Sou, por princípio, contra referendos. Não acho que a plebe endividada, que paga descascadores de bananas em 500 prestações, com taxas de juro tais que davam para comprar um BM bem negociado, esteja habilitada a participar em qualquer tipo de decisões - se nem a casa sabem governar. Também não acredito em programas de Governo, sei que existem mas, sejamos francos, ninguém lhes liga. Tudo isto para dizer que acho um perfeito absurdo que o casamento entre homossexuais seja referendado (tal tontice começa a ser sugerida). Por outro lado, não penso que o facto de a referida questão não fazer parte do programa de Governo retire legitimidade ao PS para fazer o que deve - o absurdo divórcio sem culpa, com a inaudita conta corrente acoplada, também não integrava o dito almanaque e nem por isso a coisa, teimosamente, deixará de vingar. Como é óbvio, acho que o PS devia avançar com uma proposta própria, sem ficar à boleia do Bloco e dos Verdes. De uma forma ou de outra, politiquices à parte, interessa salvaguardar de vez as questões sucessórias, fiscais e de reconhecimento social de parentesco, entre outras, dos homossexuais. Por menos que eu os compreenda, sexualmente falando, e não lhes gabe o gosto - mas isso remete para a velha questão do
"se fosse gaja era fufa".
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