial, ficando famoso por composições como West Side Story. Bernstein despertou para a música relativamente tarde. Só aos dez anos teve as primeiras lições de piano. Foi na Universidade de Harvard e no Instituto Curtis que cursou Teoria Musical e teve as primeiras experiências como maestro.
No dia 13 de Novembro de 1943, estreou-se como maestro da Filarmónica de Nova York, em pleno Carnegie Hall. O jovem músico de 25 anos foi convidado, por acaso, para a tarefa, já que o maestro titular, Bruno Walter, tinha adoecido. Algumas pessoas do público chegaram a retirar-se da sala. Mas quem ficou, presenciou um momento que ficou para a história da música e aplaudiu-o de pé e aos gritos. No dia seguinte, o seu nome era manchete do New York Times.
Da noite para o dia, Leonard Bernstein tornou-se herói nacional. A sua enorme sensibilidade para com a música e a forma de passar esta sensibilidade para os músicos eram a sua principal característica. O pianista e compositor chegou a comparar a direcção de uma orquestra a um acto sexual:
"É como se respirássemos ao mesmo tempo, chegamos ao clímax juntos e relaxamos ao mesmo tempo. Como uma experiência sexual, só que com cem pessoas ao mesmo tempo."
Na década de 1960, Leonard Bernstein deliciou jovens e adultos por todo o mundo, com a sua série televisiva “Concertos para jovens”. Morreu no dia 14 de Outubro de 1990.

Requiem K. 626, de Mozart
Soprano: Marie Mc Laughlin
Mezzosoprano: Maria Ewing
Tenor: Jerry Hadley
Baixo: Cornelius Hauptmann
Coro e Orquestra Sinfónica da Radiodifusão da Baviera
Maestro: Leonard Bernstein

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Karl Böhm - Maestro austríaco

por António Filipe, em 14.08.12

No dia 14 de Agosto de 1981 morreu, em Salzburgo, o maestro austríaco Karl Böhm. Tinha nascido em Graz, no dia 28 de Agosto de 1894. É considerado uma das mais importantes figuras da música clássica do pós-guerra.
Durante a Primeira Guerra Mundial, prestou serviço no exército austríaco, ao mesmo tempo que estudava música. No dia 18 de Março de 1917 actuou, pela primeira vez, como maestro, em Graz. Depois da guerra, em 1919, tirou o doutoramento em Direito.
Em 1921 foi contratado por Bruno Walter, como assistente, para a Ópera Estatal da Bavéria, em Munique. Em 1941, é designado para o cargo de director da Ópera Estatal de Viena, que teria início em 1 de Janeiro de 1943. Anos mais tarde, a 1 de Setembro de 1954, é nomeado director pela segunda vez. Em 1978, Karl Böhm completou 40 anos como maestro do Festival de Salzburgo.
Foi um especialista das obras de Strauss, Wagner e Mozart. Durante a sua extensa carreira, dirigiu 52 concertos para orquestra e 270 óperas, das quais 168 eram de Mozart.


“Lacrimosa”, do “Requiem”, de Mozart
Coro da Ópera de Viena
Orquesta Sinfónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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Durante esta semana, no Fundão, respira-se música

