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No dia 27 de Junho de 1932, nasceu, em Wayne, Pensilvânia, a soprano norte-americana Anna Moffo, muito admirada pela pureza da sua voz e pela sua grande beleza física. |
Ao terminar o liceu, foi-lhe oferecida a oportunidade de ir para Hollywood fazer filmes, mas recusou, porque tinha intenção de ir para freira. Mas, em vez disso, foi estudar para o Curtis Institute of Music, em Filadélfia, para onde tinha ganho uma bolsa de estudo. Em 1955, ganhou a audição de jovens artistas e uma bolsa de estudo para o Conservatório de Santa Cecília, em Roma. No mesmo ano, estreou-se como Norina em Don Pasquale, de Donizetti. Em 1956, Anna Moffo apareceu numa produção televisiva de Madame Butterfly, de Puccini. No mesmo ano estreou-se no La Scala, no Festival de Salsburgo e na Ópera Estatal de Viena.
Em 1957, estreou-se na América, interpretando Mimi, em La Bohème, de Puccini, na Lyric Opera of Chicago e, em 1959, no Metropolitan Opera, no papel de Violetta, em La Traviata, de Verdi. Moffo foi particularmente popular na Itália, onde teve um programa de televisão, “The Anna Moffo Show”, entre 1960 e 1973 e foi votada uma das mulheres mais bonitas da Itália. Faleceu em Nova Iorque, no dia 9 de Março de 2006, depois de lutar com complicações de cancro da mama durante 10 anos.
No dia 23 de Junho de 1943, nasceu em Columbus, no estado do Ohio, o tenor americano William Cochran. |
Estudou no Curtis Institute of Music, com Martial Singher. Estreou-se no Metropolitan Opera de nova Iorque, em 1968, como Vogelgesang, na ópera “Os Mesters Cantores de Nuremberga”, de Wagner. No ano seguinte, cantou o papel de Froh, no “Anel dos Nibelungos”, do mesmo compositor.
Em 1974, estreou-se no Covent Garden, na ópera “Jenůfa”, de Leoš Janáček, sob a direcção de Charles Mackerras e, no ano seguinte, cantou Lohengrin, na Ópera de Nova Orleães. Em 1977 actuou na ópera “Katya Kabanova”, de Janáček, em São Francisco, onde regressou, em 1997, para interpretar o papel de Herodes, na ópera “Salomé", de Richard Strauss.
Em 1982 e, novamente, em 1986, Cochran actuou na Companhia de Ópera de Boston, ambas as vezes sob a direcção da maestrina Sarah Caldwell.
Na temporada de 1984-85, regressou ao Met, para interpretar o papel de Bacchus, na ópera “Ariadne auf Naxos”, de Richard Strauss.
William Cochran ambém se apresentou com companhias de ópera em Frankfurt, Munique, Hamburgo e Viena.
Depois de frequentar uma escola de música, teve uma carreira operática que durou mais de duas décadas. Trabalhou com importantes maestros como Colin Davis e Herbert von Karajan. Foi uma das poucas sopranos inglesas da sua geração a ser convidada para cantar em produções no Festival de Salzburgo, no La Scala de Milão e no Metropolitan Opera.
Depois de algumas actuações em Glyndebourne e cinco anos na Companhia de ópera Sadler's Wells, na década de 1960, Harwood cantou no Covent Garden, em Londres, e na Ópera Escocesa, antes de atingir reputação internacional na década de 1970.
O reportório de Elizabeth Harwood era extenso, mas ficou particularmente conhecida pelas suas actuações em óperas de Mozart e Richard Strauss.
Em salas de concerto, representou oratórias e, nos últimos anos, concentrou-se mais em recitais de Canções (Lieder).
No dia 19 de Junho de 1825, realizou-se, no Teatro Italiano, em Paris, a estreia da ópera “Il viaggio a Reims”, do compositor italiano Gioachino Rossini. A soprano Giuditta Pasta interpretou o papel de Corinna. |
É uma ópera em três actos, com música de Rossini e libreto de Luigi Balocchi, baseado, em parte, no romance Corinne, de Mme de Staël. Foi a sua última ópera em língua italiana (as suas últimas obras foram em francês) e foi patrocinada para celebrar a coroação do rei francês Carlos X, em Reims, no ano de 1825. A estreia foi interpretada pelas melhores vozes da época.
