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Lohengrin, de Wagner

por António Filipe, em 28.08.13
No dia 28 de Agosto de 1850, estreou-se, em Weimar, na Alemanha, a ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner.

É uma ópera romântica em três actos, cujo libreto foi adaptado pelo próprio compositor. A estreia aconteceu sob a direcção de Franz Liszt, amigo íntimo de Wagner. Liszt escolheu esta data em honra do cidadão mais conhecido de Weimar, Johann Wolfgang von Goethe, que nasceu naquele dia, em 1749. A história do protagonista foi retirada de uma novela germânica medieval - a história de Perceval e do seu filho Lohengrin. Passa-se durante a primeira metade do séc. X, no Ducado de Brabante (na actual região de Antuérpia, na Bélgica).
Lohengrin é um personagem do Ciclo Arturiano. Filho de Perceval, é um cavaleiro da Távola Redonda enviado num barco guiado por cisnes para defender a princesa Elsa da falsa acusação de ter matado o irmão mais novo (que na realidade está vivo e reaparece no final da obra). De acordo com a interpretação de Wagner, o Santo Graal fornece ao Cavaleiro do Cisne poderes místicos que só podem ser mantidos se o seu nome e origem permanecerem em segredo. “Lohengrin” é uma ópera que faz grande uso do “leitmotiv”, confirmando o início da tradição wagneriana iniciada na ópera “O holandês voador”. Pode-se destacar como passagens famosas o célebre coro nupcial que se segue ao prelúdio do terceiro acto.


Prelúdio e “Marcha nupcial”, da ópera “Lohengrin”, de Wagner
Coro e Orquestra Filarmónica Nacional da Hungria
Maestro: Janos Kovacs

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El Salón México, de Aaron Copland

por António Filipe, em 27.08.13
No dia 27 de Agosto de 1937, estreou-se, na Cidade do México, o poema sinfónico “El Salón México”, do compositor americano Aaron Copland. O maestro Carlos Chavez dirigiu a Orquestra Sinfónica do México.

“El Salón México” é um poema sinfónico, num só movimento, que usa, extensivamente, música popular mexicana. A obra é um retrato musical de um salão de dança na Cidade do México, e tem como subtítulo “Um salão de dança tipicamente popular, na Cidade do México”.
Copland começou a trabalhar nesta composição em 1932 e terminou-a e 1936. Foi estreada nos Estados Unidos em 1938.
Embora tivesse visitado o México no início dos anos 30, do séc. XX, Copland não se baseou em canções que por lá ouviu nessa altura. Utilizou partituras que lhe chegaram às mãos de, pelo menos, quatro canções populares mexicanas.
Existem, pelo menos, três arranjos da obra, além da partitura orquestral. Copland adaptou-a para o filme musical “Fiesta”, em 1947, realizado por Richard Thorpe, para a MGM. Leonard Bernstein criou arranjos para piano solo e para dois pianos a quatro mãos, pouco depois da estreia. Além disso, o maestro Arturo Toscanini transcreveu-a para piano, em 1942, quando a incluiu num concerto radiofónico transmitido na NBC.


Poema Sinfónico “El Salón México”, de Aaron Copland
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão de Frankfurt
Maestro: Carlos Miguel Prieto

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Sinfonia nº 5, de Tchaikovsky

por António Filipe, em 26.08.13
No dia 26 de Agosto de 1888, o compositor Pyotr Ilitch Tchaikovsky, terminou a composição da Sinfonia nº 5, op. 64, em mi menor, que tinha começado em Maio.

Dedicada a Theodore Avé-Lallemant, um músico de Hamburgo, esta sinfonia teve a sua estreia em São Petersburgo, na Rússia, no dia 17 de Novembro de 1888, dirigida pelo próprio compositor. Tal como a Sinfonia nº 4, a quinta sinfonia de Tchaikovsky é uma sinfonia cíclica, cujo tema principal está constantemente a ser chamado em todos os quatro andamentos, uma característica que o compositor tinha usado pela primeira vez na Sinfonia Manfred, composta dois anos antes.
O tema tem um carácter fúnebre no primeiro andamento, mas transforma-se, gradualmente, numa marcha triunfante, que domina o último andamento. Alguns críticos, incluindo o próprio Tchaikovsky, consideraram o final pouco sincero e mesmo rudimentar. Depois da segunda actuação, o compositor escreveu: “Cheguei à conclusão que é um fracasso”. Apesar disso esta sinfonia tornou-se numa das obras mais populares de Tchaikovsky.