por António Filipe, em 05.07.12

Bem, não vos conto nada!
Assisti, a noite passada, a um recital de piano, na Moagem do Fundão, que me deixou sem palavras e com as mãos doridas de tanto aplaudir.
Mais uma vez o pianista Jorge Moyano nos brindou com uma extraordinária exibição do seu talento.
A primeira parte do recital foi preenchida com três obras de Mozart: duas sonatas e uma fantasia. Gostei, particularmente, dos movimentos lentos das sonatas. Ao ouvir outras interpretações destas obras, salvo algumas excepções, estes movimentos lentos parecem nunca mais acabar. Perdoem-me os amantes de Mozart, mas é esta a sensação que, por vezes, tenho. Mas na interpretação de Jorge Moyano nada disso aconteceu. O profundo sentimento do pianista invadiu-me os ouvidos e ficaria ali toda a noite a ouvir o Andante cantabile da Sonata K. 330 ou o Adagio da K. 457.
Depois do Mozart, o intervalo, um cigarrito e tal e, a seguir, Chopin. Quatro polacas. Pessoalmente, prefiro o Chopin dos Nocturnos e dos Estudos, mas, mais uma vez, o pianista Jorge Moyano surpreendeu-me. O instrumento que tocava é conhecido em italiano como “pianoforte”. Pois bem, se nos movimentos lentos das sonatas do Mozart, Jorge Moyano fez jus à primeira parte do nome italiano, nas Polacas de Chopin provou que “pianoforte” é o nome adequado ao instrumento. Quando era “piano”, era mesmo piano e, quando era “forte”, era mesmo forte. E que fortes! Por vezes pensei que alguma corda ia partir. E (sensação estranha!) a certa altura deu-me impressão que o pianista tinha 12 dedos e aquele piano 90 teclas! Não as consegui contar, tal era a rapidez com que aqueles percorriam estas. O suor do pianista pingava sobre as teclas doridas do piano, tal era a violência do toque. Não confundir isto com martelar teclas. Nada disso. Era força interior, cheia de fortes sentimentos.
Depois da terceira Polaca, Jorge Moyano, pedindo desculpa, retirou-se do palco para ir beber água. E foi bem merecida a pausa. Fiquei com alguma pena do piano, que não teve direito a refresco. E bem precisava! Mas na última peça do recital o instrumento pôde descansar um pouco, já que a Polaca-Fantasia, op. 61, de Chopin, não se mostrou tão violenta. Nem por isso deixou de ser uma interpretação fantástica.
No fim, o público bateu palmas de pé, como não podia deixar de ser. E Jorge Moyano brindou-nos com um “encore”. Não sei que peça tocou, mas pareceu-me Chopin. Fosse o que fosse, o recital terminou com chave de ouro e, à saída, ouvi mais que uma vez a palavra “fantástico” proferida pelas pessoas que, ao contrário de mim próprio, não ficaram sem palavras.
Ouvi o pianista Jorge Moyano no recital do ano passado, que me ficou na memória. O deste ano não lhe ficou atrás e espero vê-lo e ouvi-lo novamente daqui a um ano, no Fundão.
Esta é, para mim, a melhor semana desta cidade. Recitais todos os dias e todo o dia, no âmbito do Concurso Internacional de guitarra, piano e violino. A Academia de Música e Dança do Fundão, promotora do concurso, está de parabéns.

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No dia 13 de Junho de 1986 morreu, em Nova Iorque, o clarinetista e compositor americano Benny Goodman. Filho de imigrantes judeus, tinha nascido a 30 de Maio de 1909, em Chicago. Influenciado por clarinetistas de Nova Orleães que tocavam em Chicago, aprendeu a tocar clarinete na infância e começou cedo a tocar como profissional.
A Benny Goodman se deveu a difusão do swing entre jovens brancos. Além disso, deu um passo importante na integração racial nos Estados Unidos, ao quebrar a regra de músicos brancos e negros não tocarem juntos, no início da década de 1930.
Mas a música de Goodman não se confinou ao mundo do jazz: tocou e gravou com clássicos como Bella Bartok, que, inclusivamente, escreveu composições para ele, e foi o primeiro músico de jazz a tocar no distinto Carnegie Hall, em Nova Iorque.

No final da vida, Benny Goodman tinha recebido os mais importantes galardões das academias musicais americanas, aos quais acrescentou doutoramentos honoris causa que lhe foram conferidos por universidades tão importantes como as de Harvard, Hartford, Brandeis ou Columbia.


