pegada

Radamel, parece que te vou ver com uma nova camisola. Não faz mal. É o que se espera desde a final da Liga Europa, desde toda a época passada.
Vai.
Vai e que a felicidade, de continuar a marcar golos, te continue a acompanhar.
Não vou ter saudades tuas.
Lamento.
Sim, se fores não vou ter saudades tuas. És mais um. Um dos que me deu momentos de felicidade. Um dos que me deu prazer ver jogar, mas és mais um. O Fernando Gomes, o nosso bi-bota, também foi embora, o Madjer, também, o Futre foi embora, veio para outros e acabou um dia a sua carreira, o Jardel, idem. Um dia, da Argentina, tal como tu, veio o Lisandro e também um dia ele foi embora. Agora a tua vez chegou.
Tu dizes isso.
Eu sei isso.
No teu lugar também eu iria. Amanhã, se fosse preciso. Afinal existe vida para além dos troféus, das vitórias, das conquistas, existe o desafio, a vontade, a novidade, a derrota, os poucos ou nenhuns troféus.
Afinal existe também a necessidade de assegurar um futuro financeiro. E com as finanças não se deve brincar – excepto em Portugal.
Vai.
Marca, muitos de preferência.
Faz com que me dê vontade de assistir aos resumos (ou aos jogos) do novo percurso profissional do teu clube.
Vai.
Obrigado.
Adeus.

P.S. Sou capaz de vir a ter saudades dela. Acho que entendes.

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