Sinfonia nº 5, de Tchaikovsky
Orquestra Sinfónica de Boston
Maestro: Leonard Bernstein

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Robert Stolz - Compositor e maestro austríaco

por António Filipe, em 25.08.13
No dia 25 de Agosto de 1880, nasceu, em Graz, o compositor e maestro austríaco Robert Stolz.

Era filho de um maestro e de uma pianista e sobrinho da soprano Teresa Stolz. Estudou no Conservatório de Viena com Robert Fuchs e Engelbert Humperdinck. Em 1907 sucedeu a Artur Bodanzky no Theater an der Wien. Depois de servir no exército austríaco, na Primeira Guerra Mundial, Stolz mudou-se para Berlim em 1925 e, em 1930, começou a compor música para filmes. Devido ao regime nazi, Stolz regressou a Viena, onde a sua música foi um sucesso. Viajou para Zurique e depois para Paris, onde, em 1939, foi internado com anemia.
Em 1940, partiu para Nova Iorque. Nos Estados Unidos, alcançou fama com os seus concertos de música de Viena, que começaram no Carnegie Hall. Como resultado, recebeu muitos convites para compor música para espectáculos e filmes. Em 1946, Stolz voltou para Viena, onde viveu o resto da vida. Nas décadas de 1960 e 70 fez uma série de gravações de operetas, de compositores como Johann Strauss e Franz Lehár. Em 1970, quando fez noventa anos, foi nomeado Cidadão Honorário de Viena.
Robert Stolz morreu em Berlim, no dia 27 de Junho de 1975.


Marcha, da opereta “Parada da Primavera”, de Robert Stolz
Orquestra Sinfónica de Viena
Maestro: Heinz Wallberg

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No dia 24 de Agosto de 1907, estreou-se, no Queen’s Hall de Londres, a Marcha de Pompa e Circunstância nº 4, do compositor inglês Edward Elgar.

Esta marcha, escrita na tonalidade de Sol Maior, foi dedicada a George Sinclair, organista da Catedral de Hereford.
Elgar compôs cinco Marchas de Pompa e Circunstância. A primeira data de 1901 e a última estreou em 1930.


Marcha de Pompa e Circunstância nº 4, de Elgar
Oquestra da Sociedade de Colónia
Maestro: Desar Sulejmani

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William Primrose – Violista e professor escocês

por António Filipe, em 23.08.13
No dia 23 de Agosto de 1904, nasceu, em Glasgow, o violista e professor escocês William Primrose.

Inicialmente, estudou violino. Em 1919, ingressou na Guildhall School of Music, em Londres. Depois, mudou-se para a Bélgica onde teve como professor Eugène Ysaÿe, que o encorajou a estudar viola, em vez de violino. Em 1930, integrou o Quarteto de Cordas de Londres, como violista. O grupo dissolveu-se em 1935 e, em 1937, Primrose começou a tocar na Orquestra Sinfónica da NBC, sob a direcção de Arturo Toscanini. Quando, em 1941, surgiram rumores de que Toscanini ia abandonar a orquestra, Primrose despediu-se e iniciou uma carreira como solista, fazendo digressões com o tenor Richard Crooks.
Em 1944, William Primrose patrocinou um concerto para viola, de Béla Bartók. O compositor faleceu em 1945, deixando-o inacabado. A sua composição foi terminada, quatro anos depois, por Tibor Serly. A estreia realizou-se no dia 2 de Dezembro de 1949 e Primrose foi o solista. Em 1950, o compositor Benjamin Britten também lhe dedicou uma das suas obras.
Em 1953, a Rainha Isabel II atribuiu-lhe o título de Comandante da Ordem do Império Britânico. Pela sua contribuição para a indústria fonográfica, tem uma estrela no Passeio da Fama, em Hollywood.
Primrose tornou-se num notável professor, escrevendo vários livros sobre como tocar viola e ensinando em vários países como Japão, Austrália e os Estados Unidos, ocasionalmente na Universidade da Califórnia do Sul (com Jascha Heifetz), na Juilliard School, na Eastman School of Music, na Jacobs School of Music da Universidade de Indiana e no Curtis Institute of Music.
Em 1979 foi criado, em sua honra, o Concurso Internacional de Viola, que foi o primeiro concurso internacional para violistas.
William Primrose morreu, de cancro, em Provo, no estado do Utah, no dia 1 de Maio de 1982.


Polonaise, de Beethoven
Ave Maria, de Schubert
Capricho nº 24, de Paganini
Viola: William Primrose
Piano: David Stimer

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Sergio Fiorentino – Pianista italiano

por António Filipe, em 22.08.13
No dia 22 de Agosto de 1998, morreu, em Nápoles, de ataque de coração, o pianista italiano Sergio Fiorentino, que, embora com actuações esporádicas, teve uma carreira que se expandiu por cinco décadas. Tinha nascido na mesma cidade a 22 de Dezembro de 1927.