1º andamento do Concerto em lá maior, para clarinete, de Mozart
Clarinete: Benny Goodman
Orquestra Sinfónica de Boston
Maestro: Charles Munch

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George Szell – Compositor e maestro húngaro

por António Filipe, em 07.06.12

No dia 7 de Junho de 1897 nasceu, em Budapeste, o compositor e maestro húngaro George Szell. Cresceu e estudou em Viena e foi como maestro que mais se notabilizou, embora também tenha sido compositor. Dele se dizia que tinha uma batuta “muito afiada”, o que traduz bem como era reconhecida a sua precisão interpretativa.
Aos 11 anos iniciou uma digressão pela Europa, como pianista e compositor. Os jornais declararam-no “o próximo Mozart”. Durante a adolescência actuou com várias orquestras, incluindo a Filarmónica de Berlim, quando tinha 17 anos. Foi com essa idade que também dirigiu a Sinfónica de Viena, quando lhe pediram que substituísse o maestro titular, que tinha magoado um braço. Desistiu da carreira de compositor, para se dedicar, exclusivamente, à carreira de maestro.
No início da 2ª guerra mundial, em 1939, Szell foi para Nova Iorque. Depois de um ano como professor, começou a receber convites frequentes para maestro convidado de várias orquestras. Destes convites, destaca-se o da Orquestra Sinfónica da NBC, com a qual deu uma série de quatro concertos, em 1941. Em 1942 estreou-se no Metropolitan Opera, onde trabalhou nos quatro anos seguintes e, em 1943, estreou-se com a Filarmónica de Nova Iorque. Tornou-se cidadão americano em 1946. Nesse mesmo ano foi convidado para director musical da Orquestra de Cleveland. Rapidamente, esta orquestra que, embora altamente considerada, não passava de uma orquestra regional, passou a ser uma das melhores do país e a ter projecção internacional.
Foi precisamente na cidade de Cleveland que George Szell veio a falecer, de cancro da medula óssea, no dia 30 de Julho de 1970.


Abertura da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart
Orquestra Sinfónica de Chicago
Maestro: George Szell

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Cecilia Bartoli – Mezzo-soprano italiana

por António Filipe, em 04.06.12

No dia 4 de Junho de 1966 nasceu, em Roma, a mezzo-soprano Cecilia Bartoli que, ao contrário da maioria dos cantores líricos, se tornou mundialmente célebre muito jovem, ainda antes de atingir os vinte anos de idade. Recebeu instrução vocal no Conservatório de Santa Cecilia. Os seus pais, eles próprios cantores profissionais, desempenharam também um papel muito importante na sua educação musical. Os primeiros tempos de carreira incluíram colaborações com Herbert von Karajan, Daniel Barenboim e Nikolaus Harnoncourt. Desde então tem trabalhado com muitos outros maestros de renome.
Cecilia Bartoli dedica-se, principalmente, à área da Música Antiga, para a qual tem insistentemente chamado a atenção do público com cada vez mais entusiasmo. As suas interpretações de Scarlatti, Paisiello, Caldara, Caccini, Vivaldi e Gluck têm ajudado a criar um novo público para este repertório, um pouco por todo o mundo. Este interesse crescente na Música Antiga tem levado à sua colaboração com grandes orquestras especializadas neste período.


“Halleluia”, do moteto “Exsultate Jubilate”. de Mozart
Mezzo-soprano: Cecilia Bartoli
Maestro: Riccardo Muti

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Erich Kunz - Baixo-barítono austríaco