Uma vez que a ópera foi escrita para uma ocasião específica, Rossini nunca planeou que ela tivesse mais do que algumas apresentações em Paris. Mais tarde, usou metade da música na ópera “O Conde de Ory”.
Foi publicada em Milão, em 1938, numa revisão de Giuseppe Piccioli, que foi apresentada no Teatro alla Scala, no dia 5 de Novembro de 1938, dirigida por Richard Strauss.
As diferentes partes do manuscrito, que entretanto se tinham perdido, foram reencontradas e reconstruídas em 1970 pelo musicólogo Janet Johnson. Depois da reconstrução, foi apresentada no festival de Ópera de Rossini, em Viena, no dia 18 de Agosto de 1984, sob a direcção do maestro Claudio Abbado.
A estreia nos Estados Unidos realizou-se no dia 14 de Junho de 1986 no Teatro Loretto-Hilton, em St. Louis, no Missouri. Em 1992, teve várias interpretações no Royal Opera de Londres. Uma produção em Monte Carlo teve lugar em Novembro de 2005 e, em Janeiro de 2007, foi apresentada no Kennedy Center, em Washington, pela Ópera de Kirov. Em Novembro do mesmo ano foi produzida em Tel Aviv, pela Ópera de Israel, em 2010, na Cidade do Cabo e, em 2011, na Argentina.
Na temporada de 2011/2012, as mais recentes produções realizaram-se em Antuérpia, em Dezembro, onde a acção se desenrolou dentro de um avião Jumbo e, em Janeiro, no Teatro Comunale de Florença, onde foi apresentada num luxuoso spa do séc. XX.
No dia 18 de Junho 1821, sob a direcção musical do próprio compositor, estreou-se, no Schauspielhaus de Berlim, “O Franco-atirador”, ópera em três actos, de Carl Maria von Weber, com libreto de Friedrich Kind. |
“O Franco-Atirador” é uma das óperas do romantismo alemão, embora ainda conserve algumas características melódicas do classicismo. É um singspiel, ou seja, uma ópera que alterna passagens cantadas com passagens faladas. É considerada a primeira ópera nacionalista alemã, cujo libreto se baseia numa lenda popular e muitas das suas melodias são inspiradas no folclore alemão.
Apesar das suas inovações, o Franco-Atirador tornou-se rapidamente num sucesso internacional, atingindo cerca de cinquenta representações nos 18 meses que se seguiram à estreia. Entre alguns dos muitos artistas que foram influenciados pela ópera, encontra-se Richard Wagner, que é, por muitos, considerado o sucessor de Weber.
No dia 17 de Junho de 1983 estreou-se, na Grande Ópera de Houston, a ópera “A Quiet Place”, do compositor e maestro americano Leonard Bernstein. |
“A Quiet Place” é uma ópera em três actos, com música de Leonard Bernstein e com libreto de Stephen Wadsworth. É a sequência da ópera “Trouble in Tahiti”, de 1951.
Em consequência de algumas críticas à estreia, Wadsworthe e Bernstein reviram a obra. Algumas cenas foram cortadas e “Thouble in Tahiti” foi incorporada na ópera, como um flashback. A versão revista foi apresentada no Teatro alla Scala de Milão e na Ópera de Washington, em 1984. Depois foi apresentada na Ópera Estatal de Viena, sob a direcção do próprio compositor, em Abril de 1986. A estreia inglesa aconteceu em 1988, no Corn Exchange Theatre, em Cambridge, com o compositor a assistir. Em Outubro de 2010 a Ópera da Cidade de Nova Iorque apresentou a estreia naquela cidade, numa produção de Christopher Alden. Ao contrário das anteriores produções, que tinham tido críticas menos boas, esta actuação em Nova Iorque teve uma boa aceitação tanto da parte dos críticos como das audiências.
No dia 14 de Junho de 1952, estreou nos Estados Unidos a Ópera dos 3 Vinténs, um espectáculo de palco que associa dois nomes incontornáveis da cultura europeia do séc. XX: Bertold Brecht e Kurt Weil. |
Kurt Weill, um jovem músico alemão nascido em Dassau no ano de 1900, tinha 27 anos quando se encontrou em Berlim com o escritor e dramaturgo Bertold Brecht.
Desse encontro nasceu uma nova ideia da ligação entre música e teatro. A grande arte do palco passou a ser como nunca tinha sido antes. Hoje em dia, ninguém pode falar de Teatro sem conhecer Brecht. E ninguém falará da obra de Brecht sem a associar à música de Kurt Weill.