Com a ajuda de uma bolsa de estudo concedida pelo Ministério da Educação, em 1938 matriculou-se no Conservatório San Pietro a Majella, tendo terminado o curso em 1946. Aclamado pelos críticos pela técnica pouco habitual e elevados dotes musicais, Fiorentino percorreu os palcos de quase todos os países da Europa Ocidental, onde, antes de fazer vinte anos, conseguiu ganhar o primeiro prémio em quase todos os importantes concursos de piano.
Em Outubro de 1953, estreou-se no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Mas, no ano seguinte, enquanto fazia uma digressão pela Argentina e Uruguai, foi vítima de um, quase fatal, acidente de aviação. Ficou com problemas nas costas, o que o obrigou a reduzir o número de concertos e a tornar-se professor no Conservatório de Nápoles.
Nos finais dos anos 50, recomeçou a dar concertos, tanto na Itália como na Inglaterra. A maioria das suas gravações é desse tempo. Mas a partir de 1965 voltou a afastar-se dos palcos, limitando-se a dar concertos no seu país natal, a ensinar “master classes” e a trabalhar, ocasionalmente, para a estação de rádio RAI. Quando deixou o conservatório regressou aos concertos fora da Itália e actuou na Alemanha, França, Taiwan e Estados Unidos. Já tinha contractos assinados para actuar na Rússia e no Canadá, mas faleceu antes de os poder cumprir.
Depois de 1994 foi editado um grande número de gravações de Sergio Fiorentino, incluindo gravações feitas em Berlim e algumas que nunca tinham sido editadas. Em Fevereiro de 2007, a editora “Concert Artists” admitiu que lançou algumas gravações de Sergio Fiorentino que, na verdade, tinham sido gravadas pela pianista Joyce Hatto. Já depois disso, a mesma editora lançou um CD que, mais tarde, se veio a descobrir que continha algumas pistas que foram gravadas por outros artistas. Ironicamente, a última peça que Sergio Fiorentino tocou, em público, foi a Sonata op. 26, de Beethoven, que contém a “Marcha fúnebre sobre a morte de um herói”.


3º andamento (Marcha Fúnebre) da Sonata nº 2, para piano, de Chopin
Piano: Sergio Fiorentino

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Lili Boulanger - Compositora francesa

por António Filipe, em 21.08.13
No dia 21 de Agosto de 1893 nasceu, em Paris, a compositora francesa Lili Boulanger, irmã mais nova da compositora e professora Nadia Boulanger.

Revelando a paixão de cantar e um talento excepcional logo em criança, era frequentemente visitada em casa por Gabriel Fauré, que gostava de partilhar com ela as suas últimas composições. A partir dos 16 anos estudou harmonia e tocava piano, violino, violoncelo e harpa. A saúde frágil, porém, afastava-a da escola e da regular prática da música.

Mesmo assim, foi a primeira mulher a conquistar o Grande Prémio de Roma para composição. Depois do grande sucesso da sua cantata “Fausto e Helena” viajou para Itália – e seria na Villa Medici que escreveria as suas melhores composições. Sabendo que a morte se aproximava, trabalhou obsessivamente a sua música, mesmo quando, durante a Guerra Mundial, voltou a Paris para ajudar a cuidar dos soldados feridos. A morte chegou precisamente no ano em que a guerra terminou.
Lili Boulanger tinha 24 anos quando faleceu em Mézy-sur-Seine, no dia 15 de Março de 1918.


D'un Matin De Printemps, de Lili Boulanger
Flauta: Hannah Peterson
Piano: Eunjung Kim

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Maxim Vengerov – Violinista e maestro russo

por António Filipe, em 20.08.13
No dia 20 de Agosto de 1974, nasceu em Novosibirsk o violinista e maestro russo Maxim Vengerov.