por António Filipe, em 20.05.12

No dia 20 de Maio de 1909 nasceu, em Viena, o baixo-barítono austríaco Erich Kunz. Estudou naquela cidade e estreou-se em palco em Opava, na República Checa, no papel de Osmin, da ópera “O Rapto do Serralho”, de Mozart, em 1933. Durante a temporada de 1936-1937, cantou em Plauen, na Alemanha. De 1937 até 1941, actuou em Breslau. Em 1940, estreou-se na Ópera Estatal de Viena, onde rapidamente se tornou especialista em papéis de Mozart, como Fígaro, Leporello, Guglielmo e Papageno, que também interpretou nos festivais de Salzburgo e Aix-en-Provence. No Festival de Bayreuth, interpretou o papel de Beckmesser, em 1943, e novamente em 1951.
Foi convidado na Ópera de Paris e cantou no Metropolitan Opera de Nova Iorque, de 1952 a 1954. Como cantor e actor com grande sentido de humor, também obteve grande sucesso na opereta. Pode ser visto interpretando o papel de Faninal, no filme de Herbert von Karajan “O Cavaleiro da Rosa”, de Richard Strauss, onde actuou ao lado da soprano Elizabeth Schwarzkopf. Erich Kunz faleceu em Viena, no dia 8 de Setembro de 1995 e ficou mais conhecido pela sua interpretação dos papéis de Beckmesser, da ópera “Os mestres cantores de Nuremberga”, de Wagner e de Papageno, da ópera “A flauta mágica”, de Mozart.


Ária “Papagena, Papagena, Papagena”, da ópera “A Flauata Mágica”, de Mozart
Orquestra da Radiodifusão da Alemanha, Colónia
Maetsro: Josef Keilberth
Baixo: Erich Kunz

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Friedrich Gulda – O “pianista terrorista”

por António Filipe, em 16.05.12

No dia 16 de Maio de 1930 nasceu, em Viena, o pianista e compositor austríaco Friedrich Gulda, que se destacou tanto na música clássica como no jazz. Começou a aprender piano aos sete anos, no conservatório de Viena, com Felix Pazofsky. Em 1942, entrou para a Academia de Música de Viena, onde estudou piano e teoria musical. Ganhou o primeiro prémio no concurso internacional de Genebra, em 1946. A partir daí, começou a dar concertos por todo o mundo.
Juntamente com Jörg Demus e Paul Badura-Skoda, Gulda formou o grupo que se tornou conhecido como "troika de Viena". A partir da década de 1950 começou a interessar-se por jazz, tocando com vários músicos de Viena e compondo canções e temas instrumentais, que, às vezes, combinavam o jazz com a música erudita. Em 1982, Gulda juntou-se ao pianista Chick Corea, com quem fazia longas improvisações, misturando jazz e música clássica.
Certas práticas não ortodoxas valeram-lhe a alcunha de "pianista terrorista". Manifestava grande desprezo pelas autoridades, como a Academia de Viena. Foi-lhe atribuído o prémio "Beethoven Ring", pelas suas interpretações notáveis daquele compositor, mas recusou o prémio. Chegou a encenar a sua própria morte, em 1999, cimentando o seu estatuto de “enfant terrible”, entre os pianistas.
Mesmo assim, Gulda é amplamente reconhecido como um dos mais proeminentes pianistas do século XX. Entre os seus alunos, destacam-se a pianista Martha Argerich e o maestro Claudio Abbado. Expressou o desejo de morrer no dia do aniversário do seu compositor favorito, Mozart, o que de facto aconteceu, no dia 27 de Janeiro de 2000.


1º andamento do Concerto nº 20, para piano, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Munique
Maetro e pianista: Friedrich Gulda