Weill compôs quase exclusivamente para as peças dramáticas de Brecht até que morreu, aos 50 anos, em Nova Iorque, onde se refugiou da perseguição que o regime nazi lhe fizera na sua Alemanha.
Foi nesse país em que se acolheu Kurt Weill, os Estados Unidos, que ocorreu a estreia que hoje se comemora.
A Ópera dos Três Vinténs chegou à América dois anos depois da morte de Kurt Weill.
No dia 12 de Junho de 1911, foi apresentada, pela primeira vez na Europa, a ópera “La Fanciulla del West”, do compositor italiano Giacomo Puccini. O evento realizou-se em Roma. |
“A Rapariga do Oeste” é uma ópera em três actos com libreto de Guelfo Civinini e Carlo Zangarini, baseado na peça “The Girl of the Golden West”, do autor americano David Belasco e a acção tem lugar na Califórnia, durante a corrida ao ouro de 1849.
A estreia absoluta foi realizada a 10 de Dezembro 1910, em Nova Iorque, no Metropolitan Opera House, com direcção musical de Arturo Toscanini, que se referiu a esta ópera como “um grande poema sinfónico”. Entre outros intérpretes, encontravam-se Enrico Caruso e Emmy Destinn, para quem Puccini tinha criado os papéis principais. No entanto, depois de assistir à interpretação do papel de Minnie pela soprano Gilda dalla Rizza, na Ópera de Monte Carlo, o compositor exclamou: “Finalmente, vi a minha verdadeira Fanciulla”.
Apesar de ter sido um enorme sucesso nos Estados Unidos, esta ópera nunca foi muito popular na Europa, excepto, provavelmente, na Alemanha, onde estreou na Deutsche Opera de Berlim, em Março de 1913, sob a direcção musical de Ignatz Waghalter.
“A Rapariga do Oeste” veio a seguir à “Madame Butterfly”, que também foi baseada numa peça de Belasco. Notam-se algumas influências de compositores como Debussy, Stravinsky e Richard Strauss.
Esta ópera é apresentada de vez em quando, mas não tanto como outras óperas de Puccini. O Metropolitan Opera de Nova Iorque levou-a à cena na temporada de 2010-2011, para celebrar o centésimo aniversário da obra.
No dia 7 de Junho de 1945, no Teatro Sadler's Wells, em Londres, realizou-se a estreia da ópera “Peter Grimes”, do compositor britânico Benjamin Britten. O maestro inglês Reginald Goodall dirigiu o espectáculo. |
A ópera “Peter Grimes”, baseada no poema “The Borough”, de George Crabbe, é considerada como um marco na história da ópera britânica do pós-guerra. Nesta ópera, Benjamin Britten queria transmitir a sua percepção da luta perpétua dos homens e mulheres, que buscam no mar a sua fonte de subsistência. A Sadler’s Wells Opera House reabriu as suas portas para a estreia desta ópera, após uma interrupção de seis anos, provocada pelo conflito da segunda grande guerra.
A obra ultrapassou em muito as expectativas do público. Num curto espaço de tempo foi levada à cena nos principais teatros do mundo. Em 1948 foi apresentada no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, e em poucos anos estava traduzida em doze idiomas. Por onde passou, Peter Grimes consolidou a reputação de Britten como um dos compositores líderes da sua geração. A ópera britânica renasceu e serviu de estímulo aos compositores dramáticos da época.
Ingressou no Colégio dos Jesuítas, onde se tornou conhecido pela sua bela voz. Em 1754 foi para o Conservatório de S. Onofrio, em Nápoles, onde, mais tarde, se tornou professor assistente. Durante a estadia no Conservatório, que deixou em 1763, compôs principalmente música religiosa. Algumas obras tornaram-se tão famosas que foi convidado a escrever duas óperas, uma para Bolonha e outra para Roma.
Em 1776, recebeu um convite de Catarina II, a czarina da Rússia, para ser seu mestre de capela. Em 1792 escreveu aquele que é, provavelmente, o seu melhor trabalho: O Barbeiro de Sevilha, baseado na peça teatral com o mesmo nome, de Beaumarchais. De volta a Nápoles, foi mestre de Fernando I das Duas Sicílias.
Frequentou o Liceu De Witt Clinton e, mais tarde, a Universidade de Columbia. A pedido da mãe, começou a estudar violino. Às vezes também cantava e depressa se descobriu que tinha uma voz de tenor excepcional.
