pegada

Ver gente a saltar no vazio é uma imagem que nunca mais ninguém vai esquecer. Também ninguém vai esquecer os atentados e as vítimas de Madrid, ou de Londres.

Depois, nos dias  seguintes,  uma inquietação martelava-nos a cabeça. Como podia ser, no coração da América?

Entre os Ocidentais tinha morrido a inocência!

Hoje, percebemos que o Ocidente foi duramente atingido nas suas raízes mais profundas. O esforço financeiro a que os Estados Unidos e a Europa se obrigaram na caça aos extremistas, foi o inicio da decadência das respectivas economias, e da sua autoconfiança. Ao contrário, enquanto Estados Unidos e Europa se ocupavam no Iraque e no Afganistão e viam as suas finanças deteriorarem-se irremediavelmente, países como a China, o Brasil, a Índia, a Rússia, perceberam que tinha chegado o momento. O seu momento.

Aprofundaram a investigação, alavancaram a inovação, investiram na educação, procuraram e invadiram novos mercados e passada uma década estão aí, a enfrentar os gigantes que tremem. Os sinais são muitos. O último e mais carismático é que Brasil e a China acordaram em usar as respectivas moedas nas transacções comerciais.

O dólar, ou melhor, a capacidade de o emitir sem limites, chegou ao fim!

As revoluções nos países árabes também mostram que foi a democracia que vingou e não a violência religiosa. É, aliás, bem ilustrativo que  o extremismo muçulmano perdeu força mesmo entre as suas comunidades. Bin Laden morreu às mãos dos americanos sem glória e sem heroísmo.Teve o seu momento na ribalta mas nunca foi visto como alguém que fique na história pelas boas razões.

E os americanos e europeus perceberam que não estão sozinhos no planeta azul!

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