pegada

Hoje todos os líderes mundiais enviam condolências pela morte do Madiba. Alguns dos responsáveis pelas trevas despedem-se da luz que julgam apagada para sempre.

Hoje, é o dia em que cavaco se olha ao espelho e este lhe devolve a crua imagem da realidade; a de um verme esmagado pelas circunstâncias. Como já foi recordado por Vasco Barreto, ele foi um dos “três únicos governantes do mundo inteiro que se recusaram, nas Nações Unidas, a exigir a libertação” de Mandela. Os outros dois foram Reagan e Thatcher. Curiosamente, os EUA e a Inglaterra têm hoje a bandeira a meia haste; em honra de. Já agora diga-se que a deliberação a exigir a libertação de Mandela foi aprovada com cento e vinte e nove votos a favor e três contra.

O espelho disse a cavaco que ele tem de enviar as condolências pela morte de Nelson Mandela, à família e à África do Sul. Ao mesmo tempo, o mundo vai lembrar-se que ele, cavaco, se opôs à libertação do homem cuja vida hoje saúda. Cavaco já enviou as condolências. Diz assim, a mensagem dirigida a Jacob Zuma: «(…) A dedicação de Nelson Mandela aos valores da democracia, da liberdade e da igualdade – nas suas palavras, “um ideal por que espero viver e que espero alcançar, mas, se necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer” – invadiu os corações de todos quantos o admiram, na África do Sul ou em outro lugar, incutindo esperança, mesmo diante dos desafios mais difíceis.(…)»

Esta é uma imagem da grandeza do Madiba. Desvela os lobos do homem mesmo aquando do último suspiro. No entanto, não é o fantasma de Mandela de ensombra cavaco. É este que se revela em toda a sua grandeza de sub-humano.

Saúdem Nelson Rolihlahla Mandela. Digam aos vossos filhos que ontem não morreu um homem e expliquem-lhes a razão para tamanha excepção às regras da natureza.

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