Em 1932, foi contratado como tenor solista no Radio City Music Hall. O empresário da companhia quis dar-lhe o nome artístico de John Pierce, mas o cantor achava que Jan Peerce seria um nome que reflectia melhor a sua etnicidade. O empresário concordou e foi assim que ficou conhecido. Graças a transmissões de rádio e actuações em palco, Peerce passou a ser conhecido por todo o país.
O maestro Arturo Toscanini, ao ouvi-lo na rádio, disse a um amigo comum que o queria conhecer. Assim começou uma colaboração de longos anos entre Peerce e Toscanini, com a Orquestra Sinfónica da NBC. Em 1956, Jan Peerce fez sensação em Moscovo, ao ser o primeiro americano a cantar com a famosa Ópera de Bolshoi.
Peerce fez parte do elenco do Metropolitan Opera de Nova Iorque, até 1967. Depois de se ter estreado na Broadway, no musical “O Violino no Telhado”, continuou a apresentar-se, ocasionalmente, até que se retirou, em 1982.
Jan Peerce veio a falecer em Nova Iorque, no dia 15 de Dezembro, de 1984.
Depois da sua estreia em Nova Iorque, iniciou uma brilhante carreira internacional, na Ópera de Paris, em 1973, interpretando o papel de “Cherubino”, na ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart. Destacada intérprete de Rossini, Massenet e Debussy, Von Stade cantou nos principais teatros do mundo e nos festivais de Glyndebourne e Salzburgo.
Von Stade começou a sua carreira quando, em 1970, assinou um contrato com a Metropolitan Opera de Nova Iorque. Foi com esta companhia de ópera que interpretou quase todos os papéis importantes da sua vida artística. Em 1983 Frederica von Stade foi homenageada na Casa Branca, pelo presidente Ronald Reagan, em reconhecimento pela sua contribuição para as artes e, em 1998, o governo francês atribuiu-lhe o prémio mais importante no mundo das artes, nomeando-a Oficial da Ordem das Artes e Letras.
No dia 31 de Maio de 1817, estreou-se, no Teatro alla Scala, de Milão, a ópera “A Pega Ladra”, do compositor italiano Giochino Rossini. |
“A Pega Ladra” é uma ópera semi-séria, em dois actos com libreto de Giovanni Gherardini, baseado em “La pie voleuse”, de Badouin d'Aubigny e Louis-Charles Caigniez. É célebre pela sua abertura e destaca-se pelo uso das caixas.
Rossini era conhecido pela rapidez com que compunha as suas obras e esta não foi excepção. Supostamente, o seu produtor teria sido obrigado a fechar Rossini num quarto, na véspera da estreia, para que ele concluísse a abertura. O compositor passava aos copistas, pela janela, cada folha da obra para que eles escrevessem o resto das partes orquestrais.
A ópera foi revista por Rossini para actuações posteriores em Pesaro, em 1818, no Teatro del Fondo, em Nápoles, em 1819, e no Teatro de São Carlos, também em Nápoles, em 1820. O próprio Rossini fez uma revisão à obra para ser executada em Paris, em 1866.
O compositor italiano Riccardo Zandonai fez a sua própria versão da ópera para uma apresentação em Pesaro, em 1941, e o maestro Alberto Zedda editou o trabalho original de Rossini, em 1979, para uma publicação da Fondazione Rossini.
No dia 27 de Maio de 1799 nasceu, em Paris, o compositor francês Fromental Halèvy, amplamente conhecido pela sua ópera “La Juive”. |
O seu pai era cantor, escritor, professor de hebraico e secretário da comunidade judaica de Paris. Entrou no Conservatório de Paris com nove anos, em 1809, onde foi aluno e, mais tarde, protegido de Cherubini. Halévy foi mestre de coro no Teatro Italiano, enquanto lutava para conseguir realizar uma ópera.
Foi nomeado professor do Conservatório de Paris em 1827 e membro da Academia das Belas-Artes, em 1836. Foi secretário perpétuo daquela instituição a partir de 1854. Fromental Halévy morreu em Nice, no dia 17 de Março de 1862, deixando a sua última ópera, Noé, inacabada. Foi concluída pelo seu genro, Georges Bizet, mas apenas foi executada 10 anos depois da sua morte.