Iniciou os estudos de violino aos quatro anos e deu o primeiro recital um ano depois, interpretando obras de Paganini, Tchaikovsky e Schubert. Começou por estudar em Novosibirsk e continuou a sua formação em Moscovo, regressando, depois, à sua cidade natal para trabalhar com o violinista e professor Zakhar Bron. Aos dez anos ganhou o primeiro prémio no Concurso Wieniawsky, na Polónia, para jovens instrumentistas e em Julho de 1990 foi primeiro classificado no Concurso Internacional de Violino Carl Flesch. Desde então, tem sido reconhecido como um dos maiores violinistas de sempre.
Na temporada de 1998-99 interpretou o Concerto Cantabile de Chtchedrin (composto especialmente para si) e participou num concerto, em Chicago, com Barenboim e Yo-Yo Ma.
Na temporada seguinte realizou uma digressão pela Europa com a Orquestra de Câmara Inglesa, no decurso da qual se apresentou pela primeira vez na dupla qualidade de intérprete e maestro. Esta colaboração revelou-se extremamente frutífera, passando a estudar direcção de orquestra. Outros eventos destacados da temporada de 1999-2000 incluíram vários recitais com Trevor Pinnock, nos quais Vengerov se apresentou com um violino barroco, e uma digressão a solo com obras de Bach, Ysaÿe e Chtchedrin. Um acontecimento especial nessa temporada foi o Concerto Comemorativo do 65º aniversário de Seiji Osawa, em Tóquio, sob a direcção de Mstislav Rostropovitch, por ocasião do qual Vengerov viajou da Europa para o Japão e vice-versa, em pleno decurso de uma série europeia de recitais a solo, a fim de poder participar nas celebrações.
A temporada de 2000-2001 inaugurou-se com concertos com a Orquestra Sinfónica de São Francisco, sob a direcção de Michael Tilson Thomas, seguidos de uma extensa digressão de concertos, recitais a solo e a duo com Vag Papian, o seu habitual pianista acompanhador, na Austrália, Coreia, Japão e Macau. Realizou digressões na Europa e nos Estados Unidos, para além de concertos com o Maestro Claudio Abbado e a Orquestra Filarmónica de Berlim, no Festival de Salzburgo.
Desde Outubro de 2000, Vengerov é também professor de violino na Escola Superior de Música de Saarland.
Maxim Vengerov recebeu, em 1996, duas nomeações para os prémios Grammy, nas categorias de Álbum Clássico do Ano e de Melhor Solista Instrumental com Orquestra, pela sua gravação dos primeiros concertos para violino e orquestra de Shostakovitch e Prokofiev. Este álbum recebeu igualmente o prémio de Melhor Gravação do Ano, concedido pela revista Gramophone. Em 1997, recebeu o Prémio Edison para a categoria de Melhor Gravação de Concerto, atribuído à sua gravação dos Segundos Concertos de Shostakovitch e Prokofiev.
Em 1997, Maxim Vengerov foi nomeado representante da UNICEF na área da música, o que lhe permitiu divulgar a sua arte junto das crianças de todo o mundo e contribuir para a angariação de fundos para programas de apoio.


Concerto para violino, op. 35, de Tchaikovsky
Violino: Maxim Vengerov
Orquestra Filarmónica de Londres
Maestro: Mstislav Rostropovich

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No dia 19 de Agosto de 1881 nasceu em Liveni, na Roménia, o compositor, violinista, pianista, maestro e professor George Enescu, proeminente músico romeno do século XX e um dos maiores da sua época.

Desde pequeno, exprimiu a sua paixão pela música e começou a tocar violino com 4 anos, tendo como professor Eduard Caudella. De 1888 a 1894 estudou no Conservatório de Viena, com os professores Joseph Hellmesberger, Robert Fuchs, entre muitos outros. Com apenas 12 anos, entusiasmou a imprensa e o público, interpretando, ao violino, obras de Brahms, Sarasate, Vieuxtemps e Mendelssohn. Depois da formatura, no Conservatório de Viena, com uma medalha de prata, Enescu continuou os estudos no Conservatório de Paris, onde teve, como professores, Jules Massenet e Gabriel Fauré.
No dia 6 de Fevereiro de 1898, Enescu estreou-se como compositor nos Concertos Colónia de Paris, com a sua obra Opus 1, “Poema Romeno”. Admirado por Elisabeta, rainha da Roménia, foi convidado diversas vezes para tocar as suas obras no Castelo de Peles, em Sinaia. Durante a Primeira Guerra Mundial permaneceu em Bucareste, onde, em 1915, se realizou a primeira edição do concurso de composição que tem o seu nome. Depois da guerra, continuou a sua actividade entre a Roménia e a França. Nos Estados Unidos, dirigiu as orquestras de Filadélfia, em 1923, e de Nova Iorque, em 1938.
George Enescu faleceu, em Paris, no dia 4 de Maio de 1955.


Rapsódia Romana nº 1, de George Enescu
Maestro: Sergiu Celibidache

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Howard Swanson - Compositor afro-americano

por António Filipe, em 18.08.13
No dia 18 de Agosto de 1907, nasceu em Atlanta, Georgia, o compositor afro-americano Howard Swanson.