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No dia 29 de Abril de 1879 nasceu em St. Helens, perto de Liverpool, o maestro inglês Thomas Beecham, um autodidacta que, não se limitando a dirigir orquestras fundadas por outros, criou, ele mesmo, várias: em 1915, fundou a Beecham Opera Company; em 1932, a Orquestra Filarmónica de Londres e, em 1946, a Orquestra Filarmónica Real. Manteve também uma forte ligação à Orquestra Filarmónica de Liverpool e às orquestras sinfónicas do Lancashire, sua região natal. A sua especialidade foi, curiosamente, a interpretação de compositores mais raramente interpretados na Grã-Bretanha, como Frederick Delius e Hector Berlioz. Mas foi igualmente brilhante em algumas das obras mais “universais” do repertório mundial
Desde o início do séc. XX até à sua morte influenciou significativamente a vida musical inglesa. Oriundo de uma família de industriais ricos, usou a fortuna que herdou para empreender uma profunda transformação do ambiente operático na Inglaterra, desde 1910 até ao início da I Guerra Mundial, estabelecendo as épocas regulares da Música em Covent Garden, em Drury Lane e no Teatro de Sua Majestade. Paralelamente – e segundo algumas fontes – terá sido o primeiro maestro britânico a ter uma carreira internacional regular. Estudou composição em Londres e em Paris.
Tinha um sentido de humor aguçado, que o levava, por exemplo, a dirigir-se a uma violoncelista durante um ensaio nestes termos: “Minha senhora, tem entre as pernas um instrumento capaz de dar prazer a milhares de pessoas, e tudo o que consegue fazer é arranhá-lo.
Sir Thomas Beecham faleceu no dia 8 de Março de 1961.


3º andamento da Sinfonia nº 38 “Praga”, de Mozart
Orquestra Sinfónica de Montreal
Maestro: Sir Thomas Beecham

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No dia 28 de Abril de 1943 nasceu, em Salisbury, na Inglaterra, o maestro Jeffrey Tate, Comandante da Ordem do Império Britânico. Ainda jovem, a família mudou-se para Farnham, onde frequentou a escola primária. Estudou medicina no Christ’s College, em Cambridge, de 1961 a 1964, especializando-se em cirurgia ocular. Depois, exerceu medicina no Hospital de S. Tomás, em Londres.
Abandonou a carreira médica para estudar música no Centro de Ópera de Londres. Estreou-se, como maestro, no Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1979. Em 1985, foi nomeado maestro principal da Orquestra de Câmara Inglesa e, a partir de 2005, desempenhou o cargo de director musical do Teatro San Carlo de Nápoles.
Sob a tutela de Sir Georg Solti, Jeffrey Tate trabalhou na Royal Opera House, Covent Garden, em Londres e, em Setembro de 1986, foi nomeado maestro principal, sendo a primeira pessoa a ocupar esse cargo. De 1991 a 1995 foi maestro principal da Orquestra Filarmónica de Roterdão.
Jeffrey Tate nasceu com espinha bífida, e tem sido presidente da organização caritativa de espinha bífida do Reino Unido, desde 1989. Em Outubro de 2007, a Orquestra Sinfónica de Hamburgo anunciou que Jeffrey Tate seria o próximo maestro principal daquela orquestra, a partir da Primavera de 2008.


4º andamento da Sinfonia nº 41 “Jupiter”, de Mozart
Orquestra de Câmara Inglesa
Maestro: Jeffrey Tate

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Margaret Price – Soprano gaulesa

por António Filipe, em 13.04.12

No dia 13 de Abril de 1941 nasceu, no País de Gales, a soprano Margaret Price. Oriunda de uma família musical, desde cedo começou a cantar. Aos quinze anos, o seu professor de música organizou uma audição com Charles Kennedy Scott, que a convidou para estudar na Faculdade de Música Trinity, em Londres. Depois de se graduar, trabalhou no Agrupamento Ambrosian Singers.
Price estreou-se, como soprano, na Ópera Nacional Gaulesa, em 1962, no papel de Cherubino, da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart. No mesmo ano, foi trabalhar para a Royal Opera House, Covent Garden, em Londres, onde interpretou papéis menores. Quando Teresa Berganza cancelou a sua actuação como Cherubino, Price foi escolhida para a substituir.
O maestro e pianista James Lockhart convenceu-a a ter lições de canto para aperfeiçoar a voz, o que ela fez nas décadas de 1970 e 1980. Margaret Price também foi ajudada por Otto Klemperer, que dirigiu a sua primeira gravação numa ópera completa, interpretando o papel de Fiordiligi, em “Così fan Tutte”, de Mozart.
Price não gostava muito de viajar. Mantinha-se no mesmo sítio durante longos anos, primeiro no Covent Garden, depois em Colónia e, a partir de 1971, na Ópera do Estado da Baviera, em Munique, onde se manteve até 1999, ano em que se retirou dos palcos. Voltou, então, ao País de Gales, onde vive actualmente.