No dia 25 de Maio de 1929, nasceu, em Brooklyn, Nova Iorque, a soprano americana Beverly Sills. De ascendência ucraniana e romena, foi considerada pelo New York Times a cantora de ópera mais popular nos Estados Unidos desde Enrico Caruso. |
Aos quatro anos, cantou para um programa de rádio, com o nome de Bubbles Silverman. Consta que o seu apelido, "Bubbles" (que significa “bolhas”), se deve à sua personalidade efervescente e aos seus cabelos ruivos. Aos oito anos cantou num pequeno filme e foi então que adoptou o nome artístico de Beverly Sills. Teve a sua estreia profissional aos 16 anos numa companhia itinerante de operetas de Gilbert and Sullivan. Cantou operetas durante muitos anos, até que se estreou na ópera como Frasquita, da Carmen, de Bizet, em Filadélfia. A partir daí, viajou com a Companhia de Ópera de Charles Wagner por toda a América do Norte.
Em 1955 estreou-se na New York City Opera e, em 69, no Teatro alla Scala, de Milão, onde foi um êxito tão grande que apareceu na capa da revista Newsweek. Apesar da sua grande fama nos Estados Unidos, Beverly Sills só se estreou no prestigiado Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1975, recebendo 18 minutos de aplausos sem interrupção. Retirou-se dos palcos no dia 27 de Outubro de 1980, com uma gala de despedida na New York City Opera, passando a ser directora geral daquele teatro. Foi presidente do Lincoln Center e do Metropolitan Opera. A 28 de Junho de 2007, a Associated Press e a CNN noticiaram que Sills tinha sido hospitalizada, gravemente doente, devido a um cancro de pulmão. Beverly Sills faleceu 4 dias depois, a 2 de Julho de 2007, aos 78 anos, deixando um indiscutível legado para a ópera e as artes em geral.
Toda a vida se dedicou a grandes causas sociais – segundo um seu biógrafo, ela conseguiu reunir mais de 70 milhões de dólares para ajuda de crianças deficientes.
No dia 22 de Maio de 1813 estreou-se, no Teatro San Benedetto, em Veneza, a ópera “A Italiana em Argel”, de Gioachino Rossini. É um melodrama jocoso em dois actos, com o libreto em italiano de Angelo Anelli. |
A ópera conta-nos a história de uma Italiana, Isabella, que, capturada por uma série de piratas turcos, se vê aprisionada, com o seu tio Taddeo, no palácio do Rei Mustafá. O Rei tinha-se cansado da sua mulher, Elvira, e ansiava por uma italiana que o contentasse. Isabella é precisamente o que Mustafá procura. No entanto, os turcos mantêm como escravo o italiano Lindoro, noivo de Isabella. Mustafá quer casar, à força, Lindoro com a sua mulher Elvira, de maneira a mandá-la para longe. Quando Lindoro se cruza com Isabella, os dois ficam atónitos e tudo fazem para continuar juntos. Após uma série de peripécias, Isabella e Lindoro, com a ajuda de Taddeo, conseguem levar a sua avante e Mustafá reconhece o seu erro e volta a aceitar Elvira.
A música revela uma poesia e uma graça pouco características de um compositor jovem e principiante como Rossini. Parece ter sido composta por um sábio compositor teatral. Nesta música há uma pequena armadilha: a inclusão da canção patriótica "Pensa alla patria", muito conhecida e apreciada na época e que tornou a ópera extraordinariamente popular, estando presente em quase todos os repertórios dos grandes teatros.
No dia 13 de Maio de 1871 faleceu o compositor francês Daniel Auber, pouco conhecido, mas nem por isso, menos importante. Chamaram-lhe o “Rossini francês”. Tinha nascido em Caen, na Normandia, França, no dia 29 de Janeiro de 1782. |
Quando ainda era muito jovem, a sua família enviou-o para Londres, para estudar e seguir a carreira comercial. Não só fez isso, como também se ligou aos círculos musicais londrinos, compondo as suas primeiras canções. O rompimento das relações comerciais entre França e Inglaterra, durante as guerras napoleónicas, fez com que Auber voltasse para França em 1803, onde renunciou à carreira dos negócios, para se dedicar inteiramente à música. Na época estava muito na moda a "opéra-comique", mas as suas primeiras tentativas nesse género não lograram muito êxito, mas os seus amigos aconselharam-no a não desistir. Entre eles estava Cherubini, que atingira o auge do seu prestígio e tinha o compositor como aluno.
