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da empatia: custa muito ser "diferente"

por Isabel Moreira, em 17.11.09

custa muito ser diferente. a inês é a única pessoa na sua família que acredita em deus. decidiu, com 20 anos, ser baptizada e pediu aos pais e aos quatro irmãos para estarem presentes. a família da inês tomou-a por estúpida e irracional e fez essa coisa que devia ser crime, a troça. a inês entrou para a sua nova família sem ninguém que a vira crescer ao seu lado. custa muito ser diferente.


a rita, pelo contrário, nasceu numa família de 7 irmãos, na ilha de são miguel, uma família conservadora, católica, de missa diária. a rita apaixonou-se pelo miguel e ficou grávida com 20 anos. a sua mãe disse-lhe que nunca ultrapassaria tamanha vergonha social, a sua filha pecadora, sentenciou-lhe um casamento, a filha recusou, isso valeu-lhe umas bofetadas e vários insultos. a rita abortou espontaneamente e a família ficou feliz.. a rita saiu de casa e foi viver com o miguel, no porto. passaram 3 anos e nunca mais disse ou ouviu mãe e pai. custa muito ser diferente.


o joão ganhou uma bolsa e frequenta uma universidade privada cujo nome não interessa. o joão gosta de vestir-se de preto. porque sim. lembra-lhe o avô, que usava uma camisa escura. o joão não tem dinheiro para ir aos jantares de turma, nem para comer sandes e sumos nos intervalos, nem para ir sair de bar em bar nessas noites que custam não menos de 30 euros. o joão tem borbulhas na cara e ténis da feira. as suas notas acima do 14, coisa rara no curso de direito, não chegam para fazer amigos, para entrar num grupo. custa muito ser diferente.


custa muito não ser diferente mas tratarem-nos como diferentes. a inês, a rita e o joão são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.  


 

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publicado às 12:32


83 comentários

De euroliberal a 17.11.2009 às 15:29


Você é uma demagoga atrevidota e teve muita sorte em eu não estar no debate …saia de lá reduzida à sua insignificância, mais as suas teses decadentes e fracturantes da coesão social.
Não há aqui conflito de bens constitucionais, como no caso do aborto ? Ora essa, o conflito com o bem “vida” ainda é maior que no caso do aborto. Neste envolve uma pequena percentagem da natalidade anual, mas no caso do aviltamento do bem família, célula primordial da sociedade e da sua perenidade, através de construtivismos de género delirantes, como este dos casamentos e adopções gay, começa a ameaçar de imediato, no ocidente decadente enfrentando catastróficas quedas de natalidade, causar a insustentabilidade do sistema de segurança social e de pensões e, a prazo não muito longo, um verdadeiro suicídio das nossas sociedades.
Bizâncio nos estertores finais da sua decadência e já cercada pelos otomanos discutia o sexo dos anjos, o ocidente anómico, relativista e nihilista de hoje discute o casamento dos gays…
Quando falo de família, refiro-me evidentemente à família heterossexual, monogâmica e exogâmica, a única verdadeira família, e em todo caso a única que deve relevar para o direito estadual, que não se deve ocupar totalitáriamente de certificar e registar a vida amorosa e sexual dos cidadãos, a não ser no quadro da instituição casamento, pela qual se organiza e disciplina socialmente o sobrevivência da espécie e a educação e socialização das novas gerações (fim social de primordial importância).
Ridicularizar e macaquear o casamento com fantochadas gay é destruir a célula de base, já muito abalada, da sociedade em que vivemos, o casamento e a família. Só o egocentrismo de certas minorias sexuais socialmente irresponsáveis, agitando sistematicamente o papão de imaginárias homofobias, não permite vislumbrar tal perigo.
Quem reduz o casamento aos “afectos”, necessáriamente efémeros, inconsequentes, caprichosos, instáveis, NÃO PERCEBE a verdadeira natureza do casamento como instituição jurídica.
Tida esta em conta, logo se torna claro que os estéreis gays não devem ter acesso ao casamento (podendo-o ter a uma união civil registada), e que NÃO há nenhuma discriminação nisso, porque o principio da não discriminação apenas impõe que se tratem igualmente situações semelhantes, mas não situações não análogas.

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