Ária "Dove sono", da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart
Soprano: Margaret Price
Maestro: Kurt Herbert Adler

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Kurt Moll – Baixo alemão

por António Filipe, em 11.04.12

No dia 11 de Abril de 1938 nasceu em Buir, perto de Colónia, o baixo alemão Kurt Moll. Quando era criança, tocou violoncelo e tinha o sonho de se tornar um grande violoncelista. Também cantava no coro da escola e o maestro encorajou-o a dedicar-se ao canto. Estudou voz na Universidade de Música de Colónia, com Emmy Müller. Com 20 anos, actuou na Ópera de Colónia, onde se manteve até 1961. Depois, cantou três anos em Mainz e cinco anos em Wuppertal. Em 1969 aceitou um convite para trabalhar na Ópera Estatal de Hamburgo e actuou nas mais importantes salas de ópera do mundo.
Kurt Moll estreou-se nos Estados Unidos em 1974, com a Ópera de São Francisco e, em 1978, actuou, pela primeira vez, no Metropolitan Opera de Nova Iorque. Tem várias gravações de óperas, música sacra e canções, com grandes maestros e pianistas. Em 1991, ganhou um Grammy, pela gravação da ópera “O anel dos Nibelungos”, de Wagner. A sua última actuação foi no Festival de Ópera de Munique, no papel de guarda-nocturno, na ópera “Os mestres cantores de Nuremberga”, também de Wagner. Kurt Moll afastou-se dos palcos em 2006 e vive em Colónia, com a família.

Ária “O Isis und Osiris”, da ópera “A flauta mágica”, de Mozart
Baixo: Kurt Moll

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Pierre Boulez – Compositor e maestro francês

por António Filipe, em 26.03.12

No dia 26 de Março de 1925, nasceu, em Montbrison, na França, o maestro e compositor Pierre Boulez, uma das maiores figuras da música do Século XX. É um dos líderes do modernismo musical do pós-guerra. As suas composições têm uma cultura musical rica e a defesa que fez da música moderna e pós-moderna tem sido decisiva para muitos.
Inicialmente, estudou matemática em Lyon, antes de se dedicar à música no Conservatório de Paris, sob a direcção de Olivier Messiaen. De 1976 a 1995, ocupou a Direcção de Criação, Técnica e Linguagem na Música no prestigiado Collège de France. Como investigador, fundou o Instituto de Pesquisa para a Coordenação Acústica-Música. Em 2002, foi agraciado com o célebre Prémio Glenn Gould, pelo seu contributo para a música moderna.
Mas o nome de Pierre Boulez é mundialmente famoso, acima de tudo, como maestro. Clareza, precisão, agilidade rítmica e respeito pelas intenções do compositor anotadas na partitura são as características do seu estilo de conduzir – sempre sem batuta e apenas com as mãos. Particularmente distinguido como intérprete de grandes clássicos do séc. XX (Débussy, Mahler, Schonberg, Stravinsky, Bartók), incluíu no seu principal repertório igualmente Beethoven, Berlioz, Schumann e Richard Wagner. E estendeu a sua atenção pelos modernos ao próprio Frank Zappa…
Dirigiu a maioria das grandes orquestras sinfónicas do mundo, desde os finais dos anos 50. Na década de 70 foi ao mesmo tempo Maestro Principal da Orquestra Sinfónica da BBC e Director Musical da Filarmónica de Nova Iorque. Já no séc. XXI é o principal Maestro Convidado da Orquestra Sinfónica de Chicago, de que é Dirigente Emérito.