 

Em 1916, Howard Swanson mudou-se, com a família, para Cleveland. Conseguiu juntar dinheiro suficiente para se inscrever no Instituto de Música daquela cidade e, em 1938, obteve uma bolsa de estudo que lhe permitiu continuar os estudos, em França, com Nadia Boulanger. Mas, em 1940, a invasão nazi terminou subitamente a sua estadia naquele país. Abandonou Paris, a pé, deixando a sua música para trás. Depois de mais de um ano de viagens, conseguiu chegar aos Estados Unidos, através de Espanha e Portugal.
Swanson era praticamente desconhecido até que Marian Anderson, num concerto no Carnegie Hall, em 1949, incluiu no programa uma das suas canções. No Verão de 1950, o maestro Dimitri Mitropoulos, depois de ouvir várias canções de Swanson, perguntou-lhe se teria alguma obra orquestral que pudesse ser apresentada num dos seus próximos concertos com a Filarmónica de Nova Iorque. Foi assim que Mitropoulos, no dia 26 de Novembro de 1950, dirigiu a estreia da Sinfonia nº 2 (Pequena Sinfonia), de Howard Swanson.


Sete canções de Howard Swanson

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Ira Gershwin – Letrista norte-americano

por António Filipe, em 17.08.13
No dia 17 de Agosto de 1983, morreu o letrista americano Ira Gershwin, que tinha nascido em Brooklyn, Nova Iorque, a 6 de Dezembro de 1896.

Era tido como um jovem tímido que passava a maior parte do tempo em casa, a ler. Desde a escola primária até à universidade teve papel de notoriedade em diversos jornais e revistas. Formou-se no City College de Nova Iorque e viria a ser o primeiro letrista de canções a ganhar o Prémio Pullitzer.
Colaborou com o seu irmão mais novo, o compositor George Gershwin, na criação de algumas das canções mais memoráveis do séc. XX. Ambos escreveram mais de uma dúzia de espectáculos para a Broadway, que incluíam canções como "I Got Rhythm," "Embraceable You," "The Man I Love" e "Someone to Watch Over Me,". Também escreveram a famosa ópera “Porgy and Bess”.
O sucesso que os dois irmãos tiveram ofuscou, muitas vezes, o papel criativo que Ira desempenhou na parceria com George. Mas ninguém sabe como seriam as músicas de George Gershwin sem as palavras do irmão, que dizia divertir-se a ouvir o roncar de um elevador, o tinir de um telefone, o chiar de um pneu vazio, o roufenho de uma buzina, o rouquejar de uma voz, o lixar de um fósforo, o estremecer de dinamite ou o gotejar de um caleiro…
A competência de Ira Gershwin como compositor de canções continuou depois da morte prematura do irmão. Continuou a escrever canções de sucesso com compositores como Jerome Kern, Kurt Weill e Harold Arlen.


“I Got Plenty o'Nuttin” e “Bess, You is My Woman Now”, da ópera “Porgy and Bess”, de George Gershwin
Soprano: Angela Brown
Baixo-barítono: Kevin Dias
Orquestra Sinfónica da Cidade de Moscovo
Maestro: Sergey Kondrashev

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Desmond Dupré – Alaudista inglês

por António Filipe, em 16.08.13
No dia 16 de Agosto de 1974, morreu, em Tonbridge, Kent, o alaudista inglês Desmond Dupré. Tinha nascido em Londres, a 19 de Dezembro de 1916.

Foi uma figura proeminente no ressurgimento da música antiga, no séc. XX. É mais conhecido pelas suas gravações de alaúde e viola da gamba, especialmente com o contratenor Alfred Deller.
Em 1946, ingressou no Royal College of Music, onde estudou violoncelo e harmonia. As suas primeiras actuações foram como guitarrista e violoncelista, com a Orquestra de Boyd Neel.
Em 1950, fez as primeiras gravações com Alfred Deller, acompanhamdo-o na guitarra. Em vez de continuar a tocar o repertório do alaúde na guitarra, aprendeu, sozinho, a tocar alaúde e as actuações seguintes com Deller foram, predominantemente, naquele instrumento, incluindo a sua estreia no Wigmore Hall, em 1951.
Actuava, regularmente, com muitos agrupamentos de música antiga, como o Julian Bream Consort, o Jacobean Consort of Viols e o Musica Reservata. Gravou as sonatas para viola da gamba e cravo, de Johann Sebastian Bach, com o cravista Thurston Dart.
Desmond Dupré foi o primeiro presidente da Sociedade do Alaúde, um posto que manteve entre 1956 e 1973.


Concerto para harpa e alaúde, op. 4, nº 6, de Haendel
Harpa: Osian Ellis

Alaúde: Desmond Dupré

Philomusica of London

Maestro: Granville Jones

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No dia 15 de Agosto de 1925, nasceu, em Nápoles, o pianista francês Aldo Ciccolini.