Daniel Auber foi, principalmente, compositor de óperas. Entre elas, “La Muette de Portici”, escrita em 1828, é uma daquelas peças que acabaram por ter repercussões políticas. Por ser uma ópera cuja acção trata de uma revolta contra a dominação espanhola, em Nápoles, no século XVII, acabou por influenciar a revolução de 1830, na França, e a revolta contra a dominação holandesa, na Bélgica. Em 1842, Auber foi nomeado director do Conservatório de Paris. Embora hoje seja um compositor quase relegado ao esquecimento, foi muito admirado e estimado na sua época. Rossini e Wagner apreciavam muito a sua música.
No dia 12 de Maio de 1910 nasceu em Forli a mezzo-soprano Giulietta Simionato. |
Em todo o século XX poucos artistas foram tão respeitados e estimados pelos auditórios, colegas e críticos como Giulietta Simionato. Desde a consagração de carreira, em 1930, até que se retirou em 1966, foi uma das grandes vozes do palco da ópera. Durante mais de 3 décadas, o mundo inteiro dispensou-lhe os mais rasgados elogios, não só pela beleza da sua voz e a sua superlativa musicalidade, mas também pela graciosidade e afabilidade do seu carácter. Já neste século, conservou o seu enorme prestígio, como produtora e professora, com extraordinária vitalidade mesmo após os 90 anos de idade.
Exibindo um desempenho vocal e interpretativo ao nível do excelente, Giulietta Simionato impressionou pela qualidade e pelo à-vontade com que igualmente brilhava nos papéis dramáticos como na ópera cómica, em canto lírico e no mais pesado repertório. Manteve uma relação da maior cordialidade com as grandes “imperatrizes” do século, Maria Callas e Renata Tebaldi e foi aclamada em todos os grandes palcos da ópera mundial, incluindo o Scala, o Metropolitan, Covent Garden e o Teatro Nacional de São Carlos, onde actuou em 1954.
Giulietta Simionato faleceu em Roma no dia 5 de Maio de 2010, uma semana antes de fazer 100 anos.
No dia 11 de Maio de 1849, faleceu, em Berlim, devido a um AVC, o compositor e maestro alemão Otto Nicolai. Tinha nascido em Königsberg, no dia 9 de Junho de 1810. |
É famoso, sobretudo, pela sua ópera “As alegres esposas de Windsor”. Teve as primeiras lições de música com o pai, o maestro Carl Nicolai, até aos 17 anos. Depois, foi para Berlim para continuar os estudos, que concluiu, com êxito, em 1830. Logo a seguir foi nomeado Organista na Capela Prussiana em Roma. Em 1837, tornou-se maestro na Capela Corandin Kreutzer, em Viena. No ano seguinte, regressou a Roma e começou a compor ópera.
Em 1841, Otto Nicolai voltou para Viena, e começou uma série de Concertos Filarmónicos, fundando, mais tarde, a Filarmónica de Viena. O sucesso de uma Missa dedicada ao Rei Federico Guglielmo IV, escrita em 1843, e a abertura “Eine feste Burg”, pelos 200 anos da Universidade de Königsberg, fizeram com que fosse, definitivamente, para Berlim, onde se tornou director do coro da catedral e mestre de capela da Royal Opera House, em 1847.
Abertura da ópera “As alegres esposas de Windsor”, de Otto Nicolai
Orquestra Filarmónica de VienaNo dia 2 de Maio de 1754 nasceu em Valência, na Espanha, o compositor espanhol Vicente Martín y Soler, a quem chamaram o “Mozart valenciano”. |
Estudou música em Bolonha com Giovanni Martini. Embora pouco conhecido nos dias de hoje, os seus contemporâneos compararam-no, favoravelmente, a Wolfgang Amadeus Mozart. É mais conhecido pelas óperas cómicas que compôs em Viena, com o libretista Lorenzo da Ponte. Em 1777, viajou para Nápoles, para compor o seu primeiro bailado para o Teatro de S. Carlos. Também trabalhou com o libretista da corte, Luigi Serio, na composição das óperas “Ifigenia” e “Ipermestra”.
Em 1785 Martin y Soler foi para Viena, onde obteve grande sucesso com três óperas, usando textos de Lorenzo da Ponte, que, na altura, também colaborava com Mozart e Salieri. Em 1788, foi convidado da corte de S. Petersburgo, onde escreveu três óperas em língua russa. Para a temporada de 1795, em Londres, escreveu mais três óperas e, em 1798, regressou a S. Petersburgo, onde compôs a sua última ópera e veio a falecer no dia 30 de Janeiro de 1806.
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