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Um dos promotores da iniciativa, que solicitou o anonimato, disse que a bandeira monárquica foi ali colocada a meia haste, durante a madrugada, como prova do «estado da nação». Estranho o anonimato:  nada tema, senhor anónimo. Mais adiantam que o país "nunca esteve tão desalentado como agora, quando se comemora o centenário da República". Nunca. É pensar nos séculos de história de Portugal, nos horrores que já se viveu, mas não, nunca. Nunca, como agora. E uma coisa é certa: problemas como o défice, a estagnação da economia, o desemprego, a pobreza, seriam resolvidos com a restauração da monarquia. Sim, com um Rei, imagine-se, e com o fim do princípio de liberdade que me leva a poder escolher quem eu quero para chefe de estado, venha ele, ou ela, de onde vier, sejam quais forem as suas origens. Um rei e, depois dele, o seu filhote ou filhota, mesmo que seja um idiota chapado, porque o sangue é que conta.


Mas respeitemos as convicções de cada um.


Bonito é roubar a bandeira republicana e colocar, no seu lugar, a bandeira monárquica. E no Parque Eduardo VII.


Um parque assim baptizado em honra de Eduardo VII, de Inglaterra, famoso pelas suas  infidelidades conhecidas e toleradas pela obediente esposa, um verdadeiro playboy, o que me parece indiferente, mas que é o retrato tão actual da queda dos valores conservadores que as monarquias europeias pretendiam e pretendem hipocritamente representar.


Já o Parque Eduardo VII, rapidamente "desligado" de quem lhe deu o nome, é um belo local para hastear a bandeira monárquica. Ele pretende, no seu projecto urbanístico, "prolongar" a Avenida da Liberdade e no topo encontra-se um monumento, de gosto altamente discutível, mas que em todo o caso é o Monumento 25 de Abril.


Estes monárquicos são tão patuscos.

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publicado às 12:59


39 comentários

De Nuno Castelo-Branco a 26.03.2010 às 17:41

Devia informar-se melhor, Isabel. Não foi "roubada", ou retirada nenhuma bandeira. Aliás, naquele sítio, nunca foi hasteada, pelo menos desde 1910.
Repare que jamais foi apeada a actual, em benefício daquela outra que o foi à força da bomba em 1910. Jamais. De facto, o mastro estava vazio desde Novembro de 2009, quando aquele local foi ocupado pela árvore de Natal, "desinteressadamente oferecida" ao povo de Lisboa por um banco qualquer. Sim, esse mesmo que tem conluios tão evidentes e embaraçosos com a gente do regime rotativo.
Já agora, o que tem o 25 de Abril a ver com a república? Nada. Mais se ligará à revolução de 1820 e querer fazer coincidir o 25-A com o autêntico regime liberticida da 1ª república, é um abuso, ou ignorância arrogante de uns tantos.
Também me parece extemporâneo atacar Eduardo VII pelas infidelidades. O que tem o homem de Estado de ser criticado pela sua vida privada? Está agora a Isabel, com as moraleirices que muito bem e certeiramente critica sempre noutros sectores? A propósito, Eduardo VII foi bastante útil a Portugal. À sua interferência junto dos "poderes fácticos" de Londres e à sua amizade para com D. Carlos, devemos também a existência daquilo que hoje se designam PALOP. É uma verdade histórica indesmentível.
Quanto aos valores "hipócritas das monarquias actuais", olhemos primeiro para uma certa republiqueta de revista à Parque Mayer e os seus supostos valores que apenas se limitam ao discurso sem conteúdo. Existe algum espírito cívico enraizado que conforme as consciências? Não. O que é o patriotismo republicano? Nada, apenas uma longínqua retórica demagógica e velha de mais de um século e que foi tão bem aproveitada pela 2ª república autoritária. Comecemos pela 1ª república, a liberticida, que cerceou radicalmente os cadernos eleitorais, reduzindo-os a praticamente 30% dos eleitores existentes em 4 de Outubro de 1910; que proibiu o voto das mulheres que apenas o conseguiram - e de forma parcialíssima - no tempo de Salazar; que assaltou e espancou jornalistas, fechando os jornais que não lhe serviam; que criou uma terrível cisão na sociedade portuguesa, provocando uma violenta e completamente desnecessária guerra com a igreja (as imagens dos padres sovados e com as vestes rasgadas em plena rua, não lhe lembram certas fotos dos anos 30?); que foi esmagada pela inépcia dos seus mandantes durante a I Guerra Mundial, somando derrota atrás de derrota; que instaurou a censura prévia e permitiu todo o tipo de banditismos, desde a Formiga Branca, a Levas da Morte, a Camionetas Fantasmas e às prisões a abarrotar de oposicionistas; que foi um desastre na economia, criou expectativas na educação, sem a fazer; que se comportou de forma abjecta - como não há memória! - na política internacional, rastejando como nunca diante da Inglaterra; que deu de si uma imagem tão má que enquanto foram vivas as gerações que por ela foram pisoteadas, Salazar conseguiu manter-se no poder. Nem vale a pena continuar, isto é sabido e está interiorizado. Aliás, os militares do 25 de Abril manifestaram desde logo a repulsa pelo "regresso" à 1ª república e só uma certa orfandade actual dos antigos seguidores dos sistemas pré-queda do muro de Berlim, justifica o súbito interesse por uma 1ª república da qual seriam as primeiras vítimas.
É certo que os monárquicos - que se sentam em praticamente todos os partidos presentes na actual AR - não prometem o bacalhau a pataco, até porque seria ridículo copiar a demagogia do felizmente defunto e bem enterrado p.r.p de outro século. Queiram ou não queiram, os povos também vivem apegados a símbolos, uns mais duradouros e consistentes do que outros e neste aspecto, Portugal não pode dar lições a qualquer uma das monarquias europeias. nem sequer ao país vizinho. Basta verificarmos o péssimo e parcial desempenho da chefia de Estado republicana no nosso país. Ou alguém duvida da partidarização da mesma? É caríssima - mais do dobro daquilo que os espanhóis pagam -, parcial, vive da intriga e historicamente é um zero absoluto.

Os irreverentes fizeram muito bem a acção. Pelos vistos, acertaram em cheio. Os republicanos que continuem a brincar às inaugurações-pela-quinta-vez do sr. Cavaco e restante comitiva. Os pretensos "republicanos" são mesmo patuscos. Divirtam-se

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