Excerto do Concerto nº 20, K. 466, de Mozart
Orquestra Filarmónica de Berlim
Maestro: Pierre Boulez
Piano: Maria João Pires

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Stuart Burrows - Tenor

por António Filipe, em 07.02.12

No dia 7 de Fevereiro de 1933, nasceu, no País de Gales, o tenor britânico Stuart Burrows. Considera que o ponto mais alto da sua carreira foi a participação no Festival de Atenas, interpretando o "Oedipus Rex”, de Stravinsky, por designação do próprio compositor. A verdade é que, 29 anos depois da sua estreia na Royal Opera House, em 1967, Burrows tinha-se afirmado como um dos maiores cantores líricos do mundo.
Foi aclamado nas maiores salas de ópera de todo o mundo – da ópera de San Francisco, ao Teatro Cologne de Buenos Aires, à Ópera de Paris ou à Ópera Estatal de Viena, protagonizando os principais papéis de Mozart a Donizetti, de Puccini a Berlioz. Como intérprete convidado, fez digressões com a Royal Opera no Extremo Oriente e no Japão e cantou nas cerimónias dos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles.
Familiarizado com os palcos mais exigentes, interpretou papéis de protagonista na Brahmsaal de Viena (considerada a mais importante sala de concerto da Europa), no Teatro La Scala de Milão, no Carnegie Hall e no Metropolitan de Nova Iorque. Com a orquestra do Met, como convidado, fez várias digressões pela América.
Também para a televisão Burrows foi muito solicitado. Fez programas para estações do Canadá, Irlanda, Finlândia, Bélgica, Austrália e França, onde cantou o Requiem de Berlioz, sob a direcção de Bernstein. A BBC dedicou-lhe um programa semanal que, ao longo de 8 anos, teve uma audiência de oitenta milhões de espectadores.


Ária “Il mio tesoro”, da ópera “Don Giovanni”, de Mozart
Tenor: Stuart Burrows
Maestro: Colin Davis
Royal Opera House, Covent Garden, Londres

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Wolfgang Amadeus Mozart - Compositor

por António Filipe, em 27.01.12

No dia 27 de Janeiro de 1756 nasceu, em Salzburgo, o compositor Wolfgang Amadeus Mozart. Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos. Em 1763, com 12 anos, o pai levou-o numa viagem pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, o último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência nas suas primeiras obras. O período entre 1781 e 1786 foi um dos mais prolíficos da carreira de Mozart, com óperas, sonatas para piano, música de câmara e, principalmente, os concertos para piano. Em 1786, compôs a primeira ópera: “As bodas de Fígaro”. A ópera fracassou em Viena, mas fez um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebeu a encomenda de uma nova ópera. Esta seria “Don Giovanni”, considerada, por muitos, a sua obra-prima. Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena.
Na primavera de 1791, um desconhecido encomendou-lhe um Requiem. Contudo, com a saúde cada vez mais enfraquecida, morreu antes de completar a obra. Há quem diga que o Requiem estaria a ser composto para ser tocado na sua própria missa de sétimo dia. A obra foi acabada por Franz Süssmayr, discípulo de Mozart. A sua saúde começou a deteriorar-se em Novembro. Atacado por febre reumática, veio a falecer, em Viena, na manhã do dia 5 de Dezembro de 1791. No dia 6 de Dezembro, às 15 horas, o seu corpo foi levado para a Igreja de Santo Estevão para uma cerimónia sem pompa, nem música. Süssmayr, Salieri e mais três pessoas acompanhavam o cortejo até às portas de Viena, porém o mau tempo fê-los voltar atrás. Mozart foi enterrado numa vala comum, no cemitério de São Marx, em Viena. Até hoje não se sabe ao certo o local exacto do seu túmulo.


“Lacrimosa”, do Requiem em ré menor, K. 626, de Mozart
Coro da Ópera de Viena
Orquestra Filarmónica de Viena
Maestro: Karl Böhm

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