O seu pai era tipógrafo e tinha o título de Marquês de Macerara. Entrou para o Conservatório de Nápoles apenas com 9 anos, com uma autorização especial do seu director, Francesco Cilea. Estudou piano com Paolo Denza, aluno de Ferruccio Busoni, e harmonia e contraponto com Achile Longo.
Aos 16 anos começou a sua carreira musical, actuando no Teatro de S. Carlos, em Nápoles. No entanto, a partir de 1946, viu-se obrigado a tocar em bares, para suportar a família. Em 1949, ganhou o concurso Marguerite Long-Jacques Thibaud, em Paris. Outros premiados nesse concurso foram Paul Badura-Skoda e Pierre Barbizet.
Em 1969, Aldo Ciccolini tornou-se cidadão francês e ensinou no Conservatório de Paris, entre 1970 e 1988. Um dos seus alunos foi o pianista português Artur Pizarro. Ciccolini é um distinto intérprete e promotor da música para piano dos compositores franceses Maurice Ravel, Claude Débussy e Eric Satie, assim como de outros menos conhecidos, como Jules Massenet.
No dia 9 de Dezembro de 1999, Ciccolini celebrou os 50 anos de carreia com um recital, no Teatro dos Campos Elísios, em Paris. Aldo Ciccolini é um intérprete muito respeitado entre os seus pares. A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf fez a seguinte afirmação acerca do pianista: “É difícil conhecer um parceiro tão maravilhoso e um companheiro tão agradável”.
Para várias editoras, principalmente para a EMI, Aldo Ciccolini já fez mais de 100 gravações, que, além de outras obras, incluem as sonatas completas, para piano, de Mozart e Beethoven e as obras completas para piano, de Eric Satie. Em 2002 foi-lhe atribuído o “diapasão de ouro” pela gravação das obras completas, para piano, de Janáček e Schumann.


Gymnopedie nº 1, de Eric Satie
Piano: Aldo Ciccolini

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Georges Prêtre – Maestro francês

por António Filipe, em 14.08.13
No dia 14 de Agosto de 1924, nasceu em Waziers, o maestro francês Georges Prêtre.

Frequentou o Conservatório Douai e, mais tarde, o Conservatório de Paris, onde estudou harmonia e direcção de orquestra. Os seus primeiros interesses musicais foram o jazz e o trompete. Depois da graduação, dirigiu um pequeno números de óperas francesas, por vezes sob o pseudónimo Dherain Georges.
Estreou-se como maestro profissional na Ópera de Marselha, em 1946. Também dirigiu as Óperas de Lille e Toulouse. A sua estreia em Paris foi na Ópera Comique, com a ópera “Capriccio”, de Richard Strauss. Foi director da Opéra Comique de 1955 a 1959. Dirigiu a Ópera Lírica de Chicago entre 1959 e 1971. Na Ópera de Paris, foi maestro em 1959 e director musical em 1970 e 1971. Entre 1986 até 1991, foi maestro principal da Orquestra Sinfónica de Viena.
As estreias no Metropolitan Opera de Nova Iorque e no La Scala de Milão ocorreram em 1960 e no Royal Opera House, Covent Garden, em 1961. Trabalhou também, com Maria Callas, com quem fez muitas gravações.
Georges Prêtre também dirigiu a Orquestra do La Scala em dois filmes de Franco Zeffirelli: Cavalleria Rusticana, de Mascagni, e Pagliacci, de Leoncavallo, ambos protagonizados por Plácido Domingo.
Em 2008, dirigiu o Concerto de Ano Novo de Viena, o único francês a dirigir esse concerto.
Outros interesses de Georges Prêtre são a aviação, judo, karate, bicicleta e natação.


“Va pensiero”, da ópera “Nabucco”, de Verdi
Orquestra do Teatro La Fenice
Maestro: Georges Prêtre

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Kathleen Battle - Soprano norte-americana

por António Filipe, em 13.08.13
No dia 13 de Agosto de 1948, nasceu, em Portsmouth, no estado de Ohio, a soprano lírica norte-americana Kathleen Battle.

