pegada

Carlos Moedas, com aquele ar de jovem cientista, vindo da vida difícil do Alentejo profundo, está encarregue do grupo de trabalho que verifica o cumprimento da Troika.

Está em condições de dizer mais do que o título deste texto, porque afinal, cortar mais do que outro não quer dizer que corta bem, ou que corta onde é necessário, onde os lobbies são menos poderosos...

Cortar bem (cá na minha) era pôr a Justiça a funcionar e recuperar o atraso nos dossiers ( e, en passant, ocupar os edifícios do estado para não pagar rendas milionárias, implantar o Mapa Judiciário, avaliar o mérito e as mordomias). Cortar no desperdício do Serviço Nacional de Saúde, criando uma central de compras, aumentar as receitas dos genéricos ( sabem que nos US o médico só pode receitar medicamentos de marca com autorização prévia da Companhia de Seguros?), concentrar serviços , explorar em pleno a capacidade instalada em equipamentos e recursos humanos. Na Educação, descentralizar e dar autonomia às escolas com contratos firmados e devolver a dignidade aos professores, assumindo o mérito como factor decisivo na carreira . Nas pensões colocar um tecto acima do qual não se passa e acabar com as pensões acumuladas com vencimentos...

Depois "os pentelhos do Catroga" , fundir direcções-gerais, institutos e fundações, frota automóvel, controlo das despesas pessoais , nas rendas e exploração do imobilizado...

E, então, com a casa arejada há que baixar as taxas de juro e o serviço da dívida, prolongando prazos e substituindo empréstimos por outros mais favoráveis. A taxa já desceu para cerca de 12% mas é necessário baixar muito mais!

Nós esperamos até Outubro, mas de Outubro não passa!

PS: Há outra maneira, como dizem o PCP e o BE. Não pagamos!

Autoria e outros dados (tags, etc)