Foi a irmã mais nova de sete crianças. O pai era metalúrgico e a mãe era participante activa num coral gospel de uma igreja Episcopal Africana Metodista. Estudou na Escola Portsmouth, onde foi sempre boa aluna, chegando a ganhar uma bolsa de estudos da Universidade de Cincinnati, onde estudou canto, no Conservatório.
Inicialmente, tornou-se conhecida pelo seu trabalho em concertos, em actuações com importantes orquestras, durante a primeira metade da década de 1970.
Em 1971, Battle embarcou numa carreira de professora de canto em Cincinnati, onde deu aulas em escolas públicas. Em 1972, durante o segundo ano como professora de canto, um amigo e membro do coro da igreja telefonou-lhe e informou-a que o maestro Thomas Schippers estava a fazer audições em Cincinnati. Na sua audição, Schippers pediu-lhe para cantar a parte solista para soprano de “Um Requiem Alemão” de Johannes Brahms, no Festival dos Dois Mundos, em 1972, em Spoleto, Itália, que aconteceu no dia 9 de Julho, marcando o começo de sua carreira profissional.
Durante alguns anos, Battle cantou em muitos concertos em Nova Iorque, Los Angeles e Cleveland. Thomas Schippers apresentou-a ao colega James Levine, que a seleccionou para cantar Mater Glorioso, na 8ª Sinfonia de Mahler, com a Orquestra Sinfónica de Cincinnati, no Festival de Maio em 1974. Este foi o começo de uma amizade pessoal e profissional entre Battle e Levine, que resultou em muitas gravações e actuações em recitais e concertos, incluindo apresentações em Salzburgo, Ravinia e no Carnegie Hall.
Battle fez sua estreia operática em 1975, como Rosina, na ópera “O Barbeiro de Sevilha”, com a Ópera do Teatro de Michigan. Estreou-se no Festival Glyndebourne, cantando Nerina em “La fedeltà premiata” de Joseph Haydn, em 1979.
Durante a década de 1980, apresentou-se em recitais, trabalhos corais e óperas. O seu trabalho continuou a ser apreciado nas mais importantes casas do mundo. Em 1980 estreou-se na Ópera de Zurique e, em 1982, no Festival de Salzburgo. Em 1985, foi a soprano solista da Missa de Coroação de Wolfgang Amadeus Mozart, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante uma missa celbrada por João Paulo II, com a Filarmónica de Viena, dirigida por Herbert von Karajan. Em 1987, foi convidada por Karajan para cantar a Valsa da Primavera, de Johann Strauss, no Concerto de Ano Novo de Viena, a única actuação de Karajan televisionada internacionalmente.
Battle tornou-se uma soprano prestigiada no Metropolitan Opera House na década de 1980, cantando, aproximadamente, 150 vezes com a companhia, em 13 óperas diferentes. Apresentou-se também na Ópera de São Francisco, Covent Garden, Grande Teatro de Gênova, Ópera Estatal de Viena e na Ópera Alemã de Berlim.
Entre 1990 e 1993, apresentou-se em muitas produções no Metropolitan Opera House, com o tenor Luciano Pavarotti.
Em agosto de 2000, apresentou um programa só com obras de Franz Schubert, em Ravinia. Em Junho de 2001, Battle e a sua colaboradora, a soprano Jessye Norman, apresentaram “Mythodea”, de Vangelis, no Templo Zeus do Olimpo, em Atenas. Em Julho de 2003, actuou com Denyce Graves, Bobby McFerrin e a Orquestra Sinfónica de Chicago, em Ravinia. Em Julho de 2007, estreou-se no Festival de Música de Aspen, apresentando um programa com músicas de George Gershwin.
No dia 16 de Abril de 2008, cantou para o Papa Bento XVI, na ocasião da visita papal à Casa Branca.
Actualmente, Kathleen Battle continua a apresentar-se em recitais e concertos.


Vozes da Primavera, de Johann Strauss II
Soprano: Kathleen Battle
Maestro: Herbert von Karajan

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Ópera "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini

por António Filipe, em 12.08.13
No dia 12 de Agosto de 1891, foi apresentada, pela primeira vez, no Teatro Nacional de Catania, em Itália, a ópera "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini. A estreia absoluta tinha sido no Teatro Argentina, em Roma, no dia 20 de Fevereiro de 1816.

“O Barbeiro de Sevilha”, com libreto de Cesare Sterbini, baseado na primeira peça da trilogia com o mesmo nome, de Beaumarchais, é considerada a ópera bufa mais popular de todos os tempos. É também conhecida com o nome de “A inútil precaução”. A estreia, em 1816, foi um fracasso. A audiência fazia muito barulho e houve uma série de incidentes no palco, incluindo um gato que, a certa altura, decidiu atravessar o palco. No entanto a segunda apresentação foi mais bem recebida, tornando-se numa das óperas mais representadas da história.
A ópera é composta por dois actos e a acção tem lugar em Sevilha. Rossini era conhecido por ser muito produtivo, compondo uma média de duas óperas por ano. Houve mesmo anos em que escreveu quatro. Os musicólogos acreditam que “O Barbeiro de Sevilha” foi composta em menos de três semanas, embora alguns dos temas da abertura tenham sido emprestados de outras duas óperas que Rossini tinha escrito anteriormente.


Abertura da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini
Simon Bolivar Youth Orchestra
Maestro: Gustavo Dudamel

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Raymond Leppard – Maestro e cravista inglês

por António Filipe, em 11.08.13
No dia 11 de Agosto de 1927, nasceu, em Londres, o maestro e cravista inglês Raymond John Leppard.

Estudante de cravo e viola no Trinity College, em Cambridge, era, também, maestro de coro e desempenhou o cargo de director musical da Sociedade Filarmónica de Cambridge. Nos anos 60, desempenhou um papel importante no renascimento do interesse pela música barroca, sendo um dos primeiros maestros a interpretar óperas desse período.
Em 1952 estreou-se em Londres e, depois, dirigiu o seu próprio Leppard Ensemble. Trabalhou com a Orquestra de Goldsbrough que, em 1960, deu origem à Orquestra de Câmara Inglesa. Também deu recitais como cravista e foi professor de música e director musical no Trinity College, cargos que abandonou em 1968.
Em Novembro de 1969, Leppard estreou-se nos Estados Unidos, dirigindo o Coro de Westminster e a Filarmónica de Nova Iorque. Também apareceu como solista no Concerto em ré maior, para cravo e orquestra, de Haydn. De 1973 a 1980, ocupou o cargo de maestro principal da BBC Northern Symphony Orchestra, em Manchester.
Raymond Leppard tem dirigido grandes orquestras, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Entre 1987 e 2001, foi director musical da Orquestra Sinfónica de Indianapolis. Foi consultor musical da Orquestra de Louisvile, de 2004 a 2006. É, também, artista residente da Universidade de Indianapolis.


3º andamento do Concerto para trompete, de Haydn
Trompete: Wynton Marsalis
Orquestra de Câmara Inglesa
Maestro: Raymond Leppard

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No dia 10 de Agosto de 1788, Mozart termina a composição da Sinfonia nº 41, conhecida como Sinfonia “Júpiter”.

A Sinfonia nº 41, em dó maior, também conhecida por “Júpiter” foi terminada nos primeiros dias de Agosto de 1888 – ou seja, poucos dias após Mozart ter concluído a Sinfonia nº 40.
Estrearam ambas em 1791, precisamente o ano da morte do compositor.
Mozart compôs praticamente em simultâneo as suas últimas 3 sinfonias, as nºs 39, 40 e 41.
Acerca da vertiginosa velocidade com que Mozart escrevia as suas composições, já se tem dito que, numa época em que boa parte da música se fazia por encomenda, o compositor de Salzburgo fazia produção em série.
Mas estas suas últimas sinfonias demonstram que a razão dessa facilidade de criação era outra: o genial talento de Mozart.
Na Sinfonia nº 41, Mozart combina o rigor da técnica do contraponto, característico do período barroco, com uma linguagem própria, nova, que faz já lembrar o que Beethoven viria a fazer depois, em plena época clássica.
Daí se diz que, na Sinfonia Júpiter, Mozart baseia-se na tradição para rasgar as linhas do futuro.


Sinfonia nº 41 “Júpiter”, de Mozart
Orquestra de Câmara Europeia
Maestro: Nicolaus Harnoncourt

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Ópera “Beatriz e Benedicto”, de Berlioz

por António Filipe, em 09.08.13
No dia 9 de Agosto de 1862, o compositor francês Hector Berlioz, assumiu o papel de maestro, na estreia da sua ópera “Beatriz e Benedicto”. O evento realizou-se no Neues Theater, em Baden-Baden.

“Beatriz e Benedicto” é uma ópera cómica, em dois actos, com libreto em francês, escrito pelo próprio compositor, baseado na obra de Shakespeare “Muito barulho para nada”. Berlioz terminou a partitura desta ópera logo depois de terminar e antes de produzir a monumental ópera “Os Troianos”. Pouco depois da sua triunfante estreia, Berlioz dirigiu as duas primeiras actuações de uma versão alemã de “Beatriz e Benedicto”, em Weimar.
Como o próprio Berlioz refere nas suas memórias, em Weimar foi “inundado por todo o género de amáveis atenções”. A ópera “Beatriz e Benedicto” não é levada à cena com frequência e nunca se tornou parte do habitual repertório operático. No entanto, existem várias gravações e a sua abertura, que refere várias passagens da ópera, é frequentemente ouvida nas salas de concerto.


Abertura da ópera “Beatriz e Benedicto”, de Berlioz
Academy of St. Martin in the Fields
Maestro: Sir Neville Marriner

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